Depois de Family Guy... eis que temos American Dad
‘Son, if you ever get captured by any terrorists in the neighborhood and end up on al-Jazeera, just blink you location in Morse code. I'll have a bomb dropped on your location immediately’. – Steve Smith
Já há algum tempo que esta série estava para ser trazida a este blog. É verdade que haverá por aí muito bom fã de Family Guy que certamente já deitou os olhos a esta outra pérola saída da mente de Seth MacFarlane. Após quatro temporadas de Peter Griffin, MacFarlane lançou-se na criação de uma nova série, toda ela assente nas tensões internacionais da actualidade, em particular, nas delicadas relações que a administração dos Estados Unidos mantém com o Oriente. Em boa altura o fez, pois nunca este sumo foi tão sumarento – uma câmara dentro da sala oval, e certamente que teríamos material para uma sitcom género The Office. American Dad limita-se a transpor o pensamento ultra-conservador dos republicanos (o do Dad Steve Smith, por exemplo), contrapondo com a ridicularização imediata das soluções propostas pelos democratas (sobretudo Hayley, a filha). Nada mais do que isto. A série alimenta-se de questões politicas do presente mas, ao contrário do Daily Show, por exemplo, onde a orientação democrata é claramente privilegiada, acaba por não favorecer qualquer partido, nem cair na tentação de censurar qualquer medida. Tudo é dito com bastante ironia, mas tudo é aceite – o coração de Steve consegue ser tão grande, como ínfimo. Pessoalmente, a série torna-se bastante agradável depois de vermos apenas alguns episódios. Assim que percebemos o comportamento obsessivo-compulsivo de Steve e a obsoleta cultura organizacional da C.I.A, tudo se torna mais fácil; até a presença de um alien deixa de causar desconfiança. Os risos saem mais facilmente com as infantilidades de Peter Griffin, o terror de Stewie, ou a frontalidade de Brian. Ainda assim, depois de Futurama e South Park, American Dad será muito provavelmente a melhor série de animação a surgir no prime-time norte-americano.
É verdade que pela temática abordada, a série limita de alguma forma os assuntos passíveis de discussão. O público interessado naquilo que o programa tem para oferecer não é tão diversificado como o de Family Guy, é certo. Ainda assim, agora que a segunda temporada vai a meio, podemos afirmar garantidamente que vale a pena acompanhar o dia-a-dia de uma família que tem uma bandeira norte-americana no jardim… e outra no quarto, por cima da cama. Especialmente se já tivermos familiarizados com o “It seems today, that all you see…”.
4 Comments:
Absolutamente genial! Grande, grande, grande série. Excelente escolha.
Um reparo: o "Dad" é Stan Smith, não Steve. Esse é o filho.
Tem razão, Pedro. O Steve é o pequeno idiota. O Stan é o grande. Obrigado pela rectificação.
Sem dúvida! Uma das melhores series de animaçao.
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