Deuxieme


sexta-feira, maio 18, 2007

UM BANHO DE MULTIDÃO (4)



Ontem foi feriado em França, e a juntar aos festivaleiros, aterrou ontem na Croisette uma multidão de mirones, para tirar fotografias das estrelas ou simplesmente para passear até porque o dia estava bom, sem chegar ao 32 graus de Lisboa. O resultado foi que a Croisette completamente engarrafada, mesmo com trânsito limitado, e uma enorme dificuldade em atravessá-la, a pé até à sala onde decorre a Quinzena. Para concluir os comentários das projecções de ontem não podia deixar passar ao lado dois grandes filmes que visionei e não estão na competição oficial. O primeiro chama-se Triangle, curiosamente um tríptico sobre três amigos, realizado a três mãos, por três ‘homens de acção’ do cinema de Hong-Kong: Johnnie To, Tsui Hark e Ringo Lam. Mais uma variante sobre o filme de gangsters, cheio de traições (ou supostas) e reviravoltas, com muita adrenalina e um condimento irresístivel de humor. A técnica narrativa utilizada foi a do ‘cadavre exquis’, onde é impossivel dectectar onde estão as marcas de um realizador e a do outro, ou todos eles não se tenham influenciado mutuamente nas suas obras individuais. Triangle é um filme muito divertido e com muita acção e, um produto genuíno do cinema de Hong Kong. Na Quinzena, — e vi-me aflito para lá chegar a horas embora tivesse saído com antecedência — passou então na abertura Control, uma fabulosa crónica biográfica sobre um ícone dos anos 80: Ian Curtis, o homem que morreu de amor aos 23 anos. O filme é dirigido por Anton Corbijn, um holandês que curiosamente não atravessou os anos da Factory, em Manchester, nem conheceu Curtis, mas é um grande admirador dos Joy Divisions e documentou-se muito bem. No papel do malogrado músico, está e com algumas semelhanças físicas, outro músico Sam Riley (10.000 Things), actor ocasional e que arranca uma notável interpretação, e que já tinha participado em 24 Hours Party People, um filme também sobre a geração de Manchester. Quanto à Competição daqui a pouco vou para a projecção de Les Chansons de Amour, de Christopher Honoré (o realizador de Em Paris), em mais um filme produzido por Paulo Branco, e que darei conta numa próxima crónica. Também na competição do dia passou The Bunishement, do russo Andrey Zuiaguintsev (O Regresso), com uma história trágica de uma familia que deixa a cidade para regressar às origins dele e ao campo na tentativa desesperada de o casal se reconciliar. Mais um filmed que tem como pano de fundo a questão do aborto, já tratada no filme 4 Luni, 3 Saptammini Si 2 Zile, do romeno Cristian Mungiu, que tem sido muito apreciado aqui pela crítica e constituí para já a grande surpresa

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A banda de Ian Curtis eram os Joy Division, não "Joe Divisions".

19 de maio de 2007 às 00:30  

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