Deuxieme


segunda-feira, dezembro 31, 2007

Resultados da 1ªtemporada dos "Temas Mistério"

And the winner is...João Bizarro, com quatro respostas certas!
Com duas respostas certas: Cataclismo Cerebral,Pedro Almeida, Lúcia e Catia. Com uma resposta certa: Daniel Ferreira, Paulocristelo, RJ/KritiCinema, Thrausos, Cunha, Wood e Sagan.

Para fechar o ano da melhor maneira, deixo-vos música do maravilhoso Cinema Paraíso, obra prima de Giuseppe Tornatore. Boas entradas a todos e um ano de 2008 cheio de grandes filmes e bandas sonoras!
E agora faça favor maestro Morricone...



Bernardo Sena

domingo, dezembro 30, 2007

DEUXIEME E 'O SIGNO DA CIDADE’, DESEJAM FELIZ 2008

Pareceu-me importante, antes de qualquer mensagem relativa à época, deitar um olhar simbólico para outras cinematografias menos mediáticas como forma de estabelecer outros laços, através dos filmes e das suas histórias. Estranhamente, apesar da proximidade, do sucesso das telenovelas e dos actores, os filmes brasileiros têm historicamente tido muita dificuldade em penetrar e fazer espectadores nas salas de cinema nacionais. É por isso que chamo a atenção para O SIGNO DA CIDADE, um excelente filme dirigido pelo actor-realizador Carlos Alberto Ricelli, que tem algo a ver com o Ano Novo, no qual depositamos muitas esperanças de uma vida melhor. Lembram-se, certamente, de Ricelli das telenovelas brasileiras, um tipo nada burro que em tempos foi um sex-symbol e que, agora com 60 anos e muito bem conservado, se encontra decididamente atrás das câmaras e ao lado de uma bela mulher com que está (bem) casado há mais de vinte anos. É um filme sem protagonistas, marcado pelas narrativas cruzadas, mas onde tudo gira à volta de uma curiosa radialista-astróloga Teca, interpretada por Bruna Lombardi, (a mulher de Ricelli), que está lindíssima e em grande forma. Lombardi produziu e escreveu ainda o argumento de um filme que utiliza na sua promoção um pequeno excerto, está disponível no Youtube com uma singela mensagem de Ano Novo, à qual achei oportuno, talvez pelo meu lado piegas, nos associarmos, marcando aqui os nossos votos para o próximo ano.



Além de Tropa de Elite, seleccionado para a próxima Berlinale (entre 7 e 17 de Fevereiro), O Signo da Cidade é o segundo filme brasileiro a estar em grande destaque no mercado internacional, depois da sua estreia na última Mostra de Cinema de São Paulo. Filme mosaico, fazendo lembrar Colisão, é um emaranhado de histórias, passadas na capital paulista, sobre temas como a solidão e a solidariedade numa grande cidade. O tema é recorrente, mas dirigido com muito rigor e muita sensibilidade:

O SIGNO DA CIDADE (TRAILER)



Gil está casado, mas continua a ser um homem só. Lydia gosta de flirtar com o perigo. Josialdo nasceu para ser mulher. Mónica é uma mulher ambiciosa que procura subir na vida sem olhar a meios. Num programa de rádio, a fazer lembrar O Passageiro da Noite, do 'velho' Cândido Mota ou o filme Talk Radio, de Oliver Stone, com 'grande' Eric Bogousian, ou seja, dedicado aos telefonemas anónimos, em que a astróloga Teca (Bruna Lombardi) se vê envolvida entre os anseios dos seus ouvinte e os seus próprios problemas pessoais. Aos poucos, o destino vai enredar todos numa única teia de relações cruzadas. Na luta para romper o isolamento e encontrar um rumo para a sua redenção e futuro mais sólido, todos os personagens vão descobrir o poder transformador do amor, da amizade e da solidariedade. Completam o elenco, além de Lombardi, nomes de peso e conhecidos actores como Eva Wilma (a misteriosa Adélia), Juca de Oliveira (Aníbal, o pai doente de Teca), Denise Fraga (a louca Lydia), Sidney Santiago (o travesti Josi), Malvino Salvador (o ‘atinadinho’ Gil), Graziella Moretto (a ambiciosa Mónica), entre outros.

OS MEUS VOTOS SÃO QUE O PRÓXIMO ANO NOS TRAGA ENTRE MUITAS COISAS BOAS, (NÃO VOU PERDER A ESPERANÇA) UMA REVISTA DE CINEMA, MUITOS E BONS FILMES. FELIZ ANO NOVO! ABRAÇO DO…

José Vieira MENDES

Please, say hello to me.

Não tendo visto nem O Último Homem na Terra (Boris Sagal, 1971), a primeira adaptação da obra de Richard Mateson, nem 28 Dias Depois (Danny Boyle, 2003), um filme que tem servido como termo de comparação com Eu Sou a Lenda, reconheço partir para esta consideração do filme de Francis Lawrence com menos trunfos na manga do que a maioria. No entanto, pegando um pouco nas considerações do post anterior sobre os paralelismos, estamos em crer que, não será necessário visionar mil filmes para chegar à conclusão de que Ladrões de Bicicletas é um filmaço. Assim como não será preciso ver tudo e mais alguma coisa que se fez no ramo da comédia, para perceber que a sequela de A Mascara deverá ser um dos piores filmes de sempre.

É claro que a cultura cinematográfica será sempre menor. O facto de não poder argumentar com alguém que, aguerridamente, defenda que os monstros de 28 Dias Depois estão melhor conseguidos que os de Eu Sou a Lenda, diminuirá sempre a credibilidade desta espécie de critica. Por outro lado, o que é a apreciação de um filme, senão a apreciação do filme em si, e nada mais? Gostaria de poder trazer à luz desta consideração aspectos e pormenores de filmes similares, contudo, lá por não ser possível, não quer dizer que não falemos aqui desta obra de Francis Lawrence que, talvez por não ter suscitado grandes expectativas, acabou por sair melhor do que a encomenda. Por opiniões trocadas pessoalmente este fim-de-semana, e pelas manifestações de desagrado lidas por essa Internet fora, podemos afirmar que não está muito na moda dizer que Eu Sou a Lenda é um bom filme. O primeiro impacto da obra, no nosso país, não foi o mais favorável, contrariamente ao que aconteceu do outro lado do Atlântico. Ou seja, estamos perante o inverso de A Vila.

Seja pela fraqueza do CGI no rosto dos humanos infectados, pelo product placement a rodos, pelo argumento manco que culmina num final em cima do joelho, ou pela débil realização de Lawrence, o filme parece não estar a reunir muitos fãs por estes lados. Com efeito, o CGI não é o melhor. Product placement quase que podia ser o subtítulo do filme. O argumento tem altos e baixos. O final é algo abrupto. A realização não é das mais brilhantes. No entanto, estamos longe, muito longe, de estar perante uma obra a evitar.

Cada ida de Will Smith ao clube vídeo para devolver um filme compensa, sobremaneira, as mil e uma caras iguais dos noctívagos. Cada diálogo/monólogo mantido com Sam, reembolsa as referências ao quer que seja. Cada plano de Nova Iorque destruída, equilibra aspectos do argumento menos conseguido de Akiva Goldsman (Código Da Vinci, Uma Mente Brilhante, Cinderella Man). E, por último, temos Will Smith. Não andaremos muito longe da verdade se dissermos que este trabalho suplanta o de Em Busca da Felicidade. As expectativas para o filme não eram as mais elevadas. Mas, para uma interpretação destas, então, é que não estavamos mesmo preparados. Evitem-se os comentários que incentivem alguém a evitar este filme. Aliás, este, e qualquer outro filme. Quem é que não tem orgulho em dizer que já viu Plan 9 From Outer Space (Ed Wood, 1954)?

Alvy Singer

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Um belo casal.

Numa altura em que já deve ter terminado o filme mais transmitido pela televisão portuguesa, Coyote Bar, importa falar de uma outra transmissão. Aquela que terá lugar esta noite, na RTP, por volta das onze e meia, quando passar Alguém Tem de Ceder. É certo que, antes disso, passará A Marcha dos Pinguins (Luc Jacquet, 2005) no mesmo canal, e Mr. & Mrs. Smith (Doug Liman, 2005) na TVI. No entanto, é sobre Alguém Tem de Ceder (Nancy Meyers, 2003) que devemos centrar as nossas objectivas.

Simplesmente porque esta parece ser uma das últimas comédias românticas decentes, e, quando dizemos decente, dizemos que este é daqueles títulos que vale a pena. Se há género susceptível de correr mal, esse é o das comédias românticas. Nos últimos anos, filmes deste tipo têm-se revelado como autênticos alvos a abater, andando sempre na corda bamba, no limiar de se estatelarem no chão por completo para regozijo de um punhado de críticos que avalia tudo a partir de Uma Noite Aconteceu. O problema das obras-primas é que ditam o termo de comparação. Se nos pusermos a confrontar todo e qualquer boy meets girl com Uma Noite Aconteceu (Frank Capra, 1934), Um Amor Inevitável (Rob Reiner, 1989), O Grande Escândalo (Howard Hawks, 1940), e O Despertar da Mente (Michel Gondry, 2004), por certo que o pobre coitado ficará de rastos. Por isso mesmo é que uns são clássicos, e outros não. Porém, nem tudo o que não figura nos anais da História do cinema deve ser considerado como material desprezível.

Seja pelo argumento escorreito de Nancy Meyers, pelo papel que assenta que nem uma luva a Jack Nicholson, pela interpretação brilhante de Diane Keaton (talvez o seu melhor desempenho desde aquele que tive o prazer de presenciar quando rodámos Annie Hall), aqui está uma obra que não envergonha ninguém. Não sendo um objecto de culto, é certo, esta é uma comédia romântica elegante e habilidosa. São duas horas bem passadas, e que mostram o que de melhor se fez até agora, no inicio deste século, neste género. Dizer que se gosta de Alguém Tem de Ceder não embaraça nenhum cinéfilo. Já, dizer que se é um admirador confesso de O Que As Mulheres Querem… Alguém desse lado partilha este entusiasmo para com esta obra de Nancy Meyers com Mel Gibson e Helen Hunt? Vá lá, há coisas bem piores do que apreciar um filme que gira em torno de um homem com acesso aos pensamentos das mulheres. Não se inibam. De peito aberto, Alvy Singer reconhece simpatizar com O Que As Mulheres Querem. Mesmo sem ter percebido ainda o final filme. Da primeira vez, ficou a dúvida. Da segunda, parecia que, finalmente, as peças tinham encaixado todas. Ao terceiro visionamento, ficou tudo estragado. Afinal, eles ficam juntos ou não?

Alvy Singer

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In Cold Blood.

Atenção aos possíveis spoilers decorrentes deste post. De qualquer forma, o tema será tratado de forma breve, de modo a não entrarmos em pormenores desnecessários que revelem a história em demasia. Tudo isto se deve a uma cena de American Gangster que não me sai da cabeça. Sabemos que estamos perante bom cinema, quando uma determinada cena nos persegue durante dias. Dias que se transformam em semanas. Que, por sua vez, se tornam meses. Que duram a vida toda. Esta parece ser uma dessas cenas. Daquelas que ficará para todo o sempre.

Esta entrou para o top de mortes a sangue frio na grande tela. O único requisito para qualquer cena figurar nesta lista é o disparo ter sido efectuado a menos de dois metros. Mesmo à queima-roupa. Estas são as quatro mais recordadas por estes lados. Umas mais planeadas do que outras. Umas mais limpinhas do que outras. O que importa é que não fique a mínima duvida que o outro vai desta para melhor. Para ver o acontecimento mortífero, basta carregar na imagem.

American Gangster (Ridley Scott, 2007).

Pulp Fiction (Quentin Tarantino, 1994).

Jackie Brown (Quentin Tarantino, 1997).


O Padrinho (Francis Ford Coppola, 1972).

Alvy Singer

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sábado, dezembro 29, 2007

Mais um Grindhouse, à la Dois.

Imbuídos no espírito da quadra, poderíamos interpretar os filmes que a RTP2 transmitirá esta noite como uma espécie de prenda de Natal. Mas não. Quem tem por hábito ver a programação do segundo canal, não ficará certamente surpreendido com este tipo de escolhas. São sequências destas que trazem mais cor ao dia de um cinéfilo. Aliás, a Dois quase que podia desafiar um qualquer canal generalista do mundo, e perguntar se algum deles transmite dois filmes deste nível de enfiada. Era mostrar isto aos senhores que decidiram cortar Death Proof e Planet Terror, e dizer Isto é que Grindhouse de qualidade!

A saber então que o primeiro filme na emissão da RTP2 desta noite será O Barba Azul, o filme que derruba por completo o axioma de que só os filmes mudos de Chaplin é que são grandiosos. O Barba Azul é Chaplin vintage. O facto de o filme ter estado destinado a Orson Welles (que só não o realizou porque Chaplin recuou perante a ideia de ter alguém a dirigi-lo), que, na verdade, escreveu grande parte do argumento, levar-nos-á sempre a pensar onde é que estará, afinal, o dedo de Chaplin. Quais é que foram as suas alterações à história escrita por Welles? Quem é que se terá lembrado da frase “One murder makes a villain, millions a hero”? Hoje, apenas a ideia do filme está conotada com o realizador de Citizen Kane. Ao mesmo tempo, saber que estes génios colaboraram na pintura deste enredo, torna o filme ainda mais especial. Muito especial.

De seguida, e, para não quebrar o ritmo, temos Bullit. Famoso pela cena da perseguição automóvel pelas ruas de São Francisco, que durou três semanas a filmar e resultou numa parte da fita que dura 9 minutos e 42 segundos, o filme é muito mais do que isso. Quase que podemos dizer que Bullitt é o melhor filme policial da década de setenta, dos anos sessenta. No entanto, a mensagem que aqui fará mais sentido deixar, uma vez mais, imbuídos no espírito da quadra, é a de que a cena de perseguição é bonita, sim senhora, mas deixemos isso para Steve McQueen. Na estrada, o cuidado nunca é demais.

Alvy Singer

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sexta-feira, dezembro 28, 2007

Tema Mistério XX

Aí está. O último "tema mistério" desta primeira série e do ano de 2007 , fechando em beleza com um excepcional arranjo para piano da música que acompanha a sequência final deste filme (um dos muitos feitos em Hollywood sobre o tema "extraterrestes"...). O compositor: James Newton Howard. O filme...?




Bernardo Sena

Coraline, um nome a memorizar.

O site Iwatchstuff.com chama-nos à atenção para Coraline e, diga-se de passagem, com toda a razão. Senão, vejamos os motivos de interesse. Primeiro, o filme de animação será realizado por Henry Selick, o mesmo de O Estranho Mundo de Jack. Se é verdade que o filme de 1993 foi um verdadeiro êxito junto da crítica e do público, também não será menos verdade que, desde esse mesmo ano, Selick nunca esteve tão nos píncaros. Tudo junto, leva-nos sempre a ansiar pelo seu próximo projecto. Segundo, porque Coraline será a adaptação da obra homónima de Neil Gaiman, o mesmo que escreveu Stardust e The Sandman. Em terceiro, e último lugar, porque a banda-sonora estará a cargo de Bruno Coulais (nomeado para o Óscar pelo seu trabalho em Os Coristas) e They Might Be Giants, uma daquelas pedradas no charco do início dos anos 90, e que têm no single Birdhouse in Your Soul o seu momento celestial. A título de curiosidade, é desta banda a música do genérico da série Malcom in The Middle, e do programa de Jon Stweart, Daily Show – cuja única amostra no Youtube está misturada com clips de filmes da Marvel, vá-se lá saber porquê.

Bom, isto tudo para dizer que convém manter este filme debaixo de olho. Aqui fica um preview do que pode vir a ser um dos filmes de 2008.

Alvy Singer

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Três filmes, três estados de espírito.

Over Her Dead Body, de Jeff Lowell, juntará Eva Longoria Parker e um dos actores do momento, mais apreciados por estes lados, Paul Rudd. Não sendo um admirador confesso do trabalho de Longoria em Donas de Casa Desesperadas, caberá mesmo a Paul Rudd ser o principal responsável pela ida à sala de cinema. O trailer explica porquê. O poster ainda podia ajudar a pender a balança para o lado do filme, mas, nem isso. Ao vermos este poster, a ideia que fica é a de que o tempo dedicado pela equipa criativa responsável não deve ter sido o ideal. Ou isso, ou então a imaginação não estava em alta naquele dia.

Este outro, por exemplo, não tinha de se esforçar muito para ser convincente. Se há filme que deverá arrastar qualquer cinéfilo para a sala de cinema em 2008, esse filme tem de ser The Air I Breath, de Jieho Lee. Um cocktail explosivo é o que temos aqui em mãos. De outra forma, como poderíamos explicar que actores como Forest Whitaker, Brandan Fraser, Kevin Bacon, Julie Delpy, Emile Hirsch, Sarah Michelle Gellar e Andy Garcia se entregassem nas mãos de um cineasta que até hoje só fez uma curta-metragem? Há muito bom realizador por aí capaz de esfolar meio mundo para juntar um elenco deste gabarito. E, na verdade, o poster faz o seu papel. Sóbrio. Apelando ao espírito mosaico que esperamos da obra. Tem tudo para ser um bom filme, a ver vamos se o é.

E, no seguimento da actual obsessão para com Amy Adams, aqui fica o poster do seu mais recente filme, Miss Pettigrew Lives For a Day, ao lado de Frances McDormand. De facto, o trailer também parece apelativo. Ter Amy Adams é apenas uma coincidência. Palavra de honra.

Alvy Singer

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O Deuxieme no lugar da Reuters.

Três ou quatro minutos chegam para correr as notícias de hoje. Numa espécie de versão concentrada, este post pretende abarcar o que de mais importante deve ter passado esta quinta-feira pelos escritórios da Reuters.

Começando pela vigor que Bruckheimer parece estar a empregar, finalmente, a Prince of Persia. Ao que tudo indica, é desta que as coisas vão avançar. Mas, o todo poderoso produtor deixou já o aviso de que as coisas podem ser um pouco diferentes do esperado. Epá, por esta é que não esperávamos, Bruckheimer a querer dar um toque pessoal a um projecto seu. Mais surpreendente do que isto, só se nos disserem que o próximo filme de Shyamalan vai ter um twist no final.

“First of all, it's an interesting period and it's something that other people weren't doing. So I always like to go into arenas that other filmmakers aren't in. I think it's the 8th or 9th century but you know, that could change, too. We might change it a little. It'll definitely be a period film. We're not going to make it contemporary.” Se tudo correr como esperado, a rodagem, com Mike Newell como realizador, começará lá para Junho de 2008. Uma coisa é certa: se isto tiver sucesso, teremos franchise para uns anitos.

Outra coisa que as gentes da Reuters devem ter lido hoje foi esta bela frase de Nicolas Cage: “All they have to do is call. I would love to see that happen. That would be fun. O tema em questão é a sequela de Ghost Rider. Sim, esse filme pelo qual o brilhante actor de Morrer em Las Vegas e Inadaptado recebeu algumas das piores criticas da sua carreira. Tendo em conta que esta é a personagem de BD preferida de Cage, que foi o actor que moveu mundos e fundos para protagonizar a adaptação ao cinema, e que agora surge este incentivo a uma sequela, é caso para dizer que o amor é mesmo cego.

Por último, o trailer de The Duchess, algo que também deve ter passado pelos computadores nos escritórios da Reuters. Uma boa maneira de avaliar a popularidade de uma actriz é quando, no trailer, o nome da mesma, por si só, apresenta o filme. Não é preciso mais nada, basta metermos o nome dela, devem ter pensado os produtores. Faz lembrar o pouco Jane Fonda na década de 70. A estratégia é boa, até porque é uma win-win situation para o estúdio. Se o filme correr bem, ganham a aposta. Se correr mal, a culpa foi da Keira. Pelo menos, para já, parece que a actriz não abandona Hollywood. Já não se fazem Greta Garbos como antigamente.

Alvy Singer

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quinta-feira, dezembro 27, 2007

A televisão a fazer das suas.

Sobre a véspera de Natal na televisão portuguesa, vénia seja feita à SIC. O canal de Carnaxide passou seis filmes no dia 24, e conseguiu a proeza de transmitir, quiçá os dois melhores, a horas verdadeiramente indicadas. Com efeito, Ant Z passou pouco tempo depois do sol raiar, quando o relógio marcava 8:45. Por sua vez, Mary Poppins, o clássico feel-good movie, começou eram 01:30 da madruga de dia 25.

Ora, ao vermos para que horas foram atiradas estas relíquias, não podemos deixar de nos perguntar que filmes é que terão passado a horas mais decentes. As respostas são High School Musical 2, Eloise no Natal, Estás Frito, Meu! e Shrek 2. Nada temos contra estas obras, que terão, obviamente, o seu valor. Aliás, valor é coisa que não falta a Shrek 2, a avaliar pelas palavras no site da SIC:

“O herói favorito de todos regressa em SHREK 2, a mais divertida comédia de todos os tempos reconhecida pela crítica e pelo público como ainda melhor que o original que conquistou o Óscar para Melhor Longa-Metragem de Animação!”. Bolas, tanto entusiasmo quase nos leva a crer que é mesmo verdade.

Agora, tendo em conta o tópico abordado neste blog sobre quais os melhores filmes a ver nesta quadra, deverei confessar qual foi o Dvd escolhido por estas bandas. Com o frio que tem estado, o título pesou bastante na eleição: Quanto Mais Quente Melhor (Billy Wilder, 1959). Isso é que foi. Uma noite de Natal, assim a dar para o fresco, a meias com imagens da Florida e iates. Não há melhor combinação do que esta.

Ontem, ainda houve tempo para ver O Amor Acontece, na TVI. Tivesse o filme sido visto antes do top ter terminado, e talvez o texto fosse outro. No entanto, a quinta posição parece ter ficado bem entregue. Se tivessem dito que o Colin Firth dá pontapés no ar a dizer Eusébio, já há muito que tinha visto isto. Numa palavra, muito bom. O único senão do filme é mesmo a vontade que nos deixa de beijar a primeira coisa que nos aparecer à frente, assim que termina. É preciso ter cuidado.

Alvy Singer

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O outro lado do Natal.

Uma das coisas boas do Natal é quando vamos a uma loja de multimédia numa grande superfície, e ficamos a ouvir as pérolas dos milhares de transeuntes que passam pela secção de cinema. Fingimos que estamos ali a escolher Dvds quando, no fundo, estamos apenas à espera do comentário do ano. Desta quadra, guardarei dois com bastante carinho:

Comentário Nº1 – Dois adolescentes. Diz um deles: Ganda filme! Já viste? Ao que responde o outro: És parvo ou quê? Claro que sim. Ganda filme. Filme em questão: Velocidade Furiosa.

Comentário Nº2 – Dois adolescentes. Outros dois. Diz um deles: Tchi. Este é dos meus preferidos. Questiona o outro: Esse não é de terror? Ao que responde o primeiro: Mais ou menos. Filme em questão: Eduardo Mãos de Tesoura.

Ainda na mesma loja, uma situação que nos parece escusar qualquer tipo de consideração. Que cada um tire daqui as suas próprias conclusões. Longe de nós pretender caracterizar esta conjuntura como profundamente idiota. Porque, até pode ser que não seja. Se alguém encontrar uma maneira de não o ser, por favor faça-nos chegar esse enquadramento.

No entanto, e, sem demoras, aqui fica a dita situação. De um lado, a edição normal de Os Revoltados do Caine (Edward Dmytryk, 1954), com Humprey Bogart. Do outro lado, a edição especial do mesmo título. O preço da edição normal, da qual consta somente o filme, 17,90€. O preço da edição especial, 11,95€. O site da Fnac diz que a edição normal está actualmente indisponível. Estas mãos, que escrevem agora este post, estiveram com os dois artigos esta noite.

Alvy Singer

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quarta-feira, dezembro 26, 2007

Em nome do Ego.

Para os críticos que compõe o poll anual do site IndieWIRE, nada mais, nada menos, do que 106, este foram os 100 melhores filmes que estrearam em 2007 nos Estados Unidos. Vejamos com atenção esta lista, sobretudo, os vinte primeiros, apenas para atentar aquele que ficou em número oito, e alguns dos pesos pesados que ficaram atrás dele.

1. There Will Be Blood
2. Zodiac
3. No Country for Old Men
4. Syndromes and a Century
5 Months, 3 Weeks and 2 Days
6. I'm Not There
7. The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford
8. Colossal Youth
9. Killer of Sheep
10. Offside
11. Black Book
12. Once
13. The Diving Bell and the Butterfly
14. Eastern Promises
15. I Don't Want to Sleep Alone
16. Regular Lovers
17.
The Host
18. Southland Tales
19. Into the Wild
20. Ratatouille

De repente, parece que é Natal outra vez. Graças a Alberto Barros, António Semedo, Pedro Costa, e Álvaro, os senhores aqui de cima.

Alvy Singer

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Promover. Três maneiras de o fazer.

A promoção de um filme. Essa componente trivial, porém, tão crucial para o sucesso do mesmo. Ás vezes damos por nós a dizer que queremos ver determinado filme, como se não houvesse amanhã. Que aquele é o filme mais aguardado do ano, e que o mundo acaba imediatamente se não o virmos no dia da estreia. Ora, isto poderá acontecer por uma de duas razões. A primeira, porque, à partida, o filme reúne todas as condições para ser uma obra do caraças. Ou porque tem o nosso actor preferido, ou porque é baseado num best-seller, ou porque tem aquela actriz mais nova de sempre a receber cinco nomeações para os Óscares, por aí fora. A segunda razão, porque os anúncios do filme funcionaram bem como tudo. Aquilo até pode não prestar para nada, mas que o marketing à volta do título puxou bem a brasa à sua sardinha, lá isso puxou. Normalmente, é uma destas duas que leva-nos a correr para a fila das bilheteiras. Bem vistas as coisas, existe sempre uma terceira opção, e essa é sermos um cinéfilo inveterado que vai a todas. Deixemos essa de parte, por agora.

Desconhecendo se alguns destes títulos reúne matéria-prima para ser um filme obrigatório, para todos aqueles que visitam este recanto da blogosfera, o Deuxieme fará aqui um pouco de serviço público, poupando uns quantos tostões às distribuidoras.

Comecemos com Walk Hard e um promo com Paul Rudd, Judd Apatow, Justin Long, Jonah Hill e Craig Robinson. Anti-semitismo, racismo, jogos de consola e o tema de Mortal Combat, tudo à mistura, no spot promocional de um filme onde John C. Reilly parece voltar a fazer das suas.

A seguir, um teaser apanhado hoje no estamine da Inês Gens, o Elite Criativa. Finalmente compreendi o alcance da expressão Dar a dica. Quinze segundos em que KITT não faz nada, a não ser, dar a dica Hello Mike. O que se pode dizer deste novo KITT é que, assim como acontecia como o seu antecessor, é um carro que passa despercebido.

Terminemos com a menos original das promoções, a entrevista. No entanto, aqui seguimos a lógica das duas razões que nos levam a ver um filme. Como este tem Morgan Freeman, Jack Nicholson e é realizado por Rob Reiner, não deve ser preciso muito para vender o peixe. É porque The Bucket List até tem entrado em algumas listas dos melhores do ano.

Alvy Singer

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Tema Mistério XIX


É fácil reconhecer que estamos de novo perante música do mestre John Williams, aqui para um dos franchises mais famosos e bem sucedidos da história do cinema. Atenção que para a resposta estar certa, o título do filme em questão tem de estar completo! Aproveito para revelar que John Williams será muito provavelmente o alvo do meu próximo "tributo aos grandes compositores de música para cinema"!




Bernardo Sena

segunda-feira, dezembro 24, 2007

1 - O Estranho Mundo de Jack (1993).

O Estranho Mundo de Jack é magia sob a forma de fita. Este foi o filme escolhido, após o desafio lançado sobre qual a melhor obra para ver na noite da consoada. E, que bela escolha, senhoras e senhores. Que bela escolha. No entanto, seja qual for a vossa derradeira opção para esta noite, os votos de um bom filme e de uma noite ainda melhor, recheada a todos os níveis.

Esta foi uma véspera de Natal diferente. Com um olho na família, e o outro no Deuxieme. A todos um santo e feliz Natal. Voltamos a ver-nos depois do Bolo-rei. Diz que o senhor de vermelho já está a chegar. Boas prendas.

Alvy Singer

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2 - Do Céu Caiu Uma Estrela (1946).

Há coisas que nos tiram o pio. Woody Allen disserta sobre umas quantas delas, tanto em Manhattan, como em Ana e as Suas Irmãs, embora, neste último, de forma menos forçada. Seguindo a mesma linha de raciocínio, se tivesse de escolher assim um rol de cinco ou seis coisas pelas quais vale a pena dar um salto ao planeta Terra, e viver um quantos anos, certamente que colocaria nesse saco o chegar ao fim de Morte em Veneza de Thomas Mann, o sketch do papagaio morto dos Monty Python, os relógios deformados da Persistência da Memória de Dali, o Love of My Life dos Queen em Wembley ’86 e, para rematar em beleza, a obra-prima de Capra, Do Céu Caiu Uma Estrela.

Já tive oportunidade de aqui manifestar o meu pesar perante a tradução infeliz deste título. Não que Do Céu Caiu Uma Estrela seja uma coisa abominável, que não é. No entanto, parece-me algo injusto que La Vita è Bella se traduza para A Vida é Bela, e It’s A Wonderful Life para… Do Céu Caiu Uma Estrela. A mensagem não passa da mesma maneira.

Sobre este filme, convém derrubar todas as ideias à priori que se possa ter. Até porque, abrindo o jogo completamente, confesso ter sido um tanto ou quanto preconceituoso, durante uns tempos, quanto ao visionamento deste filme. Reconheço que a imagem de James Stewart a piscar o olho para o céu não era das mais convidativas. Às vezes não falta nada a um tipo para ser mesmo estúpido...

No entanto, um ano houve em que cedi. Felizmente. Daí para cá, já cedi várias vezes. Este é um filme de uma vida. Vê-lo na noite de Natal torna a experiência ainda mais especial. No entanto, vê-lo numa outra altura qualquer, não deixa de ser um valente murro no estômago. A cena final apanha-me sempre na curva, com uma lágrima malandra à espreita.

A Prenda no Sapato: Tudo.

Alvy Singer

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3 - Assalto ao Arranha-Céus (1988).

De volta da filhoz, continuemos. O leitor deste blog, Deltóide, escreveu no post que ajudou a desenhar esta lista Para mim Natal = Die Hard. Caro Deltóide, não podíamos estar mais de acordo.

Como é que tanta pólvora, tanto sangue derramado e tantos problemas conjugais acabam por resultar num filme que a grande maioria identifica com a quadra natalícia? Maldito sejas John McTiernan por teres realizado a única obra-prima do cinema que o neto de 7 anos não pode ver com a avó de 77. Esta é a história de John McClane (Bruce Willis), um anti-herói que tudo faria para estar noutro sítio, em vez de ter salvar a vida a centenas de pessoas, no jantar de Natal de uma empresa no Nakatomi Plaza, em Los Angeles. Quando um grupo de terroristas toma de assalto o arranha-céus onde o jantar decorre, todos os trabalhadores do escritório são feitos reféns, excepto McClane que fica esquecido numa casa de banho, enquanto passava os dedos dos pés pela alcatifa, de modo a relaxar, como havia recomendado um passageiro do voo de Nova Iorque.

Com um ar de frete até então nunca visto num herói deste género, McClane vai derrubando os terroristas, um a um. Lá em baixo, Hans Gruber (Alan Rickman) e os seus homens vão tentando perceber quem é o empecilho a estragar a festa. Pelo meio, McClane ganha o respeito do único polícia do departamento de Los Angeles (Reginal VelJohnson) que acredita no que se está a passar lá dentro. Todos os outros acham que McClane, não só não dará conta do recado, como ainda vai piorar a situação. E, de facto, a situação piora. Mas, para o lado dos maus.

É difícil escolher a cena mais emblemática do filme: o final apoteótico, quando McClane e Gruber se encontram pela primeira vez, o irmão de Karl a chegar no elevador com a frase na camisola Now I have a machine gun Oh-Oh-Oh, a cena no terraço, o Let It Snow com os créditos finais, e muitas mais. Acima de tudo, é sempre importante ter um filme que apela às melhores memórias cinéfilas, como High Noon:

Gruber: “John Wayne doesn't go riding off into the sunset with Grace Kelly”.
McClane: “That was Gary Cooper, you asshole”.

A Prenda no Sapato: Yippee-ki-yay. Vamos a mais uma filhoz.

Alvy Singer

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4 - Sozinho em Casa (1990).

Quando dizem aqui que o Rodolfo já fez algumas paragens, e aproxima-se o momento da sua chegada por estas bandas, convém apressar o passo, e passar ao número quatro desta lista. E, sobre este, quase tudo já foi dito. Que levante a mão aquele que nunca viu Sozinho em Casa.

Já falámos deste filme aqui, quando a quadra natalícia ainda não tinha começado. Na altura centrámos atenções nas repetidas transmissões que já vimos deste título nos canais de televisão, vezes e vezes sem conta. Hoje, o que é que poderemos acrescentar? Talvez que Sozinho em Casa seja um grande filme, noites de Natal aparte. Dizer que é apenas um bom filme para ver na época das festas, é diminuir uma obra de arte de dimensões bem jeitosas. Seria quase o mesmo que dizer que Apocalipse Now é um grande filme, sim senhor, mas que é ainda melhor de ver numa noite em que os Estados Unidos decidam invadir um país. É certo que o Sozinho em Casa tem outro sabor na noite de 24. Mas, a magia que ele carrega dentro de si, também tem isso de bom: fazer outro qualquer dia do ano parecer véspera de Natal.

No fundo, o filme de Chris Columbus antecipa o universo de Rowling. No entanto, Kevin (Macaulay Culkin), é o Harry Potter sem os truques, os pozinhos mágicos e os encantamentos em latim. Kevin é o pequeno herói que todos podemos ser. Aliás, este é o filme ideal para os pais mostrarem aos filhos antes de os deixarem a tomar conta da casa pela primeira vez. De certeza que o receio dará lugar a mangas arregaçadas e a um espírito alerta capaz de derrubar qualquer patife. Este filme é pior que pacotes de açúcar para os miúdos. E, se graúdos resolverem acompanhar os mais pequenos neste visionamento, seguramente darão o tempo por bem empregue. Faz-nos lembrar de coisas importantes, caneco. Como, por exemplo, que uma tarântula à solta dá sempre mais jeito do que uma tarântula enclausurada.

A Prenda no Sapato: Macaulay Culkin. Um pequeno grande actor, que prometeu aqui ser uma das maiores estrelas de Hollywood. Até hoje, continuamos à espera de algo que reavive a sua carreira. Até que esse dia chegue, se é que alguma vez chegará, temos sempre este filme (e a sequela bem conseguida) para rir um bom bocado.

Alvy Singer

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5 - O Amor Acontece (2003).

A única razão para este filme não entrar na lista era o facto de ainda não o ter visto. Com efeito, apesar do alvoroço aquando da chegada deste filme, do boca-a-boca favorável que se criou, e das emissões de que já foi alvo nos canais generalistas, Alvy Singer ainda não conseguiu deitar os olhos ao aclamado título de Richard Curtis de 2003.

Mais de uma pessoa referiu esta obra aquando do post que iria decidir o número um desta lista. E, não foram apenas referências. Foi todo um conjunto de rasgados elogios que fez com que O Amor Acontece se destacasse dos demais. Posteriormente, dei por mim a pensar, Epá, será que só por não ter visto o filme, valerá a pena deixá-lo de fora? Recolhidas algumas opiniões, depois disto, junto de quem tinha o visto, pude confirmar que a sua escolha não seria assim tão descabida. Sem procurar saber pormenores, a verdade é que pouco ou nada é possível adiantar. Daí lançar o repto a todos aqueles que já o viram, na zona de comentários a este post. É favor vender o produto, e justificar esta quinta posição. Um dos vídeos mostrados como teaser, na tentativa de me persuadirem a eleger esta película para esta lista, foi este. Não sei como é que esta pequena história do Colin termina. Contudo, se a amostra for representativa do todo, temos filme.

A Prenda no Sapato: De facto, era isso mesmo que se pedia. Já agora, que esta fosse uma das prendas no sapato.

Alvy Singer

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6 - Uma História de Natal (1983).

Fontes próximas no local asseguram-nos que o senhor de barbas já abandonou a Lapónia. Até há quem diga que já o viu ali para os lados de Sydney. Rumores. De qualquer forma, ainda no número seis da lista dos dez filmes a ver na noite de Natal, temos de nos apressar se quisermos deixar as coisas como deve ser, antes do sol se por. A ideia, por esta altura, era isto já estar terminado. O que não contámos foi com as prendas, com os arranjos, com as visitas, com mil e uma coisas que, nestes dias, impedem qualquer pessoa de fazer o que está programado. Enfim, prossigamos quanto antes então para o número seis, com o devido pedido de desculpas pelo atraso.

No número seis encontramos aquele grande filme que todo e qualquer cinéfilo que se preze conhece, mas que a grande maioria de pessoas que não liga patavina à sétima arte pergunta O que é isso? É porque há muito boa gente que não gosta de cinema, mas sabe o que é Ben-Hur, Gandhi, Casablanca… Agora, quando pronunciamos as palavras Uma Históra de Natal, está tudo estragado.

É urgente descobrir este clássico de Bob Clark (o único realizador a conseguir colocar um filme nos 250 melhores do IMDB, e outro nos 100 piores), um filme verdadeiramente intemporal. Esta é a história de Ralphie (Peter Billingsley), narrada pelo próprio, já adulto. Esta é a sua recordação de um Natal nos anos 40, quando tudo o que ele queria era uma metralhadora Ryder BB, igual àquela que o seu herói da rádio tem. Contra tudo e todos, Ralphie está determinado a adquirir o brinquedo.

Com esta premissa simples mas sumarenta, Clark aproveita para satirizar de forma afectuosa a quadra natalícia, os valores familiares e o espírito consumista que, ao longo dos anos, tem vindo a contaminar o período das festas. Hilariante e mordaz, à obra de Clark deve ser reconhecido o mérito de atender devidamente aos seus espectadores, falando para os mais pequenos, é certo, mas sempre de uma forma adulta, como que a dizer, este é um filme para todas as idades. Que pai é que não se vai identificar com o ar carrancudo de Darren McGavin? Que mãe é que não vai ver semelhanças com o stress de Melinda Dillon? Para todo o sempre ficará a cena em que um amigo de Ralphie fica com a língua congelada e presa a um mastro. O título do filme diz tudo. Não é mais nem menos do que isso.

A Prenda no Sapato: Saber que o livro de Jean Shepherd “In God We Trust: All Others Pay Cash”, no qual o filme é parcialmente baseado, é uma colecção de pequenas histórias que Shepherd escreveu, durante os anos 60, para a revista Playboy. E ainda há quem se atreva a dizer que esta não é uma publicação digna.

Alvy Singer

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domingo, dezembro 23, 2007

O desejado regresso de Mike Nichols.

Jogos de Poder estreia no primeiro fim-de-semana do ano. Se o filme corresponder às expectativas, visto lá de fora continuarem a chegar boas indicações (cinco nomeações para os Globos de Ouro, 82% no Rotten Tomatoes, por aí fora), podemos estar prestes a entrar com o pé direito em 2008. Aliás, nesse fim-de-semana, se nenhum filme cair entretanto, teremos nove portas abertas para tentar entrar em 2008 da melhor maneira. Jogos de Poder parece ser uma hipótese bastante razoável. Neste, pelo menos, Tom Hanks deve ter-se consultado junto do barbeiro do estúdio. De modo a abrir o apetite, aqui ficam oito minutos da obra de Mike Nichols no Yahoo.

(Só para confirmar que a escolha de uma fotografia com Tom Hanks e Amy Adams não foi casual).

Alvy Singer

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sábado, dezembro 22, 2007

7 - Eduardo Mãos de Tesoura (1990).

Este é um daqueles típicos casos em que, por mais adjectivos que procuremos, jamais as palavras conseguirão reproduzir com exactidão os sentimentos experimentados durante o visionamento do filme. Este é o filme ideal em todas as ocasiões. Seja para ver na noite da consoada, para ver num primeiro encontro romântico, para ver com um grupo de amigos, para ver com a nossa cara-metade quando fazemos dez anos de casados, para ver de manhã, quando o dia começa, para ver à tarde, quando o sol se põe, ou para ver à noite, quando já todos se foram deitar.

Eduardo Mãos de Tesoura é a obra-prima de Tim Burton. Tudo o que o mestre já nos deu depois deste clássico de 1990, enriquece ainda mais a sua carreira a cada ano que passa. No entanto, bastava que ele tivesse feito este filme para justificar a sua existência.

Quando, há mais de um século, os irmãos Lumiére juntaram um bando de curiosos para ver, num ecrã, um grupo de trabalhadores a sair de uma fábrica em Lyon, todos aplaudiram de pé em êxtase, a novidade. Mal sabiam eles que, cem anos depois, a mesma técnica serviria para contar muito mais do que trabalhadores a sair de uma fábrica. Mal sabiam eles que um senhor chamado Tim Burton realizaria uma história tão bela como Eduardo Mãos de Tesoura.

Que se dane a fotografia, a montagem, os adereços, a partitura, os interpretes, a realização e tudo o resto. Este é um daqueles filmes que, desde o primeiro minuto, não podemos deixar de ver como um todo. E, tudo nele, mas é que é mesmo tudo, roça a perfeição. Poucos filmes dão tanta vontade de saltar para dentro do ecrã como Eduardo Mãos de Tesoura. Falar com Eduardo, dizer-lhe que as coisas não precisam de ser assim, que a esperança deve resistir, que há pessoas más, sim senhor, mas também há pessoas boas… Queremos tocar-lhe, da mesma maneira que ele nos toca. No fundo, queremos retribuir tudo o que ele nos oferece. A ideia de que o amanhã pode trazer sempre um dia melhor. Este é mesmo um filme a ver na noite de Natal.

A Prenda no Sapado: Kim: Hold me. Edward: I can’t. Ninguém consegue ficar indiferente a isto.

Alvy Singer

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sexta-feira, dezembro 21, 2007

Será que o café também faz bem aos olhos?

Por causa deste post do senhor Knoxville no seu espaço, aqui já referenciado, Cinema Notebook – onde, a propósito, a exemplo do que já tinha acontecido nos prémios O Melhor Blog Português, voltámos a ficar apenas pela nomeação, desta feita para os Globos de Prata – a caríssima Camilla Belle, protagonista do remake de When a Stranger Calls, tem sido alvo de alguma atenção especial nos últimos dias.

Antes de mais, confesso não ser apreciador de café. Aliás, se alguma coisa há em comum entre Alvy Singer e Steven Spielberg, para além de andarmos sempre com um chapéu do E.T. quando estamos em rodagem, essa será o número cinco desta lista. E, por essa razão, este anúncio somente poderia despertar curiosidade num qualquer outro aspecto que não fosse o produto a ser publicitado. Esse objectivo foi, então, atingido, graças a presença de Camilla Belle. O engraçado disto tudo é que falamos neste post de Spielberg, que não gosta de café, de Camilla Belle, actriz num anúncio da Nespresso, e depois lembramo-nos, passado muito tempo, que os dois estiveram juntos aqui. Sim, ela é aquela pequena.

Bom, depois do número cinco, resta agora trabalhar para passar a ter o número oito daquela lista, deste lado.

Alvy Singer

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Tema Mistério XVIII

Este é um autêntico clássico dos anos 90 e altamente propício a esta quadra festiva. Tal como a música do mestre John Williams, nomeado aqui para o Óscar de melhor banda sonora e canção original. Contem com mais dois "temas mistério". Ao atingirmos os vinte, dou por encerrada esta primeira série!



Bernardo Sena

8 - Música no Coração (1965).

Sobre esta lista, importa dizer que as escolhas são feitas partindo do princípio que o filme ainda não foi visto. Não temos culpa que questões meramente culturais, como o facto das estações de televisão rodarem entre si quem transmite Música no Coração todos os Natais, se traduzam numa injecção dos mesmos títulos todas as quadras natalícias.

Porque, na verdade, Música no Coração é um daqueles filmes que assenta na noite de Natal, como as calças a um tipo que tem cinco pernas, ou seja, como uma luva. Agora, no que à apresentação desta obra-prima de Robert Wise diz respeito, convém ter presente o seguinte: Uma coisa é um tipo ir ao cinema ver A Bússola Dourada e depois vir aqui para o Deuxieme dizer o que bem lhe aprouver, o que gostou, o que não gostou e o que gostou assim-assim. Outra coisa é esse mesmo tipo, um mero cinéfilo e aprendiz a algo mais que tenha a ver com cinema, abrir a boca, melhor, apontar os dedos ao teclado, para avaliar esse título maior da sétima arte que é Música no Coração, uma obra que, longe de agradar a todos, não deixa de granjear uma enorme legião de admiradores, apesar do registo datado do musical.

Sobre este filme onde Julie Andrews e Christopher Plummer têm desempenhos que valem por toda uma carreira, confesso ter um carinho especial. A exemplo do que aconteceu com o curso de Formação de Formadores, quando expus aqui a situação de dificilmente ser capaz de colocar mais de um post ou dois por dia, este pequeno aparte jamais seria revelado se não sentisse, cada vez mais, uma maior proximidade com todos aqueles que diariamente perdem alguns minutos do seu dia para ler estas linhas no Deuxieme. É porque este carinho especial nasce do principal culpado por este gosto exacerbado pelo cinema. Aliás, este foi um dos filmes com mais peso aquando do despoletar desta paixão desmesurada pelo cinema. No fundo, graças ao Mr. Singer, entenda-se, o pai de Alvy Singer, esta é uma das memórias de infância mais marcantes. Ou não tivesse o Mr. Singer ido ver este filme ao cinema 15 vezes, durante o tempo que ele teve em exibição na cidade de Lisboa. Quinze vezes… E as gerações de hoje é que não têm juízo.

A Prenda no Sapato: Doe, a deer, a female deer; Ray, a drop of golden sun; Me, a name I call myself; Far, a long, long way to run; Sew, a needle pulling thread; La, a note to follow Sew; Tea, a drink with jam and bread; That will bring us back to Do (oh-oh-oh). Clássico.

Alvy Singer

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quinta-feira, dezembro 20, 2007

Hellboy II - O trailer.

Com o selo de qualidade del Toro chega-nos o primeiro trailer de Hellboy II: The Golden Army. Isto é muito bonito, andarmos para aqui a falar de The Dark Knight, Indiana Jones e Iron Man, contudo, convém não esquecer que 2008 ainda nos reserva a sequela de um dos melhores filmes de acção de 2004. Da mente deste senhor costuma sair o inesperado, o fantástico, aquele tipo de coisas que, como dizia o outro, faz parte do material que constitui os sonhos. A ver por este primeiro trailer, isto será apenas mais do mesmo, isto é, um banquete à Guillermo del Toro.

Alvy Singer

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Screen Actors Guild - Os Nomeados.

Anunciados hoje, eis os nomeados, nas categorias de cinema, para os Screen Actors Guild Awards de 2007:

Melhor Actor Secundário:
- Casey Affleck – The Assassination of Jesse James by The Coward Robert Ford
- Javier Bardem – No Country For Old Men
- Hal Holbrook – Into The Wild
- Tommy Lee Jones – No Country For Old Men

- Tom Wilkinson – Michael Clayton

Melhor Actriz Secundária:
- Cate Blanchett – I’m Not There
- Ruby Dee – American Gangster
- Catherine Keener – Into The Wild
- Amy Ryan – Gone Baby Gone
- Tilda Swinton – Michael Clayton

Melhor Actor:

- George Clooney – Michael Clayton
- Emile Hirsch – Into The Wild
- Viggo Mortensen – Eastern Promises
- Ryan Gosling – Lars and The Real Girl
- Daniel Day-Lewis – There Will Be Blood

Melhor Actriz:

- Cate Blanchett – Elizabeth: The Golden Age
- Angelina Jolie – A Mighty Heart
- Julie Christie – Away From Her
- Ellen Page – Juno
- Marion Cottilard – La Vie en Rose

Melhor Elenco:

- 3:10 To Yuma
- American Gangster
- Hairspray
- Into The Wild
- No Country For Old Men

Estes são, sem sombra de dúvida, os prémios mais importantes na antecipação aos Óscares, no que nas categorias de interpretação diz respeito. Basta pensar que, no ano passado, das vinte nomeações (Melhor Actor, Actriz, Actor Secundário e Actriz Secundária), apenas uma não coincidiu com os Óscares, a de Leonardo Di Caprio como Melhor Actor Secundário em The Departed.

No entanto, nomes de peso ficaram de fora desta lista apresentada hoje e, nenhum deles será surpresa se for anunciado nas nomeações para os Óscares. Não acreditamos que estes já estejam fora da corrida: Johnny Depp (Sweeney Todd), Tom Hanks (Charlie Wilson's War), Paul Dano (There Will Be Blood), Philip Seymour Hoffman (Before The Devil Knows You're Dead, The Savages, Charlie Wilson's War), James McAvoy (Atonement), Saoirse Ronan (Atonement), Amy Adams (Enchanted) e Jodie Foster (The Brave One).

Os vencedores dos Screen Actors Guild Awards serão conhecidos a 27 de Janeiro.

Alvy Singer

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9 - Charlie e a Fábrica de Chocolate (2005).

Subindo na lista dos 10 Filmes de Natal – isto agora vai ter de ser a uma média de dois por dia, para anunciarmos o número um, na tarde de dia 24 – chegamos àquela que foi, na altura, a quinta colaboração de Tim Burton e Johnny Depp, Charlie e a Fábrica de Chocolate.

Em abono da verdade, talvez o espírito natalício presente neste filme não seja tão evidente quanto isso. Outros filmes há, que respiram muito mais natividade em muitos menos frames. No entanto, nesta obra de Burton, como é seu apanágio, quantidade não é qualidade. A palavra Natal deve aparecer para aí umas quatro ou cinco vezes mas, essas são as suficientes para contextualizar. A neve concretiza o ambiente friorento e, deste modo, no quente do lar, com uma lareira, um aquecedor, uma manta, o quer que seja, este é um dos melhores filmes que por aí anda para se ver na noite da consoada.

Como prémio pelo visionamento recebemos uma interpretação de se lhe tirar o chapéu (ele é que o tira umas quantas vezes…) de Johnny Depp, um desempenho impressionante de Freddie Highmore (um miúdo que cada vez mais nos faz lembrar o pequeno Bale), e um punhado notável de músicas compostas pelo talentoso Elfman.

O filme é um rodopio de emoções. Ora nos faz rir a bandeiras despregadas, ora nos leva a suster a respiração de ansiedade, ora suspiramos de alívio, ora nos leva a uma profunda admiração de cada vez que entramos numa nova parte da fábrica de Willy Wonka… Uma coisa é certa, só pelo olhar de Charlie quando encontra o bilhete dourado, vale a pena ver este filme. Seja na noite de Natal, seja em qualquer outra.

A Prenda no Sapato: O chocolate. O grande bónus deste título é mesmo o chocolate. Aliás, apesar de haver quem não goste de comer enquanto vê um filme, grupo no qual me incluo, deverei dizer que poucas experiências cinematográficas se assemelham a esta, quando algumas barras de chocolate estão ao nosso lado.

Alvy Singer

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'O Hobbit', em 2010.

Avançada ontem a informação em primeira-mão pelo Pedro, num comentário ao post sobre os segundos e terceiros visionamentos na sala de cinema, é chegado o momento de anunciarmos como deve ser o arranque das diligências para a concretização de O Hobbit.

Ao que parece o projecto tem mesmo já prazos a cumprir e algumas posições estão já definidas. Por exemplo, Peter Jackson não será o realizador. Para além de produtor, Jackson acumulará apenas a função de argumentista, onde contará, aliás, com as habituais contribuições de Fran Walsh e Philippa Boyens. Sobre este Hobbit importa dar a conhecer a visão de Jackson e Walsh, e o porquê de estarmos perante dois filmes. Na verdade, Peter Jackson e companhias sempre entenderam que a versão cinematográfica de O Hobbit deveria constar de duas películas. A primeira seria um relato fiel da obra de J. R. R. Tolkien. A segunda, imaginada do princípio ao fim, ligaria a conclusão da obra de Tolkien ao início de A Irmandade do Anel - a bem dizer, não será propriamente imaginada do princípio ao fim, visto que Tolkien escreveu sobre este período, nomeadamente, em Os Contos Inacabados e nos apêndices de O Regresso do Rei, como tão bem nos lembrou o Somniu. Sendo assim, a ideia é acertar pormenores de pré-produção em 2008 para, em 2009, as filmagens começarem, e os filmes saírem em 2010 e 2011.

Sobre o facto de Peter Jackson não comandar as hostes a partir da cadeira de realizador, Ken Amis, manager do cineasta, avança uma justificação: “Peter won't be directing because he felt the fans have waited long enough for The Hobbit. It will take the better part of every day of the next four years to write, direct and produce two 'Hobbit' films. Given his current obligations to both The Lovely Bones and Tintin waiting for Peter, Fran, and Phillippa to write, direct and produce The Hobbit would require the fans wait even longer”. Está bem, se é assim, a gente aceita. Por muito que custe.

Aguarda-se, então, pelo nome do realizador. Sam Raimi, Guillermo Del Toro e Alfonso Cuaron são os nomes mais falados, por enquanto.

Alvy Singer

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Sem tirar a roupa.

Isto poderá não ser muito bem entendido com uma notícia. Quer dizer, importa assim tanto o que Julia Roberts terá a dizer ao mundo? Se calhar, até importa. Sobretudo se estiver relacionado com cinema. E, melhor ainda, se ela meter os pés pelas mãos.

Antes de mais, a ressalva indispensável, e que fica sempre bem nestes casos, mesmo que não seja verdade (embora seja): Eu gosto de Julia Roberts. Enquanto actriz, entenda-se. E, não por Pretty Woman, quiçá o seu trabalho mais aclamado. Onde Roberts conquistou em definitivo a admiração deste que se assina foi em Everyone Says I Love You, Erin Brockovich e Closer. No entanto, reconhecer o talento de uma actriz nunca foi impedimento para colocar a descoberto a sua astúcia.

Com efeito, desta frase de Roberts, todos devemos tirar as nossas próprias conclusões. Eu posso dizer que consegui tirar duas, a saber: a) Do facto de Julia Roberts jamais se despir num filme, não vem grande mal ao mundo e, b) Felizmente, Kate Winslet, Juliette Binoche, Jodie Foster, Julianne Moore, Susan Sarandon, e outras tantas que marcaram a história do cinema, pensam de maneira diferente. O que Julia Roberts disse, afinal de contas, foi o seguinte:

“I wouldn't do nudity in a film. To act with my clothes on is a performance. To act with my clothes off is a documentary”.

Pois, se calhar é por isso que ninguém percebe A Lagoa Azul. Aquilo não é ficção. Está tudo explicado.

Alvy Singer

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