Duas sem três, até quando?
Só depois de ficarmos a conhecer os vencedores dos Screen Actors Guild Award, no próximo domingo, é que poderemos fazer algumas previsões mais minuciosas. No entanto, por enquanto, na categoria de Melhor Actriz, já deu para perceber que Kate Winslet e Meryl Streep são as únicas duas com lugar garantido. A primeira, à procura de sair do Kodak Theater pela primeira vez com uma estatueta na mão; a segunda, habituada a estas andanças, ou não detivesse o recorde de nomeações nas categorias de interpretação. Streep começou a espalhar talento em 1977, com Julia, de Fred Zinnemann, ao lado de estrelas conceituadas como Jane Fonda, Vanessa Redgrave e Jason Robards. Um papel menor, mas tomado a pulso, que haveria de abrir as portas certas. Dai para cá, Streep tem amealhado nomeações aos Oscar, continuando a encantar cinéfilos com fartura, de todas as gerações, transformando-se na rainha, não a de Mirren, mas de Hollywood. A primeira nomeação surgiu com o magnifico The Deer Hunter (1978). Seguiram-se Kramer Vs Kramer (1979), The French Lieutnant’s Woman (1981), Sophie’s Choice (1982), Silkwood (1983), Out of Africa (1985), Ironweed (1987), Evil Angels (1988), Postcards From the Edge (1990), The Bridges of Madison County (1995), One True Thing (1998), Music of the Heart (1999), Adaptation (2002) e The Devil Wears Prada (2006). Ele há carreiras brilhantes, e Katherine Hepburn e Jack Nicholson que o digam, mas esta é de tirar o fôlego. E, pensar que Streep ainda terá tanto para dar. Provavelmente, a Academia não estará com grande pressa de lhe entregar o terceiro Oscar. Contudo, nunca se sabe. Já lá vão vinte e seis anos desde a última vitória. A verdade é que aguardamos com expectativa a chegada de Doubt, para dizer de nossa justiça. Enquanto isso não acontece, vamos recordando momentos deliciosos do passado de Meryl Streep, como esta excepcional cena de Postcards From the Edge, em que a personagem de Shirley MacLaine, mãe de Meryl Streep no filme, pergunta a esta se preferia que Joan Crawford ou Lana Turner a substituíssem no papel de progenitora. These are the options? You, Joan or Lana?.
Bruno Ramos
Etiquetas: Doubt, Meryl Streep
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