DGA - Vencedores

Faltam cinco dias para a chegada do vencedor deste ano do Oscar de Melhor Filme. Alguns colegas aqui da redacção tiveram oportunidade de assistir à antestreia, na passada quinta-feira. Por aqui, as coisas também estavam organizadas nesse sentido. No entanto, a noite de quarta-feira, fria até mais não, serviu para arruinar o dia seguinte. De repente, 05 de Fevereiro passou a ser o dia mais importante do ano.

Neste momento, a excitação em torno de Slumdog Millionaire não resulta apenas da curiosidade para confirmar elogios. Parte deste entusiasmo prende-se também com a intenção de confirmar a veracidade de algumas considerações, que defendem o auxílio de factores externos a elevar a obra de Danny Boyle. Há quem diga, quase com receio de magoar o filme de Boyle, que o ano de 2008 é tão fraco, que a culpa de limpar os troféus todos nem sequer é sua. Mais demérito de terceiros, do que mérito próprio. No fundo, respira-se cepticismo por estes lados.

Agora, quando vemos Danny Boyle a ganhar o Directors Guild Award – aqui ficam os vencedores da edição deste ano –, assegurando praticamente o Oscar de Melhor Realizador – depois de ter arrebatado o Globo de Ouro –, torna-se complicado não nos rendermos às evidências. Este filme vai longe. Pelo menos, até 22 do corrente mês. Ainda para mais, quando a História nos diz que, até ontem, apenas existiam dois filmes a vencer nos Globos de Ouro (Melhor Drama), Critics Choice, SAG Elenco, PGA e DGA. Lord of the Rings: Return of the King (Peter Jackson, 2003) e American Beauty (Sam Mendes, 1999). Dois filmes que acabariam por ganhar também o BAFTA. No entanto, mais admirável do que isso, é que só existe um filme a ter ganho nos WGA, PGA, DGA, Globos de Ouro (Melhor Drama), Scripter e BAFTA. Schindler’s List (1993), de Steven Spielberg. E, os Critics Choice e SAG Elenco não existiam na altura. Deste modo, se Slumdog Millionaire prosseguir com este ritmo avassalador, ganhando nos WGA, BAFTA e Oscar, tornar-se-á no título que mais troféus arrecadou durante uma temporada de prémios. Um filme que, há meio ano, ninguém dava por ele.

Bruno Ramos