Palpites.

Quem passar estes dias à porta dos Cinemas do Colombo, depara-se com um enorme saco de compras vermelho. Gigante, mesmo. Uma mega (in)action figure alusiva ao filme Confessions of a Shopaholic. A mês e meio da sua estreia, marcada para o dia a seguir àquele outro em que podemos mentir sem problemas na consciência, apraz-nos manifestar aqui a ausência de qualquer preconceito em relação a este título. Muito pelo contrário. A imagem que ilustra este post serve para afirmarmos que olhamos para o filme de P.J. Hogan (Muriel’s Wedding) como a obra em exibição numa imaginária sala 3. Uma sala onde homens e mulheres convivem num ambiente são e harmonioso. As expectativas para este filme estão mais elevadas do que seria de supor. E, isto aconteceu quase sem nos apercebermos. Hoje, damos por nós a acreditar que isto será melhor do que The Devil Wears Prada, e meterá Sex and the City a um canto. Tudo conjecturas tão sólidas como um castelo de cartas. No entanto, munidos dessas crenças, será assim que entraremos na sala.

Baseado na obra da autora britância Sophie Kinsella, o filme relata a história de Rebecca Bloomwood, uma jovem nova-iorquina, doce e encantadora, com um pequeno problema. Viciada em compras. Outro problema, infelizmente, vem atrelado a este. Dívidas. O sonho de Rebecca é trabalhar numa reconhecida revista de moda. E, quando surge a oportunidade de ser conselheira numa coluna de uma revista financeira, da mesma cadeia de publicações, a porta abre-se. De um momento para o outro, a sua coluna torna-se tremendamente popular. E, tudo parece correr na perfeição. Não fossem aqueles dois problemas. A sua vida amorosa não estabiliza, e a carreira fica ameaçada. Isla Fisher, Hugh Dancy, Joan Cusack, John Goodman, Kristin Scott Thomas e John Lithgow encabeçam o elenco. Jerry Bruckheimer protagoniza – mesmo aqui, estranhamente, não cedemos ao preconceito. As palavras de Owen Gleiberman, na Entertainment Weekly, enchem-nos de esperança.

“Breathless and petite yet powerfully in-your-face, Fisher combines dizzy femininity and no-nonsense verve in the manner of a classic screwball heroine. She's like Carole Lombard reborn as a tiny angel-faced dynamo”.

Aqui fica o trailer.

Bruno Ramos