Dupla.

Neste dia nebuloso, parco em notícias, dois títulos saltam à vista. Dois que ainda circulavam abaixo dos radares da Premiere, mas que, a partir de agora, passam a fazer parte da pasta A seguir de perto, que alguém pode ganhar um Oscar com isto. O primeiro The Way Back. No Carpetbegger, Michael Cieply tira a fotografia a alguns dos filmes mais aguardados para a próxima temporada de prémios e que continuam sem um distribuidor por terras do Tio Sam. Lá para o meio, The Way Back, de Peter Weir. Agora, se os outros cinco (Agora, Alejandro Amenabar; Bright Star, Jane Campion; Creation, Jon Amiel; The Young Victoria, Jean-Marc Vallee; Men Who Star at Goats, Grant Heslov) nos parecem pertinentes, o de Weir parece estar a mais. Não por não merecer a nossa atenção, mas por vir antes de tempo. Kristopher Tapley, do InContention, revela uma conversa que teve com Ed Harris no mês passado, quando o actor lhe transmitiu que estava de viagem para a Bulgária para filmar as suas partes. Isto demonstra como a produção está muito no inicio, e o drama histórico passado em 1941 só deverá chegar às salas em 2010 – por sinal, a data que o IMDB atribui. Mas, já estamos de vigia.

O segundo, It’s a Wonderful Afterlife. Não estamos aqui para enganar ninguém. O nome do filme é 90% da curiosidade. No entanto, saber que Sally Hawkins e Zoe Wanamaker assinaram recentemente também ajuda. Quem o diz é o Hollywood Reporter. Em abono da verdade, a premissa é igualmente apelativa. Escrito, produzido e realizado por Gurinder Chadha (Bend it Like Beckham), o filme relata a obsessão de uma mãe com o casamento de todas as suas filhas, e de como esta mania acaba num assassínio em série. Segundo a autora, este será um cruzamento entre My Big Fat Greek Wedding e Shaun of the Dead. Pode ser. Contudo, o nome inspirado no clássico de Frank Capra é o truque na manga que faz o clique. O Bloody Disgusting tem o primeiro teaser poster.

Bruno Ramos