O novo de Park Chan-Wook.

Inaceitável. Thirst, o próximo título de Park Chan-Wook anda por aí nas bocas do mundo e, aqui no Deuxieme, ainda não lhe demos uma olhadela. Para começar, a controvérsia em torno do poster. Este cartão-de-visita aqui em cima, bem bonito por sinal, foi banido na Coreia do Sul. Segundo a Variety, é proibido mostrar um padre num contexto sexual. Muito bem. Tirando abrir nozes, não há nada que o photoshop não resolva. Et voilá, surge um novo poster, sem as pernas no epicentro do busílis – entretanto, apareceu mesmo um outro novo poster. Para além disto, durante as últimas duas semanas circulou um teaser trailer – que pode ser ainda encontrado no Youtube –, sem consentimento da CJ Entertainment. A produtora veio agora dizer ter-se tratado apenas um esboço praticamente acabado do trailer oficialmente apresentado ontem. E, que trailer. Mas, antes de lá irmos, como sempre, impõe-se a sinopse.

O acarinhado e devoto padre de uma pequena vila voluntaria-se para participar como cobaia em experiências médicas, que acabam por transformá-lo num vampiro. Alterações físicas e psíquicas conduzem a um romance com a mulher de um dos seus amigos de infância, enfraquecido mentalmente com a dureza do meio que o circunda. O padre mergulha progressivamente numa espiral de angústia e amoralidade. Cada vez mais próximo do precipício, a única salvação é agarrar-se ao vestígio de benevolência dentro de si. O trailer não está legendado. Ainda assim, as imagens já bastam para ficarmos a salivar.

Bruno Ramos