Deuxieme


terça-feira, julho 31, 2007

Um Filme não se mede aos palmos.

Na semana passada, a propósito da aquisição de Coração Selvagem (David Lynch), falei aqui da ânsia que tenho, neste momento, de encontrar em DVD todos os títulos que foram parte integrante da preciosa colecção de cassetes VHS que em tempos possui. Aquilo que não me apercebi antes de partir para esta tarefa, foi que esta era uma tarefa hercúlea. Quando comecei a elaborar a lista destes filmes a adquirir, constatei que esta era uma lista muito reduzida. Certamente faltariam ali uns quantos. Este fim-de-semana deparei-me precisamente com uma obra que não constava da lista, mas que tinha sido uma das relíquias que passaram directamente da televisão para uma qualquer cassete gravada no vídeo aqui de casa. Com a breca, como é que possível ter-me esquecido que tive Bugsy Malone?

Este é um dos filmes favoritos da minha infância. É talvez a única paródia em forma de musical a um filme noir e de gangsters, em que todos os papéis são interpretados por crianças. Ninguém tinha mais de dezasseis anos. Em vez das armas de fogo que lhes são características, aqui os gangsters recorrem a armas de doces, que disparam um creme rico em sacarose. Não existem carros motorizados, mas sim pedalizados, como se de uma bicicleta se tratassem.

O filme relata a história de Bugsy Malone, um ex-lutador de boxe (na altura ou se lutava boxe, ou se era criminoso de modo a pagar a alguém para lutar boxe), que se vê incluído no gang de Fat Sam, que se encontra numa luta territorial feroz com o impiedoso Dandy Dan. Isto porque Dandy Dan deitou as mãos a uma arma muito mais poderosa do que aquela que Fat Sam utiliza – o lançamento manual de tartes. Bugsy Malone será a chave para este imbróglio. De entre os petizes, a destacar naturalmente o desempenho de Scott Baio, mas também o de uma pequena chamada Jodie Foster, que nesse mesmo ano participou num modesto filme de nome Taxi Driver. Aqui fica a apresentação de Jodie Foster no filme, quando ficamos todos a saber de forma graciosa que o seu nome é Tallulah.


Esta obra de Alan Parker pode até ser feita exclusivamente por crianças, mas isso não significa que sejam somente elas os destinatários. Este é um filme para todas as idades. Passados trinta anos, a obra continua a apresentar o mesmo encanto de sempre. Os elementos que são alvo de sátira continuam actuais, os números musicais criados por Paul Williams continuam soberbos, e todo aquele ambiente festivo que percorre o filme, continua vivo ao fim de tanto tempo. Esquecer-me de Bugsy Malone acabou por não ser assim tão mau. Foi quase como se tivesse entrado neste mundo repleto de ilusões pela primeira vez.

Alvy Singer

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Incrivel. Esse é um dos meus filmes preferidos, Alvy! É um filme que se calhar passa ao lado de muita gente, mas não devia. Recomendo vivamente a todos aqueles que ainda não o viram. Disponivel no Youtube estão vários momentos memoráveis, de entre os quais destacaria o ultimo numero musical. Cheesy, sem duvida, mas muito bom.

31 de julho de 2007 às 13:33  

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