Deuxieme


segunda-feira, maio 28, 2007

Cinco Considerações

Longe de ser uma critica, estas são apenas cinco considerações sobre Os Piratas das Caraíbas: Nos Confins do Mundo.


Consideração Nº 1: Duração. Exigia-se menos meia hora de filme, algo perfeitamente concebível, que não só não prejudicaria o filme, como talvez ajudasse ainda a imprimir um estilo mais veloz à narrativa, carregando-a de acção e comédia. Era isso que se pedia, e foi essa a indicação que todos nós, fãs algo cabisbaixos à saída de O Cofre do Homem Morto, deixámos a Gore Verbinski. Pena este não lhe ter dado a devida atenção.

Consideração Nº 2: Johnny Depp. Não é necessário voltar com um quarto filme, para que Jack Sparrow ocupe o lugar que merece na história do cinema. Uma das melhores criações de sempre, que não sofre uma quebra tão acentuada em Nos Confins do Mundo, como aquela que aconteceu no filme anterior. No final, a personagem que deixa mais saudades, e aquela que mais nos leva a ansiar por um novo capitulo, é o mais fearless pirata dos sete mares, Jack Sparrow.

Consideração Nº 3: Divisão ao meio. Os intervalos nas sessões de cinema vieram ajudar a uma melhor definição das partes de um filme. E este tem claramente duas metades. Há quem afirme simpatizar mais com a primeira, mais trabalhada e organizada, do que da segunda, mais desconexa e desgarrada. Pessoalmente, gostei mais da última. A primeira fez lembrar alguns momentos mais melosos de O Cofre do Homem Morto

Consideração Nº 4: Óscares. Não, Johnny Depp não será nomeado, assim como não será Keira, nem Orlando Bloom. Mas este é, para já, o filme com os melhores efeitos especiais do ano. Ainda muito está para vir, mas parece que os efeitos de Piratas das Caraíbas suplantam claramente os de Homem-Aranha 3 e os de 300.

Consideração Nº 5: Fim. A saga, mesmo que não venha a ser uma trilogia, tem neste seu terceiro episódio um final digno de uma série de qualidade. Mesmo que o livro se volte a abrir, a ultima página a ter sido virada não deixa de ser deliciosa. É claro que em alguns momentos nos pareceu que algumas linhas foram escritas à pressa, e sem grandes cuidados, contudo, o final acaba por juntar peças que pensávamos jamais ver encaixadas. E vale a pena ficar na sala até ao fim do genérico.

Alvy Singer

5 Comments:

Blogger Miguel Ferreira said...

Parece que o 3 é numero amaldiçoado este ano, e tal como o Homem-Aranha este terceiro capítulo é uma desilusão.Não é um mau filme, mas deixa um sabor esquisito na boca.Falha nos mesmos locais onde o outro falhou, nas personagens, falta carne e sentimento, são meras peças de uma engrenagem demasiado grande e poderosa para um realizador controlar.Há demasiados interesses, demasiado a mostrar, e as pessoas perdem-se.Mesmo Depp está apagado, sombra do que foi no primeiro, apenas a cumprir calendário e a tentar manter a cabeça fora de água.Para se juntar a esta falta de empatia temos o cansaço, resultado de quase três horas de aventura(não se percebe o porquê de esta edição tão extensa).É pena a aventura já não se sentir...

29 de maio de 2007 às 22:12  
Anonymous Anónimo said...

Para mim este 3o POTC também foi uma desilusão. Não uma desilusão completa mas uma desilusão relativa já que não deixa de ser um bom entretenimento, pontuado por boas piadas e efeitos especiais deslumbrantes mas que fica longe da qualidade do 1o e do 2o. Já não há a mesma empatia com a história, com as personagens, é demasiado longo e cansativo. Já não desperta a criança que existe em todos nós, aquela criança que se quer perder num mundo onde monstros marinhos e mil e uma aventuras existem! Tem-se comparado muito este 3o capítulo ao 2o, mas pessoalmente, gostei muito do Cofre do Homem Morto, não achei que ficasse muito a perder em relação ao 1o. Já este 3o, deixou-me mesmo um gostinho amargo na boca... Mas, volto a repetir, não deixei de me entreter e de me deliciar pela 3a vez com a fabulosa interpretação de Johnny Depp,apesar de já faltar um bocado a frescura e a novidade que a personagem exibia no 2o e, especialmente no 1o filme. Outra coisa de que me apercebo é que se tem dito mal das 3as partes devido a este Piratas e ao Homem-Aranha. Pessoalmente, não concordo com essas afirmações já que adorei o 3o homem aranha e acho que Homem-Aranha 3 nada fica a dever ao 1o e ao 2o(para mim, Homem-Aranha 2 é um dos expoentes máximos de um filme de super-heróis), já este 3o Piratas fica muito a dever aos seus antecessores. É pena...

30 de maio de 2007 às 16:49  
Blogger claudiagameiro said...

Cláudia said

Discorco quase em total com as outras afirmações e até que enfim que leio alguém dizer bem dos piratas! O primeiro filme é sempre o primeiro e os subsequentes serão sempre uma sombra da novidade inicial. Mas sai do cinema satisfeita porque vi uma história tão boa quanto a primeira, com um final tão surpreendente e (ao contrário de algumas críticas) não tão confusa e monótona como a do segundo filme. Fiquei apenas triste com o relativo apagamento de Jack Sparrow. O cansaço é notório nesta terceira fase, ainda que isso em nada deixe perder o filme. Um filme mais noir e claramente mais triste, mas também cómico e genial, tão bom quanto a maldição do pérola negra. Exigia-se um pouco mais de alma ás personagens, mas não nos podemos esquecer que os actores fizeram dois filmes de três horas cada totalmente de seguida! Não há pirata que aguente!

30 de maio de 2007 às 18:55  
Blogger Alvy Singer said...

Atenção, para que não haja dúvidas, a avaliação global de 'Nos Confins do Mundo' é positiva. Antes de qualquer outra coisa, no geral, o filme é bastante satisfatório, e a originalidade do tema continua a conferir à obra um imaginário totalmente diferente daquele que semanalmente encontramos nos outros filmes que nos vão chegando. Contudo, o filme não pode fugir aquilo que é: uma sequela. E é por ser exactamente o que é, que será sempre comparado com os dois que o antecedem. Para o melhor e para o pior. Podíamos sempre questionarmo-nos: Se este ultimo capitulo tivesse sido o primeiro, o efeito surpresa faria com que fosse o mais conseguido? Talvez. A verdade é que, hoje, a ordem deles é imutável e, felizmente ou não, isso acaba por influenciar o nosso parecer. Agora, apesar de achar que este é também um bom filme, não o considero superior ao primeiro. Aquilo em que ele é verdadeiramente superior é na duração e, aqui entre nós que ninguém nos ouve, talvez resida aí também a sua maior inferioridade.

30 de maio de 2007 às 19:59  
Anonymous Anónimo said...

e já agora deixo aqui o que pensei acerca deste terceiro filme:

"E o Jack Sparrow voltou para piratear pela última vez no grande ecrã. Por menos é isso que se espera, e nos próximos tempos muito dificilmente se voltará a ouvir falar deste "exemplar" pirata. Mas vamos por partes.

Este terceiro capítulo desta trilogia é o seguimento directo da história do 2º filme. Quando este termina, ficamos como que "pendurados" com uma pergunta "Quem está disposto a ir salvar Jack Sparrow aos Confins do Mundo?" e obviamente, todos irão. E é aqui que o terceiro filme tem o seu começo: o salvamento do Capitão Jack. Mas se se verificou um declínio da qualidade do filme do 1º para o 2º, voltou-se a presenciar uma descida da qualidade do 2º para o 3º, infelizmente.

Começando por falar das partes boas: Johnny Depp. Este grande actor interpreta com imensa genialidade esta personagem tão única e que rapidamente se tornou um ícone do cinema. Mas não é só ele que faz o filme, existem outros tantos componentes que quando somados e espremidos pouco ou nenhum sumo vertem. Em termos de actores e representações é onde o filme mais brilho tem, sem sombra de dúvidas. Um Orlando Bloom que tem também um papel que muitos matariam para ter, e uma Keira Knightley que se mantém equilibrada (por vezes, fraca, mas não afectando o filme) durante as duas horas e meia de duração do filme. Seguem-se os deslumbrantes efeitos especiais que deixam qualquer um de água na boca (principalmente aos piratas que muita água apanharam), mas é nessa mesma água que o filme começa a pouco e pouco a afundar-se. Digamos que acabou de provar o seu próprio veneno.

Filme demasiado longo, com cenas demasiado efeito "chouriço", vão acabar por tornar este filme numa enorme pastilha elástica que acaba depressa o sabor e a meio do filme e já se nota o esforço tanto por parte do espectador como do filme que tenta incansavelmente prender o mesmo ao ecrã, algumas vezes sem conseguir, vendo bem, raras vezes conseguindo. A história acaba por se enrolar nela mesmo e no final tudo está bem, quando acaba bem, e repensando naquele final, desengane-se aquele que pense que esta saga fica-se por aqui. Poderá não ser tão próximo quanto esperamos, mas irá voltar.

Resumindo e concluindo (e para não me alongar demais, tal como o filme), para quem já segue Jack Sparrow pelos mares desde o primeiro filme, não deverá perder este final que não sendo de todo espectacular, também não é algo de se deitar fora, mas para aqueles que pouco ou nada lhes diz estas histórias de piratas, não irão perder de certeza um dos filmes do ano."

7/10

cumprimentos

31 de maio de 2007 às 00:33  

Enviar um comentário

<< Home

Menu Principal

Home
Visitantes
Website Hit Counters

CONTACTO

deuxieme.blog@gmail.com

Links

Descritivo

"O blogue de cinema"

  • Estreias e filmes em exibição
  • Próximas Estreias
  • Arquivos

    outubro 2006 novembro 2006 dezembro 2006 janeiro 2007 fevereiro 2007 março 2007 abril 2007 maio 2007 junho 2007 julho 2007 agosto 2007 setembro 2007 outubro 2007 novembro 2007 dezembro 2007 janeiro 2008 fevereiro 2008 março 2008 abril 2008 maio 2008 junho 2008 julho 2008 agosto 2008 setembro 2008 outubro 2008 novembro 2008 dezembro 2008 janeiro 2009 fevereiro 2009 março 2009 abril 2009 maio 2009 junho 2009 julho 2009 agosto 2009 setembro 2009 outubro 2009 novembro 2009 janeiro 2010 fevereiro 2010 março 2010 abril 2010 maio 2010 junho 2010 julho 2010 setembro 2010 outubro 2010 novembro 2010 dezembro 2010 janeiro 2011 fevereiro 2011

    Powered By





     
    CANTINHOS A VISITAR
  • Premiere.Com
  • Sound + Vision
  • Cinema2000
  • CineCartaz Público
  • CineDoc
  • IMDB
  • MovieWeb
  • EMPIRE
  • AllMovieGuide
  • /Film
  • Ain't It Cool News
  • Movies.Com
  • Variety
  • Senses of Cinema
  • Hollywood.Com
  • AFI
  • Criterion Collection