Deuxieme


terça-feira, março 31, 2009

Fantástico Mr. Anderson.

Wes Anderson está de volta em 2009. Agora, se nos Estados Unidos será preciso esperar até meados de Novembro para ver Fantastic Mr. Fox, a adaptação da obra de Roald Dahl, por cá, o título deverá chegar às salas só em 2010. Sejamos pacientes. É certo que aguardar pela primeira animação de Anderson tem o seu quê de inquietude. No entanto, até lá teremos certamente uns quantos teaser posters, trailers e clips desta história sobre uma raposa (Mr. Fox) que passa a vida a roubar três malditos agricultores, para nos entreter. Aliás, as festividades já começaram. Esta semana, o JoBlo deu a conhecer o logo oficial da obra. E, durante o fim-de-semana decorreram os primeiros test screens em Nova-Iorque. Duas críticas à pressão, na corrida pelas primeiras impressões, só têm a dizer bem. A primeira, do absolutepunk.net.

Fantastic Mr. Fox - 9/10. Ive seen many test screenings lately, and this by far was the best of them (others being Taking Woodstock & Assasination of High School President). It was a different company doing the test screening so there was no focus group after to talk of the movie…and they made me sign a contract saying that I wouldnt do what Im doing (reviewing the movie). But it was good! To me it was Watership Down + Wallace and Gromit + Wes Anderson = Fantastic Mr. Fox”.

A segunda, do RLMukForum.com.

I’m a big Wes Anderson fan as it is, and Fantastic Mr Fox is such a great story that it would be very hard to screw it up, but from what I’ve seen so far, he’s really done an incredible job. (…) The film was very good. Even on an ungraded film reel, it still looked absolutely fantastic. (…) I can’t wait to see the finished version, and neither should you”.

O filme conta com as vozes de George Clooney, Cate Blanchett, Bill Murray, Jason Schwartzman, Angelica Huston e Meryl Streep.

Bruno Ramos

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Novas promessas.

Até hoje, uma sequela de Eastern Promisses (David Cronenberg, 2007) parecia-nos tão provável como alguém ser capaz de fechar uma gaveta à chave e meter a chave lá dentro – já agora, Danny Ocean deve ser o homem para este trabalho. Agora, graças a uma entrevista do cineasta com a MTV – num post que começa logo com um spoiler a revelar o fim do filme –. somos obrigados a considerar um segundo capítulo da história de Nikolai e Anna como algo menos hipotético, e mais próximo do real. Por mais distante que isso ainda esteja. Por enquanto, apenas temos as declarações de Cronenberg. E, porque temos no cineasta um homem de palavra, aqui ficam elas.

We are moving forward with it. We all are excited about the idea of doing a sequel. We are going to have a meeting very soon between me, Steve Knight and Paul Webster to discuss what the script would be”.

Quer isto dizer que, para além de Cronenberg e Mortensen – actor que o realizador não se cansa de elogiar –, Steve Knight, o argumentista, e Paul Webster, o produtor, deverão voltar a fazer parte da equipa. Scanners (1981) e The Fly (1986) foram os únicos filmes de Cronenberg a ter uma continuação. No entanto, o realizador acabaria por ser outro. A sequela que Cronenberg mais perto esteve de realizar foi Basic Instinct 2. Cruzes canhoto. Até final do ano, esperamos novidades. Gostámos da ideia. Estamos sempre prontos para ver Nikolai apagar um cigarro.

Bruno Ramos

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Drag Me To Hell - Trailer.

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Só porque Spider-Man 3 defraudou expectativas colossais, não podemos partir para cima de Sam Raimi com sete pedras na mão. Estamos a falar do cineasta que brindou a humanidade com Evil Dead (1981), Evil Dead II (1987), Army of Darkness (1992), Spider-Man 2 (2004), e o delicioso A Simple Plan (1998). Contudo, por estes dias, parece que há quem tenha deixado de tomar a dose diária recomendada de queijo. E, a memória ressente-se. A não ser que, pura e simplesmente, não se goste de qualquer obra deste realizador. Felizmente, não isso que se passa por estas bandas. Agora, não só fazemos parte do grupo que aprova com um enorme visto a carreira de Raimi, como já lhe demos o cartão vitalício de realizador certificado. Como que a dizer que, mesmo que Raimi nunca mais faça qualquer filme de jeito, terá sempre a benesse daquilo que já produziu, e a sua reputação permanecerá imutável para todo o sempre. Se pensarmos que o seu último grande triunfo chegou em 2004, e recordarmos que a primeira entrada no seu currículo remonta a 1978, percebemos que este não é um percurso profissional qualquer. Quantos não andam ainda por aí – Brett Ratner – à procura de firmar créditos na indústria, mesmo com grandes projectos oferecidos de mão-beijada? Raimi já se deixou disso.

Isto tudo a propósito da chegada de Drag Me To Hell. O primeiro título de terror de Raimi, desde que o cineasta mergulhou na saga da Marvel. O filme conta-nos a história de Christine (Alison Lohman), uma jovem empregada numa empresa de créditos que recusa um novo empréstimo a uma idosa endividada, obrigando-a a sair de casa. Sobre Christine, imediatamente se abate um feitiço sobrenatural que transforma a sua vida num inferno. O trailer mostra-nos algo entusiasmante? Nem por isso. O poster assusta, ou dá apenas a ideia de que Lohman está a ter um orgasmo? É mais a segunda. Ainda assim, é Raimi. Chega-nos.

Alvy Singer

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segunda-feira, março 30, 2009

Veio de outro mundo.

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Depois de termos esbarrado há pouco num clip de Alien Trespass, a lista dos filmes a não perder em 2009 engrossou mais um bocado. Mais um a juntar aos noventa e dois que já faziam parte do restrito grupo. Já tínhamos lido algumas notícias sobre este título, que estreia esta semana nos Estados Unidos, porém, ainda não nos tínhamos cruzado com qualquer imagem. O que está mal, porque se tal tivesse acontecido andávamos por aí ainda mais sorridentes, a pensar que este ano tem tudo para satisfazer os desejos do mais exigente cinéfilo que há em nós. O filme é realizado por R.W. Goodwin, um dos co-produtores The X Files que foi nomeado para cinco Emmys graças à criação de Chris Carter. Goodwin escreveu um e realizou nove dos 186 episódios. Tão profunda colaboração com uma série de índole tão paranormal, só podia resultar em algo deste género.

Passado em 1957, Alien Trepass conta-nos a história de um objecto que cai do céu, em pleno deserto californiano. Com ele, a ameaça de um desastre na Terra. Da nave sai Ghota, uma criatura assassina que tem como único propósito destruir todas as formas de vida do planeta. No entanto, um extraterrestre benevolente, Urp, assume o corpo de Ted Lewis (Eric McCormack) – um astronauta local – e, com a ajuda de Tammy (Jenni Baird), uma empregada de mesa, decide fazer o que for preciso para salvar a humanidade. Este ano, a obra de Goodwin já passou pelo Festival de Palm Springs e Boston, e as reacções não têm sido de desprezar.

EFilmCritic: “If you go to enough genre-oriented film festivals or keep an eye out for would-be cult films, you will probably feel like you see a new movie like "Alien Trespass" every month or two - a fifties sci-fi pastiche that is described as either homage or parody. Most are awful. "Alien Trespass" is pretty decent, and probably as good as these things get”.
Aqui fica o trailer.

E, já agora, o clip que tudo despoletou. A cena em que o ser alienígena assola a sala de cinema da localidade. No grande ecrã o filme que está a passar é The Blob (Irvin S. Yeaworth Jr., 1958), com Steve McQueen. Nesse filme existe também uma cena em que uma criatura ameaça os espectadores numa sala de cinema.

Bruno Ramos

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O futuro aqui tão perto.

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O mais recente poster de Star Trek lança algumas questões pertinentes. A quantos Mach’s consegue andar a USS Entreprise? Até que ponto o chiaroescuro pode favorecer a compreensão de um poster? A mês e meio da estreia, a malta do marketing não conseguia pensar em nada menos dúbio e incipiente? Tudo perguntas que nos dariam tema de conversa para os próximos sete minutos. Agora, pano para mangas dava a proposição que acompanha o terceiro spot publicitário do filme. Forget Everything You Know. Para além de ser uma das frases menos vistas de sempre em trailers, logo a seguir a Get ready for the adventure of a lifetime e From the people who brought you…, o convite deixa-nos a perguntar porque raio é que J.J. Abrams e companhia não querem que nos lembremos do quer que seja. Caramba, se não nos recordássemos de como Star Trek era bom, porque carga de água é que haveríamos de querer ver este filme? Vamos lá a ver se nos entendemos.

Bruno Ramos

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Elementar.

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O Latino Review mostra-nos o teaser poster de Sherlock Holmes, o filme de Guy Ritchie, com Robert Downey Jr., Jude Law e Rachel McAdams. Simples, escuro, daqueles que não dizem grande coisa, mas que se agarram aos confins da mente, para não mais sair de lá até à estreia. Que ainda falta. O poster deu um ar da sua graça na edição do ShoWest, que hoje começa em Las Vegas. Para os afortunados que têm o privilégio de passar pelo certame, um belo doce. Afinal, Whatever Works (Woody Allen) mostra-se ao mundo aqui. Tribeca terá direito a segundas núpcias.

Bruno Ramos

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Bruníssimo.

Parece que é a notícia do dia. Do lado de lá do oceano, todo e qualquer espaço dedicado à sétima arte reserva umas linhas para falar da classificação atribuída pela MPAA a Bruno, a próxima documédia de Sacha Baron Cohen. Nada mais, nada menos, que um honroso NC-17. A pontuação máxima, tal e qual o 10 de Nadia Comaneci em Montreal. O problema é que a Universal não ambicionava tanto, e atirava para uns furos mais abaixo. Por vezes, menos é mais. Sharon Waxman disserta sobre as declarações de um porta-voz da Universal, e afirma que Sacha Baron Cohen está ainda há procura do filme. Consta que duas versões foram apresentadas nas últimas semanas em diversos test screenings, e ambas foram bastante bem recebidas pela audiência. Resta saber se alguma delas receberá menos do que um corrosivo NC-17.

Among the objectionable scenes is one in which two naked men attempt oral sex in a hot tub, while one of them holds a baby. In another, Bruno—a gay Austrian fashionista played by Baron Cohen—appears to have anal sex with a man on camera. In another, the actor goes on a hunting trip and sneaks naked into the tent of one of the fellow hunters, an unsuspecting non-actor”.

Contextualizando os sinais nefastos desta classificação, podemos afirmar que Showgirls continua a ser o único título NC-17 a ter tido um lançamento a nível nacional, nos Estados Unidos. O machado da crítica foi cruel, e o filme esteve longe de atingir os cifrões esperados. Até hoje, continuamos à espera do filme com esta classificação que seja um sucesso de bilheteira. Em 2000, Requiem For a Dream estreou sem qualquer classificação, por opção da distribuidora. É verdade que o filme não rendeu muito, mas ganhou o afecto do público e da crítica. Por esta altura, Cohen deverá estar fechado numa qualquer sala de montagem refundida. A Universal quer um R, e a obra deve ficar mesmo por aí. No entanto, quando sair o Dvd, todos sabemos que extras teremos como presente.

Alvy Singer

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Maurice Jarre (1924 - 2009)

Faleceu ontem uma das mais importantes figuras francesas da música de filmes, vencedor de 3 Oscars da Academia e 4 Globos de Ouro. Maurice Jarre estudou música com o célebre compositor Arthur Honneger e Joseph Martenot (inventor do instrumento Ondas Martenot), estreando-se em longas-metragens em 1959 e ficando imortalizado pelas famosas partituras de Lawrence da Arábia e Doutor Jivago.

One could say my life itself has been one long soundtrack. Music was my life, music brought me to life, and music is how I will be remembered long after I leave this life. When I die there will be a final waltz playing in my head and that only I can hear.

Bernardo Sena

domingo, março 29, 2009

Taking Woodstock - Trailer.

Já anda por aí há algum tempo a circular na net o trailer de Taking Woodstock, de Ang Lee. A perspectiva de um Ang Lee mais virado para a comédia, como que a convidar a um novo visionamento de The Wedding Banquet (1992), é uma das primeiras lufadas de ar fresco que se esperam de 2009. O filme, baseado em factos reais, e inspirado no livro de Elliot Tiber, relata a vivência de um jovem que trabalha no motel dos pais em Catskills, e inadvertidamente lança os preparativos do concerto que definirá toda uma geração, no Verão de 1969. Do elenco fazem parte Demetri Martin, Eugene Levy, Imelda Staunton, Katherine Waterston, Emile Hirsch, Kelli Garner, Liev Schreiber, Jeffrey Dean Morgan, e Paul Dano. Dia 23 de Abril, o filme passará por Cannes. Nesse dia, atenções viradas para os ecos do Festival Internacional du Film.

Bruno Ramos

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23 - Quanto mais me bates...

De Francis Ford Coppola e da saga O Padrinho, voltaremos a falar neste segmento. Para já, a vigésima terceira bofetada desta lista. Da próxima vez, os intervenientes serão outros.

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Filme: O Padrinho (Francis Ford Coppola, 1972).

Gladiadores: Johnny Fontaine e Marlon Brando.

A cena: Al Martino (Fontaine), sobrinho de Don Vito Corleone (Brando), é um dos convidados no casamento de Connie (Talia Shire). Ao vê-lo chegar pela janela, um surpreso Tom Hagen (Robert Duvall) assegura que Al, um cantor aspirante a actor, deve andar com problemas. Minuto e meio mais tarde temos a confirmação. Parece que um produtor de Hollywood torce o nariz à contratação de Al como protagonista, e o pobre desgraçado não sabe o que fazer à vida. O tio diz-lhe. You can act like a man! Ainda nesta cena ouvimos pela primeira vez as sábias palavras I’ll make him an offer he can’t refuse. O Cinema nunca mais foi o mesmo.

Bruno Ramos

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Shutter Island - Teaser Poster.

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À primeira vista, este pode parecer o teaser poster de um qualquer filme baseado numa obra de Stephen King. Mas, não. Este é o teaser poster de Shutter Island – ou Ashecliffe, um dos nomes dado ao projecto em rodagem –, o próximo título de Martin Scorsese. De Shutter Island, espera-se uma película com acentuado teor noir. Este poster pisa terrenos mais rudes. Sobre o filme sabemos três coisas. A primeira, que tem um elenco do caneco. Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Bem Kingsley, Emily Mortimer, Michelle Williams, Max Von Sydow, Jackie Earle Haley, Patricia Clarkson e Elias Koteas. A segunda, que é um drama passado na década de 50, e relata a investigação do U.S. Marshall Teddy Daniels (DiCaprio), e o desaparecimento de um homicida de um hospital psiquiátrico. A terceira, que é um dos primeiros candidatos aos Oscars deste ano, mesmo sem se ter visto sequer uma única fotografia do filme.

Bruno Ramos

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Cloudy with a Chance of Meatballs - Trailer.

Baseado no livro publicado em 1978 por Judi Barrett – e ilustrado pelo seu marido de então, Ron Barrett –, Cloudy with a Chance of Meatballs é a grande aposta da Sony Pictures Animation para 2009 – ainda aguardamos a confirmação de Neanderthals para este ano, e Smurfs só verá a luz do dia em 2010. O filme relata a vida na localidade de Chewandswallow, onde a meteorologia é importante à hora do pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e ceia. Isto porque Flint Lockwood, um cientista à procura da sua descoberta de ouro, decidiu criar uma máquina que transforma água em comida. A invenção é bem sucedida, e tudo o que cai do céu serve para satisfazer a larica. Completamente de borla. Os problemas surgem quando uma panqueca gigante obriga a fechar a escola, um tornado de ketchup assola a cidade, e almôndegas gigantes destroem propriedades dos habitantes. Alguma coisa terá de ser feita para salvar Chewandswallow. O filme conta com as vozes de Bill Hader, Anna Faris, Andy Samberg, James Caan, Bruce Campbell, Mr. T, e Tracy Morgan. A dupla de realizadores Philip Lord e Chris Miller já disse que, para além de uma adaptação fiel, o título pretende ser uma homenagem a obras como Twister, Armageddon, Independence Day e The Day After Tomorrow. Nos Estados Unidos, a estreia está marcada para 18 de Setembro. Aqui fica o trailer, que nos deixou com apetite. Literalmente. Vamos ali comer qualquer coisa e já voltamos para os posts da noite.

Bruno Ramos

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Sin Nombre - Trailer.

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Em meados de Janeiro, um dia antes de ter começado o Festival de Sundance, deixámos aqui os dez títulos a ser apresentados no certame que mais curiosidade suscitavam. Na altura, num rasgo de futurologia de principiante, dissemos a propósito de Sin Nombre.

6. Sin Nombre (Cary Fukunaga) – Um thriller social e politico com epicentro na fronteira do México com os Estados Unidos. Numa viagem de comboio para a terra das oportunidades, os destinos de três jovens colidem abruptamente. Sem nunca termos deitado os olhos num trabalho de Fukunaga, esta parece-nos uma boa razão para começar a fazê-lo”.

Hoje, com o trailer a ajudar a estas conjecturas de trazer por casa, parece que a menção não terá sido assim tão descabida. Quando vemos que o Wall Street Journal, o LA Times e o SF Chronicle se renderam á obra de Fukunaga, começamos a achar que se calhar Sin Nombre deverá mesmo ser um nome a reter. Para já, resistimos à tentação de entrar em comparações amadoras com o filme – [cof] Slumdog [cof] Millionaire [cof] – nos vem imediatamente à memória assim que vimos estas imagens. A seguir ao trailer, um parágrafo que não deixa margem para dúvidas, quanto ao impacto que o filme teve em Joe Morgenstern, do Wall Street Journal.

This astonishing debut feature announces the arrival of a lavishly gifted filmmaker, Cary Joji Fukanaga. (He’s California-born, of a Swedish-American mother and a Japanese-American father.) The subject is immigration, the language is Spanish — with good English subtitles — the scope is epic and the achievement, though solidly grounded in conventional storytelling, is a revelation”.

Bruno Ramos

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Como poupar pipocas no Vaticano.

Sejamos francos. Custa-nos estar ao lado de Ron Howard. Primeiramente, por não estarmos habituados. Protestar com o realizador de A Beautiful Mind (2001) e Cinderela Man (2005) é algo que sai com muito maior facilidade. Não que tenhamos particular interesse em mandar vir com o cineasta. Apenas porque, entre Apollo 13 (1995) e Frost/Nixon (2008), não lhe reconhecemos metade do mérito que Hollywood quis impingir ao resto do mundo. Em segundo lugar, por estarmos a apoiar Howard numa causa por um título em que acreditamos muito pouco, para não dizer mesmo nada. Anjos e Demónios é bem capaz de ser o Mais Pequeno Grande Filme de 2009. Blockbuster puro e duro. Uma estrela no principal papel, sequela, êxito de bilheteira e entretenimento das massas. Duas horas depois, no caminho para casa, para muitos, a grande dúvida será se o cabelo de Tom Hanks está melhor da segunda vez. Contudo, ao menos por cá, teremos oportunidade de ajuizar essa pertinente questão. No Vaticano, todos ficarão a roer-se. Mas, porque querem.

Resumidamente, de acordo com o Avvenire, jornal oficial do Vaticano, e o Times Online, a Igreja não pode aprovar o filme. Segundo o La Stampa – via Telegraph –, Vatican will soon call on Catholics to boycott the film. Estamos bonitos. A excentricidade da trama chega ao ponto do Arcebispo Velasio De Paolis alertar para o facto de um boicote poder provocar um ‘efeito boomerang’, dando ao filme ainda mais publicidade. Depois dos restringimentos e proibições durante as filmagens, a Igreja pretende ir ainda mais longe. Mas, se nos lembramos do que disse na altura o Padre Marco Fibbi, porta-voz do Vaticano – ‘Usually we read the script but in this case it wasn't necessary. Just the name Dan Brown was enough’ – este desfecho deixa de ser tão surpreendente. Bolas, e nós a pensar que éramos os únicos preconceituosos. Menos mal.

Bruno Ramos

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sexta-feira, março 27, 2009

Sunshine Cleaning - Créditos.

Outro do qual não nos cansamos de falar neste espaço – sem qualquer retribuição monetária, note-se – é Sunshine Cleaning. A ideia de Amy Adams e Emily Blunt a limpar cenas de crimes para ganhar algum dinheiro extra é, no mínimo, fofa. Nos Estados Unidos, o filme já estreou em Nova Iorque e Los Angeles. Na próxima semana, expandir-se-á a outras cidades. E, só aí ficaremos a conhecer o real impacto da obra. Para já, o título de Christine Jeffs parece não envergonhar ninguém. Também, convenhamos, não estamos aqui à espera de uma obra-prima. Quer dizer, se calhar até estamos. No entanto, a grande expectativa em torno deste filme é a de que este seja apenas uma daquelas obras de hora e meia, sem qualquer tipo de pretensão que não seja a de entreter o espectador. Daqueles que passam a voar. Esses são os melhores. O Coming Soon deu a conhecer os dois primeiros minutos do filme.

Alvy Singer

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Já faltou mais.

Dois dos filmes mais aguardados por estes lados. O primeiro, The Soloist, de Joe Wright, com estreia prevista nos Estados Unidos para 24 de Abril. Esta semana, o Ropes of Silicon disponibilizou trinta fotografias do filme.

O segundo, Whatever Works, de Woody Allen, que estreará a 22 de Abril no Festival de Tribeca, em Nova Iorque. Deste, o Ropes of Silicon tem quarenta. Ah, o doce sabor da chegada para breve.

Bruno Ramos

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Rendidos.

Guy Lodge, do In Contention, sempre se revelou um tipo prestável. E, com bom gosto. No entanto, antes de chegarmos a Lodge, temos de passar por Ryan Adams, do Awards Daily. Nesse templo da corrida a galardões da sétima arte, Adams transpôs para o blog, na passada quarta-feira, parte do press release da Universal com o elenco de Robin Hood, o próximo filme de Ridley Scott. Russell Crowe (Robin Hood), Cate Blanchett (Lady Marion), Vanessa Redgrave (Queen Eleanor of Aquitaine), Oscar Isaac (King John), Mark Strong (Sir Godfrey), Léa Seydoux (Princess Isabella), Scott Grimes (Will Scarlet) e Kevin Durand (Little John), são alguns dos nomes que por lá constam. Agora, enquanto Adams recorre a uma imagem de Redgrave para ilustrar o post, Guy Lodge opta por uma outra abordagem, seleccionando uma fotografia de Léa Seydoux. Logde relembra que a protagonista de La Belle Personne, de Christophe Honoré – filme do qual gostou bastante –, foi recentemente nomeada para o César de Actriz Mais Promissora. Sobre o seu desempenho, nada a apontar. O critico considera, aliás, que este poderá ser um caso merecedor do chavão Nasceu uma estrela. Não terá sido por dá cá aquela palha que Tarantino, exímio na arte do casting, terá também recrutado os seus serviços para Inglourious Basterds. Se nos lembrarmos que há três anos, uma actriz francesa deu um ar da sua graça num filme de Ridley Scott, e dois anos depois estava a ganhar um Oscar, a curiosidade ganha contornos de déjà vu. Uma coisa é certa. Nos próximos tempos, La Belle Persone estará no topo da lista dos visionamentos obrigatórios.

Bruno Ramos

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Three Stooges.

Larry Fine, e os irmãos Moe Howard e Shemp Howard foram os primeiros. Os originais. Pelo meio, Curly Howard – outro irmão da família Howard –, Ted Healy, Joe Palma, Joe Besser, Curly Joe DeRita, e Emile Josef Sitka, também tiveram oportunidade de ser um dos Three Stooges. Agora, mais de oitenta anos depois da aparição do grupo, parece estar definida a mais importante parte do elenco do primeiro filme, em quarenta anos, sobre os afamados Três Estarolas. Segundo o site oficial ThreeStooges.com, a Variety, e milhares de outros sites espalhados por essa Internet, Jim Carrey, Benicio Del Toro e Sean Penn serão os próximos astros do splastick. Ou, assim esperam a MGM e os irmãos Farrelly. Há quem já tenha apelidado este casting como o melhor de todos os tempos. Há quem tenha corrido para o calendário para confirmar que 01 de Abril é só na próxima quarta-feira. Seja como for, sabemos que um sucesso de bilheteira dá os primeiros passos quando começa a polarizar opiniões antes de as câmaras estarem a filmar.

Alvy Singer

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quinta-feira, março 26, 2009

Where the Wild Things Are - Trailer.

A 14 de Junho de 2006, o American Film Institute deu a conhecer aqueles que considerou ser os 100 filmes mais inspiradores da História do Cinema. Um júri composto por 1.500 membros determinou Do Céu Caiu Uma Estrela (Frank Capra, 1946), como a obra mais motivadora de sempre. Verdade seja dita, faz todo o sentido existir uma menção especial para este tipo de filmes. Aqueles que uma vez terminados, nos levam a querer separar não só lixo lá de casa, mas também o lixo do vizinho, o lixo da rua, o lixo da freguesia, por aí adiante. No fundo, de tornar este o melhor mundo possível. Não deverá ser a mais fácil das tarefas. Levar milhões de pessoas a ambicionar um dia mais solarengo, só porque estiveram duas horas a olhar para uma qualquer história ficcional no grande ecrã. Daí que não nos poupemos em elogios, com o mais recente trailer de Where the Wild Things Are. Não escondemos as reticências que sempre tivemos em relação a este projecto de Spike Jonze. Não negamos as dúvidas que ainda persistem quanto à sua concretização. Agora, venha o que vier, ninguém tira a magia destes dois minutos e cinco segundos. Nos Estados Unidos, a estreia está prevista para 16 de Outubro.

Bruno Ramos

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Mendes e Away We Go.

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Por estes dias, o livro de cabeceira de Sam Mendes deverá ser Princípios e Fundamentos de um Filme Independente. E, a atestar pelo poster e trailer de Away We Go, a leitura tem-se revelado profícua. Para já, no projecto parecem estar presentes seis das oito condições obrigatórias.

1. Poster com desenhos e rabiscos.
2. Banda sonora do trailer que consiste apenas numa música em que o único instrumento presente é uma guitarra – All My Days, de Alexi Murdoch.
3. Produção do Midas Indie, a Focus Searchlight.
4. Protagonista masculino com farta pilosidade facial.
5. Catherine O’Hara.
6. Trailer com um plano de perfil de alguém numa passadeira de aeroporto.

O filme relata a viagem de Burt (John Krasinski) e Verona (Maya Rudolph), um jovem casal à espera do primeiro filho, que percorre os Estados Unidos à procura do local ideal para começar uma nova etapa da vida familiar. Pelo caminho, descobertas de novas amizades e aventuras relembradas com velhos conhecidos. No final, assim se espera, a chegada a bom porto, com a identificação do “lar” desejado. Posto isto, já dissemos que mal podemos esperar pela chegada desta obra? Nos Estados Unidos, a estreia limitada está marcada para 05 de Junho. Aqui fica o trailer.

Bruno Ramos

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quarta-feira, março 25, 2009

Dr. Manhattan.

Todos aqueles que visitam este espaço, sem excepção, olham para o Cinema com outros olhos. Para alguns, um simples apreço merecedor de atenção diária, a ver o que circunda por aí. Para muitos, um carinho especial que se traduz numa corrida às salas sempre que possível. Para outros, os cinéfilos inveterados, a segunda condição, a seguir à água, que possibilita a existência de vida no terceiro planeta deste sistema solar. E, permitam-me o desmazelo de colocar-nos a todos no mesmo saco, para nós, que fazemos parte deste último grupo, a sétima é a primeira de todas as artes. Aliás, ao defini-la como sétima, o que Ricciotto Canudo queria mesmo dizer era primeira. Saiu-lhe o tiro pela culatra. Quando, em 1911, o italiano e primeiro teórico do Cinema publicou o artigo La Naissance d'un sixième art. Essai sur le cinématographe, o que por lá se podia ler era que nesta sétima se resumiriam as outras seis. Musica (1ª), Dança (2ª), Pintura (3ª), Escultura (4ª), Teatro (5ª), e Literatura (6ª). Arte total e alma da modernidade foram algumas das expressões empregues para caracterizar a invenção de Thomas Edison, popularizada pelos irmãos Lumière – os primeiros Coen. Quase um século depois, somos obrigados a concordar com Canudo. E, se por cá andarmos daqui a cem anos, o mais certo é continuarmos a concordar. Agora, uma convicção deste género jamais poderá ser fruto de uma paixão assolapada. Há muito que o ardor irresponsável pelo Cinema deu lugar a um pragmatismo tão mais característico de um matrimónio. Hoje, arriscaria dizer que este laço de união entre Alvy Singer e as imagens em movimento não é uma paixão, mas antes um casamento. Com todas as virtudes e defeitos que este acarreta. Especialmente, no que respeita às rotinas. De há dois anos a esta parte, o dia não chega ao fim sem uma passagem pelo /Film, pelo Awards Daily, pelo Worst Previews, pelo AICN, pelo I Watch Stuff, pelo IMDB, pelo First Showing, pelo InContention, pelo Trailer Addict, e outros. De há mais anos a esta parte, a semana não tem razão de ser sem, pelo menos, uma ida às salas. As noites de sexta-feira e sábado continuam a ser as predilectas. Contudo, as outras também servem. E, para além disto, lá vão existindo atenções ocasionais como a ida a uma ou outra antestreia, aquisições de Dvds, aquisições de memorabilia, e outros caprichos. Isto já não é paixão coisíssima nenhuma. Isto é dependência. Habituação. É o viver com um vigésimo quarto par de cromossomas desconhecido à luz da Medicina, mas que dá pelo nome de Cinefilus Agudus. Daí que quando nos zanguemos – que acontece raramente –, a briga seja feia. Num namoro que cheira a fraldas, uma discussão é apenas o pretexto para um beijo mais caloroso passado meio minuto. Num matrimónio, é verdade que continuamos a ter o make up sex, mas demoramos mais tempo a chegar lá. Jerry Seinfeld acredita que a importância de um favor é medida pelo intervalo que dura entre o dizermos que precisamos de pedir um favor, e dizermos qual é o favor. O mesmo pressuposto servirá para postular que uma desavença na relação é determinada pelo tempo que demoramos a fazer as pazes. Nada mais natural.

Isto tudo para dizer que o afastamento do Deuxieme se deveu a um arrufo com o Cinema. Uma espécie de amuo, confundido com incompreensão. E, até poderiamos atribuir a culpa a Zack Snyder. No entanto, não iremos por aí. Assumimos responsabilidades. No fundo, só assim a relação poderá sobreviver. Mas, para clarificar um pouco as coisas, convém dizer que, quase três semanas depois, continuo a ser incapaz de formar uma opinião com cabeça, tronco e membros, em relação a Watchmen. Há coisa de duas semanas, já alguns dias depois de ter assistido à adaptação no grande ecrã, prometi a mim mesmo que não colocaria qualquer post neste espaço sem antes falar no filme de Snyder. A verdade é que as palavras continuam a escapar-me por entre os dedos, e as emoções parecem soluto em solvente quente. Agitadas e imperceptíveis. A obra atirou este que se assina para uma reflexão sem precedentes. Que Cinema é este que se nos apresenta no inicio de 2009? Desde quando é que a sétima arte tem a lata e o desplante de enfiar quatrocentas pessoas numa sala e começar a disparar Filosofia a torto e a direito, prendendo à tela os olhos que não vêem a mão levar à bochecha as pipocas que tinham a boca como destino? Cerca de duas semanas foi o tempo que demorou este agastamento. No fundo, estamos em crer que, mais uma vez, tudo se deveu às expectativas. De Watchmen, esperávamos um flop. Antecipávamos uma coisa. Saiu-nos outra. Agora, quanto a isso, nada há a fazer. Talvez um dia desencante a arte e engenho para pôr em palavras a experiência que foi aquele visionamento. Um dia, quem sabe. Hoje, porque o exagero também enjoa, é tempo de fazer as pazes com a sétima arte. Dar continuidade, neste espaço, a esta duradoura relação que só pode ter um final feliz. Com a lista das bofetadas, noticias, baboseiras, devaneios cinéfilos, e duas ou três novidades – uma delas sonora – que estão aí na calha. Esta quarta-feira à noite regressam as emissões habituais. Duas semanas depois, o maior mérito de Watchmen foi o de ter levantado a questão: Será possível apreciar a mensagem de um filme, sem gostar do mesmo?

Alvy Singer

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sexta-feira, março 13, 2009

Coco Avant Chanel - Trailer.

Dois meses depois de as primeiras imagens terem começado a siriquitar por aí, o trailer de Coco Avant Chanel chega à net. Agora, convém ter as lições de francês em dia. É que o filme de Anne Fontaine apresenta-se, obviamente, na língua de Luís XVI. No entanto, porque há sempre malta disposta a facilitar a vida, aqui fica uma tradução para inglês facultada pelo pessoal simpático do Popwatch. No entanto, não é de hoje que sabemos que a linguagem do Cinema é universal. E, caso nos estivéssemos esquecido desse facto, aquele plano de Audrey Tatou a olhar para o mar serviria para nos lembrar disso mesmo. Quem também parece estar a precisar de uns lembretes é Alex Billington, do First Showing. Diz o rapaz, no post que escreveu acerca do trailer.

Much like Sex and the City, I already know that this film isn't for guys in the least. Not only is it a luscious French period piece, but it's a biopic about fashion icon Coco Chanel. Unless you really appreciate fashion or love period pieces or speak French, then I suggest you stop here, because I know you probably won't enjoy this at all”.

Nós sabemos onde é que Alex Billington podia enfiar generalizações deste género. Em França, o filme tem estreia marcada para 22 Abril.

Bruno Ramos

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Alice no País de Tim Burton.

Depois da primeira fotografia de Johnny Depp como Mad Hatter, que pode ainda ser encontrada em qualquer lado, a D23 (Disney Twenty-Three) – publicação do estúdio que pode ser assinada anualmente por 74.99 dólares – permite-nos uma primeira espreitadela decente do filme que Tim Burton nasceu para fazer. Nesta que ilustra o post, vemos Alice (Mia Wasikowska) a olhar para aquele que possivelmente será o local da queda ao lado do coelho. No entanto, no The Tim Burton Collective podemos encontrar outras imagens que atestam o concept art da obra, como o scan da festa do chá, cujo anfitrião será o Mad Hatter de Depp. Na entrevista que acompanha o artigo, Burton refere-se ao filme como “kind of a mixture of some distorted live action and animation”. Que seja. We believe in Harve.. in Tim Burton. Alice in Wonderland tem estreia marcada, nos Estados Unidos, para 05 de Março do próximo ano. T-minus 357 dias.

Bruno Ramos

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Mais uivos de Wolverine.

Para quem gosta de arruinar por completo a experiência de um visionamento, aqui fica o link para uma primeira critica de Wolverine, no We Are Movie Geeks, ao que parece recheada de spoilers. Porque não nos aventurámos a passar com o rato por cima das partes camufladas, não sabemos até que ponto o que está escondido será ou não uma verdadeira revelação. Agora, se alguém por aí tiver uma costela felina, e não recear os efeitos de uma curiosidade descontrolada, que faça o favor de matar a ânsia. Da nossa parte, agradecemos o convite, mas gentilmente recusamos. O que não nos importamos é de voltar a ver o trailer do videojogo. Sim, porque o trailer do jogo baseado em X-Men Origins: Wolverine bate aos pontos o do próprio filme. Acção a rodos, violento, e com muito mais Wolverine. Os trailers do filme parecem dispersar-se na apresentação de outras personagens, guardando em demasia aquela que nos levará a adquirir o bilhete para entrar na sala. Estas imagens do jogo são muito mais esclarecedoras. E, é este Wolverine zangado com toda a gente e que trata a carnificina por tu, que queremos ver. Dado que o jogo é inspirado no filme, o mais certo é muitas destas cenas serem retiradas da obra de Gavin Hood. Ou, assim esperamos.

Bruno Ramos

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Pela voz de António-Pedro Vasconcelos.

Se dúvidas restassem, um tipo fica a saber que é geek do Cinema quando se depara com uma publicação onde, na primeira página, vem descascada uma moçoila da casta de Ana Ferreira, e decide comprar a revista porque na capa se pode ler “O realizador de Call Girl conta tudo. Sexo, Ferraris e Armas. É o novo filme português!”. É certo que Ana Ferreira em trajes menores teve o seu peso no acto da aquisição. Contudo, foi a manchete que despoletou o negócio. Se isto não mostra que há algo de errado com um jovem saudável a caminho dos trinta, não sabemos o que mostrará.

Antes de mais nada, menção seja feita ao equívoco provocado pela interpretação errada deste título. Perdão, títulos. É que, apesar de as frases estarem seguidas, a parte de António-Pedro Vasconcelos nada tem que ver com o Sexo e os Ferraris presentes no próximo filme nacional. Parece que cores diferentes significam artigos diferentes. Da próxima vez prometemos ter mais atenção ao grafismo. Sendo assim, a obra em questão é 100 Volta, filme de Daniel Souza que estreia já na próxima semana. Lá dentro, o texto da FHM fala-nos de uma película construída por muita gente amadora; escrita, realizada e protagonizada por Daniel Souza, aqui na pele de Zé Galinha, um agente federal à paisana que investiga o crime organizado e que tem de roubar 32 carros de alta cilindrada, entre os quais o Lamborghini Gallardo, Ferrari 348, e um Maserati 3000. Vamos ver no que isto dá. Agora, pese embora António-Pedro Vasconcelos não esteja relacionado com esta história da alta velocidade com pinceladas de sexo e armamento, a entrevista do cineasta não deixa de ser merecedora de um post. Antes de resvalar para a temática do esférico sobre o relvado, o realizador diz algumas coisas com bastante conteúdo. Destacamos a seguinte passagem.

Porque é que os portugueses têm tanta aversão ao Cinema Português?
Os filmes são feitos em função dos critérios de cinco indivíduos que fazem parte do júri do ICA e que decidem quais é que devem ser feitos. É uma aberração completa. O que é grave é que o produtor não tem de dar conta dos resultados financeiros do filme. O dinheiro é dado a fundo perdido e se o filme só fizer 100 espectadores, não é penalizado por isso. Desde que tenha três ou quatro estrelas num jornal, o filme passa a ser bom, mesmo que ninguém goste dele”.

Balelas.

Alvy Singer

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quarta-feira, março 11, 2009

Descontrair.

Nos corredores da Fnac, hoje, cruzo-me com isto. Por 8,95€. Também é possível encomendar na Amazon. Doze músicas emblemáticas da sétima arte que ajudam a relaxar, mesmo no pico da hora de ponta. Ali por volta das 18:30, a 2ª Circular é o equivalente a ter os braços e pernas presos e afastados por cordas, como que a testar os limites da resistência física, com um tipo a fazer-nos cócegas com uma pena nos pés. Bem, se calhar o tipo a fazer cócegas está a mais nesta metáfora. Ainda assim, aqui fica a sugestão. Para serenar o espírito com alguns dos sons que marcaram o Cinema. Mesmo em casa, seis horas depois, continuo a ouvir ininterruptamente este malabarismo dos Double Zero. Por breves momentos, todos podemos ser um James Bond de pijama em câmara lenta.

Alvy Singer

terça-feira, março 10, 2009

Clips.

O trailer de Sunshine Cleaning deixou-nos com água na boca. Pressionou todos os botões que um trailer deve pressionar, e deixou-nos expectantes, ansiosos, e à espera de uma surpresa que mais será uma confirmação. Como quem não quer descobrir muita coisa, mas também não gosta de ficar quieto até ao dia em que o filme chega às salas, lá desencantámos uma série de clips da obra de Christine Jeffs, quer no Fandango, quer no Youtube. De todas as cenas disponíveis, ainda só vimos esta. E, serve o presente post, acima de tudo, para tirar este peso da consciência. É difícil, mas tudo faremos para tentar não ver as outras. Um texto com propósitos terapêuticos que, ironicamente, acabará talvez por contaminar outros cinéfilos com a mesma curiosidade.

Bruno Ramos

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Spoilers.

100 spoilers, em menos de cinco minutos. Por conta e risco de quem tiver coragem de carregar no Play. Kevin Spacey e Meg Ryan dominam a lista. Mais surpreendente, talvez o final de The Passion of the Crist.

Alvy Singer

State of Play - Trailer.

Há uns tempos deixámos aqui as primeiras imagens de State of Play, o tal filme que esteve para assinalar o reencontro de Brad Pitt e Edward Norton na tela. Podíamos ser mauzinhos e dizer que teremos de nos contentar com Russell Crowe e Ben Affleck, mas não. Pode ser que os dois nos sirvam um bom título de acção, e não puxem para trás um plot que até parece ter pernas para andar. Para além destes, o filme conta ainda com as participações de Helen Mirren, Robin Wright Penn, Rachel McAdams, Jason Bateman, Jeff Daniels e Viola Davis. Bolas, haverá elenco mais conceituado do que este para 2009? Quanto mais não seja pelos intérpretes, temos curiosidade para ver o que nos reserva a obra de Kevin Macdonald (Touching the Void, The Last King of Scotland). A Universal lançou ontem o trailer internacional, e com ele algumas sequências que ainda não tínhamos visto. Nada por aí além. Já tínhamos ficado com essa impressão, mas parece que a personagem de Ben Affleck se irrita mesmo com toda esta situação bastante desagradável. Muito haveria também a dizer sobre o cabelo de Russell Crowe. No entanto, deixemos isso para quando existir na Premiere uma secção dedicada à estética dos actores.

Bruno Ramos

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O Código de Ford.

A Premiere com Kate Winslet na capa já anda por aí nas bancas. No entanto, é numa frase de Sydney Pollack, presente no número 5 desta série II, com Tom Cruise na capa, que continuo a matutar. A páginas tantas – na 78, para sermos precisos – vemos que o cineasta disse um dia sobre Harrison Ford.

É um dos poucos actores que comportam uma confiança total do público no filme. Quando tem medo, quando chora, actua como qualquer um de nós, e não como um tipo duro como Stallone. Poucas vezes lhe deram uma boa oportunidade para demonstrar o grandioso actor que é”.

Desde que li esta última frase que dou por mim a pensar, enquanto descasco batatas, Será Harrison Ford um pequeno actor em grandes filmes, ou um grande actor em pequenos filmes? Custa acreditar que, ao cabo de uma carreira com mais de trinta anos, Ford não tenha tido ainda a sorte de se ter cruzado com o papel ideal, e o para o qual se preparou toda a vida. Para alguns, Harrison Ford é capaz de ser o melhor actor da actualidade. Para a maioria, talvez não seja um De Niro ou um Pacino, mas anda lá perto. Para outros ainda, será um dos actores mais sobrevalorizados de que há memória. Ford tem o seu nome gravado em duas das mais célebres sagas da História do Cinema. Star Wars e Indiana Jones transformaram-no numa super estrela. Blade Runner (Ridley Scott, 1982), The Fugitive (Andrew Davis, 1993), e Presumed Innocent (Alan J. Pakula, 1990), são três títulos que atestam as valências de Ford. Apocalypse Now (Francis Ford Coppola, 1979), American Graffiti (George Lucas, 1973), e Working Girl (Mike Nichols, 1988) ajudam a relembrar que houve uma altura em que Harrison Ford sabia seleccionar projectos. Porque, sejamos francos, quer-nos parecer que é nas escolhas profissionais do actor que reside este busílis da oportunidade. E, quando um tipo cobra mais de 20 milhões de dólares por filme, isso é capaz de ser um entrave. Desde 1997, que seja do domínio público, Ford recebeu esta quantia por seis vezes. Em K-19: The Widowmaker (Kathryn Bigelow, 2002), levou 25 milhões mais 20% das receitas. Talvez por isso o actor tenha mais dificuldades em encontrar novamente um projecto como Witness (Peter Weir, 1985), filme pelo qual recebeu a sua única nomeação para um Oscar. Para citar apenas os casos mais gritantes, Harrison Ford já recusou o papel de Liam Neeson em The Schindler’s List; de Kevin Costner em JFK e The Untouchables; de Nick Nolte em Cape Fear e The Thin Red Line; de Warren Beaty em Dick Tracy; de Val Kilmer em Kiss Kiss Bang Bang; e de George Clooney em Syriana. Em parte, concordamos com Sydney Pollack. Contudo, parece-nos é que Ford deixou de interessar-se pelos melhores ovos para confeccionar a mais saborosa das omeletas.

Alvy Singer

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Emily Watson.

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Parte dos cinéfilos deste mundo olha para 2009 como o ano do possível ressurgimento de Michelle Pfeiffer. O ano em que Chéri, de Stephen Frears, valerá à actriz a sua quarta nomeação para um Oscar. O regresso às grandes lides, e ao maior dos certames. Contudo, quando Março ainda nem chegou a meio, não podemos sequer dizer que a procissão vai no adro. Por esta altura, ainda o senhor padre está a escolher as vestes. No entanto, uma outra parte dos cinéfilos deste mundo, mais reduzida, começa a olhar para 2009 como o ano do possível ressurgimento de Emily Watson. O ano em que Within the Whirlwind, de Marleen Goris, valerá à actriz a sua terceira nomeação para um Oscar. Agora, se o cavalo de Stephen Frears é arrojado, o de Goris nem se fala. Porém, o trailer deixa óptimas indicações, e não conseguimos evitar estas conjecturas com a solidez de um castelo de cartas. Quando ainda esperamos por Cold Souls, de Sophie Bartes, em que Watson aparecerá ao lado de Paul Giamatti, é Within the Whirlwind que começa a despertar atenções. Um filme baseado no segundo volume da autobiografia publicada pela poetisa Evgenia Ginzburg, uma professora de literatura na União Soviética de Estaline, sentenciada a dez anos de trabalhos forçados nas prisões da Sibéria. Pfeiffer, Moore e Watson. Um triunvirato que tarda em chegar à estatueta.

Bruno Ramos

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The Boat That Rocked.

Photobucket

Richard Curtis tem um senhor currículo. O argumentista tem o seu nome em guiões de programas como The Black Adder, Mr. Bean, e The Vicar of Dibley; e filmes como Four Weddings and a Funeral, Nothing Hill e Bridget Jones’s Diary. Em 2003 estreou-se na realização com Love Actually, obra cujo argumento também redigiu. Até nos telefilmes – The Girl in the Café (David Yates, 2005) – tem-se saído bem. Talvez por isso olhemos para este The Boat That Rocked como o primeiro grande título a estrear em 2009. No Reino Unido, o filme tem lançamento marcado para 01 de Abril. No entanto, a verdadeira prova dos nove chegará quando a obra estrear fora de portas, nos Estados Unidos, a 28 de Agosto. O filme já tem estreia prevista para Espanha, França, Alemanha, Nova Zelândia, Argentina, Brasil, Suécia, Áustria, Rússia, Islândia, Turquia, Itália, Holanda, Dinamarca, Finlândia, Bélgica, Noruega, Estónia, Austrália, e Estónia. Portugal é que não. No entanto, se for para receber o título que lhe foi atribuído aqui ao lado, não temos pressa. Radio Encubierta.

O primeiro trailer mostrou-nos uma película que promete ser uma espécie de carta de amor à música pop dos anos sessenta. Um filme sobre um obstinado grupo de Djs que cativou o Reino Unido e toda uma geração que se apaixonou pela música de então, batendo o pé a um governo que preferia o belo bebop de um Jazz. The Count (Philip Seymour Hoffman), um americano que domina como ninguém as ondas hertzianas; Quentin (Bill Nighy), o big boss da rádio pirata que abala o mundo directamente do Mar do Norte; Gavin (Rhys Ifans), o DJ mais famoso do Reino Unido que regressa dos Estados Unidos para reclamar o trono; e Dave (Nick Frost), um sarcástico e perspicaz animador de rádio, são as personagens principais do segundo filme realizado por Richard Curtis. A obra conta ainda com as participações de Emma Thompson, Kenneth Branagh, Jack Davenport, Gemma Arterton, e January Jones, a sublime Betty Draper de Mad Men. Aqui fica um featurette recente de The Boat That Rocked, bem como um artigo com um título típico de um tablóide britânico como o The Sun. Nude Girls Will Rock Your Boat.

Bruno Ramos

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segunda-feira, março 09, 2009

"No soup".

Larry David não foi apenas o braço direito de Jerry Seinfeld. Foi braço, mão, globo ocular, costelas, perna, mamilo, pé e aparelho auditivo. Durante nove anos, a primeira coisa que vimos quando começava um episódio de Seinfeld foi created by Larry David and Jerry Seinfeld. Juntos, construíram a melhor série de sempre sobre nada, e uma das mais influentes de todos os tempos. Em 1998, a Lei do Bom Samaritano ditou o fim do programa. Onze anos depois, David parece apostado em reencontrar-se com os velhos compinchas. Os quatro, e ao mesmo tempo.

Segundo a Entertainment Weekly, Jerry Seinfeld, Julia Louis-Dreyfus, Jason Alexander e Michael Richards aparecerão em múltiplos episódios de Curb Your Enthusiasm, num arco narrativo que marcará a sétima temporada da série criada por Larry David. Esta será a primeira vez que os quatro se juntam no pequeno ecrã, num programa com guião – Oprah tinha sido a anfitriã da primeira reunião do bando após o fim da série. Recorde-se que apenas Michael Richards não passou ainda por Curb Your Enthusiasm. Todos os outros já lá deram um salto. A sétima temporada deverá ter os habituais dez episódios, e chegará aos ecrãs de todó mundo – via Torrentz para quem vive deste lado do Oceano Atlântico – lá para meados de Setembro.

Alvy Singer

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24 - Quanto mais me bates...

Continuando a subir na lista das galhetas mais icónicas na História do Cinema, uma menção honrosa deverá ser feita a outra bofetada presente neste título. Antes de pai e filho, mãe e filha tiveram oportunidade de nos presentear com um arrufo simples, porém, intenso. Tora Birch, na pele de Jane Burham, sai-se com um Look, Mom, I really don’t feel like having a Kodak moment here. Carolyn Burnham, soberbamente interpretada por Annette Bening, não vai de modas e chega-lhe a roupa ao pêlo. Um belo aperitivo, para aquilo que se seguiria em casa dos Fitts.

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Filme: American Beauty (Sam Mendes, 1999).

Gladiadores: Chris Cooper e Wes Bentley.

A cena: Assim que conhecemos o Coronel Frank Fitts (Cooper), percebemos que o patriarca é uma bomba pronta a explodir. E, assim que vemos a seu lado o filho Ricky (Bentley), logo identificamos o rastilho. Os dois namoram o filme todo com um duelo que extravase o domínio do verbal. Quando a janela indiscreta mostra aquilo que, na realidade, apenas existe na interpretação do pai, o filho fica imediatamente em maus lençóis. O lábio inferior aberto é prova disso mesmo. No entanto, um pouco de sangue é tudo o que Ricky tem a pagar pela fuga que sempre ambicionou.

Bruno Ramos

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Up - Trailer.

Fim-de-semana para esquecer. Embrulhada atrás de embrulhada, nenhuma delas particularmente compensatória, ditaram um afastamento espinhoso do computador, e os updates no Deuxieme ficaram entregues ao Deus dará. Caneco, quando havia tanto para dizer nestes últimos três dias. Nem mesmo a ida ao Cinema, na noite de sábado, se salvou. Cada tiro, cada melro. Mas, disso falaremos lá mais para a frente. Antes, outros posts se impõem. Porque um tipo descuida-se, e leva logo com dez novidades ainda mais frescas sobre a sétima arte. Esta, por sua vez, já tem alguns dias.

O mais recente trailer de Up chegou à net no final da semana passada e, por esta altura, já todos tivemos oportunidade de requalificar expectativas relativamente ao próximo título da Pixar. Sobre Up, gostaria de trazer a público uma espécie de discussão que tive com um fervoroso adepto de filmes de animação. Dizia ele, no dia em que estas imagens aterraram no Trailer Addict, que a Pixar estava a perder a moderação e sobriedade com que sempre construiu os seus projectos. Como assim?, perguntei-lhe, com a espontaneidade própria de que não tem de se esforçar muito para fazer papel de parvo. Então, respondeu ele, onde é que já se viu um filme sobre um velho e uma criança a voar numa casa presa por balões? Ah, maldita sejas, noção da realidade. Prontamente, ripostei. Onde estavam essas farpas quando saíram aqueles filmes sobre brinquedos falantes, monstros fofinhos, peixes com uma memória superior a quatro segundos, uma família de super-heróis, um rato armado em chef, e um robot capaz de sentir emoções? À luz desta discussão, até poderíamos abordar o Principio da Incerteza de Heisenberg, mas não nos parece que a mecânica quântica seja a melhor das alegorias para representar a fantasia que brota dos estúdios Pixar.

Alvy Singer

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sexta-feira, março 06, 2009

Fossem todos os trailers de Harry Potter assim.

Depois deste trailer pouco maior que um teaser, perguntamo-nos como é que é possível o próximo Harry Potter ser apenas PG? Tamanha escuridão não nos parece ser característica do imaginário ideal de um petiz que dá os primeiros passos numa sala de cinema. Por esta altura, deverá haver por aí muito pai e mãe que dá de caras com esta apresentação e começa a pensar duas vezes, se deve levar o benjamim da família a ver o mais recente filme da saga. Veremos se as receitas de bilheteira reflectirão esse possível afastamento do público mais jovem. Certo é que ao pé destas imagens, Mordor parece um subúrbio asseado estilo Wisteria Lane.

Alvy Singer

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Los Abrazos Rotos - Trailer.

Há coisa de duas semanas, deixámos aqui o teaser de Los Abrazos Rotos, de Pedro Almodóvar. Hoje, o filmin.es dá a conhecer os primeiros posters da obra, à la Andy Warhol. Para além disso, como uma boa nova nunca vem só, deu a costa o primeiro trailer. Observação de quem gostou de ver Penélope Cruz levar o Oscar para casa. Penélope é mais Penélope, pela lente de Almodóvar.

Bruno Ramos

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quinta-feira, março 05, 2009

Wolverine - Trailer.

Aproveitemos o trailer de X-Men Origins: Wolverine para uma confissão. O filme de Gavin Hood até pode encobrir a redefinição de todo um género. Até pode ser uma obra triunfante a toda a linha, capaz de derrubar alicerces que há décadas ditam os vectores primordiais num título de entretenimento. Até pode ser o ponto de partida para o filme de acção do século XXI. No entanto, por enquanto, aquilo que estas imagens nos mostram é mais um filme pipoca – adoramos estas simplificações. No fundo, o último trailer antes da chegada a 30 de Abril – no próximo número da Premiere teremos um especial dedicado ao filme –, vem apenas confirmar aquilo que os outros trailers e teasers já vinham anunciando. Depois de passarmos com o algodão por cima, constatamos que isto é blockbuster puro. E, é aqui que chegamos à parte da confissão.

A felicidade de colaborar na Premiere dá-me – e, neste ponto, falo por mim – a maravilhosa oportunidade de assistir à antestreia de alguns filmes meses antes da sua chegada às salas. E, frequentador habitual que era – e, para todos os efeitos, continuo a ser – dos multiplex, creio que não poderia ter encontrado um cenário mais contrastante, na primeira vez que entrei numa sessão reservada para a imprensa. Um silêncio sepulcral, cortado, a espaços, por gargalhadas estridentes. Há filmes que não podem ser vistos senão desta forma. Talvez por isso é que Revolutionary Road tenha caído tão bem. Ou The Wrestler. No entanto – cada vez mais próximos da confissão –, acredito que certos títulos pedem por uma sala de 400 lugares, apinhada, da primeira à última fila, com gente manifestamente limitada no que respeita a mastigar de boca fechada, e capaz de mandar um bitaite do género “Dá-lhe Tuga!”, como aconteceu em Max Payne, quando Nelly Furtado apareceu no grande ecrã. Acredito piamente, que uma percentagem da satisfação do visionamento se define do lado de cá da tela. De quem está connosco na sala, e de como reage àquilo que os nossos olhos também vêm. Há quem não tolere o barulho de uma mosca. Há quem peça silêncio moderado. Há quem goste de agitação. Para Alvy Singer, depende do filme. Aqui este Wolverine, deverá ser visto dia 01 de Maio, sexta-feira, num qualquer centro comercial, pelas 21h. Confusão, é o que se quer.

Alvy Singer

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