Deuxieme


quinta-feira, janeiro 31, 2008

Tema Mistério 10



Bernardo Sena

Já temos vencedores. E vêm com uma pergunta.

A primeira nota terá que ir para os onze votos de Heath Ledger. Ainda assim, o reconhecimento do seu Ennis Del Mar, em Brokeback Mountain, misturado com a homenagem não chegou para bater o magnifico desempenho de Edward Norten em América Proibida (Tony Kaye, 1998), eleito como o melhor da sua geração com quinze votos, pelo seu retrato de Derek Vinyard. Nesta categoria, ao contrário da outra, ainda houve um despique bastante interessante.

A determinada altura, quase que deixou de valer a pena contar os votos para Melhor Actor, tal era a supremacia demonstrada. No entanto, decidimos continuar, quanto mais não fosse por curiosidade. Para ver por quantos é que Johnny Depp ganhava. Em 52 votos, o actor arrebatou 28 designações, dando assim uma coça de todo o tamanho a Edward Norton, Leonardo Dicaprio, Christian Bale e Philip Seymour Hoffman. Não restou qualquer dúvida. Agora, posto isto, há uma pergunta que se impõe e que não poderia ser mais oportuna, não estivesse Johnny Depp nomeado para o Oscar de Melhor Actor por Sweeney Todd. Até que ponto é que uma carreira brilhante pode influenciar a atribuição deste prémio? Por um lado, haverá seguramente quem defenda que Johnny Depp já merecia um Oscar. Ao mesmo tempo, com a mesma dose de certeza, haverá também quem defenda que não. E, como em tudo na vida, uma terceira opção, decorrente da junção da abcissa x) com a ordenada y), diz-nos que haverá quem ache que Depp podia até ter ganho um Oscar, mas que é aceitável ainda não ter acontecido. A questão que aqui se coloca não é se Depp tem um rol de interpretações superior ao dos seus colegas. Muito provavelmente, terá. No entanto, porque o Oscar premeia o trabalho desenvolvido num determinado ano, é legitimo pensar que alguém pode ter arrancado uma performance notável que, por acaso, suplantou a daquele que já tantas vezes fez um bom trabalho. Com a breca, quem ler isto até vai pensar que sou daqueles que acha muito bem Depp estar agora sentado em casa sem menos um pisa papeis. Acima de tudo, só não estou ainda convencido quanto a esta justiça na atribuição de um Oscar a Johnny Depp. Senão vejamos com quem competiu o actor em edições anteriores:

1990Eduardo Mãos de Tesoura (Não nomeado)

Kevin Costner – Danças com Lobos
Robert De Niro – Despertares
Gerard Depardieu – Cyrano de Bergerac
Jeremy Irons – Os Reveses da Fortuna
Richard Haris – The Field

1994Ed Wood (Não nomeado)

Tom Hanks – Forrest Gump
Nigel Hawthorne – The Madness of King George
Morgan Freeman – Os Condenados de Schawshank
Paul Newman – Nobody’s Fool
John Travolta – Pulp Fiction

2003 - Nomeado

Johnny Depp – Piratas das Caraíbas
Jude Law – Cold Mountain

Ben Kingsley – Uma Casa na Bruma
Bill Murray – Lost in Translation
Sean Penn – Mystic River

2004 – Nomeado

Don Cheadle – Hotel Ruanda
Johnny Depp – Finding Neverland
Leonardo DiCaprio – O Aviador
Clint Eastwood – Million Dollar Baby

Jamie Foxx – Ray

2005Charlie e a Fabrica de Chocolate (Não nomeado)

Heath Ledger – Brokeback Mountain
Philip Seymour Hoffman – Capote
Terrence Howard – Hustle & Flow
Joaquin Phoenix – Walk The Line

David Strathrain – Boa Noite e Boa Sorte

Antes de darmos o tema por terminado, uma palavra de agradecimento a todos pela participação nesta votação. Muito obrigado.

Alvy Singer

quarta-feira, janeiro 30, 2008

A Carta e afins.

Dava o verão de 2007 os seus primeiros passos quando este post suscitou uma referência no Cinema Notebook. Essa referência, acompanhada de uma sugestão neste blog, deu lugar a esta ideia que originou um outro post. Pois bem, a data avançada para isto começar era 01 de Setembro e, olhando de relance para o calendário, diria que estamos à vontade para dar início àquilo que poderá ficar para a História como a Carta do Cinéfilo. Depois de esfolar metade da massa cinzenta a seleccionar as obras, durante meio ano, e outra metade à procura de justificações para cada uma – como comprova a imagem no topo deste post –, estamos em crer que poderemos finalmente apresentar esta lista com trinta filmes, que facilmente poderiam ser outros trinta. Aliás, esta será a melhor maneira de olhar para estas coisas. Será sempre mais vantajoso ver isto como um divertimento, do que como algo definitivo que nos leva a perguntar “Mas quem é que este tipo julga que é para dizer que este é o melhor filme de sempre e aquele não?”. Se há coisa que isto não é, é definitivo. Bastava a lista ser feita na próxima semana e, caso o humor variasse dez graus à direita, daríamos a conhecer outros títulos. O único que esteve sempre certo desde o início será o último a ser apresentado. Ainda esta semana será dado o pontapé de saída.

Outra lista que começará esta semana, pelo menos nas nossas previsões, também prometida há já bastante tempo, é a dos 20 Filmes de 2008. Atenção, não são Os 20 Filmes de 2008. Esses, ainda não sabemos quais são. Só quando os estúdios anunciarem aqueles que terão datas de estreia lá mais para o final do ano é que poderemos centrar atenções nos caçadores de prémios. Estes primeiros vinte serão, assim, aqueles que temos a certeza de que estrearão este ano e que estamos com uma vontade danada de ver. Encontrar um que não seja blockbuster será mais difícil do que encontrar uma agulha em casa de ferreiro. Esperem, não é este.

Ainda antes de terminar, e porque este texto tem sido exclusivo ao blog, mais duas notas apenas. Ausente durante algum tempo, regressou recentemente a coluna com a Pergunta do Dia. Nos últimos tempos tem sido somente da Semana. No entanto, e porque isto tinha mais piada se mudasse diariamente, seria melhor chegar ao blog e depararmo-nos com uma questão nova todas as manhãs. Caramba, se até o IMDB, que deve ter uma equipa maior do que a NASA, está aberto a sugestões, nós também estamos. Não é fácil lembrarmo-nos de uma pergunta todos os dia. A partir de amanhã, tentaremos. Ainda assim, se alguém quiser saber a opinião dos leitores do Deuxieme sobre qualquer assunto, basta enviar a sugestão, e nós agradecemos. E, aqui surge o segundo ponto. Estas sugestões podem ser enviadas para o mail do blog. Contamos ter aqui a referência do mesmo dentro em breve. Até lá, fica o endereço: deuxieme.blog@gmail.com.

Alvy Singer

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Lista 2 - Dez Melhores de 2007.

Prosseguindo, eis as escolhas de Maria do Carmo Piçarra.

1. Cartas de Iwo Jima
2. Pecados Íntimos
3. As Bandeiras dos Nossos Pais
4. O Bom Nome
5. O Labirinto do Fauno
6. Control
7. Zodiac
8. Promessas Perigosas
9. Belle Toujours
10. Paranoid Park

(Maria do Carmo Piçarra)

Alvy Singer

Por causa dela.

Todos os anos, procuro manter a tradição de rever um filme na noite dos Óscares. Só tem de preencher o requisito de ter ganho algum. Fora isso, é só escolher e relembrar o que de melhor se escreveu nos anais da História do Cinema. Este ano, quando falta um mês para a cerimónia, ao que tudo indica, o título já estará escolhido. Por várias razões, mas, sobretudo devido ao salutar regresso de Julie Christie às luzes da ribalta, o eleito terá forçosamente de ser Doutor Jivago (David Lean, 1965).

Para quem nunca viu o filme, os seus 197 minutos são fáceis de resumir. À superfície, é o relato da insatisfação da sociedade russa no início do século XX, do despoletar da Revolução Bolchevique e da guerra civil que posteriormente caiu sobre o país. No seu lado mais recôndito, é uma das mais íntimas e tocantes histórias de amor que o grande ecrã alguma vez teve o prazer de oferecer. E, quando dizemos grande ecrã, é porque este é mesmo um daqueles filmes que merecia ser visto na grande tela. Não deve haver plasma, nem polegadas, que façam jus às proporções épicas deste magnifico trabalho de David Lean. Caramba, como teria sido bom pisar uma sala de cinema nesse ano.

Baseado no romance de Boris Pasternak, o filme centra-se na existência de um médico de boas famílias, Jivago, um Omar Shariff no seu melhor. Apaixonado pela poesia, Jivago acaba por casar-se com o seu amor de juventude, Tonya (Geraldine Chaplin), antes de partir para a guerra. Enquanto cumpre o serviço militar, Jivago conhece o amor da sua vida, Lara (Julie Christie), por sua vez casada com um influente revolucionário. Daqui para a frente, a narrativa desenvolve-se para algo que entraria no capítulo dos spoilers. Mas, não tenhamos ilusões, desenvolve-se de uma forma ímpar, como só acontece nos grandes filmes.

Uma das comparações que inevitavelmente surge, assim que vemos este clássico, é com o anterior trabalho de Lean, Lawrence da Árabia (1962). O realizador foi o mesmo, assim como o argumentista, o director de fotografia e o compositor. Até Omar Shariff saltou trocou de cavalos. Entre ambos só há vinte minutos de diferença. Um passa-se na Arábia, outro na Rússia. No entanto, apesar de todas estas semelhanças, há que reconhecer de peito de aberto, que este será um filme sempre à sombra do seu antecessor. Precisamente por isto, porque, com tantas coisas em comum, há um que, se calhar, é um bocadinho melhor que o outro. Agora, se há algo que pende sempre a favor de um filme, é uma bela história de amor. E, nesse particular, Doutor Jivago marca pontos como poucos. Muito poucos.

Bolas, com isto tudo, a vontade é de o rever já hoje. Recuperar a paisagem invernal e crua da fotografia de Freddie Young; relembrar as interpretações notáveis de Shariff, Christie, Rod Steiger, e Tom Courtenay; rever planos de antologia que retratam, com a mesma mestria, uma compaixão genuína ou uma desastrosa confusão social. Mas, seja em que noite for, saberá sempre bem ouvir a intemporal melodia de Maurice Jarre, aqui misturada com clips de vários Jivagos. Este será, com certeza, um filme a ver dia 24 de Fevereiro. Ou numa outra qualquer noite.

Alvy Singer

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Del Toro confirmado em The Hobbit.

A percentagem é de 99%. No entanto, Juan António Bayona, realizador de El Orfanato, não deu grande importância ao único ponto percentual que ainda existirá contra a escolha de Guillermo Del Toro, e avançou que este será o realizador de The Hobbit. Dos dois, entenda-se, back-to-back. Aqui fica o vídeo que o comprova.

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A vida de Harvey Milk.

Estas são as primeiras fotografias de Sean Penn na rodagem de Milk, o próximo filme do realizador Gus Van Sant (Paranoid Park, Elefante). De acordo com a revista Time, Harvey Milk (1930-1978) foi o primeiro homossexual assumido publicamente eleito por sufrágio universal para um cargo político. A longa-metragem está a ser rodada em Castro District, na cidade de São Francisco, e as primeiras imagens dão-nos já a experimentar aquele ambiente retro de qualquer filme situado nos seventies. Apesar de ainda estarmos em plena campanha para este ano, nada nos proíbe de dizer que está aqui um projecto a ter em conta para os Óscares de 2008. Até porque depois de um flop, como foi All The King’s Men, Sean Penn costuma frisar, com uma qualquer brilhante interpretação, que aquilo não passou disso mesmo, um flop. O normal é andar sempre nivelado por cima.

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Chegadas e partidas.

A vida é feita destas coisas. Chegar e partir. Já dizia o outro que, onde quer que estejamos, temos sempre de ir para algum lado. E, quando chegamos lá, mais cedo ou mais tarde, é certo que teremos de nos ir embora. No fundo, a vida é feita de ires. Muito bem, com a contextualização feita, é tempo de falarmos de dois projectos, um, porque chegou mais alguém, outro, porque alguém resolveu bater com a portar e sair.

Comecemos então por aquele que dá conta da chegada, Public Enemies, o filme de Michael Mann, já aqui abordado devido ao elenco promissor. Depois de Depp e Bale, rumores indicam que John Ortiz, o secundário de luxo em filmes como Miami Vice (2006), Antes Que Anoiteça (2000) e Narc (2002) estará também presente no próximo trabalho de Mann, ao lado da outra mais recente aquisição, Marion Cotillard, a Edith Piaf de La Vie en Rose. Cotillard desempenhará o papel de Billie Frechette, a cara-metade de John Dillinger (Johnny Depp), um dos gangsters mais influentes nos anos 30. Para além destes dois, também já assinaram o livro de ponto Channing Tatum (Step Up), Giovanni Ribisi (A Rapariga Morta) e Stephen Dorff (Cecil B. DeMented). Ou seja, isto continua a aquecer. Acima de tudo por haver uma dúvida que paira no ar: Quando surgir o primeiro teaser, quantos actores é que aparecerão com a designação Academy Award Nominee, e quantos é que aparecerão com Academy Award Winner? Dois, um, nenhum, quem sabe?

Do lado oposto, daqueles que se vão embora, está The Wolf Man, que hoje é noticia pelo abandono do seu realizador, Mark Romanek (Câmara Indiscreta, 2002). O filme, que conta com as participações de Benicio Del Toro e Anthony Hopkins, será um remake do clássico O Homem Lobo (1941), de George Waggner, e com Lon Chaney Jr. no principal papel. Sendo assim, o projecto está, como se costuma dizer, up for grabs. Não que se procurem voluntários, obviamente, no entanto, parece que reina a confusão para os lados da Universal Pictures, que não contava muito com esta jogada do cineasta. Diz-se, por terras de Hollywood, que Romanek queria um orçamento maior. Agora, o estúdio que se amanhe. O curioso no meio disto tudo, é que já deu para conhecer um pouco melhor as agendas de alguns senhores que rejeitaram a primeira proposta para ocupar a cadeira de realizador. O AICN diz-nos que Matt Reeves não pode ser porque estará a trabalhar não só em Cloverfiel 2, como noutro projecto de J.J. Abrams, Invisible Woman. Fala-se também de Breck Eisner, filho do mais conhecido com o mesmo apelido, que até agora apenas realizou Sahara (2005). Afiguram-se dias nublados para esta pré-produção. Muito dificilmente a rodagem começará no próximo dia 18 de Fevereiro.

Alvy Singer

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terça-feira, janeiro 29, 2008

Porque ainda não falámos deles esta semana.

Depois das imagens em rodagem já conhecidas, aqui fica a primeira espreitadela ao mais novo dos Coen. Não, não é o candidato aos Óscares. Pelo menos para já. Este chamar-se-á Burn After Reading, e contará a história de dois empregados sem escrúpulos que trabalham num ginásio, e que têm a sorte de se cruzar com um disco rígido outrora pertencente a um membro da CIA. O plot ideal para uma trapalhada à la Coen. Como sempre, os irmão reúnem-se com a mais fina-flor de Hollywood, a começar no elenco, com gente com George Clooney, Brad Pitt, Tilda Swinton, John Malkovich e Frances McDormand, e a acabar no director de fotografia, Emmanuel Lubezki, nomeado quatro vezes para os Óscares, a última pelo seu trabalho em Os Filhos do Homem (Alfonso Cuarón, 2006). O filme tem estreia prevista lá para o final do ano.

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Lista 1 - Dez Melhores de 2007.

Ao longo das próximas duas semanas, colocaremos diariamente a lista com os dez melhores filmes estreados em 2007 para um colaborador da Premiere. Após a última lista ser dada a conhecer, um post surgirá com o intuito de receber todos os designados. Até lá, estes que iremos expor podem ser entendidos como meras sugestões. Umas mais acertadas do que outras. Comecemos, então, pelos eleitos de Rui Pedro Tendinha.

1 – À Prova de Morte
2 – Inland Empire
3 – Cartas de Iwo Jima
4 – Promessas Perigosas
5 – Contado Ninguém Acredita
6 – Ultimato
7 – Assalto e Intromissão
8 – Pecados Intimos
9 – En Soap
10 – Eu Sou a Lenda

(Rui Pedro Tendinha)

Alvy Singer

Poster Mistério.

Almejando sempre um maior desafio.

Resposta certa para omegalfa, que marca o seu primeiro ponto. Frankestein Júnior (Mel Brooks, 1974).


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Colisões.

Crash – Colisão (Paul Haggis, 2004), tornar-se-á na segunda longa-metragem vencedora de um Oscar de Melhor Filme depois de No Calor da Noite (Norman Jewinson, 1967), a estar na origem de uma série de televisão. O programa, a ser transmitido pelo canal canal por cabo Starz, terá um total de treze episódios de uma hora e será co-produzido pela Lionsgate, a distribuidora do filme. Esta é a primeira aposta do género, de um canal que faz do cinema a sua principal programação. Saber que membros do filme original como Paul Haggis, o co-argumentista Robert Moresco, e os produtores Bob Yari, Don Cheadle, Mark R. Harris e Tom Nunan, estão por detrás deste projecto, leva-nos a olhar de uma outra forma para esta notícia. Verdade seja dita, a última vez que Haggis e Moresco se meteram num projecto destes, a coisa deu para o torto, aquando do cancelamento da série por ambos criada, The Black Donnellys. Se alguém em Hollywood estiver a ler isto, aqui fica a sugestão para uma série: Pegar em Vincent de Colateral, e contar a existência do homem. O filme de Michael Mann poderia ser o final, num duplo episódio épico.

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Screen Actors Guild. Mais dois para o dos Coen.

Quem vem diariamente ao Deuxieme é porque alguma coisa, por mais ínfima que seja, gostará de cinema. Ninguém virá aqui por causa dos bolos. No entanto, tem dado para perceber por alguns comentários aqui deixados ao longo dos tempos, que muitos serão os leitores que procuram estar sempre em cima do acontecimento. O que, obviamente, ajuda a puxar por quem está deste lado, e que vai tentando sempre acompanhar o ritmo de estreias, noticias, curiosidades, e afins.

Contudo, há dias em que nada resta senão ter de esperar quase 24 horas para colocar um post sobre os Screen Actors Guild (SAG). Certamente que, por esta altura, já quase toda a gente saberá quem foram os vencedores. Todavia, este espaço não seria merecedor de qualquer visita, se não deixássemos aqui um apontamento sobre o assunto. Temos é de o enriquecer com algum trivia e um ou outro vídeo. Como se o post fosse uma receita e isto o ingrediente que varia de cozinheiro para cozinheiro.

Pois bem, os vencedores, nas categorias de cinema, foram estes:

Melhor Elenco: Este País Não é Para Velhos;
Melhor Actriz Principal: Julie Christie, por Longe Dela;
Melhor Actor Principal: Daniel Day-Lewis, por Haverá Sangue;
Melhor Actriz Secundária: Ruby Dee, por Gangster Americano;
Melhor Actor Secundário Javier Bardem, por Este País Não é Para Velhos.

Agora, para isto não ser só chegar aqui e Toma lá, já está, aqui ficam mais alguns dados para termos em consideração quando chegar a altura de mandar bitaites sobre quem vencerá nos Óscares.

- Das cinco categorias, aquela que apresenta menor concordância com os prémios da Academia de Hollywood é a de Melhor Elenco, equivalente à categoria de Melhor Filme. Em treze anos, apenas por cinco vezes houve correspondência. Este foi o primeiro ano em que apenas um nomeado para o Oscar de Melhor Filme esteve nos cinco nomeados para Melhor Elenco nos SAG.

- Nas categorias de interpretação, Melhor Actor Secundário é aquela em que há menos concordância, tendo-se registado apenas por seis vezes.

- Em treze anos, por dez vezes a Melhor Actriz nos Screen Actors Guild arrebatou o Oscar, umas semanas depois. Esta é a que menos falha.

- O Oscar de Melhor Actor coincidiu com o SAG por nove vezes, enquanto que Melhor Actriz Secundária, oito vezes.

- Desde 2004, os Óscares têm seguido sempre a decisão dos Screen Actors Guild, nas categorias de Melhor Actor, Actriz, e Actriz Secundária.

- Desde 2004, o último ano em que houve correspondência, parece que a categoria de Melhor Actor Secundário tem estado enguiçada. Será que Bardem quebrará a mala pata?

De destacar ainda o discurso de agradecimento de Daniel Day-Lewis, numa singela homenagem e dedicatória.

E, por último, dois vídeos. O primeiro, daqueles que levam Alvy Singer a espreitar a passadeira vermelha, e a desejar que a greve dos argumentistas se resolva antes da cerimónia dos Óscares. O segundo, daqueles que levam Alvy Singer a desejar que a greve dos argumentistas se resolva antes da cerimónia dos Óscares, mas não para termos momentos deste calibre na passadeira vermelha.

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segunda-feira, janeiro 28, 2008

'Falling Slowly' em risco de cair.

Em 1972, já depois das nomeações ter sido feitas, a banda sonora de O Padrinho foi substituída pela de Sleuth – Autópsia de um Crime em plena corrida para o Oscar. Tudo porque não era tão original quanto se pensava. Este ano, com as nomeações ainda bem frescas, já estalou a primeira polémica. Todos os anos há uma ou outra, seja quem produziu o filme, se a longa-metragem é estrangeira ou não ou se a canção é mesmo original.

Pois bem, de acordo com o Carpett Bagger, a primeira a levantar suspeitas é Falling Slowly, o tema central de Once. As regras da Academia postulam que “Uma canção original consiste em letra e música, ambas originais e escritas especificamente para o filme”. Nos últimos dias têm surgido algumas dúvidas quanto à validade desta última parte.

Sobretudo depois do blog Pressing Issues ter avançado que a música fez parte de dois Cds, um dos The Frames, a banda de Glen Hansard, chamado The Cost, e o outro The Swell Season, que Hansard gravou com a protagonista do filme, Marketa Iglova.

Se isto é ou não uma tramóia bem planeada, não sabemos. Parece que uma decisão sobre a elegibilidade de Falling Slowly é esperada para esta segunda-feira. Aguardemos.

Alvy Singer

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É melhor o título ficar em aberto.

Para terminar em beleza uma semana dedicada à relação entre a imprensa portuguesa e o cinema, depois do caso McCann ter ajudado Amy Ryan a obter uma nomeação por Vista Pela Última Vez, e de Istambul passar a ser capital da Turquia, num breve artigo que procurava ridicularizar Charlize Theron, eis que chegamos a um final arrebatador.

Confesso ter colocado algumas reticências quanto à escrita deste post, no entanto, já era altura de dizer que, como leitura alternativa, recomendo vivamente publicações como a Maria. Porque não faz bem, estar com a mente sempre orientada para a sétima arte, revistas como a Maria permitem-nos alargar horizontes e dar um salto a outras realidades – caramba, isto é que é um tipo desesperado por tentar manter a réstia de credibilidade cinéfila que pode ter. No fundo, quem diz esta revista diz qualquer outra que não tenha a ver com cinema. Pessoalmente, gosto desta. E, hoje, colho os frutos desta decisão.

A grande notícia surge logo na primeira página. A rubrica principal é sobre Brad Pitt e tem o título de Brad deixa japonesas de olhos em bico. Ao que parece, o actor tem cartazes espalhados por toda a Tóquio devido a uma campanha publicitária à linha de roupa da Edwin. O pequeno pé na poça que dá a deixa para a verdadeira pérola surge na última frase do texto:

Embora o filme que protagoniza, O Assassinato de Jesse James Pelo Cobarde Robert Ford, não tenha obtido qualquer nomeação para o Oscar, aos 44 anos, a vida corre bem a Brad Pitt, sobretudo a nível familiar”.

Depois desta frase vem isto. Carregando na imagem dá para ver melhor.

Caneco! Isto quer dizer que posso voltar a torcer por DiCaprio? Com esta é que me apanharam desprevenido. E, tivesse Casey Affleck uma carinha laroca, e talvez O Assassinato de Jesse James tivesse recebido alguma nomeação afinal de contas.

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Daniel Day-Lewis sobre Heath Ledger.

Entrevista gravada poucas horas depois de Daniel Day-Lewis e o mundo terem sabido da morte de Heath Ledger. Quanto mais não fosse por ser um colega de profissão, valia a pena colocar aqui o vídeo. Mas, verdade seja dita, vale por mais do que isso. Basta carregar na imagem.

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Sundance escolheu 'Fronzen River.'

Disponível no site da CNN, o artigo do jornalista Tom Charity pinta-nos um ano negro e sem grance magia em Sundance. É certo que melhores filmes do que outros estiveram por lá, como sempre, e o contrário é que seria de estranhar. Aquilo que não houve, e que muitas vezes é que dá piada ao Festival de Robert Redford, foi aquele filme que ficasse na retina de todos. Aquele que levasse o mais céptico dos críticos a dizer, Epá, se calhar este vai longe.

De acordo com Charity, e aqui temos mesmo de nos fiar na palavra do caríssimo Tom que, sem qualquer suspeita, funciona como repórter in loco do Deuxieme, o acordo mais chorudo esteve longe dos valores negociados em anos anteriores. Ao que parece, foi a Focus Features que se mostrou mais generosa, ao adquirir por dez milhões de dólares os direitos de Hamlet 2, uma comédia com Steve Coogan e David Arquette, e realizada por Andrew Flemming, o mesmo do alegremente despretensioso Três à Mistura (1994). O resto foi tudo abaixo disto.

Entre os filmes que Charity e muitos outros críticos foram destacando ao longo do Festival, e aqueles que no final acabaram mesmo por arrebatar algum prémio, não houve grande coisa em comum. Das duas uma, ou isto estava nivelado por cima e era bastante difícil escolher os vencedores, ou isto estava nivelado por baixo e tanto poderia calhar a um como a outro. Prefiro acreditar na primeira hipótese, e que ninguém desembolsou mais de dez milhões devido à recessão que espreita a todo o momento. Ballast, de Lance Hammer, Choke, de Clark Glegg, American Teen, de Nannete Burstein, Frozen River, The Wackness (já adquirido pela Sony Pictures Classics, o que pode ser um gigantesco tiro no pé para o projecto de Jonathan Levine), e Sleep Dealer, de Alex Rivera são aqueles que devemos procurar seguir com maior atenção. Alguns destes figuraram nos premiados das mais importantes categorias tendo o grande vencedor sido Frozen River, o drama realizado por Courtney Hunt.

Cinema Americano

Grande Prémio do Júri: Frozen River
Prémio do Público: The Wackness
Melhor Argumento: Sleep Dealer
Melhor Realização: Lance Hammer, por Ballast

Grande Prémio do Júri - Documentário: Trouble the Water
Prémio do Público – Documentário: Fields of Fuel
Melhor Realização – Documentário: Nanette Burnstein, por American Teen

World Cinema

Prémio do Júri: The King of Ping Pong
Prémio do Júri – Documentário: Man on Wire
Melhor Argumento: Samuel Benchetrit, I Always Wanted to be a Gangster

Aqui fica a lista completa dos vencedores, e o canal do Festival, com alguns vídeos bem catitas, no Youtube.

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domingo, janeiro 27, 2008

Coen vencem Directors Guild.

Os irmãos Coen marcam pontos na corrida ao Oscar de Melhor Realizador, agora que venceram o Directors Guild Award (DGA). Ethan e Joel Coen tornam-se na segunda dupla de realizadores a vencer este prémio depois de Robert Wise e Jerome Robbins terem ganho por West Side Story, em 1961.

Este galardão é tão mais importante pela enorme concordância que tem mantido com o vencedor dos prémios da Academia. Atribuídos desde 1948, apenas por seis vezes, estes não corresponderam ao vencedor para o Oscar de Melhor Realizador:

1968 – Antonhy Harver (The Lion in Winter) - DGA, Carol Reed (Oliver) – Oscar;
1972 – Francis Ford Coppola (O Padrinho) – DGA, Bob Fosse (Cabaret) – Oscar;
1985 – Steven Spielberg (A Cor Púrpura) – DGA, Sydney Pollack (África Minha) – Oscar;
1995 – Ron Howard (Appolo 13) – DGA, Mel Gibson (Braveheart) – Oscar;
2000 – Ang Lee (O Tigre e O Dragão) – DGA, Steven Soderbergh (Traffic) – Oscar;
2002 – Rob Marshall (Chicago) – DGA, Roman Polanski (O Pianista) – Oscar.

Aqui fica o podcast para o discurso dos vencedores que, quer se queira quer não, assumem-se, para já, como os grandes favoritos.

Na categoria de Melhor Fotografia, apesar de não existir tanta consonância entre os prémios anuais da American Society of Cinematographers (ASC) e os Óscares, convém sempre destacar a vitória de Robert Elswit, pelo seu trabalho em Haverá Sangue. Em vinte e dois anos, apenas por sete vezes houve correspondência. No entanto, há um dado curioso. Sempre que um título que está nomeado para o Oscar de Melhor Filme vence o ASC e o Oscar de Melhor Fotografia, acaba por arrebatar o principal galardão. Isso aconteceu com Danças com Lobos (1990), Braveheat (1995), O Paciente Inglês (1996), Titanic (1997), e Beleza Americana (1999). Assim, se a meio da cerimónia virmos o Oscar ir parar às mãos de Elswit, bem que poderemos ir a uma casa de apostas por tudo em Haverá Sangue. Caso contrário, faz-se História.

Alvy Singer

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sexta-feira, janeiro 25, 2008

O Melhor da Geração - Segunda Fase.

Na noite do desaparecimento de Heath Ledger, supostamente teria lugar a segunda e última parte destas duas eleições, iniciadas na passada semana. Por razões óbvias, optámos por adiar este post. Hoje, aqui está ele, agora para chegarmos aos vencedores, depois de apurados os mais nomeados. Qualquer votação é válida até às 0:00 da próxima terça-feira, dia 29. Desta feita, apenas poderemos escolher um em cada categoria. De realçar apenas que para Melhor Interpretação existem sete nomeados, devido a um empate. Como curiosidade, dizer que, no total, foram destacados 52 desempenhos.

Melhor Actor
Philip Seymour Hoffman
Edward Norton
Leonardo DiCaprio
Johnny Depp
Christian Bale

Melhor Interpretação

Johnny Depp – Eduardo Mãos de Tesoura
Johnny Depp – Os Piratas das Caraíbas: A Maldição do Pérola Negra
Adrien Brody – O Pianista
Heath Ledger – Brokeback Mountain
Edward Norton – América Proibida
Philip Seymour Hoffman – Capote
Leonardo DiCaprio – Diamante de Sangue

Dando o mote para este último passo: Johnny Depp e Leonardo DiCaprio por Diamante de Sangue. Brevemente faremos o mesmo exercício para a Melhor Actriz, antes de partirmos para o confronto de gerações.

Alvy Singer

Melhor Canção Original.

Durante o próximo mês, tempo que ainda falta até à cerimónia dos Óscares, procuraremos analisar cada categoria – as mais importantes, vamos lá –, trazendo à baila todos os nomeados e escrutinando as possibilidades de cada um. Melhor Canção Original é a categoria ideal para começarmos, apesar de ainda não termos visto Once (John Carney) nem August Rush (Kevin Sheridan).

Com três nomeações, Uma História de Encantar podia ser considerado como favorito, se não fosse o problema da divisão de votos. Apesar de That’s How You Knowser a mais forte das três nomeadas deste filme, e aquela que já todos esperavam ver neste lote, a verdade é que as outras duas podem roubar boletins preciosos. Para além disso, as outras duas não são nada de se deitar fora, sobretudo a do filme de John Carney, que muitos podem querer premiar aqui, por ser a única nomeação do filme. Eis as cinco eleitas.

Once

Falling Slowly (vídeo).

Enchanted

That’s How You Know (vídeo).

Happy Working Song (vídeo).

So Close (vídeo).

August Rush

Raise it Up (vídeo).



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Quantum of Solace.

A história do filme terá início uma hora depois de terminar a do sublime Casino Royale. O título da obra, esse, já está escolhido. Tirado de uma das pequenas histórias de Ian Flemming, a BBC já noticiou que o vigésimo segundo filme de James Bond ficará para a História como Quantum of Solace. Ao que parece, o filme será marcado pela sede de vingança e incessante procura de paz de espírito de Bond.

Agora, se já somos brindados com agradáveis surpresas nas traduções, quando está lá bem escarrapachado o que o título quer dizer, desta vez, com algo tão obscuro, estamos para ver até onde irá a criatividade dos responsáveis nesta área. É que há pessoal danado para inventar.

Alvy Singer

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Os actores fora do ecrã.

Há muito que a Era Dourada de Hollywood deixou de existir. É verdade que hoje encontramos a mesma elegância e sobriedade em muitas celebridades que se passeiam por essas passadeiras vermelhas fora: Dustin Hoffman, Meryl Streep, Sean Penn, Morgan Freeman, Susan Sarandon e muitos outros, ainda demonstram transportar nos ombros esse peso de um tempo passado. São nomes que aprendemos a respeitar, por aquilo que os vimos fazer no grande ecrã, mas também aquilo que deles conhecemos fora dele.

No entanto, os dias que vivemos são outros. Em qualquer lado há uma máquina fotográfica, uma câmara de filmar ou um gravador que surge com uma facilidade impressionante, pronto a documentar as palavras ou os actos de qualquer um. Hoje, sabemos muito mais rapidamente o que Bill Murray jantou ontem à noite num restaurante em Santa Mónica, do que há quarenta anos atrás se sabia qual era o filme que Mike Nichols iria realizar depois de ter terminado Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?.

Hoje sabemos quantas palhinhas é que um determinado actor utilizou para beber um copo de sumo, de que cor é o IPod com que costuma correr no Central Park, que a semana passada aquela actriz saiu de casa descalça, trinta por uma linha. Informação a circular é a chave para o sucesso de todos os media. O tipo de informação é que varia.

É por essa razão que, quando um actor como Tom Cruise vem para a rua dissertar sobre Cientologia, meio mundo lhe cai em cima. Porque toda a gente vê. Há cinquenta anos, ele poderia ter o dobro da obsessão por esta religião. Contudo, duvidamos que, para além da família e amigos, alguém viesse a saber. E, continuaria a ser o mesmo actor de sempre.

No entanto, os tempos mudaram e é preciso não esquecer isso. Hoje, um actor deixa a sua marca através dos filmes, indubitavelmente, mas também através de uma série de coisas que há 20 ou 30 anos seriam impensáveis. Sem a Internet, por exemplo, dificilmente teríamos acesso a este vídeo de Tom Cruise, nem à resposta de Jerry O’Connell.

Vivemos numa altura em que actores vêm para os órgãos de comunicação social defender outros actores. Colegas de profissão, como Adam Sandler, Ben Stiller ou Bruce Willis, que afirmam compreender as palavras de Tom Cruise e criticam aqueles que ridicularizam o vídeo. Sobre isto, acima de tudo, apraz-me sublinhar aquilo que advoguei aquando do post do Francisco Silva sobre este tema: o receio de que Tom Cruise se afaste para sempre desta geração mais nova de cinéfilos, devido a questões puramente pessoais e que nada têm que ver com o seu trabalho.

Mas, se os media servem para noticiar diariamente sobre a sétima arte, também servem para o reverso da medalha, e falar sobre todos os pormenores daqueles que vivem do Cinema. É apenas mais um fruto da aldeia global e, quem não gosta, tem bom remédio. Até certo ponto, devemos parar para pensar e reflectir, quando vemos Jack Nicholson sair de um restaurante e um batalhão de jornalistas estar à sua espera para ouvir, em primeira-mão, aquilo que o Joker tem a dizer sobre a morte de Heath Ledger. Da sua boca saiu um dúbio I warned him. Agora, quem é que poderá julgar as palavras de um pobre coitado que mal pode dar um passo sem enfiar o nariz num qualquer flash?

Aqui, não é relevante de que lado está a razão. Tom Cruise, antis-Tom Cruise, Jack Nicholson, ou outro qualquer. Convém é não esquecermos que as quatro paredes são cada vez maiores e, aquilo que se diz para uma câmara, provavelmente chegará local mais recôndito do planeta. Sobre este assunto relembro sempre as palavras de Mike Wallace em O Informador, quando diz que o mais importante é a forma como somos lembrados.

Alvy Singer

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Charlize, não é Budapeste lá ao fundo.

Há dois dias falámos aqui da capa e site de O Correio da Manhã. Hoje, dediquemo-nos ao jornal Sol. Mais uma vez, procurando não cair em estereótipos sobre a cultura geral de cada um, será melhor ficarmo-nos mesmo pelo artigo no site deste jornal que dá conta da calinada de Charlize Theron, quando confundiu Budapeste com Istambul.

Charlize Theron convidada a visitar capital húngara para deixar de a confundir com Istambul”. Até aqui tudo bem.

As autoridades de Budapeste anunciaram hoje que convidaram a actriz sul-africana Charlize Theron a visitar a cidade para que deixe de confundir a capital turca com a húngara”. É o que poderia e deveria ter sido escrito de uma outra forma.

Em nenhum momento, em todo o artigo, se diz qual é a capital da Turquia. No entanto, convenhamos que esta última frase deixa a entender fortemente que Istambul será essa capital. Bastaria o nome Ankara surgir lá para o meio, e talvez não restasse qualquer dúvida. Prefiro acreditar que foi isso. Que o jornalista do Sol deu por adquirido que o leitor já sabia a resposta a esta pergunta. Caso contrário, fica difícil saber quem devemos troçar no meio disto tudo.

Alvy Singer

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Mais mortífero do que nunca.

Admitamos este cenário pessimista: um casal, que já tentou tudo para fazer a relação funcionar, mas que não encontra propriamente uma maneira de chegar a um fim. Ambos o querem, no entanto, com receio de ferir os sentimentos da cara-metade, que já não o é, vão alimentando uma ligação que já não tem ponta por onde se lhe pegue, numa deterioração morosa que não faz bem a ninguém. Pois bem, este casal desesperado terá encontrado em Rambo, à partida, a solução para este berbicacho. O truque passará por não ver o quarto capítulo da saga logo no fim-de-semana de estreia, a 07 de Fevereiro. Uma semana depois, Dia dos Namorados, este é o filme ideal. Certamente que alguém puxará o assunto. A não ser que ambos façam parte do Exercito, não acredito que um casal consiga sobreviver a isto. Vejamos os números apresentados por John Mueller no L.A. Times.

Atenção, não se pense que o que aniquilará o casal serão as 236 mortes, ou o facto do primeiro tipo bater as botas aos três minutos. A machada é não existir nenhuma cena de sexo, a exemplo dos filmes anteriores.

(O enredo imaginário para trazer à baila este tema poderá não ter sido o melhor. Em adiantado, peço desculpa pelo facto. No entanto, deverei dizer que a responsabilidade é do filme visto esta noite, onde os dois não acabam juntos, e cujo nome estou impossibilitado de dizer, pois seria um major spoiler).

Alvy Singer

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Os primeiros a sobressair.


Sundance começa a dar frutos. Uma semana é suficiente para começarem a circular nomes pelos corredores. Aqueles de que se fala serão os que terão maior probabilidade de chegar a uma sala de cinema. Os outros, aqueles que não suscitam grande interesse, à partida ficam-se por aqui e agradecem a oportunidade.

Quando Jason Reitman (realizador recentemente nomeado para um Oscar por Juno) diz que o seu filme preferido, até agora, é X, então devemos seguir de perto esse X. Convém não perder X de vista. Neste caso, até porque continuar a dizer X a torto e a direito tornar-se-á repetitivo, X é o documentário American Teen, aplaudido por uma larga maioria. Realizado por Nanette Burstein, o filme acompanha quatro raparigas no seu último ano num liceu norte-americano, em Warsaw, Indiana. Resultado: 1000 horas de filmagens e um hino à adolescência, diz quem se passeia a esta hora por Park City. Só para que fiquemos esclarecidos quanto às personagens: uma delas é chearleader (filme de adolescentes que não tenha uma não serve), outra é uma viciada em jogos de vídeo, a terceira uma estrela de basquetebol e, a última, alguém que se aproxima do anti-social. Ainda é cedo para falarmos em Óscares de 2008, contudo, a Paramount Vantage, pelo sim, pelo não, não perdeu tempo. Desembolsou os cordões à bolsa e… zuca! Vamos ver no que isto dá, terá dito o estúdio.


Outro que tem suscitado curiosidade, pelas críticas positivas que tem recebido de todo o lado, é Choke, a adaptação da obra de Chuck Palahniuk – autor de Clube de Combate. Apesar de aparentar não ser um filme de fácil comercialização, sobretudo devido à nudez e sexo em abundância, mas também ao controverso enredo secundário que gira em torno de O Código Da Vinci, o filme, que custou 3,4 milhões de dólares, já trouxe lucro. Isto porque a Fox Searchlight chegou-se à frente e adquiriu os direitos da obra por cinco milhões de dólares. Para quem se está a perguntar se isto é relevante, relembramos que este estúdio foi responsável pelas distribuições de Juno, Little Miss Sunshine, Garden State, Once, Thank You For Smoking e Sideways. Portanto, expectativa é coisa que não falta para este. O enredo ainda ajuda à festa: Victor Mancini (Sam Rockwell), um viciado em sexo e desistente da faculdade de medicina, mantém a sua mãe, Ida (Angelica Huston), doente com Alzheimer, num dispendioso hospital psiquiátrico. De modo a arranjar dinheiro, durante o dia Victor trabalha num parque de história temático. À noite, aproveita para se engasgar deliberadamente em restaurantes de luxo. Quando os patrões o salvam da morte, começa aí um sentimento de culpa que, normalmente, termina com o assinar de um cheque. Porém, esta vida pacata é abalada quando, num raro momento de lucidez, Ida revela um terrível segredo de família sobre o pai de Victor. É nesse momento que o jovem solícita a ajuda do seu amigo de longa data, Denny (Brad Henke), um masturbador crónico em recuperação, e da médica que acompanha a sua mãe, a Dr.ª Paige Marshall (Kelly Macdonald), para, em conjunto, tentarem resolver o mistério sobre os seus ancestrais divinos. Prometedor.


Um outro filme que merece destaque, apesar de não marcar presença em Sundance, mas porque já falámos em Óscares para o próximo ano. Tudo isto é muito prematuro. De qualquer forma, tem de se começar por algum lado. Quem sabe se Uma Thurman, Evan Rachel-Wood – essa jovem actriz com um dom do tamanho do mundo –, e Eva Amurri (filha de Susan Sarandon), não andarão nesta correria louca, no próximo ano. O trailer de Life Before Her Eyes (anteriormente, In Bloom), de Vadim Perelman, o mesmo de Uma Casa na Bruma, deixa boas indicações.


Alvy Singer

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quinta-feira, janeiro 24, 2008

Tema Mistério 9

Em memória de Heath Ledger...




Bernardo Sena

Estreias da Semana (4 filmes a ver)

NOME DE CÓDIGO: CLOVERFIELD

A iniciar esta semana repleta de boas estreias, começo pelo polémico Nome de Código: Cloverfield. Este filme é um exemplo fantástico da força do marketing do cinema (cultivado pela pouca informação que o site dispunha, o que lançou uma curiosidade insaciável no público e despertou uma procura enorme na Internet), feita, refira-se antes de mais, com uma coerência e qualidade reais (em oposição, por exemplo, ao medíocre O Projecto Blair Witch). Sobre o olhar atento de J.J. Abrams (A Vingadora, Perdidos, M:I:3) que deu a cara pelo filme e se sentou comodamente na cadeira da produção, o realizador Matt Reeves (que veio do mundo da TV, tal como Abrams) concebe uma obra distinta a vários níveis, e que nos dá que pensar sobre o cinema e o seu futuro.

A acção passa-se em Nova Iorque, mais propriamente Manhattan, e mostra-nos uma história de amor com pontas soltas, que se encadeia num grupo de pessoas que festeja alegremente uma despedida de um amigo comum, que vai partir para o Estrangeiro em trabalho. Entre as primeiras impressões dos protagonistas (onde a maioria dos actores são desconhecidos, exceptuando os casos de Jessica Lucas, Lizzy Caplan e Mike Vogel) e um início de construção narrativa coerente, o grupo é apanhado de surpresa numa tragédia que aparenta ser de causas naturais, mas que se vai revelar um verdadeiro pesadelo de natureza surreal, onde todos vão lutar pela sua sobrevivência, em busca de respostas para o que se está a suceder.

Filmado com uma câmara de vídeo (que, surpreendentemente, não cansa visualmente o espectador um único minuto), o filme é-nos mostrado pelas pessoas da festa, que gravam tudo durante o seu infernal percurso pela cidade – e é sobre esse dispositivo de documentário/filme que nos é apresentada esta obra vibrante, que nos dá conta de uma arrojada realização e montagem, bem como uma clara noção dramática e de suspense tão bem medida e perfeitamente distribuída pelos curtos 75 minutos do filme. São vários os géneros incluídos nesta obra, que fazem dela um objecto de cinema original, onde o seu misticismo (e o final), pendurados sobre a questão da problematização do “propósito de tudo ter acontecido”, recordam, inevitavelmente, a obra-prima Os Pássaros (1963), de Alfred Hitchcock.

4/5 - Bom


THE DARJEELING LIMITED

Seguimos para outro tipo de drama, com The Darjeeling Limited, a última obra de Wes Anderson. Este fabuloso filme encerra a uma trilogia familiar, iniciada pelo realizador, em 2001, com The Royal Tenembaums – Uma Comédia Genial, seguida, em 2004, com The Life Aquatic with Steve Zissou – Um Peixe Fora d'Água. Se no primeiro caso temos um pai, cuja ausência e descuido deixara marcas irremediáveis nos seus filhos, à procura da sua redenção, no segundo caso vemos um filho tentar conquistar um pai que nunca teve, movido pela paixão comum da exploração da vida debaixo do mar; o pai acaba por encontrar na sua recente função paternal uma via para se auto-descobrir.

Para completar este mosaico, chega-nos agora a inesperada aventura dos irmãos Whitman (Adrien Brody, Owen Wilson e Jason Schwartzman) que iniciam uma viagem espiritual para a Índia, em busca de respostas interiores para os seus conflitos pessoais, onde a ausente cumplicidade entre irmãos, a fria independência da mãe e a morte do pai funcionam como os vectores determinantes. Mas, por entre o choque das relações entre eles, alimentadas pela mais variada colecção de comprimidos e outras substâncias que tomam sem controlo, surge um laço que os vai unir numa situação única, e que mudará o curso da viagem, bem como a sua intenção inicialmente prevista.

Com o seu estilo narrativo muito próprio, Wes Anderson cria em Darjeeling um momento de grande cinema, enquanto fiel retrato das emoções humanas inerentes ao conceito familiar e ao contacto com outras culturas, neste caso específico. Uma vez mais, Wes reafirma o fantástico realizador e contador de histórias que é, sobre uma visão estética muito peculiar e específica, a que já nos habitou nos seus títulos anteriores, e dirige três grandes actores no encanto quase musical, repleto das mais absurdas e cómicas situações que se intercalam com momentos de felicidade e tristeza, tal como a própria vida. De notar o feito que a distribuidora Castello Lopes conseguiu, ao incluir antes do filme, a curta-metragem Hotel Chevalier, também de Wes Anderson, com Jason Schwartzman e Natalie Portman (a grande surpresa surge com as suas cenas de nudez, “vestidas” de uma naturalidade incrível); um pequeno doce que nos liga directamente ao início do filme, e que nos acompanha ao longo do mesmo. É imperdível.

5/5 – Magnífico


O COMBOIO DAS 3 E 10

De seguida, damos um saltinho ao Oeste. James Mangold (Copland, Walk the Line) realiza O Comboio das 3 e 10, um delicioso regresso ao género tão nobre que é o Western. Com as bases bem assentes do filme original (realizado por Delmer Davies em 1957, com Glenn Ford e Van Heflin nos principais papéis), este é um exemplo de uma boa conjugação de influências, que nos enche durante duas horas.

Em linhas gerais, O Comboio das 3 e 10 conta a história de Dan Evans, um pobre rancheiro debilitado (Christian Bale) que se vê forçado a integrar numa missão arriscada para salvar a sua família do desespero financeiro e moral: Evans tem de transportar, em segurança, o pistoleiro criminoso Ben Wade (Russel Crowe) até ao comboio das 3 e 10, que o levará para a prisão de Yuma para ser julgado. Para além das suas debilitações e de um grupo cobarde que o acompanha neste perigosa missão, Evans vê-se ainda ameaçado pelo grupo de forasteiros que perseguem o seu rasto para libertar Wade, o seu destemido líder. Durante uma noite inteira e até ao começo da tarde, desenvolve-se entre Evans e Wade uma estranha cumplicidade, que vai ditar as acções de cada um; herói e vilão vêem-se encurralados num futuro já determinado.

Do início ao fim do filme, a acção é garantida e filmada com um pulso seguro, tal como o argumento é competente. À rica visão de Mangold junta-se a sua notória direcção artística, que faz de Christian Bale e de Russel Crowe um par de interpretações de grande nível. Temos aqui um interessante exemplo de Western, ainda que não exista uma dimensão humana de valores maiores, e por isso o filme não é capaz de nos devolver algo outrora proveniente de mestres como Ford, Hawks, Leone ou até Clint Eastwood. E como tal, sente-se que se podia ter feito mais, seja com as personagens, seja com o argumento, seja até a nível visual – falta uma existência de uma visão mais vincada de estética e força da história. No entanto, estão asseguradas emoções fortes e duas horas de excelente entretenimento.

3/5 – Razoável


BANQUETE DO AMOR

De regresso à actualidade, somos brindados com um drama ímpar. Banquete do Amor é o mais recente filme do competente realizador Robert Benton (Kramer contra Kramer, Vidas Simples, Culpa Humana). Neste singular filme dedicado ao amor e às suas mais belas e tristes formas de vida criadas e vividas pelas pessoas, Benton constrói uma obra deliciosa de fantasia e, em simultâneo, com uma carga muito real à qual não se pode fugir.

Na serena comunidade de Oregon surgem inúmeras histórias entre os seus habitantes, onde o amor encarna o papel principal. Sem olhar a idades, formas ou sexos, ele funciona como matriz principal da vida. Tudo isto é testemunhado por Harry Stevenson (o sempre fabuloso Morgan Freeman), um professor que se retirou das suas funções devido a um passado doloroso, que partilha com a sua mulher (Jane Alexander). Harry funciona como uma ferramenta preciosa na vida dos seus amigos e conhecidos, onde se encontra o seu amigo Bradley Thomas (Greg Kinnear) com os seus casamentos falhados, a sua amiga Chloe (Alexa Davalos) e o seu namorado Oscar (Toby Hemingway), jovens recheados de incerteza e fragilidade, a quem se juntam mais pessoas que tomam lugares nas suas vidas e que as vão mudar para sempre.

Há muito que não se via um filme tão simples e complexo na mesma medida, onde o efeito especial é o factor humano. Benton cria um tratado sobre o amor, onde existe espaço para a celebração, a contemplação, a angústia, a tristeza e, ainda, a felicidade. Este é um caso obrigatório de se ver, para se aprender mais sobre o cinema de grande qualidade, sobre a vida e, inevitavelmente, sobre o amor.

5/5 - Magnífico

E é tudo. Bom cinema!

Francisco Silva

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Salvando, amando, e rindo, porque não?

Aí está o trailer internacional de Get Smart, ou, como ficará conhecido no Brasil, Agente 86. O trailer é tão internacional que até vem com legendas. Por cá, o filme ainda não título, nem muito menos data de estreia.

Do trailer, a primeira ilação que podemos tirar, comparativamente ao teaser, é a de que os minutos a mais não são directamente proporcionais ao número de gags. O que não é uma perspectiva agradável. Até porque dá a ideia que o realizador Peter Segal procurará afastar-se, tanto quanto possível, da série original de Mel Brooks e companhia, onde Maxwell e a Agente 99 tinham mais do que uma ligeira química. Se, com o teaser, não era possível confirmar isto, agora podemos verificar que Steve Carrell e Anne Hathaway não constituirão propriamente o mais credível par de enamorados. Será que no grande ecrã provarão que estamos errados? Para todos os efeitos, a matéria-prima de Olho Vivo deve dar para um bom filme – assim esperamos, assim esperamos. Basta não se porem a inventar muito. Caso contrário, começo a duvidar seriamente das escolhas de papéis de Steve Carrell. Não há nada pior do que um manager a dormir.

Alvy Singer

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Heath Ledger (1979-2008)

I


CORAÇÃO DE CAVALEIRO

Sem querer estar a chover no molhado, como se costuma dizer, sinto que vale a pena, ainda que neste espaço curto, relembrar uma vez mais o actor Heath Ledger, que foi ontem encontrado morto no seu apartamento de Nova Iorque, possivelmente vítima de uma overdose, como revelou a polícia norte-americana, mas não se exclui a possibilidade de suicídio.

Teorias de fora, é importante relembrar Heath Ledger. É importante e faz todo o sentido, na medida que falamos de um actor com grandes capacidades, e que brilhou no cinema através de variados papéis; seja na comédia romântica, com 10 Coisas que Odeio em Ti (1999), ou em épicos históricos como O Patriota (2000), Coração de Cavaleiro (2001) e As Quatro Penas Brancas (2002), ou em dramas familiares e sociais de grande força como Monster's Ball - Depois do Ódio (2001), O Segredo de Brokeback Mountain (2005) - que lhe valeu uma nomeação para Óscar pelo seu extraordinário papel - ou Candy (2006), seja também na aventura e fantasia com Os Irmãos Grimm (2005), ou para a acção (quase documental) de The Lords of Dogtown (2005), e entretenimento com o seu Casanova (2005), deixando ainda lugar para o drama biográfico I'm Not There (2007) e o novo registo como o famoso assassino Joker em The Dark Knight (2008) - sendo que estes dois últimos filmes ainda por estrear entre nós. Por concluir ficará The Imaginarium of Doctor Parnassus (agendado para 2009), onde se encontrava em filmagens, dirigido pelo seu amigo Terry Gilliam.

O que mais me transtorna é a percepção do final abrupto de uma carreira destas num actor de 28 anos de idade, e que estava no seu melhor momento artístico, uma jovem carreira que é um feito de notória dimensão, que certamente abriria mais e maiores portas para um futuro glorioso.

Da minha parte, a espera de The Dark Knight aborda consigo uma "importância" pequena, que o nosso caro Alvy tão bem soube ter em conta com esta triste notícia, mas por outro também carrega ironicamente um peso gigante, pois é precisamente o último filme de Heath Ledger e ao que parece, pelas primeiras impressões que retive e opiniões de toda a indústria, vai deixar uma marca única. Certo é que este seu Joker já me garantiu, através do trailer que circula na Internet há mais de um mês, que vai conquistar o protagonismo total do filme, sem dúvida alguma. É ver para crer.

Para trás ficam obras a redescobrir, de um actor "que é um milagre da representação", como Ang Lee lhe chamou. Para sempre, entre outros momentos, fica na minha memória a sua especial e soberba personagem Ennis Del Mar, no fascinante O Segredo de Brokeback Mountain, e do inesquecível final "Jack, I swear...".

Lançando a questão, qual a personagem que Heath Ledger vestiu e vos marcou mais?

Francisco Silva

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