Deuxieme


quarta-feira, outubro 31, 2007

Um conceito de série mais lato.

Em menos de dois anos já devo ter visto por quatro vezes o aprendiz Greg passar a Crime Scene Investigator, três vezes Michael e Walt abandonarem a ilha, quatro vezes aquela cena em que Bellick regressa a Fox River, cinco vezes o episódio em que House dá uma aula com três histórias diferentes, quatro vezes o regresso de Lynette ao mundo do trabalho e duas vezes o momento em que O'Malley se apercebe que Olívia lhe passou Sífilis. Será assim tão difícil às estações de televisão passarem uma série semanalmente, e depois arquivá-la, sem repetirem tudo, a despachar, num mês?

Alvy Singer

Qual é o Filme?

Este filme foi o primeiro a atingir a mítica marca dos 100 milhões de dólares na bilheteira norte-americana. Neste filme, entra o actor que já desempenhou o papel de Presidente dos Estados Unidos por três vezes.

Este actor participou, anos mais tarde, embora na mesma década, no primeiro filme lançado em videocassete, com a banda-sonora em stereo. Neste filme, entra uma actriz que pertence a um restrito grupo de dez actores que já foram nomeados, no mesmo ano, nas duas categorias de interpretação, Melhor Actor e Actor Secundário.

Mais tarde, esta actriz viria a participar num filme onde De Niro também entra, e para o qual o actor pagou cinco mil dólares a um dentista para que alterasse a disposição dos seus dentes. Quando a rodagem terminou, pagou vinte mil para que voltasse a por tudo como estava.

Alvy Singer

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Como mudar de opinião - O Primeiro Passo

Após mais um dia de trabalho – creio já ter dito aqui que isto do cinema, agora mais do que nunca com o fim da PREMIERE, é, acima de tudo, um hobbie que há muito degenerou numa paixão exacerbada –, lanço-me no habitual rodopio que é a visita diária aos sites obrigatórios. Como sempre, algumas notícias são mais interessantes do que outras. Contudo, curiosa mesmo é a referência, suspeita, em sítios diferentes, ao mesmo filme. Tanto no AICN como na Empire, é só elogios ao trabalho do senhor Redford. Querem ver que isto é mesmo bom?


Começo a achar que este ano não teremos direito a um Dreamgirls ou um Cold Mountain. Aquele filme do qual todos esperam maravilhas mas que depois, vai-se a ver, e não é bem o que se pensava. Há sempre um filme destes, no minimo, por ano. Afinal, que rato é que a montanha vai parir? Parece que vou ter de me ficar por Charlie Wilson’s War, o único candidato a este troféu, por enquanto.

Alvy Singer

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terça-feira, outubro 30, 2007

Estes quatro não vão escapar.

Quatro posteres, quatro considerações. E, já agora, porque uma votação traz sempre uma outra cor a tudo isto, a liberdade para dizerem qual o vosso favorito é total.

Com Julia Roberts ali ao lado, dá vontade de perguntar para onde raio é que está a olhar Philip Seymour Hoffman? Nós sabemos que o nome do homem é o título do filme mas, não exageremos.

Michael Cera é, definitivamente, o campeão dos actores com ar abananado. Apesar de desenvolvida, obviamente, só podemos estar na presença duma aptidão com a qual se nasce ou não. Não vale a pena treinar. É todo um desarranjo fisionómico acompanhado por uma expressão facial de completa alheação do meio circundante. Ali há trabalho, mas um terrível dom também.

Sem tagline, a olhar para a objectiva, com um riso descomplexado, restam algumas dúvidas da mensagem que este filme pretende transmitir? Dois senhores actores, num filme que vai alimentando expectativas. Se vai.

Agora, dois aspectos sobre este último. Primeiro, que aqueles bonecos rapidamente me fizeram partir em busca do livro do Código da Estrada. É impressão minha ou estes desenhos são tal e qual aqueles presentes neste livro, daquela pessoas que andam no passeio, de bicicleta, de mota, na passadeira, e por aí adiante? O desenhador do Código da Estrada é o mesmo por detrás deste poster, meus senhores. Não tenhamos a menor dúvida. Segundo, que este será provavelmente o melhor poster do ano, até ao momento. Pelo menos, ao nível deste outro estará certamente.

Alvy Singer

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O GLAMOUR DO FUNCHAL



3º FICF - FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO FUNCHAL

2-10 de Novembro, 2007


ESTRELAS E FIGURAS: A conhecida actriz britânica Susannah York vai estar na Madeira, na Gala de Encerramento do 3º FICF-Festival Internacional de Cinema do Funchal, que se realiza no próximo dia 10 de Novembro na Sala de Espectáculos do Centro de Congressos. Mas as estrelas não ficam por aqui já que a abertura do festival madeirense, que dura nove dias é já na sexta, 2 de Novembro, no Teatro Baltasar Dias no centro da cidade, com apresentação do filme Viúva Rica Solteira Não Fica, de Jose Fonseca e Costa, realizador este que tem algumas afinidades com o Funchal, e que receberá um prémio de homenagem pela sua carreira.

SELECÇÃO OFICIAL: Na secção Competitiva, a mais importante do evento, estarão oito os filmes que representam o melhor de cinematografias emergentes e de países como o Irão, Turquia, Grécia, Argentina, Brasil, Suiça, e ainda de outros com uma longa tradição cinematográfica, como é o caso da Alemanha. Bliss, de Abdullah Orbuz, A Few Kilos of Dates For a Funeral, de Saman Salour, La Memoire Des Outres, de Pilar Anguita-Mackay, Capri, You Love?, de Alexander Oppersdorff, En La Cama, de Matias Bize, Ciudad En Cielo, de Hernán Gaffe, Uranya, de Costas Kapakas e Depois Daquele Baile, de Roberto Bomtempo, compôem uma selecção de filmes que não rodaram nos circuitos comerciais, e que definem as tendências cinematográficas do chamado cinema do mundo, por oposição aos grandes filmes da indústria de Hollywood. O Júri que irá decidir o vencedor é constituído pelas brasileiras Elisa Tollomeli, produtora, Malu de Martino, realizadora, pelo Director da Escola de Cinema de Cherbourg, Distribuidor e Marketing Bussiness Development francês Bruno Chatelin, pelo Jornalista e crítico de cinema José Vieira Mendes e pelo Director de Fotografia José António Santos, um madeirense radicado em Barcelona.

MOSTRAS E RETROSPECTIVAS: Nem só da competição viverá o 3ºFICF, já que a secção não competitiva integrará uma Festa do Cinema Brasileiro, com a exibição das películas, Saneamento Básico, O Homem que Copiava, Diário de um Mundo Novo e Proibido Proibir e homenagear-se-á ainda Michaelangelo Antonioni, o realizador italiano recentemente falecido, com a exibição do extraordinário e intemporal Profissão: Repórter, com Jack Nicholson como protagonista.

GLAMOUR MADEIRENSE: Como em qualquer Festival de Cinema, os acontecimentos de cariz social marcarão as noites amenas do Funchal. Com a presença de Susannah York na Sala de Espectáculos do Centro de Congressos da Madeira e que, para além da entrega dos prémios aos filmes vencedores incluirá ainda a projecção de Lonely Hearts, de Todd Robinsons, em premiere nacional, um filme que conta com um elenco de luxo, onde se incluí Jonh Travolta, James Gandolfini, Salma Hayek, e Jared Leto. A Gala de Encerramento será, de facto, um dos momentos marcantes da vida social madeirense em 2007, que relevará todo o glamour associado ao cinema, com diversos convidados ligados ao mundo da sétima arte. Esta gala será também uma oportunidade do festival integrar as comemorações do centenário do nascimento do arquitecto Oscar Niemeyer, que desenhou o emblemático edificio funchalense. A Gala curiosamente será aberta ao público em geral, através da aquisição antecipada de ingressos. Após os eventos, realizar-se-ão com habitualmente festas no muito fashion Café do Teatro, ao lado da sala do Baltasar Dias.

AULAS E MASTERCLASSES: Um dos mais relevantes projectos lassociados ao 3ºFICF são as Masterclasses sobre cinema, organizadas em pareceria com a Escola Profissional Cristóvão Colombo. De forma gratuita, os madeirenses poderão, durante uma semana, ouvir alguns nomes importantes falarem de produção, realização, argumento e fotografia. Aulas estas que se realizarão no Auditório da Escola Cristóvão Colombo, e serão leccionadas por Malú de Martino, Roberto Bomtempo, Elisa Tolomelli, Susana Schild e José António Santos, alguns dos importantes convidados do festival.

Afinal o Funchal tem ou não tem glamour, clima e hotéis para fazer um grande Festival de Cinema? Só faltam as estrelas....e a passadeira vermelha??????QUE ACHAM?



Então ninguém defende 'Hot Fuzz'?

Por esta é que não esperava. À altura em que escrevo este texto, 62 pessoas disseram de sua justiça na pergunta do dia. Dezanove opções. Só um filme não teve qualquer voto. Não diria que este seria o título mais improvável de encontrar nesta situação embaraçosa. Seria muito mais surpreendente depararmo-nos com um American Gangster, 3:10 To Yuma, Eastern Promises, ou Elizabeth – The Golden Age sem ninguém que se manifestasse a seu favor. No entanto, este estava, de acordo com as previsões, numa segunda linha de apostas. A verdade é que Hot Fuzz, Esquadrão de Província entre nós, não recolheu um único apoiante que o elegesse como o filme obrigatório para Novembro. Será que foi o título em português que confundiu alguns votantes? Não acredito que o esforço de Nuno Markl, de alertar a Lusomundo para uma silenciosa imensa minoria que acorrerá a este filme, tenha sido em vão. Pese embora, este resultado me tenha feito duvidar um pouco. É que não estava mesmo nada à espera.

Alvy Singer

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Ainda aquela questão de um Quiz Show.

Antes de mais, convém avisar que este post poderá cair nessas areias movediças que são os spoilers. Talvez para quem nunca tenha visto as duas pérolas das quais aqui trataremos resumidamente, o melhor seja fazer um scroll rapidíssimo, não vão as coisas descambar. Os dois títulos aqui em análise, melhor, os finais dos dois filmes aqui decompostos serão o de Manhattan e o de Férias em Roma. É claro que a primeira coisa a fazer depois de deixar este post para trás é a auto flagelação, por ainda não terem provocado o encontro com estas duas obras maiores da sétima arte – quem tiver preparado o argumento Ah, mas tu ainda não viste o Paths of Glory, por isso não podes falar para atirar à cara, posso dizer que o filme já está na minha posse.

Pois bem, mas porquê falar do final deste dois filmes, numa pacata noite de Outubro? Ainda não está provada cientificamente a existência de uma linha que separe os obsessivo-compulsivos dos demais seres humanos, dito normais. Com efeito, ainda não é possível aferir com validade o número de vezes que nos é permitido pensar em determinado filme. É por isso que, confiante, acredito estar na posse de toda uma sanidade mental que se quer preservada, e que não é o facto de pensar diariamente no final de Manhattan e Férias em Roma que as coisas vão mudar.

Aqui há uns tempos, num dos posts Quiz Show, surgia a questão Filme do qual facilmente imaginamos uma sequela? Isso tinha uma razão de ser, que agora decido partilhar, colocando em risco a imagem de tipo equilibrado construída ao longo dos últimos meses. Desde o dia em que vi, pela primeira vez, cada um destes filmes, que não paro de pensar num novo filme, que poderia muito bem servir como continuação a estas duas histórias. Se, por um lado, estes são dois finais ideais, pois não creio que algum deles pudesse terminar de melhor maneira, estes são também dois desenlaces tão abertos que facilmente encontramos ali uma ponta solta para pegar.

No caso de Manhattan, então, essa continuidade está mesmo à mão de semear. Os seis meses que dura a viagem de Tracy (Mariel Hemingway) a Londres são uma ponte para o futuro. É o próprio Isaac Davis (Woody Allen) que pergunta: O que acontecerá no fim destes seis meses? Ninguém tem a certeza, embora todos saibam o que querem. Uns, um regresso apoteótico de Tracy para os braços de Isaac. Outros, que aquele fosse um bilhete só de ida.

Por seu lado, Férias em Roma, apesar de ter um final semelhante, este era bastante mais previsível. Ainda assim, aquilo está mesmo a pedir que alguém continue o romance. A troca de olhares na última cena entre a Princesa Ana (Audrey Hepburn) e Joe Bradly (Gregory Peck), é o clássico momento que, dizendo tudo, não quer dizer nada. Todo o filme caminha no sentido de unir estes dois para depois, no fim, tudo voltar à fórmula inicial. A ideia que fica é a de que não demorará muito até Ana anunciar ao mundo quem é o seu príncipe encantado. Mas, só por não termos a certeza, dá que pensar se um segundo filme não teria matéria-prima suficiente para se tornar num novo clássico.

No entanto, tão rapidamente penso numa continuação destes dois, como fico embasbacado com a sua singularidade que jamais poderá ser recriada. São apenas dois grandes filmes, com dois dos melhores finais de sempre. Da mesma forma que imagino aqui uma sequela, seria o primeiro a apoiar uma greve de fome se alguém avançasse com a ideia. Mas, já agora, pretendendo saber quais as opiniões dos argumentistas que visitam este espaço, se houvesse continuação, quais seriam as sugestões?

Alvy Singer

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Duas notícas a reter.

Duas notícias que me parecem importantes. A primeira, um pouco mais séria. A segunda, talvez a principal razão por detrás de um sono descansado esta noite.
O primeiro destaque do dia vai então para o trailer de Kung Fu Panda (provavelmente a primeira vez na História que estas duas palavras se reúnem numa frase), o próximo filme de animação da Dreamworks, e que se seguirá a Bee MovieA História de Uma Abelha –, que está mesmo aí ao virar da esquina. Agora, porque motivo é que este tema é relevante? Aparentemente, um filme de animação será inofensivo: toda a família gosta, apela-se aos valores, a diferença entre o bem o mal está escarrapachada do princípio ao fim e, quando o filme termina, ninguém pode dizer que não gostou. Ou, será que pode? Não pretendendo pintar aqui um cenário demasiado negro, a crença de que o estado de graça do cinema de animação já se esgotou, começa a ficar cada vez mais generalizada. E, pode ser só uma má impressão baseada num titulo melindroso e um trailer arrojado, mas não no bom sentido, parece-me que este Kung Fu Panda pode ser mais um passo em falso da animação por computador, onde Ratatuis, ao contrário do que pensávamos no inicio desta vaga, não existem aos pontapés.

Relativamente ao segundo apontamento de reportagem, nem é preciso dizer muito. Basta mostrar esta imagem e dizer que as mais recentes declarações de Brett Ratner negam o seu envolvimento no remake de Escape From New York, essa obra de arte. O nome de Gerard Butler, como protagonista, continua a ser associado, embora ainda não passe de um rumor que carece de confirmação. Para já, há luz ao fundo do túnel. Um sorriso antes de dormir é o melhor remédio para acordar bem disposto.

Alvy Singer

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segunda-feira, outubro 29, 2007

Expectativas mais do que confirmadas.

Sem ter visto o documentário Little Dieter Needs to Fly, também de Herzog, que serve de base a este filme, a análise deste Rescue Dawn poderá coxear um pouco. É porque, nestes casos, dá sempre jeito ver aquilo que ficou melhor, as diferentes perspectivas e abordagens, comparar técnicas de filmagens, enfim, encontrar diferenças. Não tendo visto esse documentário, está será então uma interpretação que tem apenas em linha de conta o filme, e nada mais do que isso.

E, que filme. Nos dias que correm, cada vez vai sendo mais difícil encontrarmos nas salas de cinema uma obra sobre esses seres estranhos chamados pessoas. Por vezes, ficamos com a ideia de que a industria cinematográfica recorre excessivamente a meios extravagantes, com o objectivo de fazer chegar ao grande publico, mil e uma histórias sobre tudo e mais alguma coisa, menos seres humanos. Esse animal com desejos, receios, ambições, limitações, sonhos, motivações, imperfeições, imaginação, tudo coisas que dão cor a toda uma existência. E, cor é coisa que não falta à história de Dieter Dengler.

Deveremos reconhecer, que o filme sofre de algumas falhas. E ambas ocorrem em momentos cruciais. Tanto o principio como o fim da obra, por razões diferentes, demarcam-se negativamente, em comparação com tudo o resto. O início, pela excelente oportunidade desperdiçada por Herzog de entrar pelo personagem de Dengler adentro, e dar-nos um pouco uma outra imagem, com maior profundidade, do real estofo deste homem. Se existe algum momento em que a história parece avançar aos repelões, esse é o começo.

Por seu lado, o fim do filme destoa de tudo aquilo que o antecedeu. É quase como se tivéssemos entrado num outro título para o qual não estávamos preparados e, por alguns instantes, temos direito a ver o que seria Rescue Dawn versão Hollywoodesca. Sem entrar em spoilers, direi apenas que o nome Michael Bay surgiu a certa altura na minha mente.

De resto, ou seja, durante os outros 110 minutos que constituem o desenvolvimento do filme, Herzog oferece-nos uma história vibrante, num crescendo de tensão e agitação. A improvisação de falas a que o realizador recorreu, terá ajudado em muito a complementar um argumento que, se tivesse sido mais rigoroso, teria talvez roubado a expressividade de alguns diálogos. A passagem de Dengler enquanto recluso, no Laos, é uma visita guiada à destruição da mente humana pela mão do cativeiro. Basta aquela apresentação do prisioneiro Eugene from Eugene, Oregon, para percebermos que estamos na presença de alguém que há muito abandonou o mundo real. Contudo, são os momentos passados na selva, onde o homem se confronta com a natureza, que a obra de Herzog demonstra todo o seu esplendor. O olhar de Bale é a porta para as suas indecisões e, refastelados como quem não quer a coisa, na cadeira do cinema, somos capazes de presenciar o turbilhão de pensamentos que deviam percorrer a mente daquele homem. A fotografia de Peter Zeitlinger do Vietnam e Laos é qualquer coisa do outro mundo, e a banda-sonora de Klaus Bedelt é, no mínimo, tocante.

Uma ultima palavra para os dois actores em destaque. Ponhamos as coisas nestes termos: Bale é o primeiro nome que colocaria na lista dos candidatos ao Oscar de melhor actor principal, embora ainda falte muito campeonato. Zahn é o primeiro nome que colocaria na lista dos candidatos ao Oscar de melhor actor secundário, e dificilmente sairá de lá. Duas interpretações de se lhe tirar o chapéu, num filme que encheu por completo as medidas.

Alvy Singer

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domingo, outubro 28, 2007

EM PRIMEIRO OLHO


2ª FESTA DE CINEMA DE ROMA

Youth Without Youth/ Francis Ford Coppola

Foi o acontecimento de um festival que consagrou o novo conceito de 'red carpet de autor'. O filme de Coppola, para além do imenso tratado filosófico que é, assume-se como uma radical prova que a alma jovem dos grandes cineastas pode chegar depois dos sessenta. Diria que YOUTH WITHOUT YOUTH é de um modernismo clássico. Uma assombrosa prova de vitalidade que nos pode tornar viciados do escritor Mircea Eliade.

Cinema de Hollywood
Num festival onde as sessões misturam todos os públicos e esgotam as variadas salas do Auditorium, o cinema de Hollywood da secção Premiere foi escolhido a dedo. Cinema com glamour de qualidade, precisamente como era a declaração de intenções desta festa. Dessa forma, testemunhei com adrenalina os efeitos pujantes que a festa ACROSS THE UNIVERSE, de Julie Taymor, pode surtir para espectadores sem preconceitos. Apesar de desequilibrado, o filme não envergonha o fulgor das canções dos The Beatles. Também o melodrama trágico THINGS WE LOST IN THE FIRE, de Susanne Bier, é capaz de tocar em variados públicos. Mas toca-nos sobretudo pela forma como Benicio Del Toro comanda um filme onde o seu rosto é um mapa de todas as dores. Grande filme. Muito bom ainda o regresso de Robert Redford, em PEÕES EM JOGO, uma série de questões sobre a política militar americana nos nossos dias. Uma obra que repensa o tempo directo do storytelling. Escusado será avisar que Meryl Streep é capaz de nos pôr em pele de galinha em todas as cenas em que entra.

O Vencedor
E o grande vencedor do festival foi JUNO, produção independente de Jason Reitman, o mesmo de Obrigado por Fumar. A história de uma gravidez adolescente contada com um humanismo tão divertido quanto seco. É também a confirmação de uma imensa actriz: a jovem Ellen Page. JUNO vai ser o filme de culto de toda uma geração twenty-something não estupidificada.

Por Rui Pedro TENDINHA

Wolverine, por Gavin Hood.

Antes deste mutante chegar, teremos ainda direito a ver outros heróis em acção. Seja Bale em The Dark Knight, Robert Downey Jr. em Iron Man, Harrison Ford em Indiana Jones and The Kingdom of The Crystall Skull, Norton em The Incredible Hulk, Stallone em John Rambo ou Ron Perlman em Hellboy 2: The Golden Army, todos estes estrearão em 2008, enquanto Hugh Jackman e o seu X-Men Origins: Wolverine apenas chegará às salas de todo o mundo lá para Maio de 2009.
No entanto, só porque falta ano e meio, não é razão para não estarmos já com a pulga atrás da orelha. Primeiro, porque com esta senhora neste estado, e a rodagem a começar já no próximo mês de Dezembro, temos mais do que razões suficientes para questionar a presença de Storm nesta prequela. Depois, porque o realizador Gavin Hood já anda por aí a partilhar ideias. Aqui fica uma breve entrevista, se assim se poderá chamar, do homem que ocupará a cadeira que esteve para ser de Brett Ratner, Zach Snyder, Len Wiseman e Brian Singer.


Alvy Singer

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Começou a corrida.












Alvy Singer

'American Gangster' - Só os antecedentes mais antigos.

A mais banal das contrariedades pode ser suficiente para frustrar um tipo. Como, por exemplo, não aceder a um vídeo do Youtube. Planeada há algum tempo estava a inclusão, neste blog, de dois excertos do documentário de Martin Scorsese sobre o cinema norte-americano. Estamos muito bem a ver primeira parte do clip Scorsese on American Gangster Films e, quando aquilo chega ao fim, tudo bem, a coisa funciona, fazemos questão de prosseguir para a segunda parte que conclui esta breve exposição do realizador. No entanto, a meio do segundo vídeo, rapidamente nos lembramos da Branca de Neve, de João César Monteiro. Aqui, sem falas.

Ora, bolas. Assim só podemos colocar aqui metade desta pequena aula, enriquecedora até mais não, dada por alguém que nasceu mesmo para isto.

A ideia era tão-somente a de contextualizar American Gangster, um filme que hoje levou a que fosse rabiscado no calendário um círculo, com marcador vermelho, à volta do dia 15 de Novembro. A banda-sonora de Jay-Z é, para já, o único aspecto que não se traduz num salivar completo, assim que se pensa no filme de Ridley Scott. Porém, se as músicas originais forem tão agradáveis quanto esta Ain’t No Love in The Heart of The City, presente no trailer, então a conversa é outra.



Alvy Singer

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sábado, outubro 27, 2007

'Juno' triunfa em Roma.

Hoje, foi a vez da consagração no Festival de Roma. A cada dia que passa, maior se torna a expectativa em torno de Juno, o drama com fortes pinceladas de comédia, de Jason Reitman. Com esta vitória de Melhor Filme do Festival, a obra de Reitman perfila-se como uma séria candidata aos principais galardões da indústria cinematográfica norte-americana. Ellen Page, também ela, não passou despercebida, apesar do prémio Marco Aurélio para melhor actriz ter ido parar às mãos de Jiang Wenli pela sua interpretação em Li Chun/ And The Spring Comes, o primeiro filme que me lembro de não encontrar no IMDB.

Agora, aproveito também a oportunidade para confessar um receio que já vem a acompanhar-me há algum tempo. Ainda sem data de estreia marcada para o nosso país, Juno é um daqueles filmes que vem claramente com o rótulo: A estrear no menor número de salas possível. Por baixo deste rótulo encontra-se um outro, ainda mais pequeno, com a observação: Estreia a considerar. Meus senhores, só pelo trailer, isto é coisa para enfiar à confiança em qualquer centro comercial e, até mesmo, na única sala de cinema que existe em muitas localidades por esse Portugal fora. Se o filme se der mal nas bilheteiras, Alvy Singer assume o erro. Se correr bem, damos todos os parabéns a Reitman, à senhora Diablo Cody, a Ellen Page, a Michael Cera, Jason Bateman, Jennifer Garner, essa gente toda. Mas, convém não esquecer, o filme também tem de ser bom.

Alvy Singer

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Se algum dia ganhar um Oscar...

… será mais ou menos assim que irei festejar.

Alvy Singer

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Sessão Dupla, este sábado.

Ah, como uma noite de sábado pode ter cinema do bom e do melhor, sem mexermos uma palha. Passe a publicidade, a RTP transmite hoje um dos melhores filmes de 2005, uma demonstração clara e inequívoca de como a máquina de Hollywood nem sempre consegue corromper o virtuosismo e convicções de um realizador. O Fiel Jardineiro de Fernando Meirelles é um thriller alucinante, onde um Ralph Fiennes soberbo se faz acompanhar por uma Rachel Weizs brilhante. A história tem todos os condimentos para oferecer duas horas de puro êxtase: um argumento vertiginoso baseado na obra de John Le Carré, interpretações exemplares, um despertar para a consciencialização social sobre um tema importante (como é bom ver o cinema na sua vertente mais nobre), e uma realização segura que vai conduzindo o espectador, ao mesmo tempo que lhe permite tirar as suas próprias conclusões.

Mas, já sabemos como é que isto funciona. Uma estação passa um filme mau, e a outra responde ao desafio como algo ainda pior. Uma estação eleva um bocado a fasquia, e a outra vai a correr ver o que está na estante com a etiqueta 5 Estrelas. A verdade é que, também esta noite, a SIC passa 007 Contra Goldfinger, por muitos considerado o melhor filme da saga, e o primeiro à Bond. Uma boa oportunidade para o relembrarmos e compará-lo com Casino Royale.

Acima de tudo, ver estes dois filmes proporcionará uma experiência inigualável, pois nunca os mesmos demoraram tão pouco. Começando às 23:55, O Fiel Jardineiro termina logo às 01:15 da madrugada, enquanto 007 Contra Goldfinger começa às 01:40 para acabar às 03:00 da manhã. Com a mudança da hora, quando Bond entrar em acção, o Jardineiro ainda não terminou a sua.

Alvy Singer

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sexta-feira, outubro 26, 2007

Assim, ficamos na dúvida se valerá mesmo a pena.

Há assuntos sobre os quais nos podemos atirar de cabeça. Outros há, em que devemos avançar com alguma relutância. Este é um daqueles em que a palavra relutância talvez ainda fique um pouco aquém do que se pretende transmitir. Sobretudo porque receio aqui ser mal interpretado.

Ontem, mais ou menos por esta hora, ou seja, ao início da madrugada de quinta-feira, tive oportunidade de visitar o Cinecartaz do Público, um hábito semanal adquirido já há muito tempo, de modo a ver as sessões que existiriam de Rescue Dawn – Espírito Indomável. No site do jornal, ao ver que o espaço de acesso ao Cinecartaz não tinha qualquer imagem, achei que ainda não tinha sido feito o download completo da página, razão pela qual ainda não estaria ali a fotografia do filme em destaque da semana. Após algum tempo de espera, lá carreguei na placa escura do Cinecartaz. Ao aceder finalmente, foi possível verificar o desenho de uma sala de cinema, praticamente vazia, onde, por cima de uma cadeira, um balão com um Z, aludia ao único espectador na sessão, ensonado como tudo. No texto ao lado era possível ler a justificação. Em traços gerais, afirmava que a equipa de críticos do Público não tinha considerado qualquer estreia desta semana como merecedora de destaque, pelo que sugeriam o visionamento de um outro filme que já tivesse chegado nas semanas anteriores.

Hoje, a meio do dia, lá surgiu o filme em destaque, Os Seis Sinais da Luz. Se esta escolha não tivesse surgido, este post serviria, acima de tudo, para nos debruçarmos sobre as possíveis razões que levam toda uma equipa de críticos a não encontrar um filme de eleição, numa semana em que a qualidade, aparentemente, não é assim tão má. Assim, somos obrigados, não só, a colocar esta questão, porque durante doze horas foi esta a recepção a todos aqueles que entraram no Cinecartaz, como também, perguntar o porquê desta escolha. É claro que a resposta pode ser Porque não? No entanto, se já era difícil engolir que não estreava nenhum filme de jeito esta semana, quando nos chega um título de Herzog com Christian Bale; um outro com Donald Sutherland e Ralph Fiennes; e ainda um com Vanessa Redgrave, Toni Collette, Meryl Streep, Claire Danes e Patrick Wilson, mais estranho é que, quando se elege um filme que não é nenhum destes, se avance primeiro com um discurso de que nada presta. Ainda podíamos pegar no facto de A Estranha em Mim não ter sido o destaque da semana passada mas, já nem vamos por aí. Há coisas que são difíceis de entender.

Alvy Singer

Hum... qual será o público alvo deste filme?

Ao olharmos para o poster internacional de Hitman, a primeira questão que, obrigatoriamente, teremos de colocar é: Onde está o carro? Imaginemos, por uns instantes, que estamos perante um daqueles testes psicotécnicos em que falta um item, que temos de adivinhar por derivação lógica, no qual são dadas as seguintes hipóteses: um candeeiro para a mesa-de-cabeceira; uma caneca com o Kyle de South Park a dizer I’m not fat, I’m big boned; uma jarra azul cantão datada do século V da dinastia Ming; e um Lamborghini Diablo. Apesar da jarra azul cantão da dinastia Ming poder levantar algumas dúvidas, a resposta correcta, por mais estranho que possa parecer, é mesmo o Lamborghini Diablo. Aceitar-se-ia a jarra, se o vestido da senhora também fosse em tons de azul. Agora, com um carro ali, isto tinha tudo para ser facilmente confundido com a capa do Need For Speed 2: Hot Pursuit.

Alvy Singer

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Novo teaser de 'I'm Not There'.

Há músicas que são um autêntico filme. Seja pela história que contam, pela profundidade que apresentam, pelo envolvimento ao qual não conseguimos escapar, ou pelas imagens que se criam na nossa mente enquanto a melodia avança. Bohemian Rapsody dos Queen é, por exemplo, uma delas. Mother, dos Pink Floyd, outra. Ainda existem umas quantas, se nos pusermos a contar.

No entanto, ao ter de eleger o melhor filme sob a forma de música, sem pensar duas vezes entregaria o prémio a esse hino intemporal de Bob Dylan que é Like a Rolling Stone. Quando, nos filmes, alguém coloca aquela questão metafísica de porque é vale a pena viver e estarmos aqui, não seria de todo despropositado atirar lá para o meio das razões esta música, que só pode ter nascido num momento em que Bob Dylan foi atingido por um raio divino. Perfeição, como todos sabemos, é coisa que não existe. Mas, verdade seja dita, também não há nada como Like a Rolling Stone. Bolas, começa-se um post para falar do mais recente teaser de I’m Not There, e acaba-se a divagar sobre tudo, menos isso.

Alvy Singer

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quinta-feira, outubro 25, 2007

Tema Mistério VIII

Rápido!Quem é o/a primeiro/a a acertar?Nome do filme e do compositor!Ah, e a actriz (directamente ligada ao filme, claro) na foto quem é?



Bernardo Sena

quarta-feira, outubro 24, 2007

HOJE JOGA ZIDANE!



Ontem foi noite da Liga dos Campeões, hoje Zidane, embora e infelizmente já fora dos relvados de futebol, joga no ecrã S. Jorge, em Zidane, un Portrait du XXIéme Siècle, de Douglas Gordon e Philippe Parreno, dois artistas plásticos que têm contribuído muito para esta rápida revolução no audiovisual que estamos assistindo. Documentário, instalação vídeo, obra de arte pouco importa o conceito deste objecto cinematográfico que é obrigatório ver e que tem anteestreia nesta programação do DocLisboa 2007. Rodado há cerca de dois anos durante uma partida entre os galácticos do Real Madrid e amarelos do Villareal, o filme não é de todo um documentário biográfico no sentido convencional, já que se trata da transmissão integral em vídeo on tape com cerca de 22 câmaras digitais e outros tantos microfones colocados estrategicamente ao nível do relvado. É um retrato que tem um excelente tratamento ao nível da imagem e do som, mas é muito mais do que isso, pois convida os espectadores durante os noventa minutos do jogo a centrar a sua atenção na figura do jogador, que se movimenta num caos de gestos descontínuos, de choques físicos, de acelerações repentinas, de repetições instintivas como as de roçar as biqueiras das botas no relvado, tudo envolto apenas nos sons ambiente do estádio e sem quaisquer comentários. Zidane é visto ao pormenor, como se de um animal furtivo se tratasse, funcionando quase por instinto, no seu habitat natural, que é um campo de futebol. É um filme que pela precisão, rigor, diferença e uma certa estétização do espectáculo pouco habitual nas transmissões de futebol, pode levar desde os adeptos de futebol aos cinéfilos, passando pelos estudiosos de arte contemporânea, a sentarem-se juntos numa sala de cinema. E ainda impressionar todos aqueles que reconhecem (e apesar da famosa cabeçada no jogo do último Mundial de Futebol), Zidane como um grande atleta, jogador de futebol de excelência, uma personalidade fora de comum e um grande mito da modernidade e do cruzamento de culturas.

José Vieira MENDES

Também ele, uma tradição.

Um dos temas de conversa na rádio, esta manhã, era o facto de faltarem precisamente dois meses para o Natal. Ao olhar para o dia marcado no relógio, pude confirmar precisamente isto. Para alguns, a esta constatação seguir-se-á um agastado Epá, isso é que é ter pressa. O que para uns é uma eternidade, para outros, passa a correr. No entanto, seja em que altura do ano for, quando pensamos em Natal, lembramo-nos quase sempre nas mesmas coisas.

Por exemplo, quando penso num filme de Natal, nunca me vem primeiro à cabeça essa maravilha que é Do Céu Caiu Uma Estrela. E, também não costuma ser A Christmas Story. Aquele que, invariavelmente, acaba por surgir é Sozinho em Casa. Todos os santos anos.

A culpa, nem vale a pena por isto em causa, é das estações de televisão e de mais ninguém. Durante uns bons anos, não havia Natal em que o pequeno Kevin não ficasse em casa, esquecido pelos pais. Era ali a partir do dia 20, nunca falhava. O filme de Chris Columbus passou tantas vezes, que foi impossível não gravá-lo em Vhs. Havia sempre alguém interessado em tê-lo e, mesmo que quiséssemos surripiar e destruir a cassete para o ano seguinte, lá vinha alguém da família pedir que o gravássemos novamente. Resultado, acabava-se sempre por ver o filme, pelo menos, duas vezes: Quando ele dava na televisão, e quando o víamos passado uns meses, para relembrar o espírito natalício.

Hoje, quem não destrói o Vhs sou eu. Isto deixou de ser um mero filme, para passar a ser uma bela memória de Natal. Pode ser tudo aquilo que dele se diz ser: infantil, imaginário e defeituoso, porque o é. Contudo, consigo continuará sempre a carregar uma magia que jamais deixará de encantar os mais pequenos. E, talvez seja por existir mesmo uma parte de nós que nunca cresce, este é um daqueles filmes que, volta e meia, lá voltamos a ver. Tem é de ser no Natal.



Alvy Singer

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Doce como o mel?

Ainda falta um bom bocado para a estreia de A História de Uma Abelha. Para um cinéfilo que padece dessa infeliz condição que é a de ser um seinfeldiano inveterado com elevada propensão para gostar de tudo o que for animação, o facto de faltarem quase dois meses para a chegada deste filme, não é grande motivo para sorrisos. Por enquanto, vai dando para sorrir, para aí durante uns seis minutos, o tempo que dura este novo clip disponibilizado para nosso regozijo.

Num ano em que Ratatui rapou o prato de quase todos os críticos, Bee Movie será o último grande obstáculo à estatueta dourada para o rato azul. Com Paprika fora da corrida, Simpsons: O Filme e Os Robinsons não parecem estar à altura do Grand Chef. Persepolis não entra para estas contas, ou não fosse um filme francês: Já tivemos o exemplo de Belleville Rendez-Vous. Agora, isto só será assim, se Beowulf não surpreender tudo e todos.

Alvy Singer

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Agora é a vez de 'Prison Break'.

A NBC anuncia Heroes: Origins, a Fox vai e avança com Prison Break: Cherry Hill. Este potencial spin-off tratará, à primeira vista, dos mesmos assuntos da série original, no entanto, desta feita, as coisas passam-se numa prisão para mulheres. A personagem principal já tem o nome escolhido, Molly, e ser-nos-á dada a conhecer lá mais para a frente, na terceira temporada de Prison Break.

O argumento da série já estará em preparação, embora tudo continue, como é habitual nestes casos, no segredo dos deuses. Para já, sabe-se que Molly é uma mulher casada, numa família da classe média-alta. Qualquer coisa como os Burnham, pensamos nós. Após uma terrível tragédia familiar levada a cabo pela Companhia – a mesma conspiração governamental que fez a vida negra aos irmãos Scofield – Molly partirá em busca de respostas, começando pela diabólica prisão de Sona, no Panamá. Num momento em que o destino de Molly não está muito famoso – ao que parece a pena de morte volta à baila –, eis que surgirão aquelas noticias que alteram todo o rumo de uma série: Afinal, as pessoas mais importantes na sua vida ainda estão vivas.

A partir daqui, é o desconhecido. A parte mesmo boa disto tudo é que, daqui a um ano, já teremos uma questão para colocar neste blog: Qual o melhor spin-off? Não nos esqueçamos que Grey’s Anatomy também já anunciou o seu Private Practice. Parece que a moda está mesmo a pegar. Série que para o ano não tiver spin-off, não é série não é nada.

Alvy Singer

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Lembrando Basil Poledouris


O próximo dia 8 de Novembro marca um ano do desaparecimento de uma das grandes "vozes" musicais de Hollywood: Basil Poledouris, um nome porventura completamente desconhecido para 99% dos amantes da sétima arte. Teve contudo bandas sonoras de eleição e a do exemplo seguinte, do filme Conan e os Bárbaros é na minha opinião "apenas" uma das melhores bandas sonoras da história do cinema. É a música operática de Poledouris que em grande parte suporta o filme de John Milius, deixando por diversas vezes o diálogo para segundo plano. A cena seguinte refere-se à morte da mãe do pequeno Conan e que lhe irá posteriormente servir como elemento de vingança. E não estou a exagerar ao dizer que para mim, é uma das mais brilhantes cenas da história do cinema, envolvendo música e imagem. Aguardem para dia 8 o post com o meu vídeo de homenagem a mais este grande compositor.



Bernardo Sena

O alter-ego.

Por esta altura, já todos saberão certamente o que significa Alvy Singer. Melhor, quem é Alvy Singer. Quando, há cerca de oito meses, as contribuições neste espaço passaram a ocorrer com maior frequência, um comentário dizia que era lamentável uma revista como a Premiere se limitar a alimentar este blog com a tradução de artigos… Até hoje, este comentário nunca tinha sido respondido. Na verdade, também não o será agora, até porque há muito que ficou demonstrado que Alvy Singer não era alguém lá de fora.

Ao mesmo tempo, ao surgir simplesmente a assinatura Alvy Singer, diariamente acaba por ser exposta uma manifesta admiração deste cinéfilo para com uma personagem em particular. Não só Annie Hall é o filme que levaria para uma ilha deserta – onde houvesse obviamente uma tomada, uma televisão, um leitor de Dvd e uma ficha tripla –, como Alvy Singer, a personagem interpretada por Woody Allen nesse filme, se assume como a personagem preferida de todos os tempos. Neuroses incluídas.

Nisto das personagens predilectas, estamos em crer que não entrará muito a vontade de passar pelas mesmas situações, respondendo da melhor maneira possível, com ética e moral à mistura. Se assim fosse, mais rapidamente optaria por dizer que preferia vestir o fato de Atticus Finch, George Bailey, Tom Joad ou Virgil Tibbs. Pensando melhor, estes são exemplos bem superiores a Alvy Singer. No entanto, isto dos modelos não funciona assim de forma tão linear no cinema. De outra forma, como poderíamos explicar a afeição por Derek Vinyard (Edward Norton, em American History X), depois de toda a borrada que ele fez? Existem personagens que nos marcam e, quanto a isso, pouco ou nada podemos fazer.

Assim que surge uma imagem do pequeno Alvy, acompanhado pela mãe, no consultório de um médico porque o rapaz não fazia os trabalhos de casa devido à expansão do Universo, disse para com os meus botões, ora aqui está um tipo com o qual sou capaz de me identificar. Já para não falar da forma heróica como o homem mata uma aranha ou pega numa lagosta. E, até hoje, nenhuma frase proferida por um qualquer personagem foi tão perspicaz como “Well, that's essentially how I feel about life. Full of loneliness and misery and suffering and unhappiness, and it's all over much too quickly”. Fora do contexto, parece deprimente. Contextualizada, não só ainda é mais deprimente, como hilariante. A pergunta que se coloca, desta feita, é: Qual a personagem preferida, ou, se quisermos, aquela com que mais nos identificamos?

Alvy Singer

Bruckheimer, claro está.

Jerry Bruckheimer é um tipo com ideias do arco-da-velha. Umas bem melhores do que outras, diga-se. Umas são até tão más que, por respeito a quem lê este blog, optamos por não as referenciar. Nunca se sabe o que poderá causar indisposição.

No entanto, o homem também lá vai acertando algumas vezes. Bom, algumas vezes não será propriamente o termo correcto, caso contrário seria legitimo perguntarmos de onde é que vêm tantos fundos de investimento.

A verdade é que Bruckheimer parece estar disposto a investir novamente, e em grande, embora a Disney ainda não tenha confirmado o projecto no qual estarão, a esta hora, a trabalhar dois argumentistas da saga Piratas das Caraíbas, Terry Rossio e Ted Elliot. Agora, que projecto é esse? The Lone Ranger ou, se quisermos, O Mascarilha.

Após o anúncio oficial de Thundercats, este é mais um título a adicionar à lista daqueles que nos fazem voltar atrás, uns bons anos. Caso o projecto avance, isto é coisa para me colocar aí novamente nos cinco, seis anos de idade. Nunca tive o hábito de comprar pipocas. Mas, desta vez, acho que pedirei mesmo um prato de Cerelac à entrada do cinema.



Alvy Singer

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Era tão certo como este fim-de-semana mudar a hora.

Mais dia, menos dia, sabíamos que isto ia acontecer. Eles até já tinham avisado. Só faltava mesmo conhecer o nome do projecto. Até agora. Hoje, foi confirmado o novo trabalho de Scorsese e Leonardo DiCaprio, de seu nome Shutter Island. A adaptação, a cargo de Laeta Kalogridis, da obra de Dennis Lehane, tem previsto o começo das filmagens para inícios do próximo ano.

Para já, pouco ou nada se sabe. Passada em 1954, a história, essa, diz respeito à investigação de Teddy Daniels (DiCaprio), um U.S. Marshall encarregado de descobrir o paradeiro de um criminoso que se evadiu do hospital criminal psiquiátrico e que, presumivelmente, se esconderá na remota Shutter Island.

Partindo do principio de que há aqui alguma coisa para defender ou objectar, algo para estar a favor ou contra, direi que sou a favor desta nova reunião. Não considerando os três filmes em que participaram juntos, verdadeiras obras-primas, estes não deixam de ser, sem sombra de dúvidas, três títulos excepcionais. Isso, por si só, já será razão suficiente para querer que estes dois se juntem mais uma vez. Se a isso juntarmos o facto de achar que DiCaprio está cada vez mais actor, por causa de Scorsese, então que o mestre lhe dê mais algumas dicas, e que o rapaz se torne num dos maiores da sua geração.

Alvy Singer

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terça-feira, outubro 23, 2007

É desta que ele estreia.

Olhando para o mapa de estreias previstas até ao final do ano, não há nenhum fim-de-semana que não dê vontade de ir ao cinema ver um filme. Até às estreias, sublinhe-se, esperadas, de My Blueberry Nights e I Am Legend (do qual, já agora, deixamos aqui o mais recente trailer), no último fim-de-semana do ano – 27 de Dezembro –, todas as quintas-feiras trazem uma boa razão para nos dirigirmos ao grande ecrã mais próximo de nossa casa. Quer dizer, bem vistas as coisas, há ali uma semana, a de 08 de Novembro, mais para o fraca, mas, mesmo assim, entre a parvoíce desvairada de Blind Dating e a escuridão luminosa de 30 Days of Night, alguma coisa será suficiente para nos arrastar até à sala de cinema.

Nas restantes semanas, o difícil é escolher o filme. Mas, com este tipo de problemas podemos nós bem. Já amanhã temos um busílis nas mãos. Evening e Land of The Blind são dois títulos por demais apetitosos, no entanto, numa semana em que estreia Rescue Dawn, entre nós Espírito Indomável, santa paciência.

Quando em Março iniciámos neste blog, de forma decrescente, a lista dos 25 Filmes Para 2007, este projecto foi o número vinte-e-cinco, portanto, o primeiro a ser apresentado. E não o foi, por ser a vigésima quinta escolha. Foi o número 25 porque, por essa altura, ainda era necessário confirmarmos o tal buzz que marca a diferença, entre os outros projectos que estavam por estrear. Este era o primeiro em que nada havia para certificar. Já queríamos ver este filme em Março, desse por onde desse, ponto final. Agora, isto até pode vir a ser uma barraca de todo o tamanho. Com Herzog aos comandos e Bale a liderar as operações é pouco provável – embora seja Steve Zahn o mais elogiado. E, este fim-de-semana, lá estaremos para corroborar esta afirmação ou, então, temos o caldo entornado.

Alvy Singer

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Um Ano.

Um ano passou. A única certeza que temos ao entrar neste espaço é a de que todos aqueles que por aqui passaram e, que por aqui passarão um dia, jamais serão indiferentes a essa arte ímpar, de seu nome cinema. Porque isso teremos sempre em comum. Ao longo de um ano apenas, este recanto atravessou e descobriu novas fases, a cada passo dado. Hoje, muitos são os posts de que nos lembramos como se tivessem sido escritos ontem, embora haja uns quantos dos quais ainda temos algumas dificuldades em recordar porque é que pegámos naquilo. A maior satisfação, no entanto, continua a surgir sempre que nos sentamos em frente do computador para dissertar sobre um qualquer assunto e vemos que, do outro lado, existiu uma resposta. E porque essa resposta se pode traduzir numa simples visita, o Deuxiéme é hoje, o resultado de todos aqueles que lêem esta mensagem.

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