Deuxieme


sexta-feira, novembro 30, 2007

Senhoras e Senhores... The Joker


Há bastante que se esperava por isto, por esta imagem, por este momento.

Eis a capa da revista Empire para o próximo mês de Janeiro. Em boa hora surge, seja pelo natal à porta ou pela animada discussão entre Indiana Jones e Batman - tal como o nosso caro Alvy, também eu estou em pulgas para a chegada do novo Batman, como, por outro lado, as palavras do Nuno Antunes relativas a Indy sejam para mim uma verdade absoluta.

Sem mais divagações, aqui se encontram algumas palavras de Mark Dinning, editor da revista, face a esta fantástica capa:

As our world exclusive cover image attests, The Dark Knight's incarnation of The Joker promises to be one of the greatest, most ruthless, evil and downright terrifying movie criminals of all time.

Or, in the words of the man playing him, Heath Ledger, "a psychopath, a sociopath, a cold-blooded, mass-murdering clown". There are many characters who will make 2008 a year of cinema to remember, but from the look of it as well as the sound of it, in our on-set interview with The Dark Knight's key players none will make a more indelible impact. July 25, 2008 can't come soon enough!

Francisco Silva

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Na Cabana, junto à Praia... bem longe do Cinema


Com algum arrasto só hoje descobri uma pérola num jornal diário, mais especificamente no Destak da passada 6ª feira, que não posso deixar escapar e muito menos não divulgar.

Antes de mais quero referir que não tenho nada contra o senhor em causa, nem pela sua carreira bem sucedida (?) de longos anos, mas uma questão como esta não perde a sua actualidade (e daí o facto de este post poder surgir sem receio do tempo que passou sobre o assunto em causa).

Na passada 6ª feira, numa entrevista de uma página ao cantor José Cid, a propósito da reunião com o Quarteto 1111 e do seu concerto no Campo Pequeno que ocorreu no passado Sábado, entre várias perguntas feitas sobre diversos assuntos, surgiu uma tão simples que obteve a resposta mais indescritível possível. Passando ao assunto directamente...

Apocalypse Now ou Platoon?

Fujo desse tipo de filmes do barquinho que se afunda. Gosto é de Bertolucci e Visconti.

Será que a pergunta era entre Titanic e Poseidon? Será que alguém com gosto por Bertolucci e Visconti não reconhece a genialidade destes filmes de Coppola e Stone, respectivamente? Alguém quer tentar encontrar uma razão para uma resposta destas, ainda que irónica?

Francisco Silva

Todos merecem ser vistos. Mas este merece muito.

Há cerca de uma semana, a Pergunta do Dia neste blog era Qual destes títulos, não incluídos no livro '1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer', mais merecia essa menção? Estes foram os resultados:

O Estranho Mundo de Jack – 23
Big Fish – 15
Before Sunrise – 13
Mystic River – 12
Léon – 8
Donnie Darko – 8
O Informador – 6
O Bom Rebelde – 6
Assim de repente, lembro-me de outro que merecia mais – 6

O Grande Lebowski – 5
Ed Wood – 5
À Espera de Um Milagre – 5
À Procura de Nemo – 4
Snatch – 3
Shrek – 3
Toy Story 2 – 1
Hotel Rwanda – 1
Shaun of The Dead – 1
Central do Brasil – 0
A Queda – 0

A esta hora do dia, o discernimento para dizer o quer que seja é menos que pouco. É praticamente nulo mesmo. Talvez dizer apenas que, se fosse Ministro da Educação, exigia a inclusão do visionamento de O Estranho Mundo de Jack, no primeiro período, de todos os anos escolares do ensino obrigatório. Este é um filme de Natal como nenhum outro, e é importante que as crianças do nosso país cresçam em harmonia, e a ver filmes que retratam o verdadeiro espírito natalício, sem debitar as habituais balelas do costume. E, devo dizer que votei no vencedor. Quanto mais não fosse porque era o único filme desta lista, do qual tenho uns boxers alusivos. Bem jeitosos, por sinal.

Alvy Singer

Juno - O novo trailer.

Aí está o novo trailer de Juno. Se algumas dúvidas restavam, esta é a confirmação de que o novo filme de Jason Reitman é a mais recente obsessão saudável por estes lados. E, só dois minutos são suficientes para aconselhar a senhora Diablo Cody a escrever um discurso de agradecimento para a temporada de prémios que se avizinha, pois, ou muito me engano, ou ainda terá de se levantar algumas vezes da cadeira quando anunciarem o vencedor na categoria de Melhor Argumento.

Alvy Singer

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A criatividade ao serviço dos Globos de Ouro.

A Hollywood Foreign Press Association (HFPA) já nos tinha habituado a algumas surpresas no passado. Este ano, mesmo sem termos visto qualquer um destes filmes, a opção de os incluir na corrida ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Comédia/Musical, não deixa de ser algo peculiar. Sobretudo Charlie Wilson’s War. Mas, para além deste, nesta categoria concorrem ainda The Savages, Margot at the Wedding, Juno, Darjeeling Limited, Waitress e Lars and the Real Girl. O facto de I’m Not There, que nos presenteia com alguns momentos musicais de Bob Dylan, ter caído no saco de Melhor Drama, também é um facto, no mínimo, curioso. Que raio é que eles quererão dizer com Musical? Veremos se Sweeney Todd terá alguma hipótese de ser incluído aqui, ou se os dotes musicais de Depp inclinam o filme mais para uma vertente trágica.

Ao mesmo tempo, a HFPA anunciou os sessenta e seis finalistas na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Duas notas importantes: The Kite Runner entra nesta lista, e Belle toujours não. Ao que parece, o drama de Marc Forster é o Cartas de Iwo Jima deste ano. E, ao que parece também, a comédia dramática de Oliveira seguirá o mesmo caminho de todos os anteriores candidatos nacionais a este tipo de eventos: a cópia chega lá, sim senhor, mas, é isso. Nada mais. A lista com todos os nomeados, no The Envelope.

E, só porque lá em cima se falou do drama, perdão, comédia, de Mike Nichols, aqui fica uma parte interessante do que a Variety tem a dizer sobre a mesma:

Charlie Wilson's War is that rare Hollywood commodity these days: a smart, sophisticated entertainment for grownups. Based on the late George Crile's sensational bestseller about how an unlikely trio of influential and colorful characters conspired to generate covert financial and weapons support for the Afghan Mujahideen to defeat the Russians in the 1980s -- and armed America's future enemies in the process -- Mike Nichols' film is snappy, amusing and ruefully ironic. But not even the stellar talent on both sides of the camera may be enough to make these qualities alluring to general audiences or those much under 40, making B.O. prospects a mid-range thing”.

Alvy Singer

Ratatouille. Só Animação?

Por esta hora, os executivos da Disney parecem estar a andar de um lado para o outro, com as mãos atrás das costas, tal e qual o Professor Calculus, o amigo de Tintin, quando procura resolver problemas deste tipo. Isto porque ainda não foi tomada uma decisão quanto ao avanço de Ratatouille para a corrida ao Óscar de Melhor Filme. Se, por um lado, é certo que o título de Brad Bird terá uma nomeação na categoria de Melhor Filme de Animação, por outro lado, as criticas altamente positivas que a obra recebeu de todos os lados, tornam legitima a questão de se o filme terá ou não pernas para ir um pouco mais longe. No entanto, isto não se resume apenas à candidatura em si. Pois, se assim fosse, que mal é que teria o filme concorrer? Não se perdia nada.

Ora, aí é que reside o busílis deste imbróglio, porque o filme pode mesmo perder alguma coisa. É que se Ratatouille cair na categoria de Melhor Filme, muitos deverão ser os membros da academia que dividirão os seus votos entre os dois possíveis prémios, deixando o filme um pouco ao Deus Dará. E, numa altura em que Persepolis vai ganhando terreno, convém que Ratatouille não se arme em lebre. Nestas coisas é importante manter os olhos sempre abertos, e os For Your Consideration não podem parar. Agora, por mais FYC que se façam, se o chef almejar a outras categorias, os riscos serão sempre maiores. Será que teremos aqui um digno sucessor de A Bela e O Monstro, ou é melhor o pequeno rato ficar quietinho?

Alvy Singer

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quinta-feira, novembro 29, 2007

Tema Mistério XII


Vamos lá ver se é desta que isto desempata...Na foto, Robert Zemeckis com o talentoso compositor Alan Silvestri, o seu habitual colaborador nas bandas sonoras. O filme é...?



Bernardo Sena

Ainda assim, esta é a estreia da semana.

Uma entrevista com David Cronenberg, e uma outra com o realizador e Viggo Mortensen, ajudam a aliviar um pouco esta angústia habitual antes de uma estreia com tanto peso. Num fim-de-semana em que nos chegam Promessas Perigosas, Paranoid Park, e Enchanted, para onde é que nos havemos de virar? É favor esticar os dias.

Alvy Singer

quarta-feira, novembro 28, 2007

Um filme nada indecente.

Depois de, neste espaço, ter já manifestado um estado de maior agitação provocado pela chegada de Batman, e uma menor excitação perante a perspectiva de estreia de Indiana Jones já no próximo mês de Maio, receio que este post derrube por completo a ideia de que existe alguma credibilidade nas dissertações deste que assina com o nome de Alvy Singer. Se é que alguma vez se construiu uma ideia deste género.

Isto porque hoje surgiu uma necessidade premente de falar de Proposta Indecente. Antes de mais, convém dizer que este tipo de temas costuma nascer em momentos altamente enriquecedores como, por exemplo, o trânsito. Na verdade, várias são as vezes em que penso em Proposta Indecente, esse filho bastardo da filmografia de Adrian Lyne. Lyne já conseguiu praticamente tudo: realizar um filme nomeado para seis Óscares (Atracção Fatal), realizar um filme que se assumiu como uma referência do erotismo (Nove Semanas e Meia), realizar um filme que conquistou o público (BZ, Viagem Alucinante) e realizar um filme que marca um género (Flashdance). Para além disto tudo, fez Proposta Indecente, grande vencedor dos Razzies de 1993, tendo levado para casa mesmo o galardão de pior filme do ano.

Ora, este é o momento ideal para dizer que gosto de Proposta Indecente, e de filmes como Proposta Indecente. Por duas ordens de razões, e nenhuma delas tem que ver directamente com a presença de Demi Moore, por mais estranho que pareça. A primeira razão prende-se com o facto deste ser um daqueles filmes muito terra a terra, sem grandes pretensões a contar muito mais para além daquilo que deve contar na hora e meia que lhe dão. Reconhecermos as nossas limitações é uma virtude. E, se há filme com limitações é Proposta Indecente. No entanto, nenhuma delas surge como resultado de uma sequência mal planeada ou de peças que ficam por encaixar. O filme não dá mais que aquilo e, quando damos por nós, já extraímos o sumo todo que havia para tirar. Mas, quem dá tudo o que tem, a mais não é obrigado. Por muito pouco que seja, Lyne dá-nos tudo o que o filme tem para oferecer.

A segunda razão é pela reflexão a que a obra nos obriga. Até pode ser uma meditação de milésimas de segundo, contudo, todos nos perguntamos qual a atitude certa a tomar naquela situação. O que é que eu faria? Obviamente que serão muito mais nobres os pensamentos gerados por filmes como Diamante de Sangue. Agora, não é por ser uma questão mais superficial que lhe devemos negar atenção. Aliás, um assunto como este dava, certamente, um excelente episódio de Seinfeld. Parece que já estou a ver a base de licitação para a Elaine. No ar fica a questão: Será que o filme é assim tão mau, ou a pergunta que levanta é demasiado repugnante?

Alvy Singer

100 Filmes, 100 Frases, 100 Números.

Para além de bestial, esta é daquelas coisas que nos tira o fôlego, só de pensar na trabalheira que deve ter dado. Ainda o vídeo vai a meio e já temos vontade de levantarmo-nos da cadeira e aplaudir entusiasticamente a alma caridosa, e não menos criativa, que teve a feliz ideia de lançar-se neste desafio. Partindo da centena e indo por aí abaixo até à unidade, um bibliotecário e cinéfilo da Florida, que assina esta bela obra no Youtube com o nome de AlonzoMosleyFBI, decidiu encontrar uma deixa para cada número. E, podem contar. Estão mesmo cem frases neste clip.

Agora, um pouco à imagem do que o Francisco Silva fez com aquele espectacular quadro, a questão que se coloca é: Que filmes estão aqui representados? O objectivo passa por decifrarmos os 100. E não vale ir ver aqui a lista completa dos títulos de onde foram extraídas estas deixas. Tem de ser com conhecimento prévio. Dando o mote: 100Night of The Living Dead.



Alvy Singer

Novas fotografias Indiana Jones

Senhoras e senhores, apresento-me como um dos representantes da facção Indiana Jones and The Kingdom of The Crystal Skull aqui no Deuxieme. Há uns dias, o meu colega Alvy Singer teve a coragem (outros dirão desfaçatez) de confessar que tem mais entusiasmo por Batman – The Dark Knight do que pelas novas aventuras de Indiana Jones. Apesar deste estar acompanhado pelo filho (Shia LaBeouf) e Marion/Karen Allen. E Cate Blanchett aparecer a fazer de russa...

Há gostos para tudo. Mas o meu colega não precisa de dar tabefes em si próprio ao admitir que Indiana Jones não é o herói mais antecipado para ver em acção, em 2008. Ele tem toda a razão, pois Indiana Jones não pertence ao mesmo campeonato de Batman: Indiana Jones and The Kingdom of The Crystal Skull é o maior acontecimento cinematográfico do século XXI. (1)

Por isso, apesar de ter a certeza que o brio profissional levaria o meu colega a noticiar todas as novidades do novo filme de Spielberg&Lucas&Ford, acho melhor tratar eu das novas fotografias que foram agora reveladas pelo Just Jared.

(1) Antes que me caiam em cima, quero esclarecer que não me esqueci do Senhor dos Anéis. Mas a saga de Peter Jackson só começou a tornar-se o grande marco que é na actualidade depois de ter estreado A Irmandade do Anel. Se entretanto Jackson avançar com o Hobbit, voltamos a conversar.

Nuno Antunes

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O pequeno grande prémio.

Aí estão os primeiros grandes prémios da temporada. A corrida para os Óscares, e tudo aquilo que os antecede, arranca aqui, com os Independent Spirit Awards. Estes são os prémios que, normalmente, despertam a nossa atenção (se é que alguma vez a perdemos). Foi com eles que, no ano passado, começámos a ouvir com maior insistência de O Labirinto do Fauno, Half Nelson, Little Miss Sunshine, As Vidas dos Outros e O Ilusionista, entre outros.

Este ano, eles voltam a ter o mesmo peso de sempre. Para alguns títulos servirão como um reforço à sua candidatura ao principal galardão do meio. Para outros tantos, poderá ser o primeiro sinal de que convém ter os pés bem assentes na Terra.

Depois de verificada a lista com todos os nomeados, podemos tirar algumas conclusões. A começar logo por Juno que, com quatro nomeações, se demarca dos demais, alimentando ainda mais a suspeição (confirmada já pelo Tendinha neste espaço) de que pode estar aqui uma bela surpresa. I’m Not There também é material para seguir com atenção, e Blanchett parece ser mesmo secundária. The Savages tem potencial, mas talvez Linney não esteja à altura de Hoffman. Before The Devil Knows You’re Dead desilude ao não estar nomeado para melhor filme. The Diving Bell and The Butterfly deve ter mesmo uma fotografia do outro mundo – o filme arranca quatro nomeações! Lust, Caution pode apanhar desprevenidos aqueles que já não ouvem falar de Lee desde Brokeback Mountain. Starting Out in The Evening pode ser o outsider com que ninguém conta. A Mighty Heart pode ser a força de que Jolie precisa para se aguentar na longa caminhada para o Óscar. Que os dois actores de Talk To Me podem sonhar com voos mais altos. E que Steve Zahn vê o seu excepcional trabalho em Rescue Dawn ser reconhecido. E estas são apenas 10 das 127 conclusões que podíamos extrair desta lista. Os vencedores serão conhecidos a 23 de Fevereiro.

Alvy Singer

Também ela faz parte do lado negro da força.

“If Darth Vader wore a blond wig, a slinky dress and a dab of Chanel behind each ear, he could hardly be as evil as Nicole Kidman, playing the gorgeous villainess Mrs Coulter in this spectacular new movie version of Northern Lights, the opening episode of Philip Pullman's fantasy series His Dark Materials”. – Peter Bradshaw, The Guardian.

Ora ai está algo novo e por experimentar: I am your mother. Bom, talvez não seja assim tão linear. A verdade é que Bradshaw pinta uma Nicole Kidman má como as cobras, e um filme bom como tudo. A ver vamos, já na próxima semana.

Alvy Singer

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Uma verdade incoveniente.

Os adeptos do Manchester United têm uma espécie de slogan, que versa da seguinte forma: United, Kids, Wife (In that order). Se existisse um qualquer Filmes Sport Clube, cujo slogan fosse Movies, Kids, Wife (In that order), fazia-me sócio na hora. Não há nada como um tipo ter as prioridades bem definidas.

Alvy Singer

terça-feira, novembro 27, 2007

A música destes cinéfilos.

A música inicial é meio caminho andado para agarrar o espectador. Por vezes, ainda a imagem não apareceu, e já os acordes se fazem ouvir. Não vá a mente dispersar para outras paragens, antes da fala surgir, que venha a melodia. Depois do último Quiz Show foi possível descobrir que estas eram as músicas escolhidas por alguns visitantes deste blog, para dar início aos seus filmes:

Anónimo,


JM,


Cunha,


Daniel Ferreira,


Starfox,
'Get it Togheter', The Go!

Tiago Teixeira,


Cenas,
'Paris 2004', Peter, Bjorn & John

Cataclismo Cerebral,


D. Ramos,


Luís V,


Pedro,


Filipa,


Halloween 77,


JOHNNY,


Anónimo,


Quahog,


SP,


Ricardo,
'Life in a Glasshouse', Radiohead

Uma palavra para o jm, que deixou a sua preferência – Not a Clue. Por manifesta ignorância, pelo nome da música não vamos lá, jm. Quem é o artista ou grupo por detrás desta música?

Alvy Singer

A Descoberta do Dia.

Rejected (Don Hertzfeldt, 1999). Nomeado para o Óscar de Melhor Curta-metragem de Animação. Sublime.

Alvy Singer

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Estes dois são boa dupla.

Isto já era de prever. Por mais pessimistas que sejamos, às vezes não vale a pena temer o pior. Quer dizer, temer vale sempre. O que não vale a pena é bradar aos céus porque poderá vir aí algo de terrível, se nos tivermos a reportar a um filme baseado numa obra do colossal Stephen King, e realizado pelo ajuizado e sempre certinho Frank Darabont. É claro que as coisas podem dar para o torto. Mas, isso podem sempre, e aqui nem é o mais o provável.

A comprovar isso mesmo está o facto de The Mist ter aberto esta semana, nos Estados Unidos, com criticas bem simpáticas. Surpreendentemente bem simpáticas dirão alguns. A verdade é que para muito boa gente, Darabont, apesar de contar no seu currículo com títulos como Os Condenados de Shawshank e À Espera de Um Milagre, ainda não é um grande realizador, nem tão pouco sinónimo de qualidade à priori. Quanto a King… quantidade não é qualidade, e muitas vezes o publico já se retrai quando vê o seu nome nos créditos como que a dizer Mais uma história de fantasmas, janelas a bater ao vento e sangue a escorrer pelas portas.

Ao que parece The Mist é muito mais do que isso, recuperando mesmo a melhor forma do autor. A ideia que dá, depois de lidas as primeiras reacções em terras do Tio Sam é que este é um excelente trabalho de Frank Darabont, que se traduz numa nova boa adaptação de um livro de Stephen King, depois do sucesso de 1408. É isso mesmo que diz Michael Phillips, do Chicago Tribune:

“Good and creepy, The Mist comes from a Stephen King novella and is more the shape, size and quality of the recent 1408.

O trailer deixa, de facto, boas indicações. Com tudo isto, confirma-se a premissa de que Marcia Gay Harden não selecciona guiões tendo por base aqueles que ficam em cima da cama, e aqueles que caiem no chão.

Alvy Singer

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domingo, novembro 25, 2007

Numa só imagem


Sobre os 100 anos do Cinema (comemorados em 1993) surgiu uma enorme publicidade, sobre forma de imagens e pequenos filmes, e há poucos dias deparei-me com uma das imagens mais engraçadas que comemoram esta data. Se, realmente, Fellini seria capaz de dirigir um mundo de egos como este, é, sem dúvida, uma questão tão vital como a própria análise de o terem retratado a ele na cadeira de realizador.

Esta é uma imagem que me persegue, e que eu tive o privilégio de ver estampada num pacote de pipocas que há um mês comprei no Alvaláxia (que sofre neste preciso momento, a propósito, profundas transformações devido à sua nova gerência Lusomundo). Fiquei tão abismado que pedi um pacote suplementar, sem conteúdo doce nem salgado, para espanto do vendedor que me olhou com um ar esquisito. Pois é, quem gosta leva para guardar consigo.

Vá lá, vamos a identificar este grandioso leque de personagens, e se dúvidas houver, é só perguntar!

Francisco Silva

Um som característico.

Este fim-de-semana serviu para algumas coisas, nenhuma delas tão proveitosa quanto esta. Por mero acaso – francamente já não me recordo onde tropecei nisto –, este sábado encontro um vídeo no Youtube com o nome de The Wilhelm Scream Compillation. Minutos mais tarde foi possível encontrar um outro vídeo onde Steve Lee, responsável pelo som de filmes como Pular A Cerca, Dia de Treino, The Majestic, Apollo 13 e Flushed Away, acompanhado do realizador Joe Dante, nos oferece uma pequena explicação do que é o Wilhelm Scream e da sua recorrente utilização na sétima arte. Como não poderia deixar de ser, neste assunto, como em qualquer outro, o Wikipedia tem uma palavra a dizer. Assim como o site Hollywood Lost and Found, onde Steve Lee deixa o trabalho da sua pesquisa.

No fundo, o Wilhelm Scream é algo que já todos tivemos o prazer de presenciar, caso já tenhamos visto um filme onde alguém vive uma situação de profunda agonia ou um medo de morte. A primeira vez que isto surgiu foi em 1951, no filme Distant Drums de Raoul Walsh. Mas, ao que parece, Ben Burtt é o principal responsável da sua difusão, ou não o tivesse adoptado como imagem, perdão, som de marca, e colocado nos filmes das sagas A Guerra das Estrelas e Indiana Jones.

Alvy Singer

Batman leva avanço.

Se contar o número de vezes, por semana, que penso em Batman – The Dark Knight, rapidamente fico com a sensação de que aguardo mais entusiasticamente por este filme do que pelo próximo capítulo de Indiana Jones, no qual não me debruço assim com tanta frequência. Mais, se avaliar a reacção consequente de cada pensamento sobre The Dark Knight, rapidamente confirmo, de facto, aguardar por este filme com maior excitação do que por Indiana Jones and The Kingdom of The Crystal Skull, o qual não provoca agitações assim tão profundas e intensas quanto isso.

Com tudo isto chego à preocupante e chocante conclusão de que Indiana Jones não é o herói mais antecipado para ver em acção, em 2008. Tendo já dado uns quantos tabefes na própria cara e, tendo já ido buscar mais uns quantos agasalhos, pois nunca se sabe se uma coisa destas deve-se ou não ao frio, espero que o regresso à normalidade, entenda-se, ansiar mais por Indiana Jones do que por qualquer outro marmanjo de fatiota, aconteça quanto antes. Nolan e Bale, alguma vez valerão mais do que Spielberg e Ford? E daí talvez não. Mas, isto dos gostos e das vontades é uma coisa muito particular. Por exemplo, numa situação de apuro, preferia muito mais ser salvo por um tipo de chapéu e chicote em riste, do que por um esquisitóide de capa e orelhas pretas. Agora, qual dos dois mais ecoa na agenda do próximo ano? Para já, o de Gotham City.

Aqui fica um recente feauturette do próximo capítulo de Batman.

Alvy Singer

Lisbon Film Orchestra estreia-se em beleza!













Foi ontem no cinema São Jorge que a Lisbon Film Orchestra, um projecto da musinaction, fez a sua estreia perante uma sala praticamente repleta. O programa, dirigido mais para um público jovem, contou com música dos filmes Harry Potter, Indiana Jones, O Senhor dos Anéis, A Guerra das Estrelas, As Crónicas de Narnia, E.T., Super-Homem e Piratas das Caraíbas. Uma nota de parabéns aos executantes pela fantástica interpretação das obras. Esperamos agora pelo próximo concerto!


Bernardo Sena

sexta-feira, novembro 23, 2007

Basic Instinct versus Betrayed

Deparei-me hoje com a super original capa do DVD de um tal de Betrayed com a assinatura de Valerie Landsburg (a Doris da série Fama). Bem, não sei por que razão mas logo me assaltou à mente o poster de Basic Instinct...Também notam semelhanças? (já agora, alguém abra uma garrafa de champagne por favor, este é o meu primeiro post em que me desvio do tema "bandas sonoras").

Bernardo Sena

Good Night, and Good Video.

Porque amanhã é dia de avaliação no curso de formação de formadores, a noite de hoje é passada a trabalhar, mas numa apresentação em Powerpoint. O tempo à disposição dá para pouco mais do que renovar a pergunta do dia, e colocar aqui esta belíssima cena de A Vida é Bela. É só carregar com o rato na imagem.

Alvy Singer

quinta-feira, novembro 22, 2007

Tema Mistério XI

Tentando desampatar esta primeira série de "temas mistério"...recordo que o João Bizarro e o Cataclismo Cerebral estão empatados com duas respostas certas cada um. Com uma resposta certa estão o Pedro Almeida, Thrausos, Cunha, Wood, Lúcia e Sagan.Vamos lá ver se algum dos dois primeiros classificados desempata nesta primeira tentativa! Fica a questão: qual o filme?


Bernardo Sena

O Melhor Injustiçado.

Por motivos neste espaço já descritos, até ao próximo dia 05 de Dezembro será difícil contribui para o Deuxieme com mais do que dois ou três posts por dia. Então quando chega a noite de quarta-feira, assinalado que está o meio da semana, o cansaço nota-se ainda mais, até porque ainda não há aquela motivação de amanhã ser o último dia antes do descanso. Ainda faltam dois para isso.

Numa altura destas, em que deste lado a participação terá de ser forçosamente menor, seria bom que os posts tivessem o sumo suficiente para durar mais algum tempo. Para não ser só chegar aqui, ler e partir para outra. Quer dizer, partir para outra é sinal de movimento. E, movimento é sinal de vida. Talvez por isso, partir para outra até não seja uma coisa assim tão má. No entanto, não é isso que se pretende com este texto.

Aquilo que se pretende aqui é conduzir os visitantes deste espaço a uma discussão profunda e intensa, como aquela demonstrada nesta imagem de Anatomia de um Crime, no limiar da ofensa verbal, sobre a justiça dos Óscares na sua principal categoria.

A questão é simples: Qual o filme que mais merecia ter ganho o Óscar de Melhor Filme? Dando o mote: Dr. Strangelove. Esta é uma derrota que me continua atravessada, como uma boa espinha. Atenção, isto não quer dizer que My Fair Lady é o pior filme de sempre a ser galardoado com a principal estatueta. Essa distinção pertence a um outro título.

Alvy Singer

Como é giro vê-los a pedir Óscares ao Pai Natal.

As metas, nestes casos, são os próprios que as estabelecem. Imaginemos por uns instantes que Alvy Singer era administrador de um estúdio que, durante o ano, produziu alguns filmes que poderiam muito bem ser candidatos aos Óscares. Quando fosse chegado o momento de imprimir os cartazes FYC, as indicações passariam sempre por colocar as categorias onde o filme podia realmente triunfar. E, a pecar, que fosse sempre por excesso. Isto é, em caso de dúvida, colocaríamos sempre a candidatura a uma categoria. Não dizer que ambicionamos chegar lá, é que não. Para além da enorme figura de paspalhos que isso pode transmitir, torna tudo ainda mais difícil, num meio em que é cada um por si, e vale tudo menos tirar olhos.

Com isto tudo, importa dizer que Reservation Road aspira, para já, apenas ao Óscar de Melhor Argumento Adaptado. Ora, sendo este um dos filmes mais aguardados por estes lados, não ver aqui um Best Picture não deixa de ser uma pequena primeira desilusão.

Ao contrário deste outro, que parece ir a todas. Agora é a vez do Óscar de Melhor Fotografia. Mas, repare-se: Best Picture está ali em todo o seu esplendor.


Alvy Singer

quarta-feira, novembro 21, 2007

Goldeneye. Mas isto foi renhido.

Nodoby Does It Better e Goldfinger acabaram por partilhar um digno quarto lugar. The World Is Not Enough chegou a um magnífico terceiro posto, enquanto You Know My Name ocupou a segunda posição. Coube, então, a Goldeneye, interpretado por Tina Turner, a honra de atingir o primeiro lugar da última votação realizada neste espaço. Aqui fica a música vencedora – como se de um festival da eurovisão se tratasse, e a banda regressasse ao palco para a consagração.

Alvy Singer

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Documentários - Os quinze finalistas.

Eis a lista com os últimos quinze candidatos ao Óscar de Melhor Documentário:

Autism: The Musical
Body of War
For the Bible Tells Me So
Lake of Fire

Nanking
No End in Sight
Operation Homecoming: Writing the Wartime Experience
Please Vote for Me
The Price of Sugar
A Promise to the Dead: Th
e Exile Journey of Ariel Dorfman
The Rape of Europa
Sicko
Taxi to the Dark Side

War/Dance
White Light/Black Rain

Surpresa, surpresa, apenas a não inclusão do aclamado We Are Together, para muitos mesmo, um favorito à vitória final.

E, já que estamos numa de documentários, aproveita-se a oportunidade para deixar aqui o trailer de Mr. Untouchable, algo em que só tropecei neste último fim-de-semana. Para quem já viu American Gangster, Cuba Gooding Jr. é este senhor, de seu nome Nicky Barnes, o espalhafatoso.


Alvy Singer

terça-feira, novembro 20, 2007

Dos Anjos e Demónios, esta faz parte dos anjos.

A notícia é apenas esta: Naomi Watts foi escolhida para um dos principais papéis em Anjos e Demónios (uma das primeiras vítimas da greve dos argumentistas), o próximo filme de Ron Howard com Tom Hanks como Robert Langdon. No entanto, repare-se como isto chega para começarmos logo a falar deste título, colocando aqui duas questões que julgamos ser pertinentes.

Primeiro, será que Watts é a melhor actriz para desempenhar o papel de Vitoria? Confesso que, apesar de ter o livro aqui para casa – já não sei se o comprei, ou se veio naquele ano da enxurrada de prendas que foram os livros de Dan Brown –, ainda não o li. Por isso, não faço ideia de como será esta tal Vitória. A julgar apenas pelo actor que faz de Langdon, diria que esta é uma boa aposta. Pode ser que a escuridão de Hanks se equilibre com a luminosidade de Watts e, no fim, saia alguma de jeito.

Segundo, depois do banho de água fria, para não dizer gelada, que foi O Código Da Vinci, quem é que ainda tem vontade de ver este filme, quando ele chegar na primavera de 2009? Teremos em mãos uma outra receita de bilheteira astronómica? Ou muito me engano, ou também estarei na plateia deste, como boa ovelhinha que sou.

Alvy Singer

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007 - Ordem Para Cantar.

Está aberta a discussão para a pergunta do dia. Esta tem direito a um espaço destes e tudo, pois é daquelas que interessa particularmente.

Alvy Singer

Aqui, tudo é belo.

O dia em que Billy Wilder olhou para Marilyn Monroe, olhou para uma grade do metro, e pensou Isto dava para fazer uma cena do outro mundo, será quase tão importante para a Humanidade como aquele dia em que um tipo deu um salto da banheira e gritou Eureka!. Poucos momentos se podem gabar de tamanha simplicidade e perícia ao mesmo tempo. Isto não tem nada que saber. A mulher pára, o metro passa, e o vento faz o resto. No entanto, não é qualquer iluminado que visualiza isto. Faz lembrar um pouco aqueles anúncios da Grant’s. Onde todos viam uma mulher e um passeio, alguém viu uma das cenas mais famosas da História do cinema.

O problema é que isto já deixou de ser, há muito, apenas uma página na História do cinema, para passar a pertencer ao imaginário colectivo de toda uma cultura. Caramba, o cinema consegue ser tão bonito que às vezes chega a doer. Para ver o vídeo, basta carregar na imagem.

Alvy Singer

Falta-nos a personagem principal.

Tentar descobrir o que é o monstro ou, pelo menos, o que é que provoca tanta destruição em Cloverfield, tem-se tornado numa obsessão maior do que aquela que era tentar descobrir a verdadeira identidade de Keyser Soze. A primeira coisa que ressalta à vista neste novo trailer do próximo projecto de J.J. Abrams é exactamente isso. É que há qualquer coisa que não ressalta à vista. Passado um bocado descobrimos o que é isso: O monstro. O que a gente quer é o monstro. O resto é paisagem, perdão, o resto é a paisagem que o monstro deixa à sua passagem.

O curioso disto tudo é que o filme até pode chegar primeiro do que Sweeney Todd, cuja estreia está marcada para daqui a dois meses.

(Para melhor compreensão desta última frase, é favor ler o post seguinte).

Alvy Singer

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Gargantas afinadas?

A este ponto, quando ainda faltam mais de dois meses para a sua estreia, importa reter duas coisas sobre Sweeney Todd. A primeira é que os 17 minutos do filme que alguns felizardos tiveram a sorte de ver, provocaram algumas reacções inesperadas, que vêm resfriar um pouco as expectativas astronómicas. Por um lado, temos David Polland que escreveu algo como “In the case of “Epiphany,” the musical number, sung mostly by Johnny Depp as Sweeney Todd, it is one of the numbers where the power of an actor with Depp’s power truly overwhelms the value of the big voices that have played the role on stage”.

Quanto a Nathaniel R., este foi um pouco mais severo na sua apreciação, sobretudo nos dotes musicais de Helena Bonham Carter. Their voices? Helena sounds good but we didn't get to hear much so I could be wrong. Depp sings on key and he's a strong enough actor that the performance looks to be compensating for the vocal troubles but it'll be frustrating to musical aficionados”.

Começa a ganhar força a ideia de que o próximo título de Tim Burton pode não ser assim tão consensual quanto isso. De facto, a abordagem musical pode ser vista como um pau de dois bicos. Ou os actores correspondem a toda a linha, e o filme é um verdadeiro triunfo, ou então percebemos que o talento não dá para tudo, e que nem todos conseguem fazer de Liza Minelli em Cabaret. Para já, a única coisa que podemos dizer é que preferimos que David Polland esteja certo, e que Nathaniel R. não perceba patavina de uma clave sol, nem consiga ver a diferença entre o fá bemol e um lá sustenido.

A segunda coisa que devemos reter é esta entrevista em podcast ao génio dos génios, o mestre Tim Burton. Quanto mais não seja, para nos deprimir ainda mais por faltar quase dois meses para a estreia. Não sei se já tinha dito isto. É que faltam mesmo dois meses para a estreia. Dois.

Alvy Singer

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segunda-feira, novembro 19, 2007

A MENINA LARA


Efectivamente não é só o cinema romeno que está na mó de cima com o seus filmes de forte matriz social e política. Do outro lado do estrelato, está uma jovem e bela actriz, chamada Alexandra Maria Lara, que interpreta a namorada de Ian Curtis em Control, de Anton Corbijn, e que é agora a menina dos olhos da crítica, numa altura que ainda falta estrear comercialmente, Youth Without Youth, de Francis Ford Coppola, filme esse que passou há dias no European Film Festival do Estoril, para uma plateia reduzida. Os três nomes de origem italiana, fizeram talvez com que Coppola lhe pedisse para se desdobrar e lhe confiasse um triplo papel — uma deusa indiana que reencarna em duas mulheres muito diferentes, o ideal feminino do insaciável protagonista interpretado por Tim Roth. A bela Alexandra, nasceu em Bucareste em 1978, filha de Valentin Platareanu, um célebre actor romeno, que fugiu ao regime de Ceaucescu e que se exilou em Berlim com a família em 1983, e onde fundou os ateliers de Charlottenburg, reconhecidos como uma das mais famosas escolas de teatro europeu. Depois de pequenos papéis no teatro, nas séries de televisão e filmes alemães, despertou para a notoriedade graças ao seu papel de secretária de Hitler, ao lado de Bruno Ganz (que curiosamente está também no filme de Coppola), em A Queda, de Olivier Hirschbiegel. Vamos vê-la em breve novamente ao lado de Ganz, em Der Baader-Meinhof Komplex, do alemão Uli Edel, um filme sobre as brigadas terroristas que intimidaram a Alemanha e a Europa na década de 70.

José Vieira MENDES

O Melhor de 2007.

Uma das coisas que gosto de fazer quando vou ao cinema é chegar com antecedência, e ver que espectadores vão ocupando os lugares vazios. Chamem-lhe cusquice ou curiosidade científica, a verdade é que interesso-me pelas pessoas que sentem vontade em ver determinado filme. Atenção, pois não se trata aqui de juízos de valor baseados em preconceitos, mas sim de coisas objectivas como a idade, sexo, por aí adiante. Por exemplo, ver que em Knocked Up a audiência aparentava ser mais nova do que Elisabete – A Idade de Ouro. Ou que em Super Baldas estavam muitos mais rapazes na sala do que em Rescue Dawn.

Em American Gangster, o que chamou à atenção foi o facto de haver pessoas de todas as gerações. A primeira impressão que este filme causou, ainda os trailers não tinham começado, foi a de que estávamos prestes a ver um filme para todos. Casais, famílias com pais e filhos, grupos de amigos, tudo. Dei por mim a pensar que Ridley Scott se calhar já atingiu aquele estatuto dos Metallica que, sempre que lançam um Cd, atingem o número um das tabelas de vendas. Sobretudo se contar nas suas hostes com dois nomes como Denzel Washington e Russell Crowe.

Sobre American Gangster pouco ou nada haverá a dizer, para além do filme ter arrebatado a todos os níveis. Toda e qualquer expectativa foi, no mínimo, correspondida. A realização de Ridley Scott é de uma condução e segurança notáveis. Quase que nem damos por ele, embora a sua mestria respire a cada grande plano ou a cada sequência em câmara lenta. A diferença entre dom e génio é esta: alguns têm de trabalhar isto, outros nascem com ele. Ridley Scott não tem de se preocupar, pois tem as duas coisas. O argumento de Steven Zaillian é outro. Se há coisa de que gosto, são filmes assim. Que levam o seu tempo a construir as personagens, o ambiente, o cenário, a história. Muitas foram as vezes em que recordei o magnífico Zodiac enquanto via este filme… A revista Steadycam disse, em 1971, a propósito de Os Incorruptíveis Contra a Droga, que, se quiséssemos começar a contar momentos do filme que ficassem para a História, teríamos de parar no número oito, porque era impossível acompanhar. Em American Gangster, poderemos apenas dizer, até para não entrar em euforias, que existe um bom punhado de cenas e deixas a imortalizar. Toda a sequência em que Frank Lucas e Richie Roberts falam pela primeira vez. They tried to kill my wife! O pequeno-almoço de Lucas com os irmãos. A cena do piano. My man.

Em todas elas: Denzel Washington. O filme é grandioso. O melhor de 2007, estreado em 2007. Contudo, aquilo que nele se apresenta mais luzidio é o talento de Denzel Washington. Se o homem não for nomeado para o Óscar, então é porque não percebo nada disto.

Alvy Singer

domingo, novembro 18, 2007

Invertamos os papéis.

Esta tarde dou por mim com o pack dos quatro filmes Die Hard na mão. Um mar revolto de transeuntes, imbuídos pelo espírito frenético do Natal, circulava pelos corredores da Fnac do Colombo. No entanto, com a vida de John McLane, ou pelo menos, a parte mais interessante dela, na palma da minha mão, não poderia ser maior a pacatez e serenidade daquele local. Isto porque não parava de perguntar a mim mesmo, Quantos filmes de jeito é que estamos aqui a levar para casa por 40€? Na caixa estão quatro, sim senhor, mas quantos é que justificam a sua compra?

Esta é aquela parte em que dizem de vossa justiça. Até porque Alvy Singer só viu os três primeiros, e está difícil chegar a uma conclusão. E, aproveitando a oportunidade, gostaria de saber se apenas metade do pack é material de primeira água, ou se isto é uma verdadeira pechincha. Para todos os efeitos, este parece ser um daqueles casos paradigmáticos em que a soma das partes é maior do que o todo.

Alvy Singer

Afinal, Blanchett reina em dois filmes.

Este For Your Consideration diz tudo sobre Cate Blanchett e o seu último trabalho como a Rainha Virgem. De facto, não nos espanta que a primeira aposta do estúdio aponte mesmo para uma nomeação da actriz.

Por outro lado, o que dizer desta apreciação do site Pop Maters sobre Blanchett em I’m Not There?

“And then Cate Blanchett arrives. To call her work here magnificent is too undeserving an understatement. She is regal, almost unrecognizable. She masterfully morphs into the pot-scented genius who ruled his world with a typewriter and a six string. She is I’m Not There’s trump card, its piecemeal paradigm of fame, disillusion, influence, and flaws. If there is any justice in the award season shuffle (and Lord knows there usually isn’t) she’d win the Oscar as both Best Actress and Actor”.

Sasha Stone anuncia, desde já, que este é um elenco terrível para qualquer outro, quando chegar o dia das nomeações para os Screen Actors Guild Awards. Que o trabalho de Haynes é irrepreensível. Que este é… o filme do ano.

“I loved every thread, every inch, every moment, every performance. Yes, Cate Blanchett gives the performance of the year”.

É oficial. Temos filme. Temos interprete. E temos o trailer internacional para saborear um pouco do que aí virá.

Alvy Singer

Ver, ou não ver? Eis a questão.

A opinião pré-visionamento deste Redacted, ainda não é a mais esclarecida. Se, por um lado, o filme tem sido trucidado pela sua estereotipia e falsa pretensa em ser um documentário com elevadas doses de realismo, recorrendo, no entanto, às técnicas cinematográficas de uma película comum, por outro lado, a sua autenticidade e intensa marca que deixa no espectador, têm sido elogiadas por um elevado número de entendidos na matéria. Em que é que ficamos? Valerá a pena ver isto, ou será que o nome de Brian de Palma já não justifica, só por si, uma ida ao cinema?

Sem colocar, de forma alguma, as mãos no fogo por este título, talvez devêssemos acreditar mais na primeira opção. Apesar de não ser material para Oscar – dificilmente o seria com criticas tão díspares – Redacted pode orgulhar-se de ter recebido criticas francamente positivas, algumas mesmo dizendo que, no futuro, este poderá ser visto como O Filme sobre o Iraque, de 2007. Sim, porque uma coisa é certa: isto não é um In the Valley of Elah, por muitas virtudes que este último tenha. Vejamos o que diz Rick Groen, do Globe Mail:

“The first fictional feature set directly in the Iraq battle zone, Brian De Palma's Redacted is essential viewing. Love it, hate it, but be sure to watch it, because this odd and disturbing picture is as different as the war it reflects, and that difference is vast enough to seem profound…”.

Isto basta-me. Prefiro alguém que nos incita a ver um filme, dizendo que o mesmo é obrigatório, apesar do aviso de que devemos ir por nossa conta e risco, do que alguém que afirma estarmos na presença do melhor título da década. É mais convincente.

Uma entrevista em podcast com Brian de Palma, para mais alguns minutos sobre este tema.

Alvy Singer

Tributo a Michael Kamen


Michael Kamen. Nasceu a 15 de Abril de 1948, faleceu a 18 de Novembro de 2003, faz hoje precisamente quatro anos.Compositor, orquestrador e maestro, mas acima de tudo, uma pessoa e um profissional excepcional. Durante o seu trabalho para o filme Mr.Holland's Opus-O Professor, (que resultou numa das suas mais profundas e admiradas bandas sonoras) fundou a Mr.Holland's Opus Fundation, uma instituição que ainda hoje existe e apoia a educação musical nos Estados Unidos. Compôs essencialmente para cinema e é essa música que é aqui focada em mais uma das minhas homenagens dedicadas a compositores de música para filmes. Abre com o tema da excepcional série televisiva Irmãos de Armas, seguido de música para os filmes X-Men, Robin dos Bosques-Principe dos Ladrões, Assalto ao Arranha-Céus, As Aventuras do Barão Munchhausen, Duelo Imortal e fecha com o brilhante filme de animação O Gigante de Ferro. BernyProductions presents...



Bernardo Sena

sábado, novembro 17, 2007

Um dos primeiros para 2008.

Acordar ao sábado, por si só, já é bom como tudo. Aquele primeiro suspiro do dia que traz todo um punhado de emoções indescritíveis, apenas por ser fim-de-semana. Agora, se a isto adicionarmos o facto de um trailer com doas bonitas moçoilas (vá lá, contra a discriminação, reconhecemos que o rapaz também é bem parecido), nos receber de braços abertos, então temos tudo o que é necessário para dizer que este dia começa da melhor maneira. The Other Boleyn Girl, do qual já aqui tínhamos deixado uma remota antevisão, será o próximo filme de Justin Chadwick. Este contará a afamada história de Henrique VIII, o tal rei que gostava de colocar a foice em seara alheia. Na casa das Bolenas, Scarlett será Maria e Portman a pobre Ana. Eric Bana será o afortunado e indeciso monarca a saltitar entre as duas.

Importante realçar que, já há algum tempo, não se via um trailer com aquele tipo da voz rouca: One sister followed the rules… the other defied them. Para além disso, a questão que se coloca é se, a exemplo do que aconteceu em Os Tudors, Portugal vem metido ao barulho?

Alvy Singer

quinta-feira, novembro 15, 2007

Gangster Mundial


Hoje é dia de uma grande estreia: Gangster Americano é, realmente, um trunfo mais do que ganho a todos os níveis. Denzel Washington enche o ecrã durante duas horas e meia, seguido de um Russel Crowe igualmente competente, e perante um argumento de força e interpretações de peso, a realização de qualidade de Ridley Scott faz-se sentir. É um dos grandes deste ano e imperdível de se ver, pois retrata tudo aquilo que gostamos de ver e rever num filme, de como gostávamos na maioria das vezes que nos contassem uma história, com pés e cabeça, com conta, peso e medida.

Mais do que estar a sugerir o filme para este fim-de-semana, este post prende-se com uma curiosidade ligada a esta nova obra-prima de Ridley Scott. Ao que parece, com a expectativa da estreia internacional deste filme, foi realizada uma sondagem interessante, da qual passo imediatamente para os resultados já conhecidos.

Tony Montana
, o personagem principal (e um dos maiores papéis de Al Pacino) de Scarface, realizado por Brian De Palma em 1980, foi considerado "o melhor gangster cinematográfico" de sempre.

No top 10 foram igualmente eleitos Vinnie Jones por Um Mal Nunca Vem Só, John Travolta em Pulp Fiction e Daniel Day-Lewis por Gangs de Nova Iorque. Entre outros nomes temos também o de Ray Liotta por Tudo Bons Rapazes, Samuel L. Jackson em Pulp Fiction, Ben Kingsley em Sexy Beast e ainda Robert De Niro em O Padrinho II.

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Francisco Silva

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