Deuxieme


domingo, novembro 30, 2008

Mahoney!

Por esta é que não esperávamos. Uma enorme dose de nostalgia atacou forte e feio Steve Guttenberg que, vai daí, decide lançar-se de cabeça para duas sequelas. De rajada. Uma delas, já uma certeza. A outra, ainda só uma possibilidade. Aquela que parece uma inevitabilidade é a de Academia de Policia, cujo argumento já se encontra a ser redigido. Segundo declarações do actor ao The Sun, A script is being written and so far it is really great, everyone from the original movies who is still around will return. Apenas Kim Catrall e Sharon Stone, duas estrelas que deram os primeiros passos na representação na escola do Comandante Lassard, ainda não confirmaram a participação. I know Kim and Sharon have been asked but they haven’t said yes yet. It would be really great to have them onboard, afirma o actor. Alguns rumores de que Guttenberg assumirá a realização da obra, já começam a circular.

Ao que parece, o actor arrepende-se de não ter entrado em algumas sequelas para as quais foi convidado, como as sucessivas continuações de Academia de Policia, ou a segunda parte de Curto-Circuito (John Badham, 1986). Isso ajuda a explicar o facto de o actor estar à procura de reavivar outra saga. Aquela que partilhou com Tom Selleck e Ted Danson. Três Homens e Um Bebé (Leonard Limoy, 1987) e Três Homens e Uma Menina (Emile Ardolino, 1990) são os dois primeiros episódios de uma trilogia que, segundo consta, ficará fechada com Three Men and a Bride. Depois disso, a pequena já deve ser capaz de tomar conta de si. Tom Selleck, Ted Danson and I are looking to make another Three Men And A Baby movie. It’s called Three Men and A Bride. The script is pretty much written and we are really keen to get that made. We’re very hopeful. Não existe provérbio que o alerte, contudo, a verdade é que a saudade, em muitos casos, também pode ser má conselheira. Aquilo que Guttenberg fez de melhor, em determinado momento da sua carreira, foi fechar as portas que se abriam demasiado facilmente. Muitos actores, dos quais Eddie Murphy será talvez o exemplo mais carismático, caem na tentação de aceitar cheques chorudos em troca de papéis inconsequentes, em obras que lucram milhões. Guttenberg optou por não seguir esse caminho. E, bem. No entanto, hoje, parece que as coisas se alteraram. Talvez por a carreira não ter seguido o trilho pretendido. Já Carl Rogers falava no distanciamento entre o “eu idealizado” e o “eu real”. Adeus, Amigos (1982), de Barry Levinson, deve ter sido o momento em que os dois estiveram menos afastados.

Bruno Ramos

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O fim de uma era.

Numa altura em que as peças do tabuleiro começam a mexer-se, no sentido de um eventual terceiro capítulo de uma trilogia do Cavaleiro das Trevas sob a batuta de Christopher Nolan, Batman, tal como veio ao mundo – numa tira de banda desenhada, entenda-se –, desaparece. Para sempre? É o que consta. Grant Morrison, escocês de 49 anos, e argumentista da série desde 2006, avisa que este é o fim de Bruce Wayne como Batman. Batman RIP, o mais recente segmento do comic book criado por Bob Kane e Bill Finger em 1939, traz-nos a última aventura do eterno guardião das ruas escuras de Gotham City. Segundo Morrison, a coisa não se fica por aqui. Já em Abril, ficava o prenúncio. O que estou a planear é um destino pior que a morte, coisas que ninguém esperaria que acontecessem a estes tipos.

O Daily Mail Online tem uma página pormenorizada, com screens das partes mais importantes. Mangrove Pierce, ou The Black Glove, para os amigos, é o responsável por esta miséria. O homem que, já há algum tempo, vem dando água pela barba a Bruce, consegue levar a sua avante (ou metade dela), no número 681. Depois de uma revelação bombástica, Black Glove dispara sobre Batman. Este, ferido, procura impedir que o inimigo fuja num helicóptero. Ao lutarem pelos comandos, o aparelho perde altitude e despenha-se. Robin precipita-se sobre os destroços, no entanto, sem avistar vestígios do corpo de Wayne.

Compreensivelmente, milhões de fás se perguntam, Então, e agora? Se Batman vai mesmo desta para melhor, quem o substitui? Robin? Nightwing? Fará sentido substituir um homem sem poderes especiais, que agia por conta própria, por motivos muito particulares? Está-se mesmo a ver os recordes de vendas que esta edição não vai bater. Ficamos a aguardar as respostas do número 682, e que segredos estarão guardados para a próxima colecção, que chegará em Abril de 2009, Batman: Heart of Hush. No entanto, seja o que for que vem por aí, não há razão para dramatismos. Lembremo-nos sempre, Why so serious?.

Bruno Ramos

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sábado, novembro 29, 2008

A tradição ainda é o que era.

Porque hoje é sábado, relembremos o clássico dos The Drifters. Hoje, como há trinta e quatro anos atrás, a inocente letra de Kissin' in the backrow of the movies denuncia por completo os planos de milhões de casais espalhados por esse mundo fora. Uma sala de Cinema tem sempre um encanto especial. Quanto a isso, estamos em crer que não restam dúvidas. Contudo, não nos iludamos. Na noite de sábado, para além do fascínio habitual, respira-se romance. A culpa é da sétima arte.

Alvy Singer

quinta-feira, novembro 27, 2008

Soul.

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Sem qualquer ponta de provocação, podemos afirmar que Dreamgirls foi um balde de água fria. Ainda nos lembramos, como se fosse ontem, dos 20 minutos em Cannes que deixaram meio mundo com água na boca, e a dizer que estava ali o grande candidato aos Oscar de 2006. Quando a maratona chegou ao fim, não houve nomeação para Melhor Filme, Beyoncé e Murphy ficaram com um melão de todo o tamanho, a primeira por não ter sido nomeada, o segundo por ter ganho todos os prémios da temporada excepto o Oscar, e Hudson foi a única a sorrir. Talvez por existirem algumas semelhanças com esse título, Cadillac Records tem passado muito mais despercebido. Só agora, com o trailer a surgir tão perto da estreia, é que começa a surgir algum burburinho. E, a parte boa, é que trata-se daquele tipo de murmúrio que nos deixa expectantes. Como esta critica da Variety, que enaltece, acima de tudo, as interpretações de Jeffrey Wright, Eamonn Walker, Columbus Short e Beyoncé.

Jeffrey Wright's Waters is unforgettable, Eamonn Walker gives an unnerving performance as rival bluesman Howlin' Wolf, and Beyonce Knowles' Etta James should put bottoms in seats. Most of the details are right-on in "Cadillac Records," though the director's efforts to sell it sometimes steers the film into mawkish or hokey territory. As Waters' self-destructive protege, Short brings blood and soul to a classic role -- a kind of prince of the blues who eventually becomes torn over whether to revere the king or dethrone him”.

Ou esta outra, do Hollywood Reporter.

Beyonce as Etta James, Mos Def as Berry, Wright as Muddy Waters, Eammon Walker as Howlin' Wolf and newcomer Columbus Short as L'il Walter tear up the screen and deliver sizzling performances that merit the attention. Beyonce shows "Dreamgirls" was no fluke. She's the real triple threat: singer, dancer, actress”.

Depois de um ano em que todos os Oscar de interpretação foram parar às mãos de forasteiros, e com as audiências a baixar continuamente, muitos acreditam que uma nomeação – e vitória – de Beyoncé pode ser o remédio para muitos males. A tarefa não é fácil, e a concorrência é feroz. Penelopé Cruz (Vicky Cristina Barcelona), Taraji P. Henson (The Curious Case of Benjamin Button), Kathy Bates (Revolutionary Road), Viola Davis (Doubt), Amy Adams (Doubt), Debra Winger (Rachel Getting Married) e Marisa Tomei (The Wrestler), são apenas algumas das que já reúnem um buzz considerável. A ver vamos, se este biopic que segue as excitantes e turbulentas vidas de lendas da música norte-americana, como Muddy Waters, Leonard Chess, Little Walter, Howlin’ Wolf, Chuck Berry e Etta James, pode ou não valer uma nomeação a Beyoncé Knowles e companhia. Aqui fica o trailer.

Bruno Ramos

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Com inimigos destes...

Se há filme que nos deixa com ela atrás da orelha, para 2009, é Public Enemies. A obra de Michael Mann reúne um naipe de actores de um gabarito tal, que certamente ninguém ficará indiferente a tantos nomes sonantes. Marion Cotillard, Billy Crudup, Leelee Sobieski, Giovanni Ribisi, Emilie de Ravin, John Ortiz e Stephen Dorff. A encabeçar o elenco, quiçá a melhor dupla de protagonistas do próximo ano, Johnny Depp e Christian Bale.

Um pau de dois bicos, na medida em que esta parelha pode levar ao desfalecimento de muito boa moçoila na sala de cinema, como também tornar-se num caso sério de sucesso de bilheteira. O mais certo é acontecerem as duas coisas. Com o mestre Michael Mann novamente ao leme de um filme policial, cedo começaram os prenúncios de um novo Heat. No entanto, não é isso que pretendemos. Assim como Heat não é um segundo qualquer coisa, esperamos que Public Enemies seja… Public Enemies. Uma obra do camandro, com identidade própria, e que não deve nada a ninguém. A história suculenta versa sobre a detenção, por parte do FBI, de famosos gangsters americanos, como John Dillinger, Baby Face Nelson e Pretty Boy Floyd, na década de 1930. Depp está assegurado como Dillinger. Bale é Melvin Purvis, o célebre dirigente do FBI que liderou as operações. Cotillard é Billie Frechette, a cara-metade de John Dillinger. A expectativa continua a aumentar, quando ainda faltam mais de seis meses para a estreia nos Estados Unidos. Estas recentes imagens vêm serenar um pouco o espírito inquieto.

Bruno Ramos

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A origem de Wolverine.

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No mesmo dia em que ficamos a conhecer a capa da próxima edição da Empire, com Wolverine em grande estilo, ficamos também a saber que o trailer do filme virá com as cópias de O Dia em Que a Terra Parou. O remake com Keanu Reeves estreará por cá no fim-de-semana de 11 de Dezembro. Bom era que estas cópias viessem já com as primeiras imagens do filme com Hugh Jackman, até porque a Fox já avisou que não colocará o trailer online nos próximos tempos, obrigando assim a malta a ver o filme de Reeves. Uma mão lava a outra, e as duas lavam a cara. Ou seja, os mais ferrenhos terão mesmo de se deslocar às salas de Cinema, se quiserem matar a curiosidade. Contudo, por cá, é pouco provável que tenhamos o privilégio de ver o trailer de X-Men Origins: Wolverine na grande tela, ainda este ano. Primeiro, ainda vamos ter de levar com aqueles vídeos no Youtube gravados com um telemóvel, onde o ruído da multidão abafa qualquer som proveniente das colunas. Sobre o filme, diz Jackman “There's a scene in the first X-Men movie, where Wolverine's introduced in a bar, fighting in a cage, and you felt that he did this every night of his life. If this movie is successful, you should feel that this guy can walk straight off the end of this film and into that bar". Portanto, no final, deverá ser natural se ficarmos com vontade de beber um copo com este homem.

Bruno Ramos

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Sigilo profissional.

Sem qualquer fonte que o confirme, surge no Worst Previews a boa nova de que Michael Cera estará a trabalhar num filme intitulado Paper Hearts, cuja estreia poderá estar marcada para o inicio do próximo ano, em Sundance. A obra parece estar rodeada num secretismo tal, que nem sequer figura na lista dos próximos trabalhos do actor no IMDB. Segundo o Worst Previews, aqueles que têm conhecimento das filmagens descrevem Paper Hearts como parte documentário, parte ficção, sobretudo comédia, baseada na relação na vida real entre Cera e a sua namorada, Charlyne Yi, outro membro da Judd Apatow crew. A actriz participou, por exemplo, em Um Azar do Caraças, como atesta a fotografia abaixo. É a quarta a contar da direita.

Nicholas Jasenovec, realizador do filme, tem aqui a sua estreia atrás das câmaras. Mas, mais uma vez, no IMDB, nada. A ideia passará por trazer a obra à baila apenas no Festival e aí fazer um brilharete. Numa altura em que se começa a falar dos filmes com mais potencial para figurar no Festival, seria uma alegria ver por lá um título com Michael Cera, um jovem actor já com provas dadas, e que tem aquele ar indie tão carismático, da ponta do cabelo às unhas dos pés.

Bruno Ramos

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quarta-feira, novembro 26, 2008

Quase um século de vida.

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A chegada de Revolutionary Road leva-nos, inevitavelmente, a recordar aquele outro título que juntou pela primeira vez Kate Winslet e Leonardo DiCaprio no grande ecrã. O icónico par perdurou na memória de milhões de cinéfilos que, onze anos depois, rejubilam com o reencontro. Esta semana, se, por qualquer razão, algum executivo de Hollywood se lembrasse que era boa ideia levar Titanic novamente às salas de Cinema, quanto mais não fosse para celebrar os 3995 dias que passaram desde a estreia – idade tão bonita como outra qualquer –, certamente que a afluência seria mais que muita. Mas, seguramente será ainda mais quando, daqui a alguns anos, os números forem mais redondos.

Hoje, porque o mundo do Youtube tornou a aldeia ainda mais global, é fácil perdermo-nos na odisseia de Jack e Rose, e em tantos outros pormenores que percorrem a obra de James Cameron. Como aquela música que DiCaprio canta ao ouvido de Winslet, na mítica cena na proa do navio, no último dia em que o Titanic viu um raio de sol. A mesma música que Rose entoa sobre uma tábua de madeira, enquanto aguarda em pleno oceano atlântico por um improvável salvamento. Come Josephine in My Flying Machine foi escrita por Fred Fisher e Alfred Bryan, e lançada em 1910. Depois de Blanche Ring a ter gravado nesse mesmo ano, foi a vez da dupla Ada Jones e Billy Murray ter feito o mesmo. É essa versão que aqui trazemos. Pelos bons velhos tempos.

Bruno Ramos

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Na estrada prevista.

E, como já todos antecipávamos desde o dia em que se iniciaram as filmagens, Revolutionary Road perfila-se como um dos mais sérios candidatos aos Oscar deste ano. Por enquanto, ainda nenhum título descolou em definitivo do pelotão. Com os aplausos desta semana a The Curious Case of Benjamin Button e Milk, que assim se juntam a The Dark Knight, The Wrestler e Slumdog Millionaire, e com algumas obras de peso ainda por estrear, é difícil perceber as possibilidades do drama realizado por Sam Mendes. Seja de que maneira for, superlativos como estes nunca são de descurar.

Sasha Stone, Awards Daily – “You probably won’t find two better performances this year than those of Leonardo DiCaprio and Kate Winslet in Revolutionary Road, and with the likes of Meryl Streep, Cate Blanchett and Brad Pitt’s extraordinary turn this year as Benjamin Button, that is saying quite a lot - but the reason for this is that the two together are like fire and gasoline. Old friends who trust each other seem to have no barriers. (…) That makes Revolutionary Road a tough film to connect with; we’re not to admire these people so much as to pity them. And maybe pity those weak aspects of our character. What we throw away every day is exactly what matters most in the end. It’s rough going, to be sure, but it is as beautiful as it is hard to watch. It has the techs nailed down - Roger Deakins’ breathtaking cinematography, the costumes, the art direction, the score, none of which upstage the story or the acting”.

Jeff Wells, Hollywood Elsewhere – “Revolutionary Road is a corrosive and heartbreaking masterwork. Sam Mendes' best film yet is exquisitely cut, blended and calibrated with superb music by Thomas Newman and legendary performances from Leonardo DiCaprio, Kate Winslet and Michael Shannon. It's the strongest heavyweight drama I've seen all year so far -- much more searing and moving than I expected”.

Para rematarmos em beleza, aqui ficam os mais recentes spots televisivos do filme, um dedicado a Frank, outro a April. A estreia está marcada para 29 de Janeiro.

Bruno Ramos

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Espírito de Natal.

He’s something the world needs, podemos ouvir no mais recente teaser de The Spirit. Oportuno, dado que anda por aí uma campanha publicitária que não se cansa de perguntar O que é que precisas?. Pelos vistos, precisamos de The Spirit. E, já agora, também dava jeito um filme com os atributos de Sin City e 300, que é algo do qual nunca nos fartamos. A ver vamos, se Frank Miller volta a cumprir. Por cá, o filme tem estreia prevista para o dia de Natal.

Alvy Singer

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Duplicity - Trailer.

Tony Gilroy caminha a passos largos para se afirmar como um dos melhores realizadores da actualidade. Com créditos firmados na escrita de argumentos (O Advogado do Diabo, Identidade Desconhecida, Supremacia e Ultimato), o cineasta não dá mostras de querer parar, e avança para o segundo filme atrás das câmaras, novamente com um elenco de luxo. Se, em Michael Clayton, tivemos George Clooney, Tilda Swinton, Sydney Pollack e Tom Wilkinson, desta feita teremos a participação de Clive Owen, Julia Roberts, Paul Giamatti e, mais uma vez, Tom Wilkinson. O regresso da dupla de Closer é sempre motivo de interesse, bem como a presença do digníssimo Giamatti. Já rever Tom Wilkinson, é sempre um prazer. À primeira vista, enquanto realizador, Tony Gilroy aparenta ser um misto de Tony Scott com meio Valdispert e Alan J. Pakula com 3/4 da pujança. A margem de progressão é uma realidade, e esperamos apenas que Duplicity seja mais um capítulo de sucesso na carreira do realizador, rumo àquele filme que ficará nos anais da História. Sim, porque por muito bom que seja, Michael Clayton não carrega essa aura. E, é tão fácil imaginar Gilroy a dirigir Josh Brolin em W..

Claire Stanwick (Julia Roberts) e Ray Koval (Clive Owen) são dois espiões que se envolvem emocionalmente, e que cogitam o derradeiro plano para arruinar os negócios dos seus respectivos patrões – companhias farmacêuticas rivais dirigidas por Howard Tully (Wilkinson) e Dick Garsik (Giamatti). Com uma música muito ao jeito da saga Oceans, o trailer deixa boas indicações. Só gostávamos de saber quantos takes é que foram precisos para aquela cena em que Giamatti e Wilkinson se esfolam vivos.

Bruno Ramos

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Como fazer um poster em três minutos.

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Porque jamais devemos desvalorizar a labuta e o suor de terceiros, em vez de dizermos que o presente poster de He’s Just Not That Into You resultou de um inqualificável designer com um ataque de preguiça, preferimos imaginar que este é o produto de um petiz fantasista de três anos, que acaba de descobrir a arte do cut/copy/paste. Este será, muito provavelmente, o poster mais amador da História do Cinema. No filme, cuja história se desenrola na cidade de Baltimore, Jennifer Connelly é Beth, uma mulher presa num casamento que há muito perdeu o fulgor. O seu marido é Ben (Bradley Cooper). Connor (Kevin Connolly), por seu lado, é um homem ainda à procura da cara-metade. O problema é que aquela que ele acha ser a tal (Scarlett Johansson), tem um caso com Ben. Gigi (Ginnifer Goodwin), por sua vez, é uma mulher obcecada por Connor, que tenta provocar encontros aparentemente fortuitos. No entanto, Alex (Justin Long), um amigo de Connor, começa a sobressair. Já Mary (Drew Barrymore) é apenas alguém que nunca conseguiu atinar com a história de encontrar um amor. Aqui fica o trailer do filme assinado por Ken Kwapis.

Bruno Ramos

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The Reader - Poster.

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Um dia depois de termos abordado aqui as reacções mistas a The Curious Case of Benjamin Button, parece que o drama de David Fincher reuniu mais aliados do que inimigos. A verdade é que uma andorinha não faz a Primavera, e uma critica negativa não significa o quer que seja. No entanto, faltava aquele alvoroço frequente num candidato a toda a linha. Hoje, parece que mais gente acordou com vontade de enaltecer a visão de Fincher, o primor de Pitt, e a graciosidade de Blanchett. Contudo, deixemos este tema para outras luas. A procissão ainda vai no adro, e é tempo de olharmos para The Reader, filme que tarda em levar com uma avaliação. É que, apesar dos screenings, ainda não houve vivalma que dissesse de sua justiça. Kristopher Topley, do In Contention, lá escrevinhou umas linhas, quase por favor. Quando um critico vai a uma antestreia, e regressa ao local de trabalho a dizer Epá, mais lá para o final do dia logo digo o que achei, é porque boa coisa não vem lá. Afinal, não foi assim tão mau, e ficamos até com a ideia de que Topley considera The Reader como um candidato razoável. Hoje, o New York Observer fala-nos de um screening onde muito boa gente saiu a chorar. Desconhecíamos que esta variável é tida em consideração como prenúncio de algo valioso. Duvidamos que alguém tenha sacado de um cleenex, com as últimas cenas de Haverá Sangue, Este País Não É Para Velhos, Michael Clayton, ou Vista Pela Última Vez. Para não irmos mais longe. Aqui fica o mais recente poster da adaptação de Stephen Daldry, ainda sem data de estreia prevista para o nosso país.

Bruno Ramos

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terça-feira, novembro 25, 2008

Poster em movimento.

Para ver o que John Connor (Christian Bale) e companhia vão fazer ao plano director municipal de Los Angeles na próxima década, basta carregar na imagem, e ficar a conhecer o poster animado de Terminator Salvation (McG). É uma ideia interessante, sim senhor, que deve funcionar particularmente bem nestes ambientes ricos em destruição.

Bruno Ramos

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O novo de Woody Allen.

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A História repete-se e, quanto a isso, pouco ou nada podemos fazer. Neste caso, ainda bem. Apesar da digníssima passagem de Woody Allen pelo velho continente – ainda falta deitar os olhos no recente Vicky Cristina Barcelona –, ficava sempre no ar a questão do regresso à cidade que o viu nascer para o Cinema. Allen demorou cinco anos a ficar com saudades. Por nós, tudo bem. Se o filme vier com a qualidade do costume, a cidade em pano de fundo é que tem a ganhar. E, Nova Iorque ganha tanto com a lente de Allen. Em Whatever Works, Larry David interpreta um homem excêntrico, que se cruza com Melodie (Evan Rachel-Wood), uma jovem rapariga do sul. Num ápice, conhece também os pais da pequena. Os quatro, acompanhados pelos tresloucados amigos de Greenwich Village de Larry David, ver-se-ão envolvidos numa série de imbróglios que têm tanto de improváveis, como de românticos. Tendo em conta o reportório de Woody Allen em NYC, novidades, alguma? Estranho é o cineasta ter alegado, há tempos, que veríamos Larry David num papel invulgar, no qual não estávamos habituados a vê-lo. Hum, ares de marosca. Aqui fica uma das imagens hoje dadas a conhecer no Wild Bunch.

Bruno Ramos

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Virtudes e defeitos.

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Boas e más noticias. Primeiro, se calhar, vamos às más. Em abono da verdade, más será um termo demasiado extremista. No entanto, certo é que esperávamos recepções mais calorosas a The Curious Case of Benjamin Button. A mais recente obra de David Fincher já foi avaliada em quase tudo o que é publicação conceituada nos Estados Unidos e, até ao momento, apenas o Hollywood Reporter lhe fez a vénia completa e estendeu a passadeira vermelha. Escreve Kirk Honeycutt:

Superbly made and winningly acted by Brad Pitt in his most impressive outing to date, the audience for this Paramount/Warner Bros. co-production is large. Strong boxoffice should ensue. (…)Blanchett illuminates the screen with a beauty and intelligence that makes Benjami's pursuit of Daisy as much a quest for life as for love. (…) Fincher 's direction is sure handed over the entire 166 minutes, which never feels long or pretentious. The film takes Donald Graham Burt's brilliant period design in stride, never overemphasizing it nor lingering on an artifact. Claudio Miranda's cinematography wonderfully marries a palette of subdued earthern colors with the necessary CGI and other visual effects that place one in a magical past”.

Já a critica de Todd McCarthy, publicada na Variety, insere-se na categoria do gostei quase muito, que parece ser a etiqueta a colocar em Benjamin Button.

An example of the most advanced technology placed entirely at the service of story and character, this significant change-of-pace from director David Fincher poses some daunting marketing challenges, even with Brad Pitt atop the cast. Strong critical support will be needed to swell interest in this absorbing, even moving, but emotionally cool film, which is simultaneously accessible and distinctive enough to catch on with a large public if luck and the zeitgeist are with it”.

Refreados os ânimos em torno deste título, abracemos as boas novas, que passam por ouvir a banda sonora, composta por Alexandre Desplat, disponibilizada pela Warner Brothers, no site FYC. Possível nomeação à vista.

Bruno Ramos

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'Good' work, Viggo.

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É difícil imaginar o que Jeffrey Lyons, critico da NBC, quererá dizer com It’s the best work Viggo Mortensen has done, quando ainda temos tão frescas na memória as soberbas interpretações do actor em Uma História de Violência (David Cronenberg, 2005) e Promessas Perigosas (David Cronenberg, 2007). Ao que parece, Good (Vicente Amorim) será mais um título a adicionar ao já extenso rol de brilhantes desempenhos de Aragorn. Nomeação para um Oscar é já tema de conversa. No filme, Mortensen é John Halder, um homem decente e honesto, com alguns problemas na família. Uma mulher neurótica, duas crianças inquietas, e uma mãe demente. Professor de literatura, Halder explora as circunstâncias pessoais num romance que publica, e no qual se mostra a favor da eutanásia. Quando a obra começa a ser referenciada por figuras políticas de peso, como objecto de suporte à propaganda nacionalista, Halder vê-se numa situação de prosperidade sem precedentes.

Depois do adiamento de The Road (John Hillcoat), é com bons olhos que vemos esta algazarra em torno do trabalho de Viggo Mortensen. Aqui fica o trailer de Good.

Bruno Ramos

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segunda-feira, novembro 24, 2008

Bons olhos a vejam.

Antes de Macaulay Culkin ficar sozinho em casa, os pais do pequeno lembravam-se de telefonar aos tios das crianças a ver se alguém podia ficar a tomar conta delas. Palermices de gente responsável. Foi isso que aconteceu em 1989, um ano antes do filme de Chris Columbus. Em O Meu Tio Solteiro, de John Hughes, Culkin é Milles Russell. O tio que vai lá para casa, enquanto os pais se ausentam, é John Candy. Homem danado para o bowling. A tarefa de Buck Russell não é fácil. Sobretudo, no que toca à irmã de Milles, Tia. Anos mais tarde, acreditávamos se Thora Birch dissesse ter-se inspirado na personagem de Jean Louisa Kelly para criar a sua intragável Jane Burnham. E, era aqui que pretendíamos chegar. Num post que pouco ou nada contribuirá para o acrescento de cultura cinematográfica, servem as presentes linhas para partilhar uma recente descoberta, deveras especial. Acontece que Jean Louisa Kelly foi o primeiro crush no grande ecrã deste que se assina. Aquele olhar embasbacado para a tela, claramente menosprezando as qualidades artísticas da profissional, em detrimento de outras não menos importantes. Como é sabido, nem todos temos um período de latência. Coube a Jean Louisa Kelly ser a primeira estrela a destacar-se no firmamento. Na passada semana, quase vinte anos depois, uma série de seu nome Yes, Dear passava na RTP2, a horas indecentes. As feições de Kim eram familiares. Mas, não dava para descortinar de onde. Salve-se o IMDB. Foi então que surgiu o nome, Jean Louisa Kelly. E, com ele, o reavivar de tantas memórias. Engraçado como, duas décadas depois, continuamos a percorrer os mesmos trilhos. Ela dum lado do ecrã, Alvy Singer do outro. Longe de ter uma carreira auspiciosa, também não podemos dizer que seja um fracasso. Giro, giro, eram ficarmos novamente vinte anos sem nos ver. Melhor ainda, encontrarmo-nos no mesmo lado do ecrã. Ah, tanto tempo depois, o crush continua lá.

Alvy Singer

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Adventureland - Trailer.

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Para este outro, ainda falta um bom bocado. Por terras do Tio Sam, a estreia está prevista para 27 de Março. Por cá, ainda é uma incógnita. Certo é que a equipa por detrás deste filme torna-o num dos mais apetecíveis para o próximo ano. Ao leme, Greg Mottola, realizador de Superbad, a melhor comédia da última década. Quem é que escreveu isto? Caramba, o entusiasmo dá nestas coisas. Uma das melhores, vamos lá. Ferir susceptibilidades deve ser evitado. Como protagonistas, a parelha Jesse Eisenberg (o miúdo com potencial de Get Real, que se fez actor em A Lula e A Baleia) e Kristen Stweart (Twilight). A secundá-los, um conjunto de executantes da mais fina flor, entre os quais, Ryan Reynolds, Bill Hader, Kristen Wigg e Martin Starr. Baseado nas experiências do próprio Mottola, o filme relata-nos as vivências do jovem James Brennan (Jesse Eisenberg), no Verão de ‘87. Brennan é um recém-licenciado pouco dado a regabofes, que não tem outra solução senão aceitar um emprego de ordenado mínimo num parque de diversões, quando se apercebe que não tem outra maneira de pagar a viagem que sempre sonhou fazer pela Europa.

O /Film alerta, e bem, para a elevada probabilidade deste titulo ser uma comédia dramática, mais ao estilo de Garden State e Juno, e não tanto um extraordinário desvario como Superbad. Agora, o trilho iluminado que separa drama e comédia é estreito e tortuoso. Poucos são os que se atrevem a percorre-lo. Menos ainda são aqueles que o fazem com sucesso. O segredo está na mistura doseada de ambos. A avaliar pelo trailer, Mottola terá aprendido com gente versada na matéria.

Bruno Ramos

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Um mimo de Natal da Universal?

No mesmo fim-de-semana em que estreavam, nas salas norte-americanas, a adaptação do best-seller de Stephenie Meyer, Twilight, e o novo filme de animação da Pixar, Bolt, outro título menor evidenciou-se. E, quando nada o fazia prever – quer dizer, até suspeitávamos, mas não queríamos entrar aí em grandes euforias – lá mudámos um pouco a lista dos mais aguardados por estes lados. É que não podemos ficar indiferentes a algumas das coisas que por aí se lêem sobre esta obra, que começa a despertar atenções. Com apreciações bem simpáticas por grande parte da crítica, e uma enorme adesão do lado do público, Role Models assume-se como uma das surpresas que a Universal tinha reservado para este final de ano. Esperemos que The Tale of Desperaux seja outra.

Realizado por David Wain (The Ten), este é um filme sobre dois vendedores que destroem a carrinha da empresa, ao tentarem fugir do reboque. Danny (Paul Rudd) e Wheeler (Sean William Scott) são então confrontados com a opção de realizar 150 horas de trabalho comunitário, ao invés de cumprirem pena de prisão. Após um dia no centro juvenil onde são inseridos num programa de aconselhamento, ambos olham de bom grado para a hipótese de cumprir pena. Contudo, um ultimato da directora do centro (Jane Lynch) alterará o comportamento dos dois aprendizes de mentor, que serão talvez capazes de provar que a idiotice pode ser uma ferramenta importante para o crescimento de uma criança.

Sobre o filme, escreveu Roger Ebert (Chicago Sun-Times):

Role Models is the kind of movie you don't see every day, a comedy that is funny. The kind of comedy where funny people say funny things in funny situations, not the kind of comedy that whacks you with manic shocks to force an audible Pavlovian response”.

As palavras de Peter Travers (Rolling Stone), não são menos graciosas para a obra de Wain:

Director/co-writer David Wain, beloved by cultists for Wet Hot American Summer and TV's The State, hits the mainstream without too much damage to his subversive instincts, until the do-gooder climax causes audience sugar shock. It's a small price to pay for such ripe, rowdy fun”.

Posto isto, só falta mesmo vermos o trailer, e aguardar por uma data de estreia por estas bandas.

Bruno Ramos

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sexta-feira, novembro 21, 2008

Estava previsto para hoje...

... e, chegou mesmo. Com ele, a música que Bruce Springsteen escreveu para o filme, com o mesmo nome, The Wrestler. Mais um forte candidato a uma nomeação.

Bruno Ramos

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Do céu caiu um belo filme.

Este post resulta um pouco na senda daquela adivinha Qual é coisa qual é ela, que desaparece quando falamos nela?. A ideia passa, num primeiro momento, por transmitir a real sensação de prazer proporcionada por um recente visionamento. No fundo, recomendar uma obra. No entanto, em última instância, gostaríamos que fosse possível, desse lado, dar de caras com este título de forma idêntica àquela que sucedeu com este que se assina. Isto porque esta foi uma das experiências cinematográficas mais fortuitas de que há memória. O título em questão foi, antes de mais, descoberto num daqueles caixotes que podemos encontrar em algumas bombas de gasolina, em que os filmes parecem metidos lá para dentro a pontapé. Tudo a 4,99€, costuma dizer o anúncio. Vamos a ver, não há nada abaixo de dez euros. Este era um dos que estava lá no molho. Uma capa discreta e um celofane já amarrotado não agouravam nada de bom. David Schwimmer num papel que não era para rir, acompanhado por uma actriz cujo nome nada dizia (Janeane Garofalo, a voz de Colette em Ratatui), e um realizador ainda mais desconhecido. Matt Mulhern nunca tinha parecido mais gordo. Posto isto, eis que surge um ímpeto inexplicável de comprar o filme. Mais, de chegar a casa, e meter o Dvd no leitor. Pensado, dito em surdina, e feito. Menos de hora e meia depois, o regozijo de quem dá de caras com um pequeno tesouro.

Esta é a história de Duane Hopwood, um homem de mal com a vida, que tem por hábito mergulhar as mágoas num copo de whisky. Divorciado, faz o turno da noite num casino de Atlantic City. Quando a relação com as filhas e a sua ex-mulher começa a ficar seriamente ameaçada, após alguns problemas com a lei, Duane tenta reorganizar a sua vida, e recuperar a sua família. Antes que seja tarde de mais.

Um testamento mais pormenorizado sobre o alcance da obra passaria, provavelmente, por revelações que em nada cativariam quem ainda não viu esta relíquia. Dizer que Schwimmer está quase irreconhecível, num desempenho soberbo, que as tiradas hilariantes de Judah Friedlander são a luz que muita vezes falta a tantos melodramas, e que o argumento de Mulhern é do mais preciso que por aí anda, em matéria de casais em rota de colisão, já não é pouco. Este é um filme sem inicio e fim óbvios. Quando a obra começa, já Duane vai em queda livre. Quando o filme acaba… Bem, quando o filme acaba, é melhor vermos com os nossos próprios olhos. Este é daqueles que nos fazem gostar de Cinema. Capra devia ficar orgulhoso de discípulos como este. Por cá, o filme ficou com o nome de A Vida Não é Uma Roleta. Aqui fica o trailer.



Alvy Singer

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Gelados de medo.

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Por cá, há já largos meses que um teaser poster de Ice Age: Dawn of the Dinossaurs se faz apresentar em alguns cinemas Lusomundo, com a singela indicação, Brevemente, por cima. Ora, a estreia, nos Estados Unidos, está marcada para 04 de Julho. Breve, não será o termo mais apropriado. Agora, o que este novo poster nos mostra, acima de tudo, é aquela verdade universal de que, perante o bramido de um dinossauro, apenas seres do sexo masculino ficam assustados. Senão, repare-se no ar descontraído das duas fêmeas, Ellie e a nova amiga de Scrat.

Alvy Singer

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Astro Boy - Teaser.

Corria o ano de 1965 quando, depois de ter visto alguns episódios de Astro Boy, Stanley Kubrick escreveu a Osamu Tezuka a convidá-lo para ser responsável pela direcção artística do seu próximo filme, 2001: Odisseia no Espaço. Tezuka não tinha possibilidade de ficar um ano a viver em Inglaterra, pelo que foi forçado a declinar a proposta. Uma colaboração explosiva que o mundo ficou à espera de conhecer. Hoje, 45 anos depois da estreia da série de culto criada por Tezuka, chega-nos o primeiro teaser oficial da adaptação levada a cabo por David Bowers (Por Água Abaixo, 2006). Na futurista Metro City, Astro Boy é um jovem robot com poderes incríveis, concebido por um brilhante cientista, à imagem do filho que perdeu. Incapaz de sarar as feridas do seu criador, o pequeno herói parte numa jornada em busca de aceitação. Contudo, o mundo que encontra reservar-lhe-á inúmeras surpresas. O maior desafio de todos surgirá quando for necessário regressar a Metro City, e reconciliar-se com aqueles que o rejeitaram. O filme conta com as vozes de Freddie Highmore, Kristen Bell, Nicolas Cage, Bill Nighy, Donald Sutherland, Eugene Levy e Nathan Lane. A estreia está prevista para 23 de Outubro do próximo ano, dia em que também chegará às salas o biopic de Mira Nair, Amelia. Aqui fica o trailer.

Bruno Ramos

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quinta-feira, novembro 20, 2008

Documentários - Os quinze finalistas.

Eis a lista com os últimos quinze candidates ao Oscar de Melhor Documentário. Cada qual, com o link para o respectivo trailer.

At the Death House Door
The Betrayal (Nerakhoon)
Blessed Is the Match: The Life and Death of Hannah Senesh
Encounters at the End of the World
Fuel
The Garden
I.O.U.S.A.
Glass: A Portrait of Philip in Twelve Parts
In a Dream
Trouble the Water
Made in America
Man on Wire
Pray the Devil Back to Hell
Standard Operating Procedure
They Killed Sister Dorothy

Man on Wire (James Marsh) e Trouble the Water (Carl Deal e Tia Lessin) são, à partida, apontados como os principais favoritos. Encounters at the End of the World, de Werner Herzog, também tem as suas hipóteses. No meio disto tudo, saliente-se as ausências dos badalados Roman Polanski: Wanted and Desired? (Marina Zenovich), distinta presença em Sundance, Religulous (Larry Charles), e Dear Zachary: A Letter to a Son About His Father (Kurt Kuenne).

Bruno Ramos

quarta-feira, novembro 19, 2008

Defiance - Poster.

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Defiance, de Edward Zwick, é uma aposta sensata para os prémios da Academia. Baseado na obra de Nechama Tec, e realizado por um conceituado cineasta (Tempo de Glória), o filme relata-nos a história de três irmãos judeus (Daniel Craig, Liev Schreiber e Jamie Bell), que abandonam a Polónia ocupada pela Alemanha Nazi, para as florestas bielorrussas, onde se juntam à resistência local. Aí, auxiliam e conduzem os outros refugiados, incentivando à construção de uma aldeia que torne a região mais segura. Enquanto o nome de Craig é falado para a principal categoria na representação, Schreiber e Bell são apontados como possíveis candidatos enquanto secundário. Por enquanto, certo é que este é um dos títulos mais aguardados da temporada. Aqui fica o mais recente poster com James... perdão, Daniel Craig.

Bruno Ramos

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Che, novo teaser.

Um teaser de encher o olho, sem diálogo, mas com um belo trecho da partitura de Alberto Iglesias, a abrilhantar imagens que atestam a excelência de Soderbergh no capítulo da fotografia.

Bruno Ramos

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Coraline no País das Maravilhas.

Aí está ele. Finalmente, trailer. Sequência de imagens que nos mostra, para já, tudo aquilo que antecipávamos, e mais. Vamos então escrever ao Pai Natal a pedir que isto não demore uma eternidade para estrear por estes lados. Um selo para a Lapónia está a 0.67 cêntimos.

Alvy Singer

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Pagos a dobrar.

Depois de algumas ameaças, o Yari Film Group passa mesmo à carga. O objectivo é simples. Arrancar uma ou outra nomeação na próxima cerimónia dos Oscar. No passado, o estúdio concebeu alguns títulos bem desenhados para a estatueta. Faltou o toque de Midas para os dividendos serem os esperados. O Ilusionista (Neil Burger, 2006) e O Resgate de Um Campeão (Rod Lurie, 2007) foram, talvez, as duas obras que estiveram mais perto. Este ano, como o poster supra referenciado ilustra, a companhia fundada pelo produtor Bob Yari aposta forte em Nothing But The Truth (Rod Lurie) e What Doesn’t Kill You (Brian Goodman). Se o primeiro parece bem encaminhado para algumas indicações, o segundo deverá permanecer com os pés bem assentes na terra. As primeiras reacções tem sido bem mais simpáticas para o drama de Lurie, que para o de Goodman. Pelo menos, por enquanto. Porque, a fazer fé nas palavras de Alex Billington, a sala de montagem pode ser a chave do sucesso.

What Doesn't Kill You has a great cast, an amazing score compliments of Alex Wurman, and a story that builds to an impressive finish by the end, but it's not another personal favorite. Like a raw diamond, this needs quite a bit of polishing before the great film within it shows up. I know it's in there, Goodman just needs to go back into the editing room for a few months, re-master the audio and dialogue, throw in some ADR, and spend some time editing the rather rough first half of the film, but once he does he'll have a solid hit on his hands”.

Aqui fica um clip de What Doesn’t Kill You, filme baseado nas experiências do próprio realizador. Esta é a história de Paulie (Ethan Hawke) e Brian (Mark Rufallo), dois amigos que cresceram juntos num bairro de Boston, onde irlandeses cristãos e criminosos existiam em igual número. Cedo os dois se iniciaram no mundo do crime. Quinze anos depois, a mulher de Brian (Amanda Peet) desespera. A amizade é posta à prova. Comportamentos são repensados, muitas vezes sem o efeito desejado. Envoltos até mais não num universo do qual não conseguem sair, é necessário encontrar forças onde estas não existem.

Nothing But The Truth pode acalentar outro tipo de sonhos. Apesar de não ter sido um hit instantâneo em Toronto, cedo se assumiu como um dos filmes do Festival. Com um elenco de fazer inveja a muito prezado cineasta, quase todas as interpretações têm sido destacadas. Kate Beckinsale, Matt Dillon, Vera Farmiga, Noah Wyle e, sobretudo, Alan Alda podem repensar os escapes de fim-de-semana planeados com a cara-metade para finais de Fevereiro. Dia 22, qualquer um deles pode ter lugar reservado no Kodak Theater.

Baseado no caso verídico de Valerie Palme/Judith Miller, o filme retrata a identificação de Erica Van Donen, uma agente da CIA (Vera Farmiga), por parte da jornalista Rachel (Kate Beckinsale). A recusa desta em divulgar a sua fonte poderá valer-lhe uma pena de prisão. Aqui fica o trailer.

Bruno Ramos

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terça-feira, novembro 18, 2008

Nine, uma outra irmandade.

Depois das primeiras imagens no set de rodagens, é chegado o dia em que nos chega às mãos a primeira fotografia para a objectiva, com pompa e circunstância, de grande parte do elenco de Nine, o musical de Rob Marshall (Chicago) baseado na obra de Arthur L. Kopit, num dos últimos trabalhos em que Anthony Minghella se viu envolvido. Para ampliar, basta carregar na foto. Com um leque de actores onde figuram os nomes de Penélope Cruz, Daniel-Day Lewis, Nicole Kidman, Judi Dench, Sophia Loren, Kate Hudson, Stacy Ferguson e Marion Cotillard, será compreensível a excitação que rodeia esta produção. Com o título a sugerir um capricho do género, a Focus Features lá mudou a data de estreia para 09-09-09.

Bruno Ramos

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The Wrestler - Poster.

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Enquanto tentamos perceber porque carga de água, a mês e meio do final do ano, e depois de o filme já ter passado por Veneza, Toronto, Londres e Nova Iorque, ainda não existe trailer – estão agora aqui a dizer-nos que deve chegar à net esta quinta-feira –, aqui fica o poster oficial de The Wrestler. Depois da chuva de aplausos, a obra de Darren Aronofsky assume-se como uma das mais fortes candidatas ao Oscar de Melhor Filme. Quase certa é a nomeação de Mickey Rourke. Mais lá para a frente, quando a corrida aquecer, veremos quem tem estaleca para aguentar a pedalada de Randy ‘The Ram’ Robinson.

Bruno Ramos

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Star Trek - Trailer.

Se é verdade que todos aqueles que visitam este espaço gostam tanto de ver um bom filme de vez em quando, também não é menos verdade que, muitas vezes, olhamos de lado para alguns dos títulos que vemos anunciados. No final, esperamos que o resultado valha a pena. No inicio, as dúvidas são mais que muitas. Contudo, estes receios tendem facilmente a ser confundidos com uma certa crueldade. Acima de tudo, devemos ser cuidadosos ao abordar a chegada de determinada obra, quando falamos com alguém que já tem expectativas elevadas. Será mais ou menos essa a recomendação que gostaríamos de deixar aqui, quando o tema de conversa for Star Trek. O filme só chegará em 2009 mas, como já era esperado, muita tinta se tem gasto por aí à conta do primeiro trailer. Neste momento, parece que o mundo não se divide em trekkies e não-trekkies. Divide-se entre trekkies que acham que este é o desfribilador necessário para a saga, e aqueles que desejam que este fracasse a toda a linha, para que nunca mais alguém ousar mexer no legado. No centro de tudo, uma questão pertinente. O herói é – sempre foi – James Tiberius Kirk. Agora, não é que no trailer parece que o pequeno Jimmy Bennett diz Siberius? J.J. Abrams sempre foi mestre na arte de meter a malta a discutir retórica.

Bruno Ramos

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Quanto custa uma nomeação?

No que diz respeito à categoria de animação, os Oscar deste ano parecem já estar bem alinhavados. Muito provavelmente, o prémio mais previsível da noite. Até os outros dois nomeados não devem fugir àquilo que já antecipamos. Se é quase certo que WALL•E arrecadará o galardão, quase certo será também o lamento de Kung Fu Panda e Valsa Com Bashir, os mais fortes candidatos a segundo e terceiro. No entanto, com a corrida à primeira posição posta de parte, ainda vai havendo alguma especulação relativamente às outras duas vagas. E, é precisamente neste ponto que entra $9.99, da israelita Talia Rosenthal. Um stop motion com as vozes de Geoffrey Rush, Anthony LaPaglia e Leon Ford. Um filme sobre diferentes vidas à procura de significado num complexo de apartamentos de Sidney. Para além do poster, deveras apelativo, algumas particularidades dizem-nos que este deverá ser um título a ter debaixo de olho. Uma das razões é a presença de Etgar Keret – vencedor da Golden Camera, em Cannes, com Jellyfish (2007) –, aqui como argumentista. Outra, por Geoffrey Rush já ter participado em duas animações vencedoras de Oscar: À Procura de Nemo (2003) e Harvie Krumpet (2003). A terceira, e talvez mais importante, o facto de o filme ter passado por Roma e Toronto com críticas bastante positivas. Agora só falta mesmo o trailer para delinear um pouco melhor as expectativas.

Bruno Ramos

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segunda-feira, novembro 17, 2008

Marty.

Sessenta e Seis. Para muitos, o maior cineasta vivo. Para uns quantos, o melhor de todos os tempos. Para muito boa gente, uma inesgotável fonte de inspiração. Para todo e qualquer amante da sétima arte, uma das melhores coisas que poderia ter acontecido ao Cinema. A sua obra vai muito para além dos filmes que leva à tela. Antes de tudo, nunca deixou de ser um cinéfilo. Quando uma dada cena sua não homenageia um título que o marcou profundamente, é porque está demasiado ocupado em derrubar barreiras, e estabelecer novos limites. O seu Cinema é passado, presente e futuro, todos juntos ao mesmo tempo. Nas suas mãos, aspirantes a actores transformaram-se em estrelas. Durante anos, a ausência de um Oscar em sua casa foi vista como a maior monstruosidade perpetrada pela Academia. Em 2006, tinha mais militantes a torcer pela sua vitória, do que Sarah Palin tinha Republicanos a apoia-la. Hoje, a normalidade está reposta. Sem fim à vista parece estar a sua paixão pelo Cinema. Que nunca termine. E, já agora, que continuem a vir os grandes filmes. Como este, inesquecível.

Alvy Singer

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quarta-feira, novembro 05, 2008

2ª Edição da Premiere JÁ NAS BANCAS!

Eis a capa da nova edição que chegou hoje às bancas. Neste número, relativo a Novembro, revelamos tudo sobre o último filme de James Bond (que se estreia entre nós amanhã), bem como uma boa panóplia de estreias importantes, onde o Ensaio sobre a Cegueira tem um destaque especial. Sem com isto menosprezar um olhar sobre 13 argumentistas importantes e um caderno dedicado ao imortal Paul Newman. É 'comprar' para crer!

Para finalizar, uma palavra de apreço aos nossos leitores, pela sua fidelidade e participação para o 'correio' com criticas e outras informações. Recordo a todos que quando o voltarem a fazer, não menosprezem os detalhes, como as estrelas que atribuem à obra que estão a criticar, nem a sua ficha técnica ou outros dados. Para além disso, atenção ao facto de a escolha de textos, para além de outros factores, se prende sobretudo e irremediavelmente com filmes que tenham a sua estreia dentro do plano mensal em que a revista é lançada, ou seja, títulos por estrear não serão aceites para publicação, por razões legais óbvias.

Aguardamos opiniões vossas sobre o novo número!

Dois Ases.

Com a chegada às salas de Revolutionary Road, um dos pesos-pesados na corrida aos Oscares deste ano, assinala-se o reencontro de uma dupla acarinhada por toda uma legião de cinéfilos. Apesar de Titanic (James Cameron, 1997) ter pouco mais de uma década, a sua parelha de protagonistas rapidamente granjeou considerações que a conotavam a um certo estatuto mítico. Verdade seja dita, é difícil imaginar o filme de Cameron sem qualquer um deles. Para o melhor e para o pior – a interpretação de DiCaprio foi alvo de diversas ferroadas –, o blockbuster marcou a carreira de ambos. Onze anos volvidos, os currículos diferem um pouco. Winslet tem cinco nomeações para os Oscares. DiCaprio, três. Depois de Titanic, Winslet sabia o que queria. DiCaprio descobriu-o em 2002, guiado pela mão de Scorsese. Mas, a química dos dois, no ecrã, era inegável. E, era apenas uma questão de tempo, até voltarem a encontrar-se. Quis o destino, e o marido de Winslet, Sam Mendes, que fosse este ano. Com esta dupla, está assim dado o mote para recuperamos algumas outras, cujos caminhos se cruzaram por mais do que uma vez, ao longo das suas carreiras.

Katherine Hepburn e Cary Grant

Era Uma Vez… Sylvia Scarlett (George Cukor, 1935). Um primeiro filme pouco auspicioso, uma dupla imbatível. A obra de Cukor não foi muito bem recebida na altura, e hoje continua a ser olhada de lado pela maioria dos cinéfilos, que continuam a preferir as outras colaborações de Hepburn e Grant. Foi durante a rodagem deste filme que Katherine Hepburn conheceu Howard Hughes. Hughes visitou o set, aterrando o seu avião perto da praia onde decorriam as filmagens. O magnata alegou que tinha passado apenas para cumprimentar o seu amigo Cary Grant, mas a verdade é que ia com ela fisgada para meter conversa com Hepburn. O Aviador (2004), de Martin Scorsese, retrata este episódio.

E Depois… Voltariam a encontrar-se três vezes. Duas vezes em 1938. A primeira, novamente pela mão de Cukor, em A Irmã da Minha Noiva. A segunda, no clássico de Howard Hawks, Duas Feras. Da última vez que se cruzaram, Casamento Escandaloso (George Cukor, 1940), saiu uma obra-prima e um Oscar para… James Stewart.

Jean Arthur e James Stewart

Era Uma Vez… Não o Levarás Contigo (Frank Capra, 1938). Aquela que foi também a primeira colaboração entre Stewart e Capra valeu a este último dois Oscares, um para Melhor Filme e outro para Melhor Realizador. Se e a química no ecrã entre Stewart e Arthur era evidente, a verdade é que, fora dele, os dois nunca se entenderam realmente. Apesar das divergências entre ambos, Stewart afirmaria anos mais tarde que Jean tinha sido a melhor actriz com quem havia trabalhado. Nenhuma tinha o seu sentido de humor e timing, afirmou o actor. Pelos vistos, em Não o Levarás Contigo a coisa ainda foi suportável. Caso contrário, não se teriam reencontrado.

E Depois… Frank Capra gostou do que viu, e voltou a recrutar os dois actores para o drama de 1939, Peço a Palavra. O filme foi um sucesso e tudo parecia correr às mil maravilhas. No entanto, entre Arthur e Stewart a relação azedava. Tanto que, em 1946, a actriz rejeitou o papel que viria a ser de Donna Reed em Do Céu Caiu Uma Estrela.

Lauren Bacall e Humphrey Bogart

Era Uma Vez… Ter e Não Ter (Howard Hawks, 1944). O filme de estreia de Lauren Bacall foi também aquele em que a actriz se apaixonou por Bogart. Reza a lenda que terá sido mais ao contrário, num primeiro momento. Aliás, depois de as filmagens terem terminado, Howard Hawks disse que o actor se apaixonou pela personagem de Bacall, Marie, e que a actriz teria de encarnar o papel o resto da vida. Segundo Bogart, não terá sido tanto assim. Curiosa foi a mão amiga de Hawks, a John Huston, quando este não tinha final para o seu thriller de 1948, Paixões em Fúria. Hawks emprestou-lhe o tiroteio no barco, que nunca tinha chegado a usar em Ter e Não Ter.

E Depois… Casaram, tiveram dois filhos, e voltaram a participar juntos em três filmes. À Beira do Abismo (Howard Hawks, 1946), o thriller onde ninguém sabe muito bem quem é o culpado, O Prisioneiro do Passado (Delmer Daves, 1947), o protótipo do noir, e Paixões em Fúria.

Jane Wyman e Ray Milland

Era Uma Vez… Farrapo Humano (Billy Wilder, 1945). Disse Billy Wilder que Foi depois deste filme que as pessoas começaram a levar-me a sério. O título que marcou um ponto de viragem na carreira do cineasta, foi também aquele em que Ray Milland contrariou os vaticínios daqueles que diziam que este seria o seu último trabalho enquanto actor. Milland fez questão de provar o contrário, levando o Oscar de Melhor Actor para casa. A obra arrecadou mais três, incluindo o de Melhor Filme. Ao lado de Milland, que rouba por completo toda e qualquer cena do filme, estava Jane Wyman, uma secundária segura, que trazia o brilho suficiente a uma história demasiado negra.

E Depois… Quase que mais valia nunca mais se terem reencontrado. As carreiras seguiam niveladas por cima quando, em 1953, optaram por agendar um novo trabalho na comédia Let’s Do It Again (Alexander Hall), remake infeliz de Com a Verdade Me Enganas (Leo McCarey, 1937).

Shirley MacLaine e Jack Nicholson

Era Uma Vez… Laços de Ternura (James L. Brooks, 1983). Considerado um dos mais sentimentalistas e lacrimejantes filmes a triunfar na noite dos Oscares, Laços de Ternura é um daqueles filmes que, parecendo que não, tem mais drama que comédia. No entanto, se não fosse esta última a dar o toque ligeiro que a obra necessitava, talvez James L. Brooks não tivesse levado para casa a estatueta de Melhor Filme. E, coube à dupla MacLaine e Nicholson (num papel que não existia na obra original de Larry McMurty), proporcionar os momentos mais hilariantes de todo o filme. MacLaine arrecadaria o Oscar de Melhor Actriz. Nicholson, que ficou com um papel que era para ter sido de Burt Reynolds, Harrison Ford ou Paul Newman, ficou com o de Melhor Actor Secundário.

E Depois… Por linhas muito tortas lá se escreveu o reencontro de Aurora Greenway e Garrett Breedlove. Realizado por Robert Harling, Lágrimas ao Entardecer (1995) foi uma sequela que saiu tão furada quanto O Caso da Mulher Infiel (Jack Nicholson, 1990).

Meryl Streep e Robert Redford

Era Uma Vez... África Minha (Sidney Pollack, 1985). Com todo um continente a servir como a paisagem de sonho para uma qualquer história de amor, Sidney Pollack só teve de encontrar a Karen Blixen ideal, e um aventureiro Denys Hatton à altura, e esperar que a química no ecrã fizesse o resto. Pollack nunca achou que Streep fosse uma boa escolha. Faltava-lhe o sex appeal que sobrava ao seu potencial colega. A actriz, consciente das suas adversidades, fez questão de se apresentar ao realizador, no dia do test screen, com uma blusa de trazer por casa e um soutien espampanante. Acreditamos que, depois disso, Pollack terá ido para casa rever A Escolha de Sofia. Juntando as duas coisas, não havia outra escolha a não ser Meryl Streep.

E Depois… Vinte e três anos mais tarde, com um tal de Tom Cruise pelo meio, Streep e Redford encontraram-se novamente. Desta feita, nos corredores de Washington. Com Redford atrás das câmaras, Peões em Jogo foi a confirmação de que o romance pertence a outros tempos, e outro continente.

Julia Roberts e Richard Gere

Era Uma Vez… Um Sonho de Mulher (Garry Marshall, 1990). Se a química no ecrã desse para avaliar com um termómetro, neste, o mercúrio rebentaria com o aparelho. A dupla Robert-Gere explodiu por completo na primeira temporada de blockbusters dos nineties. Catapultou Julia Roberts para o estatuto de Namoradinha da América, e fez de Richard Gere o actor sólido que há muito se esperava. Mas, para que tal acontecesse, foi preciso que cada um descobrisse o seu espaço. No inicio das filmagens, Gere estava bastante activo. Demasiado. Marshall chegou ao pé do actor e disse “Não, não. Richard. Neste filme, um de vocês mexe-se. O outro não. Adivinha qual deles és tu?”.

E Depois… Noiva em Fuga (1999). Uma obra onde estiveram para participar Geena Davis, Mel Gibson, Harrison Ford, Michael Douglas, Demi Moore, Sandra Bullock, Ellen DeGeneres, Ben Affleck, e Téa Leoni. Demorou dez anos a chegar às salas. No final, Garry Marshall agarrou no projecto, e levou consigo uma dupla de sonho, que todos queriam voltar a ver.

Meg Ryan e Tom Hanks

Era Uma Vez… Joe Contra o Vulcão (John Patrick Shanley, 1990). Na leva de grandes romances de 1990, onde figuram pesos-pesados como Um Sonho de Mulher, Ghost – O Espírito do Amor, Cyrano de Bergerac, e Henry e June, não encontramos este título de John Shanley que quase passou despercebido do grande público. E, só não terá passado mais, porque Tom Hanks e Meg Ryan encabeçavam o elenco. Com o passar dos anos, o primeiro encontro de Ryan e Hanks no grande ecrã tem ganho um novo alento. Há até já quem diga que é o melhor filme em que participaram. Discutível. Certo é que, entre ambos, a boa relação passou de fora para a tela, e desta novamente para fora. Vontade de voltarem a trabalhar juntos é coisa que nunca faltou.

E Depois… Sempre existiu interesse num reencontro. Para regozijo de muitos cinéfilos, já foram dois. Ambos, com Nora Ephron atrás das câmaras. O primeiro, Sintonia de Amor, em 1993; o segundo, Você Tem Uma Mensagem, em 1999. Hoje, Ryan, como se fosse da família, já contracena com o filho de Hanks.

Bruno Ramos

terça-feira, novembro 04, 2008

Luz em Gotham City.

Dois meses faltam para o término do ano, mas poderemos já profetizar que dificilmente algum título marcará mais 2008 do que The Dark Knight. Por todas as circunstâncias que rodearam o filme, começando com a triste morte de Heath Ledger, logo no inicio do ano, passando pelo marketing viral sem precedentes, e culminando no apoteótico desfecho, que se traduziu em aclamações unânimes nos quatro cantos do planeta, The Dark Knight foi uma obra a que ninguém passou indiferente. Até por cá, onde contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que um filme chega aos noticiários, a obra foi alvo de diferentes peças em diversos telejornais, que davam conta dos recordes que o morcego ia derrubando. Até parecia que havia espectadores em casa interessados nesse fenómeno estranho que dá pelo nome de Cinema.

O certo é que o sucesso foi tanto que até a intocável tabela do IMDB sofreu alterações. Durante um mês, The Dark Knight foi considerado o melhor de sempre, destronando o lendário O Padrinho. Hoje, é quarto, atrás da obra-prima de Coppola, da sua primeira sequela, e do actual detentor do trono, Os Condenados de Shawshank. Por essa altura, em meados de Julho, já muitos precoces se insurgiam contra a possibilidade de The Dark Knight ser esquecido pela Academia, quando chegasse a altura de escolher os melhores do ano, para os lados de Hollywood. Os mais tolerantes, colocando água na fervura, lá iam dizendo que tino não faltaria aos membros da Academia, e que estes seriam justos para com o trabalho de Christopher Nolan. A verdade é que o ano foi passando, o Verão deu lugar ao Outono e, tal como as folhas que não podem negociar com a gravidade, também Batman foi caindo no esquecimento. Cada vez mais se fala no que está para vir. Cada vez menos nos lembramos da excelência que nos passou em frente dos olhos. No entanto, porque nisto da temporada de prémios, timing é tudo, parece que é chegada a altura de regressar ao baú, e tirar de lá um dos melhores filmes do ano até ao momento. Também Crash estreou com o solstício de Verão, e não foi por isso que não deixou de roubar o protagonismo a Brokeback Mountain. Com efeito, a cidade dos anjos parece estar a acordar novamente para a magnificência de The Dark Knight. Independentemente do que possa estar por estrear, hoje, o filme de Chris Nolan seria um legitimo aspirante à estatueta de Melhor Filme. Mark Harris, na sua coluna na Entertainment Weekly é um dos primeiros a reconhecê-lo:

“Over the course of its run, this column has never made an official endorsement, but with interest so exceptionally high in one of the candidates, and the vote approaching, it's time to take a stand: I would like The Dark Knight to get a Best Picture Oscar nomination. Best Picture. Seriously. I write this knowing that as we enter a season crammed with Oscar-bait movies, the arrival of five richer, more resonant films could change my mind. But this just doesn't look like that kind of year. (...) You want to knock Dark Knight? Go ahead. Let's fight about whether the whole Two-Face plotline should have been either more fully developed or cut completely, about whether the action scenes are intentionally disorienting or just patchily edited, and about Christian Bale's laryngitic rasp. Let's argue — as we'll argue over all the Best Picture contenders — about what the film has to say, and whether it's said with coherence, intelligence, and artistry. But don't dismiss it just because it's a comic-book movie. True, the genre lacks Oscar experience. But this comic-book movie has shown judgment and maturity in a year when many veteran genres have felt erratic. Why not make some history? Even within the Academy, there's a first time for everything”.

Já no The Envelope, as escolhas dos seis elementos do staff também reflectem o ressurgimento das trevas, de The Dark Knight. Por quanto tempo irá durar, e com que forças, isso é que determinará a chegada ao Kodak Theater.

Bruno Ramos

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