Deuxieme


quinta-feira, novembro 16, 2006

SÉRIES TV: AS POLITICAMENTE INCORRECTAS





Um conjunto de séries estão a fazer furor quer pela sua incorrecção política, quer pela desmistificação de certos temas ate agora tabú em televisão: a sexualidade, as famílias disfuncionais, a medicina e o paranormal são testemunhos desta mudança que começa a competir com as salas de cinema. A propósito da passagem de Prison Break na Fox em canal aberto até ao fim do ano eis um pretexto para republicar aqui no blog, algumas para maiores de 18 anos… ou para ver as tantas da madrugada. Não esqueçam de fazer os vossos comentários....


Por José Vieira MENDES

LAS VEGAS
Pretexto: Criada por Gary Scott Thompson (Creator), conta com um elenco de novos valores já bem rodados em televisão onde se destacam Vanessa Marcli, Nikki Cox, James Lesure e Molly Sims, e ainda convidados especiais tão famosos como Alec Baldwin, Sylvester Stallone, George Hamilton, gente da música como Jon Bon Jovi, Black Eyes Peas, Duran Duran e até as Pussy Cat Dolls. Recupera ainda Cheryl Ladd (uma antiga Anjo de Charlie), no papel da mulher de Big Ed, o protagonista.
História: Luxo, dinheiro, poder, intriga, erotismo, traição são o drama diário de uma equipa de segurança de elite (que incluí três belas operacionais) do Montecito Resort & Casino, a maior casa de jogos da cidade de Los Angeles. O galardoado actor James Caan (O Padrinho), interpreta Big Ed Deline o responsável por esta equipa. Juntamente com o seu braço direito, Danny McCoy (Josh Duhamel) tentam evitar roubos, a concorrência de outros casinos, proteger a casa contra as mafias do jogo e os seus famosos clientes, quase sempre rodeados por belas mulheres. (FOX).


MEDIUM
Pretexto: Criada e dirigida por Glenn Gordon Caron vencedor de vários Emmy, e protagonizada pela explosiva e enigmática Patricia Arquette (Estrada Perdida).
História: Allison Dubois (Patricia Arquette) uma bela trintona, mãe de familia tem o dom de comunicar com os mortos. E tem ainda uma espécie de intuição e visões paranormais que a ajudam a resolver casos de crimes violentos. Por isso decide trocar a sua calma vida familiar com os três filhos e o marido Joe (Jake Weber) para se dedicar à sua verdadeira vocação, não de advogada falhada, mas antes de investigadora que utiliza métodos pouco ortodoxos, para obter provas que ajudam a resolver casos de homicidio violentos. (AXN)


LETRA L/THE L WORLD
Pretexto: Criada por Ilene Chaiken é sem dúvida a série que rompeu barreiras e tabus sobre a homosexualidade feminina por todo o mundo. Tornou-se uma série de culto, já que milhares de pessoas inclusive os homens, lésbicas ou mesmo outras que não se sentem dalguma forma identificadas com as vidas das suas protagonistas acabam por ver e porque é dificil encontrar mulheres tão belas assim.
História: Um grupo de amigas lésbicas lindíssimas e sofisticadas que vivem em Los Angeles, e cujo o eixo central do drama é a relação que mantêm duas das protagonistas Bette (Jennifer Beals), e Tina (Laurel Holloman) que desejam ter um filho através da inseminação artificial. Até que chegam ao bairro Jenny (Mia Kirshener) e Tim (Eric Mabius) um casal heterossexual que quer fazer amizades. Jenny pouco a pouco começa a a descobrir todo esse mundo lésbico e sente-se confundida ao conhecer o café que frequenta este grupo de amigas e a sua dona Marina (Karina Lombard), uma lindíssima lésbica. (:2)

GREY’S ANATOMY
Pretexto: Criada por Shonda Rhimes, o título é um jogo de palavras entre o nome da protagonista e um famoso livro de anatomia. Diferencia-se das outras séries clínicas porque está mais orientada para um público jovem, centrando-se mais nas tramas pessoais dos protagonistas do que no hospital.
História: Cinco jovens médicos recém-diplomados começam a trabalhar num hospital de Seattle e aos poucos vão estabelecendo relações entre si e com os seus superiores hierárquicos, num ambiente muito competitivo e stressante. Deste grupo destaca-se Meredith Grey (Ellen Pompeo) uma jovem médica que leva o trabalho muito a sério e que por vezes sente dificuldade em conjugar a sua vida pessoal com a profissional, aliás como os seus companheiros. O drama consiste na intensidade da aprendizagem médica mais humanizada, misturada com divertidas, sexys e dolorosas vidas dos internos hospitalares que estão ao ponto de descobrir que nem a medicina nem as suas próprias vidas são a preto e branco, mas antes numa escala de cinzento, aliás como a analogia do título. (Em breve em DVD)

HOUSE
Pretexto: Da autoria de David Shore é uma nova série de mistério e medecina onde o vilão é uma doença e o herói um irreverente e controverso médico que não confia nem nos seus pacientes.
História: Gregory House (Hugh Laurie, o actor de Stuart Little) é apesar da sua conduta um tanto anti-social, um médico brilhante, cuja a sua forma pouco convencional de diagnosticar e o seu instinto grajearam-lhe um grande respeito profissional. É um especialista em doenças infectocontagiosas, que adora desafios que podem salvar muitas vidas. Apesar de uma certa química entre ambos House está em permanente conflito com a Dra. Lisa Cuddy, médica e administradora hospitalar que discute os métodos do controverso médico mas dá a mão à palmatória pelos seus resultados. (TVI e FOX)

NIP/TUCK
Pretexto: Está ambientada no mundo superficial e sexy de South Beach, Miami, introduzindo-nos em concreto na cirurgia plástica e estética e, revelando-nos de forma dramática a complexa e frágil natureza humana (transsexuais, gémeas que querem se diferenciar, prostitutas de luxo com estigmas ou mesmo jornalistas que querem ter mamilos para saber como se sentem) de certos pacientes que tentam mascarar as suas debilidades psicológicas graças a modificações estéticas no seu aspecto físico.
História: O Dr. Sean McNamara (Dylan Walsh) e o Dr. Cristian Troy (Julian McMahon, o mau de Quarteto Fantástico) são dois quarentões sócios de um clínica de cirugia estética que montaram depois de sairem da Escola de Medicina. Ambos cada um à sua maneira vive uma crise existencial que resulta em parte do sucesso profissional, luxo e o contraste da superficialidade da sua profissão. Embora pareça à partida ambientada num mundo desinteressante, Nip/Tuck é uma das séries de maior impacto do momento, crua, realista e impressionante. Ambição, mentiras, sexo, são alguns dos ingredientes que desta série que nos mostra a complexidade e a insegurança do mundo da cirugia plástica, através de histórias e episódios muito arriscados, imagens e uma estética nunca vista. (Disponível em DVD)

FAMILY GUY
Pretexto: Tresloucada, divertida, politicamente incorrecta, mas ao mesmo tempo com uma certa ternura. Estes são alguns dos adjectivos que caracterizam esta série de animação sobre as aventuras da familia Griffin. Criada por Seth MacFarlane (American Dead) mostra-nos os problemas e as tribulações da vida de uma familia média americana, mas num tom irreverente que só a animação permite, aliás com em Os Simpsons.
História: Um casal com três filhos, com uma adolescente que é a vergonha da familia, um rapaz de 13 anos muito retardado e um bébé superdotado que só pensa em matar a mãe, destruir o mundo e cujo o único amigo é um ursinho de peluche gay. (SIC Radical)

ROME
Pretexto: É a série mais cara da história da televisão, cerca de 100 milhões de dólares por doze episódios que correspondem apenas à primeira season, e que foi rodada pela HBO nos míticos estúdios da Cinecittá em Roma. Um projecto megalómano que foi entregue ao veterano realizador John Milius, que foi entre outras coisas o argumentista de Apocalypse Now.
História: As bases do enredo até são bastante vulgares já confronta algo entre a telenovela e o peplum ambientada no tempo em que Julio César está no poder. As linguagens paraecem não ligar de imediato, mas depois de alguns episódios as intrigas de fundo misturadas com sexo e violência começam a dar sentido à história que é verdadeiramente impressionante. Além disso as cenas mais intimas conjugam-se maravilhosamente com outras muito espectaculares. (na :2 em DVD em Setembro)

BIG LOVE
Pretexto: Três mulheres e um homem na mesma cama, dir-se-ia que resume esta história sobre a vida agitada de uma familia de mormons poligâmicos na América de hoje. À partida parace quase bizzarra e caricatural no seu enrredo, mas pelo contrário esta série vai muito mais longe ao igualar-se a outras grandes séries como Os Sopranos ou Sete Palmos de Terra, que discutem e confrontam as grandes questões das familias contemporâneas.
História: Solidão, sexo, ciúme, amor até à morte, numa história conduzida ao mesmo tempo com sensibilidade e crueza servida por um casting de eleição que vai de Bill Paxton a Chloe Sevigny. Há quem diga que é a grande série de 2006. (HBO)

PRISON BREAK
Pretexto: Mais um prolongamento das muitas séries e filmes passados nas prisões e da qual a famosa Oz é o modelo reconhecível.
História: Rodada numa antiga prisão, a série conta-nos uma tentativa de evasão a partir de um plano de um preso que tatua em si mesmo, esse plano e que é magnificamente interpretado pelo jovem actor Wentworth Miller. (TVI/FOX)

DEADWOOD
Pretexto: Criada por David Milch, teve a honra de o episódio piloto ser dirigido pelo grande Walter Hill e os dois seguintes por Davis Guggenheim. Entre John Ford, Martin Scorsese (Gangs de Nova Iorque) e Michael Cimino (As Portas do Céu), a série de David Milch adapta ao formato de episódios o universo do velho oeste americano e os códigos dos westerns clássicos.
História: Um prostíbulo que se torna tribunal, uma bêbeda que é Calamity Jane, pistoleiros transformados em funcionários do governo, uma lixeira que se torna cemitério e dois curiosos protagonistas: Al Swearengen (Ian McShane), o dono do principal bordel local e senhor de todos os negócios da cidade; e Seth Bullock (Timothy Olyphant), um ex-xerife de Montana que vem montar uma loja de ferragens na cidade de Deadwood, uma espécie de herói minoritário e por vezes trágico. Dois homens de ambições diversas, e dois sentidos de justiça diferentes apoiados por uma enorme panóplia de personagens secundários típicos da ficção e outros inspirados na realidade histórica do oeste americano.

12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostava de ter tempo para me deliciar com cada uma das propostas...

Grato pelas dicas.

Abraço

16 de novembro de 2006 às 11:42  
Blogger AnaD said...

"(...) Dr. Cristian Troy (Julian McMahon, o mau de X-Men) (...)" Ele é tão mau, mas tão mau em X-men que nem me lembro de o ver por lá ... mas por outro lado lembro-me de o ver a fazer maldades em "Fantastic Four" ;)

Adoro o House M.D.

16 de novembro de 2006 às 16:03  
Anonymous Anónimo said...

Só faltaram as Donas de casa desesperadas!

17 de novembro de 2006 às 13:31  
Anonymous Anónimo said...

House sem dúvida nenhuma. Grandissimo actor grandissimo argumento, simplesmente fabuloso.

17 de novembro de 2006 às 18:06  
Anonymous Anónimo said...

Realmente este post está cheio de gaffes. Então agora passou-se a escrever "medecina" e não medicina?

A série Médium passa no AXN e não no canal Fox.

Mais, não será Tresloucada ou adjectivo atribuído à série "Family Guy"?

17 de novembro de 2006 às 22:10  
Anonymous Anónimo said...

Uma coisa são gralhas outras gaffes!

18 de novembro de 2006 às 19:33  
Anonymous Anónimo said...

Prison Break é sem dúvidas das melhores séries de todos os tempos, 45 minutos em que não se consegue desviar os olhos do écran... por outro lado, o DR HOuse é a personagem mais fascinante que julgo ter visto em qualquer série de tv!!! Posso apenas acrescentar que lamento não ter FOX p acompanhar as restantes...

18 de novembro de 2006 às 19:55  
Blogger João Bizarro said...

Prison Break é fenomenal. Ficamos vidrados.
Já agora uma correcção, quem conseguiu os direitos foi a RTP e não a TVI.

Outra série que deve ser muito boa é Weeds.

20 de novembro de 2006 às 20:33  
Blogger Quero ser crítico gastronómico said...

Weeds é fenomenal, uma das melhores comedias dos ultimos tempos. Satirica qb, com grandes interpretações, bem produzida.
Grey's Anatomy foi uma das grandes surpresas para mim. Não me contive emquanto não visionei as duas primeiras seasons quase seguidas.
Quanto a Prison Break, terá sido provavelmente a melhor serie do ano passado, ou uma das melhores. Foi a grande surpresa. Muito bem orquestrada, com grande argumento, boas interpretações...uma grande serie.
Family Guy é Family Guy... Stewie rula :)

21 de novembro de 2006 às 00:14  
Anonymous Anónimo said...

Ó Carolina vai comer sabão....o artigo sobre as séries está porreiro e informativo e 'não cheio de gaffes' as gralhas são normais gostava de ver o teu blog....

21 de novembro de 2006 às 15:41  
Anonymous Anónimo said...

Então e Lost? Já sei que não é assim muito politicamente incorrecta, mas merece ter destaque. As personagens são complexas e escondem segredos obscuros. Para não falar no mistério que envolve a ilha, não sei que mais irão inventar...

Mas sem dúvida que House é genial, o actor encarna o papel realmente bem, e os diálogos são incríveis!

23 de novembro de 2006 às 21:51  
Anonymous Anónimo said...

destas series destaco sem duvida o dr house, uma das personagens mais interessantes vistas em televisao. agora considerar grey's anatomy uma serie politicamente incorrecta? se se passasse nos açores era 1 novela da tvi! um autentico abc de clichets

30 de setembro de 2007 às 01:20  

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