VIRGÍLIO TEIXEIRA, UMA HOMENAGEM
O Grande Chefe: Este fim de semana estive no Funchal, no decorrer do Festival Internacional de Cinema e tive oportunidade de entrevistar, isto é mais conversar como um dos meus heróis da tela, que está agora com 89 anos e que recordo de ver nas minhas memórias cinéfilas a contracenar com grandes grandes actores da história do cinema. No próximo número vamos publicar a entrevista e um mosaico de fotos, entretanto fica aqui uma nota biográfica do FICF e todos aqueles que se lembrem do Virgílio Teixeira não se esqueçam de deixar aqui os vossos comentarios.
Virgílio Delgado Teixeira nasceu no dia 26 de Outubro de 1917, na cidade do Funchal.
Galã português do cinema nos anos 40, 50 e 60, Virgílio Teixeira conseguiu, desde o início da sua carreira, ultrapassar as próprias fronteiras geográficas da sétima arte. Numa altura em que o mundo se recompunha de um período bastante conturbado, como a Segunda Guerra Mundial, nos finais dos anos 40 havia a vontade de mudar.
É neste contexto que surge Virgílio Teixeira; um jovem madeirense que decide, em 1940, deixar para trás a ilha que o viu nascer e partir para Lisboa levando na bagagem muitos sonhos e a vontade de ser actor. Ao pai, disse « vou ali e já volto » não imaginando que a sua ausência fosse tão longa quanto pensava. Voltou à Madeira vinte e sete anos depois, sendo já actor professional e com um invejável currículo cinematográfico.
Em Portugal, nos anos 40, participou em diversos filmes e a meados dos anos 50 contracenou, em Hollywood, com grandes nomes do cinema norte-americano, experiência que lhe permitiu fazer «amigos para toda a vida».
Já nos anos 60, em Espanha, o seu trabalho foi reconhecido pelo governo, na altura sob a ditadura de Franco, através do Sindicato Nacional del Espectaculo que lhe concedeu os mesmos direitos civis que dispunham os actores espanhóis.
Virgílio Teixeira regista 92 participações em filmes que se repartem por produções portuguesas, espanholas, italianas, francesas, holandesas, inglesas e americanas, « sem nunca ter tido uma aula de representação. Como é que eu faço 92 filmes sem nunca ter aprendido a representar é uma das perguntas que ainda hoje faço a mim próprio. Sinceramente? Não sei…».
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5 Comments:
Concerteza já o terei visto, mas muito sinceramente não me recordo. Um bem haja à sua carreira...
Abraço
Ó José Soares por amor de Deus onde estão essas memórias cinéfilas?????O Virgilio foi o maior galã do cinema português de sempre ao lado do 'canastro' do António Vilar (porque vinha do teatro tinha a mania de entoar a voz por exemplo em Camões). Não se recorda pelo menos de um clássico do cinema (e da cultura) português (a) chamado O Fado-História d' uma Cantadeira em que o Virgílio (Júlio Guitarrista) contracena com a diva Amália Rodrigues; e o Virgílio a interpretar o Ptolomeu no Alexandre, O Grande do Robert Rossen ao lado do Richard Burton??????E numa magnifica 'cowboyada' chamada O Regresso dos Sete Magníficos, com o Yul Breyner....até na telenovela Chuva na Areia.....
É a pura realidade... para quê mentir?
Abraço
http://portugal-mundo.blogspot.com/2009/03/carreira-internacional-de-virgilio.html
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ou
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