Deuxieme


terça-feira, março 27, 2007

100 Anos de Grandes Filmes de Acção

Não podemos ignorar esta realidade. A tentação de assobiar e olhar para o lado é grande, mas uma força maior impele-nos a dizer que algo de mal ocorreu na concepção da colecção “100 Anos de Grandes Filmes – Acção”, recentemente lançada. Podíamos dizer, de mãos nos bolsos, que estamos perante uma colectânea interessante mas, colocando as mãos no teclado, parece-nos mais correcto dizer que algumas peças não encaixam bem neste puzzle.
Por certo existirão interesses das distribuidoras, relativamente aos títulos que devem ser incluídos nestas colecções. E existirão naturalmente limitações contratuais que não permitem a toda e qualquer obra fazer parte destas séries. No entanto, considerando a hipótese de que alguém abrace este projecto como principal meio de descoberta sobre o que de melhor se fez no cinema de acção, tememos seriamente pelas conclusões a que tal sujeito chegará.
Primeiro, ao verificarmos a película mais antiga da colectânea (Assalto ao Arranha-Céus), constatamos que este não tem mais de um quarto de século. Assim, os filmes em causa não poderão ser representativos do tempo que pretendem caracterizar, logo, o título desta selecção deveria ser alterado para “25 Anos de Grandes Filmes – Acção”. Percorrendo as estantes, encontramos aqueles que perfilham ao lado de John McLane (a propósito, o quarto vem a caminho), e pensamos como o pobre coitado bem dispensaria a companhia de alguns deles.
Se a presença de Cidade de Deus, X-Men, Exterminador Implacável, ou Kill Bill não é de todo embaraçosa, o mesmo não podemos dizer, por exemplo, de Atrás das Linhas do Inimigo. Somos obrigados a questionar seriamente que mais valias trazem Táxi, Justiceiro Incorruptível, ou Correio de Risco, entre outros, a esta colectânea. Quando no cabeçalho se utiliza o adjectivo “Grandes” para classificar os filmes em questão, interrogamo-nos como terá sido realizada a operacionalização deste conceito. Que critérios foram tidos em consideração? Não devemos atirar pedras ao primeiro sinal de descontentamento mas, se a fasquia é colocada lá bem no alto pelo próprio titulo, a culpa não é nossa se dissermos que estes são materiais duvidosos.
Contudo, para que não restem duvidas, aqui fica algo parecido com o que poderíamos ter encontrado, e que seria bem mais vantajoso para todos: Batman – O Inicio (2005), Romance Arriscado (1998), Heat (1995), O Assassino (1989), Os Incorruptíveis Contra a Droga (1971), Bullitt (1968), The Great Escape (1963), Os Sete Samurais (1955), e The Public Enemy (1931). Entre tantos, tantos outros…

Alvy Singer

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ok, a essa lista acrescentava o "Face-Off" do John Woo. Nunca me canso de ver esse filme, e volta e meio lá ponho o vhs para recordar como é feito um bom filme de acção.

27 de março de 2007 às 23:12  

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