Deuxieme


sexta-feira, março 16, 2007

Depois de Half Nelson...


Esta é mais uma daquelas que é difícil entender. The Fountain – O Último Capítulo, o filme de Darren Aranofsky que vem sendo falado há meio ano, reúne à partida, diríamos nós, todas as condições para se portar bem na bilheteira nacional. Porém, ao que parece, esta é a nossa opinião, e não a dos responsáveis pela distribuição do filme. Tal facto pode ser comprovado quando verificamos que o filme apenas estreou em duas salas. A saber: UCI Cinemas, em Lisboa, e UCI Arrábida, no Porto. Sim, quem for de outra parte do país, que não seja as áreas metropolitanas destas duas cidades, terá de ultrapassar maiores obstáculos para visionar este filme.

Depois de Half Nelson, a saga continua. Será que estas políticas se coadunam com uma tentativa de levar mais portugueses às salas de cinema? Por favor, digam que sim, pois de outra forma, é realmente difícil compreender.

Alvy Singer

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10 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Também fiquei completamente surpreendido quando vi que o filme do grande Aronofsky apenas estreou em duas salas.

Será que ninguém na área da distribuição sabe quem este senhor é!?

Venha mas é o Norbit, que é disso que o povo português precisa! :s

16 de março de 2007 às 14:20  
Blogger David Pinto said...

Já vi e adorei!
Mas dá que pensar... e os portugueses, em geral, não estão para isso.

16 de março de 2007 às 22:24  
Blogger SL said...

Pior pior ainda está Braga que raramente tem filmes de jeito... Braga não soube o que era "Letters of Iwo Jima","Pan's Labyrinth", "Curse of the Golden Flower", "The Good German" e só agora estreou "Scoop"...é lamentável que continuem por esse país fora a estrear filmes para as massas, continuando assim a fomentar a actual "cultura" em vez de a transformar

17 de março de 2007 às 13:44  
Anonymous Anónimo said...

É pena constatar a maneira como algumas distribuidoras "olham" para certos filmes, quase de forma "preconceituosa" este filme é lançado em Portugal. E se "os portugueses, em geral, não estão para isso."? De quem será a culpa? O cinema em Portugal a nível de distribuição ou promoção tanto de filmes de fora, ou portugueses continua ainda num ponto que aparenta ser sem retorno pois há décadas que tentamos nos reconciliar com o nosso cinema e até o momento não se viram efeitos. O cinema português talvez não fosse chamado aqui para a conversa, visão pessimista para alguns aquela que tenho mas é a realidade. Era preciso um corte radical em toda esta burocracia e por mais que se critique ninguém está disposto a da-lo.

18 de março de 2007 às 01:44  
Blogger Unknown said...

Boas... Alguem me pode dar o contacto para fazer "barulho" acerca do filme The Fountain?? Epá, espero pelo filme há meses, tirei-o da net, mas recuso-me a ver, 1º n tem a qualidade que aprecio, 2º no cinema é melhor (ou achava que sim), agora 2 salas em todo o país?? Devem estar a gozar... e ainda por cima a de Lisboa no el corte ingles que não vale nada e só estraga o filme com som baixo, e cortes no som e video. O que é que se passa com a 7a arte em PT?? Só bananas à frente disto pah... Tudo bem, percebo k filmes da "pipoca" vendam, mas pensem melhor, acham mesmo que a maioria das pessoas espera tanto tempo como muitos de nós esperamos para ver um filme no cinema?? Nós somos os clientes assiduos que realmente aprecia cinema, em todos os aspectos, e realmente não estou para isto, que decepção. Sou do Algarve e já estive para ir ver o The Fountain a LX mas depois de ler nos foruns que o filme foi passado em mt má qualidade, epá... pondero mt em esperar pelo dvd ou mesmo tira-lo da net em qualidade dvd, e vê-lo em casa, onde pelo menos sei que não vão haver falhas e certo que o impacto vai ser maior, tirando apenas o tamanho da tela claro. E depois querem combater a pirataria. Como??? Assim??? Quem paga exije o minimo de qualidade.

Se estiverem dispostos a ajudarem-me a pelo menos chatear alguem responsavel a conseguir por o The Fountain em mais salas (com qualidade) agradecia... Apenas estou a fazer isto pk realmente sou um apaixonado pelo cinema, e gostava de ver esta obra-prima num bom cinema, com um som estrondoso, para daqui a uns anos lembrar-me disso.

Abraço. dKs...

18 de março de 2007 às 05:59  
Anonymous Anónimo said...

Eu fui ver o filme na ante-estreia no UCI em Lisboa e não tive problemas com a exibição. Espero que o Luís em cima tenha tido apenas azar. E o anónimo em cima brinca, mas tem razão: parece que as salas de cinema encheram este fim-de-semana para ver... o «Norbit»!

Em relação à exibição do «The Fountain» em duas salas, vou fazer o papel do advogado do diabo e deixar algo que escrevi no Cinema2000.pt para pessoas que reclamaram...


Na óptica da distribuidora Castello Lopes, «The Fountain» não é um filme para o grande público. E aqui já será especulação minha, mas também não deve ser dos que aguenta duas semanas num multiplex. Não nos podemos esquecer que há filmes a estrear nas salas que ficam em exibição uma ou duas semanas. Se o acordo para o exclusivo for, como costuma ser, os UCI de Lisboa e Porto ficarem obrigados a exibir «The Fountain» pelo menos X semanas, isto pode defender melhor os interesses comerciais do filme.

As salas são boas e se a publicidade for bem feita, quem estiver interessado sabe onde deve ir. E o filme fica disponível aos clientes habituais das salas UCI, que são muitos. Se por exemplo 50 mil pessoas forem vê-lo nas duas salas, a estreia comercial portuguesa de «The Fountain» compensou financeiramente. Mas se esse número for atingido com 15 ou 20 cópias, com um investimento maior, então esse valor será um desastre e um prejuízo financeiro para esta aposta da distribuidora Castello Lopes.

Não esqueçamos que «Requiem for a Dream», hoje um título de culto, não estreou em Portugal. Aliás, o mesmo aconteceu com o «Pi». Ambos pareciam (e eram) demasiado "alternativos". Não se duvide que «The Fountain» é o mesmo caso, tendo sido um falhanço clamoroso nos EUA. Lançando-o em menos salas, mas garantindo mais tempo de exibição do que seria provável noutras circunstâncias, pode ter sido realmente a única solução para evitar que ele conhecesse o mesmo destino dos filmes anteriores do realizador.


Nuno Antunes (Premiere)

19 de março de 2007 às 10:23  
Anonymous Anónimo said...

Nem de propósito: a Lusomundo acaba de dizer que o «Norbit» foi visto por 62 mil espectadores nos primeiros 4 dias. Deve haver alguma atracção pelos fatos de borracha.

19 de março de 2007 às 12:20  
Anonymous Anónimo said...

Nuno, concordo com esse pressuposto ponto de vista da distribuidora, e da maior ou menor rentabilidade do filme consoante o número de salas em que está em exibição. Ironicamente, até pode ser que o filme se porte bem melhor desta forma, do que outros presentes em multiplexes, onde a relação “custo de projecção – receita de bilheteira” não é de todo compensatória. Esperemos bem que sim, e que novas portas se abram na distribuição de filmes mais alternativos. Pois não consigo dizer que o Norbit levou mais de 62 mil pessoas às salas este fim-de-semana, e que estreou em mais salas do que The Fountain – O Último Capitulo, sem sentir um forte arrepio na espinha. Há algo de desconcertante nesta ideia.

20 de março de 2007 às 11:43  
Anonymous Anónimo said...

Esta questão é semelhante à história do ovo e da galinha. Ou seja: são os distribuidores que nos dão filmes de má qualidade mas que os portugueses querem ver? Ou são os portugueses que só querem ver maus filmes porque os distribuidores assim os impingem?
Será que com cinéfilos os cinemas enchem e são rentáveis?
Mas esta é apenas a minha opinião.
Abraços,

Pedro Lopes

20 de março de 2007 às 17:25  
Blogger Unknown said...

Boas... De certa forma concordo com o que o Nuno disse... já tinha lido esse post noutro forum, mas acham justo alguem que mora no Algarve ter de fazer 300 km para ir ver um filme?? Sai um pouco caro não?? Agora imaginem se chegasse lá e ainda por cima o visse em más condições (cortes de som/video etc). A unico ponto assente é que Lisboa e Porto é muito pouco para um filme destes... Pelo menos mais 2 salas em pontos estratégicos para evitar de fazer romarias pelo pais para ver um filme. Acho que são eles os mais interessados em trazer mais publico de volta ao cinema e não é assim que o vão conseguir. Queixam-se da pirataria etc etc e depois acontecem cenas destas. Acho lamentável. Conclusão, poucas salas sim mas mais espalhadas, Portugal não se resume a Lisboa e Porto. Mais 3 salas, Coimbra, Beja, Faro... chegaria perfeitamente já para não falar nas ilhas que essas sim são as mais sacrificadas neste aspecto. Abraço. dKs...

21 de março de 2007 às 07:25  

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