17 - American Gangster
Os sinais são bons. Tem gangsters, armas, tráfico de drogas, polícias corruptos, e uma mão cheia de indivíduos que não conhecem o conceito “jogar pelo seguro”.
Baseado numa história verídica, Crowe desempenha o papel do detective Richie Roberts, o chefe de uma unidade especial cujo único objectivo é limpar as ruas de Nova Iorque, e liquidar uma nova ameaça de traficantes. Washington é Frank Lucas, o maior traficante de heroína de Harlem e um homem que abraçou o espírito empreendedor com zelo religioso.
Esta é uma perseguição gato-rato do mais alto nível. Dois homens com personalidades distintas, cujo único ponto em comum é a obsessão pela concretização dos seus propósitos. Ambos têm defeitos, e os seus mundos entrarão em conflito. Um apaixonado e violento, mas correcto polícia, e um traficante com uma vida estabilizada, família e casa, e um produto da mais refinada qualidade, capaz de matar qualquer um.
O filme teve para ser realizado por Terry George, com Don Cheadle e Joaquin Phoenix nos principais papéis. Antoine Fuqua, com Washington e Del Toro também foi uma hipótese. Mas Brian Grazer, o produtor do filme, não podia ter ficado mais contente com o resultado final: “É como ter os melhores jogadores de ténis do mundo”. Esqueceu-se foi de dizer que ter Scott como árbitro também não deve ser nada mau.
Um ano depois de The Departed – Entre Inimigos, talvez esta não seja a melhor altura para o filme surgir. Esperamos que as pegadas deixadas pela obra de Scorsese não sejam demasiado fundas, e que American Gangster não desapareça sem deixar rasto.
Alvy Singer
Etiquetas: American Gangster, Denzel Washington, Ridley Scott, Russell Crowe
1 Comments:
Ok ok ok.. tem bons actores, um bom realizador e parece ter tudo bem encaminhado.
Contudo (há sempre um "mas"), já começa a ficar entediante ver tanto filme igual nas salas de cinema. É que esta gente podia esmerar-se um bocado, e fazer algo de mais original. A história da dicotomia humana entre traficante e detective que o persegue já está mais que contada, e há muito poucos actores que a possam recontar de forma diferente, e estes não me parecem sê-lo, não desfazendo a sua qualidade.
Para além de que a época dos policiais já passou há muito, e poucos a conseguiram revivá-la adequada, embora temporariamente.
Já imagino o resultado: um início prometedor que se vai desvanecendo à medida que o filme corre, umas piadas novas pelo meio, uma tentativa em vão do Washington em fazer de Humphrey Bogart e um filme que nunca sairá do limiar médio de qualidade. Posso estar enganado, mas é o que me parece. Espero estar enganado, para bem do cinema. Mas hoje em dia não se podem criar muitas expectativas, infelizmente.
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