Caixa Russ Meyer - Vixens
Pena que o inigualável Faster, Pussycat! Kill! Kill! (em português, Rápido, Pussycat! Mata! Mata!), não esteja presente nesta caixa, o que seria ouro sobre azul. De qualquer forma, seria impensável não assinalar aqui o lançamento da Trilogia Vixens, a enigmática série do realizador Russ Meyer.
Poucas serão as colecções que permitem uma análise aprofundada da filosofia que atravessa os filmes, enquanto permitem igualmente um estudo mais superficial, onde apenas recorrendo a questões meramente estéticas podemos estabelecer um padrão. Meyer atinge este patamar quando nos oferece obras cinematográficas visualmente diferentes de tudo o que havia sido feito até então e, ao mesmo tempo, sobre uma temática vanguardista para a época, como o domínio do sexo feminino. Sem qualquer restrição no que tocava a mostrar o peito das actrizes dotadas que recrutava, o realizador assina nesta colecção Vixens um dos primeiros movimentos de afirmação feminista na história do cinema, e aquele que, sem dúvida, melhor recorreu a componentes de ordem cómica e sexual. É verdade que tudo é feito de forma muito rude, brutal, e breve, porém, a harmonia de todos os elementos que à partida podíamos considerar incompatíveis, não só resulta na perfeição, como se mantém tremendamente actual.
Alvy Singer
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