ACABOU-SE A FESTA (10)
Depois de quase duas semanas a Competição de Cannes, chegou ao fim. Começo com uma rectificação. Emir Kusturica, pertence à rara galeria de realizadores que arrancou, não uma, mas duas Palmas de Ouro em Cannes: a primeira em 1985 com Papa est en Voyage d’Affaires e a outra dez anos depois com o intemporal Underground. Desta vez nas comemorações do 60º Aniversário não foi muito feliz com neste Promise Me This, um filme disparatado, que não acrescenta muito às suas obras anteriores, e aos seus contos excêntrricos sobre a vida atribulada das gentes das Balcãs. Na mesma linha esta é a história do jovem Tsan, que promete ao avô só voltar à aldeia despovoada, quando for um homem casado. Mesmo antes de Kustrica, a japonesa Naomi Kawase apresentou o poético La Forête de Mogari, um conto inspirado em experiêcias pessoais, aliás como a maioria dos seus filmes e documentários, sobre duas almas, uma rapariga e um velho, unidos pelo sentimento de perda de um ente querido que vão encontrar a paz na floresta e num curioso ritual de libertação.
Logo ao fim da tarde, às 19h30 (18h30 de Portugal) vai ter inicio a Cerimónia de Encerramento e vamos conhecer o Palmarés, curiosamente um dos mais renhidos dos últimos anos. Nas tabelas de estrelas da crítica especilaizada, 4 Luni, 3 Saptamini, si 2 Zile, do romeno Cristian Mungiu e No Country For Old Men, dos Irmãos Cohen, são os favoritos. Para nós o grande vencedor seria Auf Der Anderen Seite, do alemão de origem turca Fatih Akim, porque é aquele que melhor congrega a ideia de uma produção de world cinema, ideia essa que marcou fortemente este 60ºAniversário. Qualquer palpite ou sinal de favoritismo nada querem dizer, porque ultimamente os júris de Festivais Internacionais, contra tudo e contra todos, têm atribuido o prémio principal ao filme que menos se espera.
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