Deuxieme


quinta-feira, julho 26, 2007

'Damn that was fun!'

Tarantino tem um dom. E, felizmente, tem a possibilidade de explora-lo da forma que melhor lhe aprouver. Hoje quer fazer um filme que homenageie o western spagetthi, faz. Amanhã quer fazer um filme sobre as exibições duplas no cinema, ou grindhouse, faz. E, ainda bem. Deixei-lo fazer o que quiser porque, no final, ele fica satisfeito e nós em êxtase.

Poucas sensações, sobretudo para um cinéfilo, são tão boas como esta: entrar numa sala de cinema na esperança de ver um bom filme, e sair de lá a achar que o filme é ainda melhor do que pensávamos. Isso aconteceu com Alvy Singer, mas não a todos aqueles que ontem à noite partilharam a sessão das nove num centro comercial da capital.

Já na segunda metade do filme, quando Abernathy (Rosario Dawson), encostada ao carro, fuma um cigarro, a cor regressa à tela. Aquilo que durante alguns minutos tinha sido uma camisola cinzenta, um cabelo preto e um carro branco, transforma-se subitamente numa camisola vermelha, um cabelo castanho e um carro amarelo. Apesar de diversos risos terem surgido na plateia, um ruidoso ‘Estou farto desta…’ fez-se ouvir. Passados mais alguns cortes, e fragmentações na montagem de som, um casal saiu da sala. Creio que terá sido o rapaz a manifestar o seu desagrado perante as opções técnicas de Tarantino. Contudo, foi com enorme satisfação que constatei tamanha insatisfação apenas num casal. Aliás, à partida, quem se mete numa sala de cinema terça-feira à noite, para ver um filme de Quentin Tarantino, já sabe ao que vai.

Mas, esta não deixa de ser uma enorme verdade: os filmes de Tarantino não são para todos. Mais, mesmo quem gosta de Tarantino, corre o risco de um dia vir a ter uma surpresa desagradável. Acredito que este À Prova de Morte fará as delícias daqueles que recordam Cães Danados, Pulp Fiction, ou que adoraram a mais recente saga de Beatrix Kiddo. Os diálogos inócuos estão lá, a banda-sonora esmagadora também, a fotografia quente, no fundo, tudo aquilo que Tarantino transporta consigo para um set. Desta vez trouxe foi um reportório humorístico que lhe desconhecíamos. Escrita está já a inclusão nos anais da história do cinema, da perseguição automóvel no final. A última cena é do mais hilariante (e não só) que já lhe vimos fazer. O filme? Bom, o filme são duas horas de pura diversão. O próximo projecto de Tarantino bem que se poderia chamar Ups, I Did it Again. Quando ele chegar, aqui estaremos para uma nova retrospectiva. Nessa altura, À Prova de Morte levará… Nota 5.

Alvy Singer

13 Comments:

Blogger Unknown said...

"Depois de prestar homenagem aos Western Spaghetti no seu Kill Bill chegou a ver de Quentin Tarantino prestar homenagem aos filmes de terror dos anos 70 inseridos num estilo próprio denominado Grindhouse, que consistia em passar dois filmes de terror na mesma sessão. Por norma, os filmes que passavam nas salas especializadas neste tipo de projecção, eram filmes de série B que se baseavam em temas como sexo, violência, argumentos bizarros ou perversos e outros temas de tabu.

Ora, o que Quentin Tarantino decide então fazer é trazer de novo às salas esta prática juntando-se assim com Robert Rodriguez , que realizou o Planet Terror, e lançam os 2 filmes juntos numa só sessão. Contudo, isto ficou-se pela América, já que fora dela, Grindhouse não era praticado. Sendo assim, Portugal já teve direito ao Death Proof de Tarantino e terá de esperar 2 meses pelo Planet Terror do Rodriguez.

Voltando então ao que interessa, Death Proof. Este filme é a prova viva de que Tarantino ainda tem o "toque" necessário para criar grandes filmes. A expectativa estava num patamar bem elevado, o que não seria nada fora do comum e depois de assistir ao filme pode dizer-se que não se fica desiludido com o mesmo. Nele, podemos assistir à história de um duplo de cinema que tem como hobbie ser um assassino que mata belas mulheres usando o seu carro como arma. Tudo está "bem" até que se cruza com um grupo de (belas) mulheres que lhe fazem frente.
Claro, que isto contado assim parece ser a coisa mais absurda alguma fez feita (claro que a história de Planet Terror não fica atrás no bizarro), mas também não é na história que o filme conquista o espectador. É nas personagens e nos diálogos que Quentin sempre foi e sempre será (espera-se) alguém que sabe o que faz e que quando surge com algo é sempre tudo bem criativo e fora do comum, de uma maneira original. Neste filme, mais uma vez volta a conseguir criar personagens e diálogos incríveis e quando não se espera mais nada ou quando já se está à espera de algo, ele consegue dar a volta e criar com cada situação que deixa o espectador perplexo a olhar para o ecrã. O que se sente em certos momentos do filme não dá para explicar por muitas palavras que se escrevam. Tem de ser visto e sentido. Por vezes dói, por vezes assusta, por vezes não se acredita, mas é um turbilhão de ideias e reacções por que o espectador passa que é indescritível.

Mas não é só no argumento que Tarantino tem a sua melhor prestação. Na realização chega a atingir momentos perfeitamente geniais (que ajudam em muito ao que mencionei em cima). Os cortes abruptos, a mudança de cores, as referências a tantos filmes (alguns deles até da sua autoria, como Kill Bill) é tudo colocado e filmado de forma tão única que só damos por essas características quando começamos mais tarde a pensar nelas. Graças a isso, este é sem dúvida um filme para ser revisto por menos mais uma vez, para poder prestar atenção a certos pormenores que possam ter escapado à primeira vez.

Se até agora tem sido só elogios a este filme, a partir daqui vou ter de mencionar alguns aspectos menos bons. Não são maus, simplesmente, menos bons, já a começar pela Zoe Bell. Não sei se é mesmo dela, ou se foi-lhe pedido para ser assim, mas chega a momentos que ela roça o irritante. Se ela não morre, o espectador pode mesmo desejar que tal aconteça. Por sorte, houve um momento em que ela brilhou e foi de tal modo cativante que conseguiu atenuar o que tinha vindo a fazer até ali. Se não fosse aquele momento, de certeza que teríamos aqui uma grande mossa neste filme. Ainda mantendo-me nas "meninas" do filme, Sydney Tamiia Poitier (Jungle Julia) também é um pouco suspeita quanto à sua capacidade de representação. Não que afecte muito, porque acho que teve momentos bons e outros mais fracos, mas acho que a escolha poderia ter sido bem melhor, mas senti necessidade de expor este pequeno destaque a actriz que poderá melhorar, mas que não estava tão boa quanto as restantes, que diga-se, estavam muito bem no papel.

Dando só uma achega à banda sonora, acho que não estava nada má. Comparando com a actriz Sydney Poitier, houve momentos em que a banda sonora estava perfeita para as cenas e houve outros momentos em que soava um pouco estranha. Se era essa a intenção, conseguiu, mas quando menciono estranha, digo que não estava bem implementada. Mas no geral estava muito boa. Não se pode dizer que seja má nem boa.

Para concluir, este é um óptimo filme de Quentin Tarantino, sem sombra de dúvidas, aconselho-o a todos sem hesitar. Mas, se é melhor que outros filmes que ele já tenha feito, isso não é. Não está mau, mas não supera nenhum dos outros. No máximo, equipara-se, penso que seja o mais correcto a dizer. Para aqueles que gostam de tudo o que este realizador faz e para todos aqueles que simplesmente gostam de filmes únicos e incomparáveis que tragam uma experiência refrescante ao cinema já gasto pela falta de ideias, este é sem dúvida um filme a não perder!"

Não lhe dou 5, porque mesmo assim prefiro as outras obras do realizador, mas uns 4 a rebentar ele leva :)

26 de julho de 2007 às 01:28  
Blogger Unknown said...

Ah e esqueci-me duma coisa, e talvez onde o Alvy foi ver o filme também tivesse esta "pérola"...

Vou levantar os meus bilhetes quando me deparo com um aviso:

"Caro espectador

O filme Death Proof [aqui o Marco até fica pálido neste momento] tem algumas particularidades que deve ser avisado. Os cortes abruptos, as cenas a preto e branco, a imagem envelhecida, o som aos saltos assim como a imagem [entre outras coisas que eles fizeram questão de colocar para lá] não são problema da projecção mas sim do filme. Trata-se de modificações feitas de origem e por isso não estão no controlo da Warner Lusomundo."

E eu fico parvo a pensar se vou chorar ou rir naquele exacto momento.

Só faltava dizerem "Das vezes que nós vos lixamos a projecção do filme em que fica desfocado ou o som falha por completo, é só mesmo para dar ênfase à veia artística do realizador"...

A sublime maneira de chamar ignorante ao espectador e tão genial quanto o novo filme de Tarantino. Mas pronto... nada há a fazer... é assim que eles pensam que somos, uma cambada de ignorantes que não sabe para que filme vai e só lhes interessa os 5 euros que dispensamos...

Compreende-se por um lado, porque a Warner falha muito nas projecçoes e na qualidade das mesmas... mas é ridiculo o que fizeram... mais valia deixarem estar aquele papel para qualquer que fosse o filme. Sempre não levavam com reclamações.

26 de julho de 2007 às 01:33  
Anonymous Anónimo said...

Mais um genial filme de Tarantino!!!! Nota 5, sem dúvida nenhuma!!!!
Mas pergunto: Onde estão os falsos trailers realizados por nomes como Edgar Wright e Rob Zombie?! Provavelmente só tem direito a eles, que vir a dupla sessão de grindhouse, Este Death Proof e Planet Terror...

26 de julho de 2007 às 10:22  
Blogger SAM said...

Adorei o filme. Começo a achar que o Tarantino não consegue fazer filmes maus. É melhor bater três vezes na madeira.

De facto, fiquei boquiaberto com o aviso da Warner Lusomundo. Deve ser por isso que vejo filmes apenas na Medeia. :-)

26 de julho de 2007 às 11:33  
Blogger Unknown said...

Cipri

Como os fake trailers fazem parte do Grindhouse, é normal que eles cá não existam. É pena...

jozpedro

Aqui ou é Warner Lusomundo ou Castello Lopes. Venha o diabo e escolha! lol

26 de julho de 2007 às 13:06  
Anonymous Anónimo said...

Tenho de confessar a minha tremenda ignorância pelo bom cinema: esta foi a primeira "pelicula" que visionei do Sr. Quentin Tarantino (note-se que ainda tenho a vida toda para o fazer, portanto, também nao me sinto tao mal com essa "deficiência"). Nao consciencialisei o que me esperaria naquela sala de cinema (na margem sul, sim, onde até se assiste a alguma pérolas cinematograficas) à tardinha, pois estava num dilema se haveria de ver "Death Proof" ou um outro filmesinho. Pois bem, fiz-me homem e decidi ve-lo, pois o "trailer" alimentou a inha ansia. Nos primeiros momentos do filme, carregado com 1 longo discurso entre as ditas "belas" moças (e logo aí reparo numa característica absolutamente genial - a capacidade de recriar o universo feminino e a partilha de vivencias entre "ragazzas" por um senhor, a.k.a, Quentin Tarantino.

De longe, este À PROVA DE MORTE é deveras um tributo absoluto à imagética feminina: cada protganista corresponde a um "modelo" de mulher. Note-se que há, na primeira parte do filme (onde desfilam o primeiro grupo de "muchachas" que, logo, sao tristemente/ridiculamente mortas) uma cena em que essas mesmas dizem algo do género "o (nome da personagem de tarantino interpreta, o dono do bar) manda e nós fazemos" (referente ao momento em que o dono do bar (Tarantino) serve os "shots" às moças). Logo aí a minha atençao se foca: Tarantino cria as "suas" mulheres perfeitas nos seus filmes e sao elas que o movem a fabricar pérolas tao geniais (msmo nao tendo visto outros filmes deste realizador, sei que são um verdadeiro "momento").

26 de julho de 2007 às 13:08  
Anonymous Anónimo said...

Entro em delírio na segunda parte do filme, que corresponde à entrada em cena das novas quatro "women". Aquele momento em que a fita se reduz a preto-branco é fenomenal. O desfile destas "mulheres tarantinianas" (mulheres, sim, raparigas nao, pois é o que provam no final) é deslumbrante. Rosario Dawson recebe aqui um papel de destaque.

A perseguição que se avizinha é "o" momento "h" do filme. Ninguém como Tarantino a faz desse mesmo modo. Afinal, Tarantino é Tarantino. E cena final da "pancadaria" pos-me tao bem disposto! Foi deveras soberbo. E mais uma vez Rosario Dawson tem o "seu" momento. A patada que dá a Stuntman Mike finaliza Death Proof com chave de ouro. E o que dizer da música que acompanha os créditos? Não há melhor.

Tarantino é "à prova de morte"!

26 de julho de 2007 às 13:37  
Blogger Unknown said...

Miguel

Cuidado com os spoilers... eu só soube do acontecimento fatídico a meio do filme pois nem cá fora nem no trailer isso nos é dado a entender... e foi um dos momentos que me deixou completamente perplexo. Estar a dizer isso sem por menos avisar que vai contar o que se passou, poderá estragar o filme a muita gente.

26 de julho de 2007 às 13:51  
Anonymous Anónimo said...

"Ora, o que Quentin Tarantino decide então fazer é trazer de novo às salas esta prática juntando-se assim com Robert Rodriguez , que realizou o Planet Terror, e lançam os 2 filmes juntos numa só sessão. Contudo, isto ficou-se pela América, já que fora dela, Grindhouse não era praticado. Sendo assim, Portugal já teve direito ao Death Proof de Tarantino e terá de esperar 2 meses pelo Planet Terror do Rodriguez."

Talvez não seja bem verdade. Creio que "grindhouse" ou algo muito no seu espírito também existia (pelo menos) em França. A quem conseguir ainda encontrar, recomendo o especial da revista "Mad Movies" (francesa) sobre o filme de Tarantino e Rodriguez e do cinema exploitation, que é o homenageado pela dupla.

Quanto ao filme, está muito bom. Não é nenhum portento de originalidade (como é costume no cinema de Tarantino - um belo exemplo são as "bandas-sonoras" dos seus filmes), mas cumpre o seu propósito de entretenimento. Mas tenho mais curiosidade pelo segmento Rodriguez. Creio que aí temos terror do puro.

26 de julho de 2007 às 18:44  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com o Marco. Zoe Bell poderá ser considerada um erro de casting. Sendo ela a actual companheira de Tarantino, o papel foi escrito para ela e ainda não consegui perceber até que ponto, poderá (ou não) haver alguma semelhança entre a Zoe Bell de "Death Proof" e a Zoe Bell out screen.
Vanessa Ferlito foi para mim uma surpresa, e devo dizer que para mim uma das melhores cenas do filme é o seu diálogo com Stuntman Mike.
De referir a prestação de Rose McGowan, que serve de charneira juntamente com Marley Shelton, entre os dois filmes, fazendo a ligação entre eles.

"Do I scare you?"
"Humnm..."
"Is it my scar?"
"It's your car"

26 de julho de 2007 às 19:07  
Blogger Unknown said...

O "Grindhouse" realmente verificou-se noutros locais, Itália também foi um deles, só que não foi tornado prática e nem sempre passavam os tais filmes típicos. Na América, existiam salas próprias para "Grindhouse" e só passavam isso (filmes série B) e nada mais. Se durante anos isto foi prática corrente nos EUA, fora deles foi uma coisa passageira que nem se pode considerar mesmo como tendo a verdadeira essência do "Grindhouse".

E também não se pode dizer que "Planet Terror" seja só de Rodriguez, já que Tarantino também deu uns toques no "Planet Terror" (contudo o Rodriguez não deu toque algum no Death Proof). Mas pronto, realmente quero muito ver o "Planet Terror", mas não é de modo algum pelo Robert "Spy Kids" Rodriguez. Não acho que ele seja um bom realizador. Fez um filme bom (Desperado) e a partir dai teve quem lhe desse mão (Tarantino). Se não fosse isso, custa-me a acreditar que ele se tivesse safado (o que seria uma pena...), isto na minha opinião claro.

26 de julho de 2007 às 19:57  
Anonymous Anónimo said...

Eu gostei da participaçao de Zoe Bell, muito alias, ela foi a personagem que mais arrancou gargalhadas na audiencia... e relacionar o facto dela ser companheira de Quentin a um erro de casting é bastante vulgar e poe em causa o valor do proprio realizador. Em relaçao ao filme, gostei bastante, e levei comigo nao-apreciadores de Quentin Tarantino, que tambem gostaram muito

27 de julho de 2007 às 00:46  
Blogger Unknown said...

Sim houve um momento que me ri graças a ela (provavelmente foi o que a salvou). Mas de modo algum dizer o que dissemos poem em causa o valor do realizador. De modo algum! No máximo, pomos em causa o valor de Marie Vernieu, que era a responsável pela selecção de actores. E mesmo que Tarantino tenha dito "anda lá fazer uma participação no meu filme" nada disso irá por em causa o seu valor como REALIZADOR. Não tem culpa que a Zoe não saiba representar ou ser cativante...

27 de julho de 2007 às 09:49  

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