Deuxieme


sábado, agosto 18, 2007

1 - From Here to Eternity (1953)

Antes do beijo propriamente dito, existe uma ou outra coisa que gostaria de partilhar com todos aqueles que visitam este espaço, sobre esta lista dos 20 Beijos Inesquecíveis do Cinema que agora termina.

Antes de mais, pode-se dizer que este tipo de coisas é o cabo dos trabalhos. É claro que quem corre por gosto não cansa, no entanto, ter de optar apenas por 20 momentos em que existe um beijo, na história do cinema, é algo que facilmente pode conduzir à criação de uma dupla personalidade. Quantas vezes não comecei a discutir comigo mesmo (ou seria outra pessoa?), se um beijo deveria ou não marcar presença nesta restrita lista? Ao olhar para trás e ver os eleitos, apesar de alguma mágoa por não ter incluído outros que se calhar também o mereciam, creio que estes acabam por ser momentos que elevam realmente essa menosprezada arte que é a junção labial. Temos aqui beijos à chuva, beijos entre desenhos animados, beijos entre humanos e desenhos animados, beijos com super-heróis, beijos de infidelidade, beijos épicos, beijos musicais, beijos em sonhos, beijos infantis, beijos de um amor homossexual, primeiros beijos, beijos de morte, beijos imaginários… Em suma, aquela que pareceu a Alvy Singer ser uma lista decente. Uma coisa é certa: estes beijos não deixam ninguém indiferente. Nem os filmes a que pertencem. Fica aqui o convite.

Os Intervenientes: Karen Holmes (Deborah Kerr) e Sgt. Milton Warden (Burt Lancaster).

A Cena: Numa noite de Verão, numa qualquer praia do Hawai, a mulher do Capitão ‘Dynamite’, Karen Holmes, e o Sargento Warden, vão a banhos, naquele que é o momento que sela o adultério. Deitados na areia, os dois beijam-se enquanto as ondas embatem nos corpos e os cobrem de água e espuma. O instante em que o mundo existe apenas naquele areal termina quando Karen se levanta e corre para a toalha, seguida imediatamente por Warden.

Não a esquecemos porque… apesar de este ser um beijo que representa um amor adúltero, este momento roça a perfeição em todos os aspectos. Os dois amantes encontram-se sozinhos, apenas com o mar pela frente e nada mais. É o cenário idílico por excelência. Quase que podemos dizer que isto é a imagem do amor e uma cabana, mas sem a cabana. Talvez o beijo que mais nos faça viajar…



Alvy Singer

1 Comments:

Blogger João Bizarro said...

É uma bela beijoca, sim sr.

18 de agosto de 2007 às 17:57  

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