É como entrar num filme...
Com o fuso horário como bode expiatório para toda e qualquer desconexão entre ideias, é com enorme regozijo que Alvy Singer se relança nas azáfamas deste blog. Ainda não passaram 24 horas desde o regresso, e as saudades da minha amiga Annie já são mais que muitas. Os cumprimentos foram transmitidos, Grande Chefe, e desde já aproveito para dizer que, ao vivo, ela mantém um brilho invejável. Aliás, trinta anos depois não sei mesmo se… bom, cala-te boca.
Nova Iorque é uma daquelas cidades que facilmente se insere num post de qualquer blog. Num sobre cinema, então, o difícil é escolher os temas. A cada quarteirão perguntamo-nos Onde é que eu já vi este prédio? Aquele não é o edifício do Apartamento de Billy Wilder? Até esta viagem, este era um daqueles locais cujo encantamento apenas conhecia através da magia da sétima arte. Hoje, o feitiço é outro. Hoje, a vontade de rever Manhattan, Um Dia de Cão ou Sleepers, é maior do que nunca. O avião aterrou quando pouco passava das 6 da manhã, e ainda não eram 10 quando o Dvd de Taxi Driver já rodava no leitor…
Entre outras coisas, foi possível tomar um pequeno-almoço no famoso Tom’s Restaurant, o mesmo que aparece em Seinfeld; passear no Observation Deck onde Tom Hanks e Meg Ryan se encontram em Sleepless in Seatle; olhar da Brooklyn Bridge para Manhattan e ver aquele aglomerado de prédios que tantas vezes abre uma qualquer película; caminhar no passeio em frente da Tiffany’s como Audrey Hepburn fez – sem o pequeno-almoço na mão –; enfim, cada dia oferecia a possibilidade de estar num filme diferente.
Para além disto tudo, a viagem permitiu ainda ver In the Land of Women, um titulo que infelizmente tinha passado ao lado aquando da sua estreia no nosso país, e que surpreendeu sobremaneira (como é bom ver Meg Ryan num papel à sua medida), e Waitress, o tal filme com que Keri Russell tem conquistado público e critica. O argumento e realização da malograda cineasta Adrienne Shelly, assassinada no seu apartamento de Nova Iorque em Novembro do ano passado, são notáveis, no entanto, quem sobressai é mesmo Russell. Ela é o topping ideal nesta apetitosa tarte. Quando o filme estrear por cá, falaremos dele aqui mais a sério. Para já, podemos apenas dizer que não será uma enorme surpresa ver o nome de Keri Russell nas listas dos principais candidatos aos prémios deste ano. No entanto, uma prematura estreia nos Estados Unidos, aliada ao facto do nome Keri Russell ser ainda algo frágil para carregar um filme tão pesado, podem prejudicar a magnifica interpretação da actriz.
Depois deste, um ou outro post, de preferência com fotografias, deverão surgir neste blog com o intuito de melhor transmitir como é que um cinéfilo se entretém na Big Apple. Por agora, vamos falando de cinema. Nos intervalos aproveitarei para pegar ali no puzzle com 1000 peças, comprado na F.A.O. Schwartz (mais uma de tantas referências…), do poster de Casablanca. Isto é que vai ser um quadro. Em jeito de curiosidade, aqui fica o homem que domina toda e qualquer loja de souvenirs em Nova Iorque. A cidade pertence-lhe.
Alvy Singer
2 Comments:
Bem vindo! ;)
Seja muito bem vindo a terras lusitanas :)
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