Deuxieme


domingo, novembro 18, 2007

Ver, ou não ver? Eis a questão.

A opinião pré-visionamento deste Redacted, ainda não é a mais esclarecida. Se, por um lado, o filme tem sido trucidado pela sua estereotipia e falsa pretensa em ser um documentário com elevadas doses de realismo, recorrendo, no entanto, às técnicas cinematográficas de uma película comum, por outro lado, a sua autenticidade e intensa marca que deixa no espectador, têm sido elogiadas por um elevado número de entendidos na matéria. Em que é que ficamos? Valerá a pena ver isto, ou será que o nome de Brian de Palma já não justifica, só por si, uma ida ao cinema?

Sem colocar, de forma alguma, as mãos no fogo por este título, talvez devêssemos acreditar mais na primeira opção. Apesar de não ser material para Oscar – dificilmente o seria com criticas tão díspares – Redacted pode orgulhar-se de ter recebido criticas francamente positivas, algumas mesmo dizendo que, no futuro, este poderá ser visto como O Filme sobre o Iraque, de 2007. Sim, porque uma coisa é certa: isto não é um In the Valley of Elah, por muitas virtudes que este último tenha. Vejamos o que diz Rick Groen, do Globe Mail:

“The first fictional feature set directly in the Iraq battle zone, Brian De Palma's Redacted is essential viewing. Love it, hate it, but be sure to watch it, because this odd and disturbing picture is as different as the war it reflects, and that difference is vast enough to seem profound…”.

Isto basta-me. Prefiro alguém que nos incita a ver um filme, dizendo que o mesmo é obrigatório, apesar do aviso de que devemos ir por nossa conta e risco, do que alguém que afirma estarmos na presença do melhor título da década. É mais convincente.

Uma entrevista em podcast com Brian de Palma, para mais alguns minutos sobre este tema.

Alvy Singer

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A priori, se é De Palma, é obrigatório.

18 de novembro de 2007 às 23:20  
Blogger Ricardo-eu said...

não nos devemos esquecer que o redacted foi ao festival de veneza e portou-se bem com os galardões, mas para alem disso tem aquilo (pelo que estive a ler) que gosto num filme, a inventividade, a criação, fazer uma coisa que nunca ninguem tinha feito e de maneira diferente de tudo o que existia, isso é aquilo que me fascina e me leva ao cinema e me faz sair de lá com um sorriso nos labios, é essa busca que me faz dizer em voz bem alta (neste caso por escrito) que AMO CINEMA, e se um filme tem esta capacidade de me mostrar algo que eu nunca tinha visto, então é indispensavel. por falar em festivais, não fazem um post sobre o European film Festival in Estoril

19 de novembro de 2007 às 12:45  
Blogger Gonçalo Trindade said...

Vi-o no European Film Festival e é cinema experimental no seu melhor. Uma Obra-prima de uma enorme importância, como apenas De Palma conseguiria fazer.

19 de novembro de 2007 às 16:14  

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