Deuxieme


segunda-feira, fevereiro 25, 2008

As maravilhas do telémovel trazem-nos X Files 2.

Com alguma infelicidade à mistura, três coisas jogam contra X Files 2. A primeira, o facto da série ser claramente um produto nineties. A seguir ao Unplugged dos Nirvana e a A Malta do Bairro (John Singleton, 1991), nada respira tanto à década de noventa como as investigações de Fox Mulder e Dana Scully, saídas da pena de Chris Carter. É verdade que as peripécias destes dois agentes especiais do FBI já terminaram no século XXI, no entanto, a essência e carisma do programa atingiu o seu auge nas primeiras temporadas. Isto faz com que os grandes fãs da série tenham, nos dias de hoje, na melhor das hipóteses, 20 anos. Atenção, pois não queremos ofender ninguém, este país não é para velhos, e falamos aqui na generalidade. Se existe um público-alvo para este filme, ele situar-se-á no restrito intervalo entre os 20 e os 40 anos. Agora, se houver excepções à regra, façam o favor de manifestar-se. A segunda razão prende-se com o primeiro filme. Quando a série visitava os píncaros do sucesso, a transposição para o grande ecrã não teve o impacto que se esperava. Talvez porque, contrariamente ao que muitos queriam fazer passar, Ficheiros Secretos nunca chegou a ser mainstream. Por muito que nos custe, a série continua a ser vista como um objecto mais adorado por Coens, isto é, por aqueles que gostam de brincar sozinhos no recanto do recreio. Terceira e última razão, os protagonistas. Tirando a série, Gillian Anderson e David Duchovny não têm um papel de igual relevo. Estas não são as estrelas da sétima arte que chamam meio mundo à sala de cinema. O recente êxito de Duchovny em Californication acaba por aparecer em boa altura, mas não fará milagres.

Por tudo isto, quando se fala em X Files 2, parece que ninguém está realmente interessado. Parece que estamos a falar de uma coisa estranha, que não dá para perceber bem se é uma sequela, destinada apenas a cotas freaks que apreciam um bom documentário do Discovery Chanel sobre OVNIs. Caramba, se for preciso ser velho para querer ver este filme, que seja. A verdade está lá fora, assim como os fãs silenciosos que aguardam por este título e pelo trailer do mesmo, que aqui deixamos. Apesar da fraca qualidade, por ser filmado numa sala de cinema, só pela reacção do público justificava-se.



Alvy Singer

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