Deuxieme


sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Este post começa dentro de momentos.

Antes de mais, deverei dizer que não existe uma opinião formada sobre o assunto. Aliás, se este post tem algum propósito, esse será o de debater esta questão, por mais trivial que ela possa parecer. Agora, para entrarmos realmente no espírito da coisa, e sentirmos no próprio texto o tema de que falamos, aqui fica uma primeira pausa.

Pausa.

Podemos, então, continuar. Porque há práticas que mudarão certamente de país para pais, seria importante que, aqueles que visitam este espaço, oriundos doutras partes do planeta, deixassem aqui a sua palavra, e nos dissessem se é também isto que se verifica nas salas de cinema por esse mundo fora. Mas, apenas para vincar aquilo de que falamos, façamos uma segunda interrupção.

Interrupção.

Começamos a aproximar-nos do cerne da questão. Confesso ter tido alguma relutância antes de avançar para este post. Acima de tudo porque, no meio de outras coisas tão importantes no cinema, o que é que isto interessa? Com notícias e novidades a chegar em catadupa, o que é que interessa aqueles dez minutos depois da hora? Já lá vamos. Para uma melhor reprodução da realidade, nada melhor que uma terceira pausa.

Pausa.

No fundo, a questão é esta: Como é que se chegou a este contrato social, de que um filme jamais poderá começar à hora que vem no bilhete? Que passos foram dados ao longo da História, que nos trouxeram a esta certeza inabalável? Ninguém caminha com tanta serenidade, como aquele que se dirige para uma sala de cinema, cinco minutos depois da hora. Porque, no seu íntimo, ele sabe que vai a tempo. Mais, vai até contente, pois sabe que está a perder os anúncios. O problema surgiu há uns anos, quando eles decidiram puxar os trailers para o início da publicidade. Entrar a horas passou a ser um pau de dois bicos. Se vejo os trailers, levo com os anúncios. Se não quero levar com os anúncios, não vejo os trailers. No entanto, jamais será seguro deixar passar cinco ou dez minutos. Não há muito tempo, apesar de não ter sido com uma pontualidade britânica, tive a sorte de apanhar o início de um filme que começou muito pouco depois da hora. Acima de tudo, cada vez menos podemos ter a certeza da hora a que saímos da sala de cinema. Depende dos anúncios, e se a sessão tem ou não intervalo. Ontem, quando pensava que esse espécime já tinha sido extinto, eis que ele apareceu em todo o seu esplendor. Pelo menos, já vem com trailer. Posso dizer que este foi o primeiro trailer que vi no intervalo dum filme, numa sala de cinema. Agora, a questão que se coloca é: Deve um filme começar a horas?

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Foi das situações mais constrangedoras que já tive na vida. Paguei 5,5 euros por um bilhete para ver um filme, cheguei por total incompetência minha 10 minutos antes da hora, estive 40 minutos à espera para o filme começar (ou seja, 30 minutos depois da hora), apanhei com um intervalo de quase 15 minutos (sem absoluto exagero nenhum já que metade da sala saiu durante esta altura pois já eram 2as horas da matina) e depois o filme nos últimos 5 minutos teve problemas de projecção (som todo estragado, tudo desfocado e frames que faltavam - só havia saltos de imagem).
O melhor disto tudo... foi durante o Jesse James, na sessão da meia noite, no colombo.
Eles bem que deram o dinheiro de volta, mas tendo eu o hábito de ir uma vez por semana ao cinema, já lá não ponho os pés há 4, com medo que me calhe outro duque destes!!!

22 de fevereiro de 2008 às 16:52  
Blogger Ricardo-eu said...

enquanto escrevo este comentário oiço a maravilhosa banda sonora de sweeney todd, com o Mister T a cantar com a sua gravidade que só volta quando houver juiz no menu. e claro que a magia do cinema entra pelos ouvidos e sai por estes dedos, e claro que qualquer que seja o filme que tenha intervalo, ou comece 20 minutos mais tarde, desde que seja tão bom como o detentor desta banda sonora, então vale sempre a pena. eu pessoalmente não conhecia essa de passar trailer no intervalo, normalmente passam música muito má, lembro-me que no intervalo de sweeney todd passaram cristina aguilera, ou algo parecido, até metia nojo.
pessoalmente acho que filmes com mais de duas horas e meia, deviam ter intervalo, outros, é desnecessário, por exemplo o belle toujour de oliveira que tinha menos de 90 minutos, tinha intervalo, por vezes, o intervalo retira um certo dinamismo ao filme, quebrando um pouco a sequência da narrativa, mas o que há a fazer?
em relação aos trailers, gosto bastante de os ver no cinema, mas do que num ecrã de computador ou na televisão, mas mesmo assim quando alugo um filme, gosto sempre de ver os trailers que lá vêm, criam uma preparação, uma atmosfera que inicia o filme, os anúncios são um mal necessário, e alguns até são agradáveis de ver no cinema.

22 de fevereiro de 2008 às 20:04  
Anonymous Anónimo said...

Sábado pessado, sessão 25.50, jumper, alvalaxia lisboa. o filme começou as 00.35.. UMA VERGONHA

23 de fevereiro de 2008 às 01:29  
Blogger brain-mixer said...

Jumper novamente... Mais de meia hora de atraso e ainda colocam um intervalo no meio de um filme de 88 minutos... A melhor explicação para esta vergonha vem dos bancos traseiros: "- Então, intervalo?? - Ah pois, é para irem gastar dinheiro em pipocas ali no bar..."

Tenho dito.

24 de fevereiro de 2008 às 22:23  
Anonymous Anónimo said...

Vivo em Macau. Em Macau há dois sítios onde se pode ver cinema: um chama-se cineteatro, que é muito, muito antigo, e tem 3 salas e o outro a Torre com uma sala. A sala da Torre não é má mas os filmes ficam normalmente cerca de 15 dias pelo que a diversidade escasseia. A segunda sala do cineteatro escapa (não é permitido comer nem beber e os filmes que passam são mais independentes ou pelo menos não tão comerciais). A primeira e a terceira são péssimas, cadeiras desconfortáveis, um frio de rachar, fora o péssimo hábito que os macaenses têm de comer toda a porcaria e mais alguma, de atender e falar ao telefone, de comentar o filme em voz alta, levantar a meio do filme, etc, etc, etc.
Nem num lado nem no outro se vendem pipocas, coca cola nem nada desse género de coisas.
Os filmes começam a hora certa, sendo que por vezes na Torre passam um trailer antes.
No entanto, o preço do bilhete é apenas 3 euros.

Em Hong Kong a situação é totalmente diferente. Há imenso centros comerciais com cinema, as salas são boas (melhores que as de Portugal). Aí o filme começa após 10 minutos reservados a trailers e alguns anúncios. Há bar com pipocas e cola como é costume. Mas, tal como em Macau, não há intervalo.
O bilhete custa entre seis e sete euros conforme o filme e a hora da sessão.

25 de fevereiro de 2008 às 07:04  

Enviar um comentário

<< Home

Menu Principal

Home
Visitantes
Website Hit Counters

CONTACTO

deuxieme.blog@gmail.com

Links

Descritivo

"O blogue de cinema"

  • Estreias e filmes em exibição
  • Próximas Estreias
  • Arquivos

    outubro 2006 novembro 2006 dezembro 2006 janeiro 2007 fevereiro 2007 março 2007 abril 2007 maio 2007 junho 2007 julho 2007 agosto 2007 setembro 2007 outubro 2007 novembro 2007 dezembro 2007 janeiro 2008 fevereiro 2008 março 2008 abril 2008 maio 2008 junho 2008 julho 2008 agosto 2008 setembro 2008 outubro 2008 novembro 2008 dezembro 2008 janeiro 2009 fevereiro 2009 março 2009 abril 2009 maio 2009 junho 2009 julho 2009 agosto 2009 setembro 2009 outubro 2009 novembro 2009 janeiro 2010 fevereiro 2010 março 2010 abril 2010 maio 2010 junho 2010 julho 2010 setembro 2010 outubro 2010 novembro 2010 dezembro 2010 janeiro 2011 fevereiro 2011

    Powered By





     
    CANTINHOS A VISITAR
  • Premiere.Com
  • Sound + Vision
  • Cinema2000
  • CineCartaz Público
  • CineDoc
  • IMDB
  • MovieWeb
  • EMPIRE
  • AllMovieGuide
  • /Film
  • Ain't It Cool News
  • Movies.Com
  • Variety
  • Senses of Cinema
  • Hollywood.Com
  • AFI
  • Criterion Collection