Mais um passo.

Se há coisa com a qual jamais devemos brincar, é com os sentimentos de um tipo que anseia pelo regresso de determinada série. Confesso que, por vezes, ainda acordo com aquela fraqueza de quem acha que o Seinfeld irá anunciar, numa qualquer conferência de imprensa a meio da tarde, que a série com o seu nome voltará às televisões de todo o mundo. O pensamento dura para aí uns bons cinco segundos, até que a realidade nua e crua de um raio de sol se encarrega de desfazer por completo o sonho desperto.

Apesar de não representar o mesmo peso na existência de Alvy Singer, Arrested Development e tudo aquilo que gira à sua volta é material deveras importante para estas bandas. Muito importante mesmo. Jamais esquecerei, por exemplo, aquele episódio em que Michael Bluth compra um bilhete de avião para Portugal e Gob Bluth, que pensava que o irmão planeava sair do país, diz Ah, meu safado, querias fugir para a América do Sul. Portanto, é preciso muito cuidado quando se fala num filme da série criada por Mitchell Hurwitz.

Mais uma vez, Jason Bateman afirma que existem contactos a confirmar após a resolução da greve dos argumentistas. Até Jeffrey Tambor já disse ter recebido um telefonema de Ron Howard a perguntar se estaria interessado em participar na obra. Só pedimos que esta não seja uma brincadeira de Carnaval, e que estes senhores estejam mesmo a falar a sério. Caso contrário, não me venham com tretas, que levo mesmo a mal. E, não querendo abusar da generosidade daqueles que nos lêem, seria muito pedir que chamassem todos aqueles que estão perto de vós para darmos as mãos, numa reunião de forças cósmicas nunca vista, para ver se isto acontece mesmo num futuro próximo? Só por uns segundos. Garanto-vos que temos todos a ganhar com isto.

Alvy Singer