Previously on Deuxieme.
Antes de nos lançarmos de cabeça numa nova temporada – não que o intervalo tivesse sido planeado –, será conveniente recuperar os indícios de que algo trágico estava para acontecer, faz hoje duas semanas.
“O teclado quer e o ecrã não se importa. O rato é que não anda para aí virado. Apesar de para tarde e a más horas, ontem, estavam previstos uns quantos posts. Contudo, o senhor rato resolveu não colaborar. Aliás, ainda hoje, tudo está a levar o dobro do tempo. O simples acto de puxar um post para cima leva cerca de um quarto de hora. A gente diz direita, e ele não vai. Dizemos esquerda, e ele vai para a direita. Enfim, apesar disto não ter nada que ver com a sétima arte, partilhas destas são sempre positivas. Parece que ajuda a relaxar”. 22 de Fevereiro.
“No início da semana, o rato deu os primeiros sinais de que alguma coisa não estava bem. Ontem, todo o computador fez questão de confirmá-lo. Este aparelho que permite manter vivo o hobbie de chegar a esta secretária todos os dias e escrever sobre cinema, está prestes a dar o berro. No entanto, uma milagrosa oportunidade surgiu e este texto atingiu já um número de linhas a que nenhum outro ousou chegar durante o dia de ontem. É que o computador reinicia de 30 em 30 segundos, minando completamente todas as esperanças de contribuir para o Deuxieme. Minando, aliás, a esperança de fazer o quer que seja”. 25 de Fevereiro.
“Receio estar sempre a insistir na mesma tecla, contudo, com a ténue esperança de que, desse lado, alguém sugira que se erga uma estátua em meu nome, começo este post por dizer que todos os textos colocados esta noite no Deuxieme foram concebidos e serão colocados, sem a preciosa ajuda de um rato. É verdade, no dia em que Ratatui (Brad Bird) atingiu o Olimpo da Ratolândia, o de Alvy Singer perdeu todos os sinais vitais. Ao que parece, o sacana era o motor de todos os conflitos”. 25 de Fevereiro.
Afinal, o rato era apenas a ponta do iceberg. Bastou a vinda cá a casa de um entendido na matéria, para ficarmos a saber que o busílis residia na motherboard. Ora, não sendo um perito em informática, ao ouvir a palavra motherboard rapidamente percebi que não estávamos a falar de um parafuso mal colocado. A coisa era séria. Sem qualquer preparação para o que viria a seguir, disseram que este companheiro de longa data, presente na colaboração diária com o Deuxieme, e útil para tantas outras coisas, teria de ir para arranjar. Ia jurar que, nesse momento, uma lágrima foi vertida. Ele a perder lentamente as suas forças, e Alvy de chicote sempre em riste pronto a puxar cada vez mais. Esta vontade inútil de fugir para a frente.
Recordo as dificuldades com que foram colocados os posts no dia a seguir aos Oscares. O desejo de fazer uma noite em directo já tinha sido impedido. Era imperioso deixar aqui, pelo menos, algumas considerações. E, foi aí que a corda esticou em demasia. Patch Adams ordenou imediatamente uma semana de internamento, e outra de repouso. Assim foi. Os dias passavam lentamente, recordando minuto a minuto, todos os instantes que havíamos partilhado, e de como gostaria de poder voltar atrás só para lhe dizer o quão importante é, no dia-a-dia deste cinéfilo. Acho que nunca tive a coragem de o dizer. Foi, por isso, com um abraço carregado de emoção e um sentido pedido de desculpas, que o recebi na passada quarta-feira. Daí para cá, isto tem sido um festival de festas e carinhos, fazendo-lhe todas as vontades. Porque, caramba, ele merece.
Hoje, quando as coisas começam a voltar à normalidade, Alvy Singer gostaria, não só de anunciar o pleno regresso ao Deuxieme, a partir de amanhã, como também deixar um pedido de desculpas. Por não ter vindo aqui explicar o sucedido, e deixado em aberto a razão de tão longa ausência. Ao ponto de ter sido o meu caro Francisco Silva a vir aqui pôr um ponto nos is. Agora, porque é que não deixei uma única linha neste espaço? Por muito que custe a acreditar, era tão difícil lidar com a ausência diária do computador, como controlar a necessidade de escrever sobre cinema. Se fosse ceder ao mínimo ímpeto de contribuir para o Deuxieme, todos os dias chatearia um amigo diferente, a horas indecentes. E, porque a vida não se compadece com um cinéfilo freak que precisa de um computador aos pés da cama, para colocar um post às três da madrugada, achei que era melhor desligar a ficha por completo. Pela dúvida que ficou no ar, e a compreensível percepção de despreocupação, gostaria de pedir desculpa. No entanto, acreditem que isto foi dificil para os dois lados. Muito dificil. Agora, se me permitem, vou ali mergulhar nos sites do costume, e recuperar muitas das boas novas que passaram ao lado, ao longo das últimas duas penosas semanas. Para além do trailer do primeiro filme sobre Anna Nicole Smith, pouco ou nada chegou ao correio de Alvy Singer.
Amanhã, continuaremos tudo o que ficou pendente. É porque já não falta muito para começarmos a falar dos grandes filmes para 2008. Mas, uma coisa de cada vez. Hoje, ele ainda tem de descansar. Que adoro cinema, já há muito o sei. Agora, que gostava tanto de escrever parvoíces sobre a sétima arte, é que não fazia ideia. Do Deuxieme, e de todos os que estão desse lado, já tinha saudades.
“O teclado quer e o ecrã não se importa. O rato é que não anda para aí virado. Apesar de para tarde e a más horas, ontem, estavam previstos uns quantos posts. Contudo, o senhor rato resolveu não colaborar. Aliás, ainda hoje, tudo está a levar o dobro do tempo. O simples acto de puxar um post para cima leva cerca de um quarto de hora. A gente diz direita, e ele não vai. Dizemos esquerda, e ele vai para a direita. Enfim, apesar disto não ter nada que ver com a sétima arte, partilhas destas são sempre positivas. Parece que ajuda a relaxar”. 22 de Fevereiro.
“No início da semana, o rato deu os primeiros sinais de que alguma coisa não estava bem. Ontem, todo o computador fez questão de confirmá-lo. Este aparelho que permite manter vivo o hobbie de chegar a esta secretária todos os dias e escrever sobre cinema, está prestes a dar o berro. No entanto, uma milagrosa oportunidade surgiu e este texto atingiu já um número de linhas a que nenhum outro ousou chegar durante o dia de ontem. É que o computador reinicia de 30 em 30 segundos, minando completamente todas as esperanças de contribuir para o Deuxieme. Minando, aliás, a esperança de fazer o quer que seja”. 25 de Fevereiro.
“Receio estar sempre a insistir na mesma tecla, contudo, com a ténue esperança de que, desse lado, alguém sugira que se erga uma estátua em meu nome, começo este post por dizer que todos os textos colocados esta noite no Deuxieme foram concebidos e serão colocados, sem a preciosa ajuda de um rato. É verdade, no dia em que Ratatui (Brad Bird) atingiu o Olimpo da Ratolândia, o de Alvy Singer perdeu todos os sinais vitais. Ao que parece, o sacana era o motor de todos os conflitos”. 25 de Fevereiro.
Afinal, o rato era apenas a ponta do iceberg. Bastou a vinda cá a casa de um entendido na matéria, para ficarmos a saber que o busílis residia na motherboard. Ora, não sendo um perito em informática, ao ouvir a palavra motherboard rapidamente percebi que não estávamos a falar de um parafuso mal colocado. A coisa era séria. Sem qualquer preparação para o que viria a seguir, disseram que este companheiro de longa data, presente na colaboração diária com o Deuxieme, e útil para tantas outras coisas, teria de ir para arranjar. Ia jurar que, nesse momento, uma lágrima foi vertida. Ele a perder lentamente as suas forças, e Alvy de chicote sempre em riste pronto a puxar cada vez mais. Esta vontade inútil de fugir para a frente.
Recordo as dificuldades com que foram colocados os posts no dia a seguir aos Oscares. O desejo de fazer uma noite em directo já tinha sido impedido. Era imperioso deixar aqui, pelo menos, algumas considerações. E, foi aí que a corda esticou em demasia. Patch Adams ordenou imediatamente uma semana de internamento, e outra de repouso. Assim foi. Os dias passavam lentamente, recordando minuto a minuto, todos os instantes que havíamos partilhado, e de como gostaria de poder voltar atrás só para lhe dizer o quão importante é, no dia-a-dia deste cinéfilo. Acho que nunca tive a coragem de o dizer. Foi, por isso, com um abraço carregado de emoção e um sentido pedido de desculpas, que o recebi na passada quarta-feira. Daí para cá, isto tem sido um festival de festas e carinhos, fazendo-lhe todas as vontades. Porque, caramba, ele merece.
Hoje, quando as coisas começam a voltar à normalidade, Alvy Singer gostaria, não só de anunciar o pleno regresso ao Deuxieme, a partir de amanhã, como também deixar um pedido de desculpas. Por não ter vindo aqui explicar o sucedido, e deixado em aberto a razão de tão longa ausência. Ao ponto de ter sido o meu caro Francisco Silva a vir aqui pôr um ponto nos is. Agora, porque é que não deixei uma única linha neste espaço? Por muito que custe a acreditar, era tão difícil lidar com a ausência diária do computador, como controlar a necessidade de escrever sobre cinema. Se fosse ceder ao mínimo ímpeto de contribuir para o Deuxieme, todos os dias chatearia um amigo diferente, a horas indecentes. E, porque a vida não se compadece com um cinéfilo freak que precisa de um computador aos pés da cama, para colocar um post às três da madrugada, achei que era melhor desligar a ficha por completo. Pela dúvida que ficou no ar, e a compreensível percepção de despreocupação, gostaria de pedir desculpa. No entanto, acreditem que isto foi dificil para os dois lados. Muito dificil. Agora, se me permitem, vou ali mergulhar nos sites do costume, e recuperar muitas das boas novas que passaram ao lado, ao longo das últimas duas penosas semanas. Para além do trailer do primeiro filme sobre Anna Nicole Smith, pouco ou nada chegou ao correio de Alvy Singer.
Amanhã, continuaremos tudo o que ficou pendente. É porque já não falta muito para começarmos a falar dos grandes filmes para 2008. Mas, uma coisa de cada vez. Hoje, ele ainda tem de descansar. Que adoro cinema, já há muito o sei. Agora, que gostava tanto de escrever parvoíces sobre a sétima arte, é que não fazia ideia. Do Deuxieme, e de todos os que estão desse lado, já tinha saudades.
Alvy Singer
10 Comments:
Nós também já tínhamos saudades do Alvy e das suas "parvoíces sobre a sétima arte". :)
Que seja um regresso em grande...
há que dizer eu tenho passado um mau bocado sem deuxieme (ou pelo menos sem o seu motor maior, não querendo ofender ninguém), porque já estava habituado a abrir o Internet Explorer escrever as palavras mágicas e entrar num mundo encantado do cinema em que a janela era o ecrã do meu computador, e durante duas semanas o meu passaporte para o cinema desapareceu, eu ia vendo uns trailers aqui, lendo umas noticias ali, mas não era a mesma coisa, e sinceramente pensei: olha o senhor alvy deve ter ido de féria para o Haway ou coisa parecida sem computador nem nada (afinal o motivo da ausência foi muito mais "traumático"), mas felizmente que acabou e voltou á normalidade, espero que corra tudo bem senhor alvy e eu cá estarei para ler e comentar, bom regresso.
Quando a premiere deixou de ser publicada alguma coisa irremediavelmente mudou na minha vida. Todos os pormenores e notícias sobre a sétima arte de que todos nós tanto gostamos deixaram de estar condensados num ritual mensal. As pessoas não compreendiam o impacto de uma simples revista na minha vida, por muito que lhes tentasse explicar. Assim foi com muito agrado que o deuxieme entrou nos meus hábitos diários, pelo que só lhe posso agradecer. Escusado será mencionar o impacto do silêncio dos posts , cheguei inclusivamente a comprar a premiere francesa (não leio francês), pelo que o que só posso desejar continuação das melhoras à motherboard e um até já ao blog
Ana C
Eu também já tinha muitas saudades tuas, Alvy... desde o fim da revista que isto tem estado difícil e este blog tornou-se um vício diário.
Welcome back!
Welcome back, Alvy!
Por aqui também já apertavam as saudades. Era deveras estranho vir aqui todos os dias, varias vezes ao dia e ver que continuava lá o mesmo post, o post que já haviamos lido no dia anterior, e no anterior do anterior...
Enfim, mas agora que estás de volta, vai voltar a ser a loucura.
YUUUUUUUPPPPPPPPIIIIIIIIIIIIIIIIIII!
Estou como a ana. Quando comecei a me apercerber de que não havia mais post dia após dia, um sentimento de infelicidade e desespero que eu já não sentia desde Outubro passado,começou a me invadir. Vejam lá que o ponto alto das últimas duas semanas, para mim, foi mesmo o Festival da Canção, só para verem o tamanho do meu desespero. Bem vindo de novo Alvy, já fazes parte da família.
Muita força e inspiração!
Continua o excelente trabalho.
abraço
Sir, I do welcome you back!
Imensamente grato, para com tão simpáticas palavras. Era disto que estava a falar, quando dizia já ter saudades.
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