CANNES 2008: CANTET O NOSSO FAVORITO GANHOU!



A Palma fica em França. O filme francês Entre Le Murs, de Laurent Cantet, ganhou com justiça, mas surpreendentemente a Palma de Ouro do Festival de Cannes, isto mais de 20 anos depois de outro francês Maurice Pialat, ter ganho também em casa com Sobre o Sol de Satã, em 1987.
O presidente do júri, Sean Penn, disse que queria emancipar-se dos efeitos da moda, e esta ideia veio a confirmar-se no palmarés com destaque para este Entre Le Murs, um filme notável e realista, que sai da transposição do livro de François Bégaudeau, sobre o dia-a-dia de um professor (ele próprio protagonista), dos alunos de uma turma do ensino secundário em plena sala de aula. Quanto aos outros prémios foram distribuídos por excelentes filmes, que não sendo de grande público ou da moda, também não são de todo eruditos, como Gomorra, do italiano Matteo Garrone (Grande Prémio do Júri), Three Monkeys, do turco Nuri Bilge Ceylan (Melhor Realização), Le Silence de Lorna, dos belgas Jean-Pierre and Luc Dardenne (Melhor Argumento) ou Il Divo, de Paulo Sorrentino, (Prémio do Júri), que confirma também uma ‘ressurreição’ do cinema italiano no palmarés da Competição cannoise. Sem grande surpresa é o Prémio de Melhor Actor, para Benicio del Toro, no épico Che, de Steven Soderbergh numa interpretação emblemática que corre direitinha para os Oscar, ao passo que o prémio de Melhor Actriz, para a brasileira Sandra Corveloni, em Linha de Passe, de Walter Salles & Daniela Thomas, não sendo de todo injusta, sobrepôs-se outras interpretações mais convincentes.
José Vieira Mendes (em Cannes)
O presidente do júri, Sean Penn, disse que queria emancipar-se dos efeitos da moda, e esta ideia veio a confirmar-se no palmarés com destaque para este Entre Le Murs, um filme notável e realista, que sai da transposição do livro de François Bégaudeau, sobre o dia-a-dia de um professor (ele próprio protagonista), dos alunos de uma turma do ensino secundário em plena sala de aula. Quanto aos outros prémios foram distribuídos por excelentes filmes, que não sendo de grande público ou da moda, também não são de todo eruditos, como Gomorra, do italiano Matteo Garrone (Grande Prémio do Júri), Three Monkeys, do turco Nuri Bilge Ceylan (Melhor Realização), Le Silence de Lorna, dos belgas Jean-Pierre and Luc Dardenne (Melhor Argumento) ou Il Divo, de Paulo Sorrentino, (Prémio do Júri), que confirma também uma ‘ressurreição’ do cinema italiano no palmarés da Competição cannoise. Sem grande surpresa é o Prémio de Melhor Actor, para Benicio del Toro, no épico Che, de Steven Soderbergh numa interpretação emblemática que corre direitinha para os Oscar, ao passo que o prémio de Melhor Actriz, para a brasileira Sandra Corveloni, em Linha de Passe, de Walter Salles & Daniela Thomas, não sendo de todo injusta, sobrepôs-se outras interpretações mais convincentes.
José Vieira Mendes (em Cannes)
3 Comments:
Serão certamente filmes a ter em conta e a ir ver quando estrearem por cá (nem todos nós podemos ir a Cannes - que inveja!).
JVM, uma pergunta directa: por que não escreve mais vezes neste blog? É sempre um prazer ler o que alguém que percebe de cinema e fazia parte da revista Premiere tem para dizer.
1 abraço
Pedro Xavier
Obrigada Pedro
Escrevo dentro do possível porque os tempos não têm sido fáceis depois do fim da PREMIERE...mas parece que os ventos começam a soprar e vamos começar a navegar....verá!
um abraço
José Vieira Mendes
essa é a notícia do dia! não podia ficar mais contente! :D
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