Perspectiva de boas abertas para Trekkies.
Esta segunda-feira foi passada a redigir três artigos que deverão sair no próximo número da Premiere. Um especial sobre Terminator: Salvation, que chegará apenas a 04 de Junho, uma antestreia sobre Angels & Demons, e uma outra sobre Star Trek. Dos três textos, e das leituras que lhes vêm associadas, este último foi o mais enriquecedor. Em menos de 24 horas, a expectativa em torno do filme de J.J. Abrams como que octoplicou. E, isto é se fizermos as contas por baixo – isso, e por não termos a certeza de como se diz a multiplicar por nove. Uma pesquisa mais pormenorizada à produção de Star Trek permitiu ver que nem tudo foi um mar de rosas para o menino de ouro de Hollywood. Para além de ter servido a este não-trekkie assumido para conhecer um pouco melhor o fenómeno nascido em plena Beattlemania. Já lá vão mais de quarenta anos desde que James T. Kirk e Mr. Spock se apresentaram no pequeno ecrã e, tanto tempo depois, com tantas mutações no franchise, passando pela imagem renovada em múltiplas séries televisivas, e dez filmes estreados nas salas, a saga continua na mó de cima. É verdade que Star Trek: Nemesis, o último filme, não deixou grandes saudades. Contudo, em muitos locais espalhados por esse planeta, falar da Enterprise continua a ser quase tão eficaz para alivar a tensão ao lado de um vizinho no elevador, como abordar o tempo que faz. Para além disso, ajudou a reflectir um pouco na questão de Abrams ser ou não um aproveitador dos 15 minutos de fama de Lost, e tirar o melhor partido de sagas mancas, que anseiam pela voz ao fundo do túnel. Hoje, parece-nos, acima de tudo, que Abrams é um Veste a camisola. Mente aberta, é capaz de dizer sim a tudo. Mas, caramba, entrega-se até mais não. No final o resultado parece compensatório. O filme teve já uma estreia surpresa em Austin, e as reacções não poderiam ter sido mais efusivas. No Rotten Tomatoes, 100%. Ainda não passam de seis criticas, é certo, mas a malta do Cinema Blend não costuma apregoar ao desbarato.
“The new Star Trek movie is amazing- easily the best Trek movie since The Wrath of Khan, and a veritable feast of sight and sound: A captivating adventure that grabs you from the first and doesn't let go. The effects are staggering, finally what the stories have deserved so richly”.
Já tem uns diazitos, mas seguimos a recomendação do Marco Santos, num post lá mais para baixo. Aqui fica o terceiro trailer.
Bruno Ramos
Etiquetas: J. J. Abrams, Star Trek
4 Comments:
Estou ansioso pela estreia, minha maior dúvida e meu maior receio, é saber se J.J. Abrams consegui captar o aspecto filosófico e metafísico que a série tinha.
Antes de mais tenho que manifestar o meu agrado pelo post com o trailer que referi. Só revela que a Deuxieme, provavelmente por ser composta por um conjunto de cinéfilos desprovidos de filiações e de corporativismos que os obriguem a encapsularem-se dos comentários e a caminharem por um trajecto espartilhado de regras editoriais,dá importância aos visitantes deste blog, e pelo facto deixo mais uma vez o meu agradecimento.
No que se refere ao trailer, classifico-o de Magnífico, se existe magia condensada em 2 minutos e 14 segundos, J.J. Abrams ou um editor (genial) salpicaram o trailer com a mesma. A banda sonora, o uso do slow motion em momentos fulcrais, as vozes, o priming das letras em situações de tensão... Até o grito de revolta, propositadamente que Eric Bana, incontroladamente solta é indiciador do nível a que este filme se encontra. Já o vi, inúmeras vezes, provavelmente pela magnificência e pelo conjunto de emoções que as imagens e a banda sonora me provocam, gosto especialmente da rudeza e aproximação à realidade de Bana, naquele grito que revela uma carga emocional de libertação... de desespero. São traços eu sei, podem muito bem serem manipulações, momentos propositadamente revestidos do poder que a exposição fluída permite, uma que não permite analises menos superficiais, que não foge aos estereótipos.
Mas estes 2 minutos e 14 segundos meros segundos, revelam um potencial extraordinário.
Flashback: Tarde de domingo, década de 90, o sol irrompia pela janela,puxo o estore e a sala fica coberta pela camada invisível de obscuridade. Sento-me no sofá, e mergulho nas aventuras de Doctor Spock... e da nave Enterprise. Tive uma cadeira na Universidade que referia que apesar de percepcionarmos todos o mesmo objecto, o reconstruímos na nossa mente de forma diferente da de todos os outros, exceptuando as representações sociais. Para mim este trailer, nestes dois minutos e 14 segundos eu vejo-me transportado para o passado, sou "teletransportado" para um corpo de um míudo com 9 anos.
Só uma adenda, como grito de revolta refiro-me à forma como afirma : Fire Everything
Sem dúvida um dos melhores trailers dos últimos tempos, juntamente com o segundo de Terminator Salvation.
Nos dois, o conjunto de edição de imagem e som foi brilhantemente executado.
Arrepiante mesmo.
Não sou Trekkie, mas fico na expectativa de um bom filme (embora ache que o filme mainstream do ano vá ser mesmo o Salvation).
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