A melhor dupla desde Bucha e Estica.
Num primeiro momento, há quem tenha querido passar a ideia de que Broken Embraces havia dividido os críticos, tal e qual acontecera com The Antichrist – se bem que, com o assentar da poeira, e a espuma das primeiras reacções tenha começado a dissipar-se na corrente maior, vem agora a maioria defender que o filme de Lars Von Trier tem um futuro auspicioso à sua frente. No entanto, sem esquecer que a unanimidade de opiniões nisto das artes é a uma realidade mais infantil que um discurso articulado de Peter Pan, como não poderia deixar de ser, lá apareceram algumas criticas negativas. Contudo, a avaliar pelo tomatómetro oficial, o título de Pedro Almodóvar vai bem lançado para altos voos. É certo que aqui ao lado, na vizinha Espanha, o filme não foi tão bem recebido como era esperado. Mas, quem sabe, talvez isto de espezinhar o nacional e exigir sempre mais e melhor seja algo mais universal do que pensávamos*. Mais uma vez, Penélope recebe todos os elogios e mais alguns. Haverá actriz em maior estado de graça? Jonathan Holland, da Variety, diz de sua justiça.
“Partly a film about films and partly a film about love, Pedro Almodovar’s “Broken Embraces” can’t quite decide where its allegiances lie. A restless, rangy and frankly enjoyable genre-juggler that combines melodrama, comedy and more noir-hued darkness than ever before, the pic is held together by the extraordinary force of Almodovar’s cinematic personality. But while its four-way in extremis love story dazzles, it never really catches fire”.
Esta última frase é como quem diz, O filme é bom, mas Almodóvar não sobe ao palco do Kodak Theater com isto. Apesar de, pela Croisette, haver quem o coloque na corrida à Palma de Ouro.
*Para mais esclarecimentos, ver Hollywood Ending (Woody Allen, 2002).Bruno Ramos
Etiquetas: Broken Embraces, Los Abrazos Rotos, Pedro Almodóvar, Penélope Cruz
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home