Up, up and away.
Falar dos êxitos da Pixar está a tornar-se enfadonho. Pelos melhores motivos, entenda-se. Se aquelas duas horas no Cinema passam a correr, para deleite de milhões de fãs, uma vez cá fora, dez segundos parecem bastar para exprimir emoções. No inicio, o encanto surpreendente significam horas perdidas a tentar pôr em palavras as sensações que o sacana do filme havia provocado. Agora parece que chega um Epá, vira a fita e passa o mesmo. Este fim-de-semana, depois de já ter passado por Cannes e deixado centenas de críticos a lamber os dedos, os Estados Unidos deram as boas-vindas a Up. E, qual não é o espanto quando o filme conquista, novamente, tudo e todos? À hora a que este post é colocado, a obra de Pete Docter arranca dezoito críticas 100% no Metacritic – superando as dezasseis de The Dark Knight e a duas das vinte de Wall-E –, e um estrondoso 98% no Rotten Tomatoes, batendo qualquer valor obtido no fim-de-semana de estreia para um filme Pixar. Mas, quem são essas duas almas insolentes que se atrevem a desaprovar Up? Um deles dá pelo nome Armond White, e escreve o seguinte.
“Pixar’s price sticker includes enough saccharine emotion to distract some viewers from being more demanding; they don’t mind the blatant narrative manipulation of a sad old man and lonely little boy. They buy animation to extend their childhood like men who buy cars for phallic symbols. Pixarism defines the backward taste for animation. Pixarism domesticates and homogenizes animation—as if to preserve family values. The only exceptions have been Brad Bird’s Pixar movies The Incredibles and Ratatouille”.
Arrojado, no minímo. Não assinamos por baixo, mas acreditamos que o homem tem razão neste último ponto. As histórias de Bird têm um certo je ne sais quoi que falta às demais. Por cá, Altamente [riso contido que acaba em gargalhada contagiante] estreia a 13 de Agosto.
Bruno Ramos
Etiquetas: Pete Docter, Pixar, Up
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