Pré-pré-candidatos.
Não há como negá-lo. A época da caça ao prémio abriu, e é tudo a fazer-se aos galardões de Hollywood. Imaginemos uma gigantesca grande área, se quisermos. Esta é aquela altura do ano em que, por o terreno estar ainda a dar para o molhado, toda a gente mergulha no relvado, a ver se cola. Por estes dias, o mínimo toque em Hollywood serve para um filme se fazer ao penalti. E, quem diz um filme, diz uma interpretação. Nesta fase, dá vontade dizer que a Academia tem uma tarefa impossível em mãos. Reduzir os 79 hipotéticos candidatos a um Oscar a míseros cinco finalistas. Talvez tenha sido essa a principal razão para, na categoria de Melhor Filme, a lista ter passado a ser de dez. Sempre se trabalha um bocadinho menos. E, aquilo é gente que não gosta de suar por dá cá aquela palha. A não Matthew McConaughey, que todos os dias faz questão de correr só porque sim. Mas, desviamo-nos do tema central. O fazer-se ao prémio. Karen Durbin, do NY Times, é daquelas que gosta de dar um empurrão àqueles que começam já a inclinar-se para o chão, não vá a brisa ser insuficiente. Durbin fala-nos de Christian McKay, em Me and Orson Welles; Catalina Saavedra, em The Maid; Carey Mulligan, em An Education, e Robin Wright Penn, em The Lives of Pippa Lee. Contudo, as palavras que gostariamos de destacar, dizem respeito a Gabourey Sidibe, de Precious. Esta senhora parece ter sido mesmo castigada em zona proibitiva, e tudo aponta para a marcação de um castigo máximo. Não é simulação. Há falta.
“Ms. Sidibe makes Precious a sympathetic figure but not a sentimental one. The toll her suffering takes is evident in the brusque way she rebuffs the overtures of a younger abused child in her building. She softens when kindness and help enter her life, but only gradually and with glints of sardonic humor in her eyes. Nobody knows the trouble she’s seen — until she finally begins to talk about it. And a moment comes when she suddenly gives a prized possession, her silky red scarf, to the girl in her building, as if passing a baton to the next runner in a long and terrible race”.
Bruno Ramos
Etiquetas: Catalina Saavedra, Christian McKay, Gabourey Sidibe, Robin Wright Penn
4 Comments:
Fora do tema desta mensagem, recebi a revista hoje pelo correio. Realmente, foi uma espera longa, mas valeu a pena. Devo dizer que li, entretanto, a Cahiers du Cinema deste mês (com a Catarina Wallenstein na capa), e espantou-me o quão pobre a revista é. Só texto, texto, texto, umas críticas, uma lista das estreias em França e pouco mais. A Premiere é muito superior. Continuem com a secção de grandes realizadores e as duas críticas do Sacanas Sem Lei, lado a lado, está muito porreiro. Cumprimentos.
Foi uma espera longa mas valeu a pena, também acho. Não quero que a revista acabe. Eu li a parte do Criswell sobre o cinema em Portugal, o número de espectadores, etc. Fiquei um bocado triste. E tenho medo que a Premiere possa acabar. O cinema em Portugal está na clandestinidade, não era isso que o Criswell dizia? A revista tem aspectos bons e outros maus.
Tem vários artigos de opinião o que é bom, tem como o Passenger disse, o lado a lado do Sacanas sem lei, fala do livro que eu tenho que saiu que era uma coisa muito importante, fala do livro do Michael Mann do qual não sabia a existência, isso são tudo aspectos muito positivos. Têm é poucas notícias nacionais. Para quem quer estudar cinema ou estuda ou já estudou, devia ter mais notícias de cursos e eventos. E tem um aspecto negativo. Um bom bocado negativo. O Exterminador já saiu de cartaz há algum tempo, assim como o Harry Potter. Outras revistas estrangeiras já fizeram a crítica mais cedo. Deviam fazer a crítica de filmes que estejam em cartaz ou ainda em cartaz. E não falaram na revista do " A esperança é a última a morrer", um importante filme português que esperemos que dê que falar. Podem falar nele no blog porque o blog deve sempre complementar a revista. E ainda não perdi a esperança de se falar no blog, porque o blog é muito mais interactivo do Avatar. Já se falou do A christmas carol. Falta o Avatar. É um filme que dá muito que falar. Pois dá, mas deve ser falado. Visto ou não os tais 22 minutos, sempre há um trailer que se pode apresentar e um " fenómeno" chamemos-lhe assim do qual se pode falar.
Desculpem o filme é do Joaquim Leitão, produzido pelo Tino Navarro e é "A esperança está onde menos se espera".
Soube que o Henry Gibson morreu hoje. O nome não me diz muito, mas vi e é um dos filmes que gosto particularmente, o " The nutty professor". E foi esse o primeiro filme dele.
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