7 - Eduardo Mãos de Tesoura (1990).
Este é um daqueles típicos casos em que, por mais adjectivos que procuremos, jamais as palavras conseguirão reproduzir com exactidão os sentimentos experimentados durante o visionamento do filme. Este é o filme ideal em todas as ocasiões. Seja para ver na noite da consoada, para ver num primeiro encontro romântico, para ver com um grupo de amigos, para ver com a nossa cara-metade quando fazemos dez anos de casados, para ver de manhã, quando o dia começa, para ver à tarde, quando o sol se põe, ou para ver à noite, quando já todos se foram deitar.
Eduardo Mãos de Tesoura é a obra-prima de Tim Burton. Tudo o que o mestre já nos deu depois deste clássico de 1990, enriquece ainda mais a sua carreira a cada ano que passa. No entanto, bastava que ele tivesse feito este filme para justificar a sua existência.
Quando, há mais de um século, os irmãos Lumiére juntaram um bando de curiosos para ver, num ecrã, um grupo de trabalhadores a sair de uma fábrica em Lyon, todos aplaudiram de pé em êxtase, a novidade. Mal sabiam eles que, cem anos depois, a mesma técnica serviria para contar muito mais do que trabalhadores a sair de uma fábrica. Mal sabiam eles que um senhor chamado Tim Burton realizaria uma história tão bela como Eduardo Mãos de Tesoura.
Que se dane a fotografia, a montagem, os adereços, a partitura, os interpretes, a realização e tudo o resto. Este é um daqueles filmes que, desde o primeiro minuto, não podemos deixar de ver como um todo. E, tudo nele, mas é que é mesmo tudo, roça a perfeição. Poucos filmes dão tanta vontade de saltar para dentro do ecrã como Eduardo Mãos de Tesoura. Falar com Eduardo, dizer-lhe que as coisas não precisam de ser assim, que a esperança deve resistir, que há pessoas más, sim senhor, mas também há pessoas boas… Queremos tocar-lhe, da mesma maneira que ele nos toca. No fundo, queremos retribuir tudo o que ele nos oferece. A ideia de que o amanhã pode trazer sempre um dia melhor. Este é mesmo um filme a ver na noite de Natal.
A Prenda no Sapado: Kim: Hold me. Edward: I can’t. Ninguém consegue ficar indiferente a isto.
Alvy SingerEtiquetas: Eduardo Mãos de Tesoura, Filmes de Natal
6 Comments:
Ahhhhhhhhh. Agora a coisa começa a melhorar.
Isto sim, é um orgasmo cinematográfico.
Um filme do caraças!
Vi-o ontem. Mágico.
Este comentário foi removido pelo autor.
é o frankenstein versão Tim Borton, e
e as pessoas que dizem mal do filme de cinema não percebem nada. Obra prima tanto a nível de realização tanto ao nível do desempenho dos actores. 5 *.
À parte: Somos dos amigos que estão a tentar desenvolver um blog sobre cinema, mas focado sobre críticas, hoje postamos a nossa segunda crítica. Gostaríamos se possível um retorno do blog da deuxieme nem que fosse só para comentar uma das críticas ( Eternal Sunshine of the spotless mind e Pan´s labyrint), para podermos melhorar. Abraço.
http://wheremovieslive.blogspot.com/
Um flme único e apaixonante. Curiosamente acabo de publicar um artigo sobre ele :P
É poesia transformada em imagens, e da poesia mais bela que o Cinema nos pode oferecer!
PS: Já agora, parabéns pelo bom trabalho que têm vindo a desenvolver aqui no blog!
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