Deuxieme


domingo, julho 12, 2009

Spoiler post.

Será, porventura, uma visão enviesada. Contudo, gostava de expressar aqui e agora uma profunda convicção para com a minha pessoa, naquele que será um dos raros momentos em que admito possuir uma qualquer qualidade. Alvy Singer, por natureza, é alguém que identifica imediatamente muitos mais defeitos na sua personalidade do que atributos. Contudo, por questões que se prendem com um nível mínimo obrigatório de auto-estima, convirá reconhecer, uma vez por outra, certos talentos. E, ou muito me engano, ou sou um individuo sereno. Não sendo um tipo que levanta ondas, certifico não procurar conflitos por dá cá aquela palha. Acredito, piamente, que todas as pessoas são intrinsecamente boas. À partida, não olho a raças, religiões, filiações políticas, paixões clubistas, ou carteiras profissionais. Palavra de honra. Todos merecem o nosso respeito. Modéstia aparte, gosto de pensar em mim como o protótipo de um qualquer Secretário-geral das Nações Unidas. Contudo, há um espécime que não suporto. Porque todos os modelos vêm com um defeito de fabrico, somente corrigido num upgrade 2.0, não consigo conviver com um spoiler freak. Aquele que retira prazer por tirar o prazer a um terceiro, ao contar-lhe o final de um filme. Existem os carretos. Sempre que alguém faz isto, vou muito além dos carretos. O pacifismo torna-se num conceito arcaico, e todas as injúrias verbais revelam-se insuficientes para classificar o acto. Ora, esta sexta-feira, jornal da noite, eis o que tem a dizer Francisco Louçã sobre o apontamento de José Sócrates, quando este comparou a sua primeira legislatura a uma Tempestade Perfeita, como no filme de George Clooney – registe-se o cuidado da classe política em traduzir à letra o título original.

Bastaram dez segundos para Francisco Louçã arruinar qualquer hipótese de arrancar um voto a este que se assina. Não eleger um tipo porque este não consegue controlar o seu ímpeto para partilhar finais de filmes, parece uma justificação tão plausível como outra qualquer. Correcção. Razão mais plausível do que outra qualquer.

Alvy Singer

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

o Louça é um lirico...

13 de julho de 2009 às 03:51  
Blogger Margarida said...

Alvy tenho a mesma reacção quanto aos finais dos filmes que se contam por aí como conversa de café, mas Louçã é Louçã, até o perdoo...

15 de julho de 2009 às 21:32  

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