Wolverine - Trailer.
Aproveitemos o trailer de X-Men Origins: Wolverine para uma confissão. O filme de Gavin Hood até pode encobrir a redefinição de todo um género. Até pode ser uma obra triunfante a toda a linha, capaz de derrubar alicerces que há décadas ditam os vectores primordiais num título de entretenimento. Até pode ser o ponto de partida para o filme de acção do século XXI. No entanto, por enquanto, aquilo que estas imagens nos mostram é mais um filme pipoca – adoramos estas simplificações. No fundo, o último trailer antes da chegada a 30 de Abril – no próximo número da Premiere teremos um especial dedicado ao filme –, vem apenas confirmar aquilo que os outros trailers e teasers já vinham anunciando. Depois de passarmos com o algodão por cima, constatamos que isto é blockbuster puro. E, é aqui que chegamos à parte da confissão.
A felicidade de colaborar na Premiere dá-me – e, neste ponto, falo por mim – a maravilhosa oportunidade de assistir à antestreia de alguns filmes meses antes da sua chegada às salas. E, frequentador habitual que era – e, para todos os efeitos, continuo a ser – dos multiplex, creio que não poderia ter encontrado um cenário mais contrastante, na primeira vez que entrei numa sessão reservada para a imprensa. Um silêncio sepulcral, cortado, a espaços, por gargalhadas estridentes. Há filmes que não podem ser vistos senão desta forma. Talvez por isso é que Revolutionary Road tenha caído tão bem. Ou The Wrestler. No entanto – cada vez mais próximos da confissão –, acredito que certos títulos pedem por uma sala de 400 lugares, apinhada, da primeira à última fila, com gente manifestamente limitada no que respeita a mastigar de boca fechada, e capaz de mandar um bitaite do género “Dá-lhe Tuga!”, como aconteceu em Max Payne, quando Nelly Furtado apareceu no grande ecrã. Acredito piamente, que uma percentagem da satisfação do visionamento se define do lado de cá da tela. De quem está connosco na sala, e de como reage àquilo que os nossos olhos também vêm. Há quem não tolere o barulho de uma mosca. Há quem peça silêncio moderado. Há quem goste de agitação. Para Alvy Singer, depende do filme. Aqui este Wolverine, deverá ser visto dia 01 de Maio, sexta-feira, num qualquer centro comercial, pelas 21h. Confusão, é o que se quer.
Alvy Singer
Etiquetas: Gavin Hood, Hugh Jackman, X-Men Origins: Wolverine
1 Comments:
Bem, de facto essas sessões quase privadas só estão ao alcance de alguns :P Eu pessoalmente prefiro silêncio na sala, independentemente o filme. E se há coisa que gosto é ir ver um filme durante a semana e à tarde (coisa que ultimamente me é impossível) em que estou eu, ou sozinho ou com mais uma ou duas pessoas em toda a sala.
Mas já me aconteceu de tudo... e quando as coisas nos distraem do que se passa na tela, quem perde é o filme, ou a nossa perspectiva em relação a ele. Na ante-estreia do Watchmen na passada quarta feira, para além de todo o aparato de confiscarem os telemóveis à entrada, o que atrasou a projecção do filme, a 10/15 minutos do fim, e sem perceber bem porquê, as pessoas começaram a sair da sala, foram umas dezenas ainda... passam à frente, quebram a concentração no filme. Depois há aqueles que comentam o filme constantemente "nao!! nao vas por aí" / "ai ai e agora?!!!". Não menos irritantes são as gargalhadas nas cenas mais dramáticas de um filme, como me aconteceu recentemente durante o visionamento de Revolutionary Road.. que para rir tem pouco. Na sessão de Milk uma legião de putos de 15 anos não parou sala dentro sala fora..
Quanto a Wolverine, também não estou muito optimista.. brevemente saberemos.
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