Deuxieme


terça-feira, outubro 28, 2008

Roma, Cidade Aberta.

A anterior adaptação de uma obra de Dan Brown traduziu-se num tremendo sucesso de bilheteira. Apesar das reacções iniciais da crítica não terem sido as mais favoráveis, o primeiro fim-de-semana resultou nuns simpáticos 301 milhões de dólares, em todo o mundo. Tivesse o filme correspondido às expectativas, e o êxito teria sido, muito provavelmente, ainda maior. No entanto, o boca-a-boca encarregou-se de difundir desilusões e O Código Da Vinci (Ron Howard) acabou por ser apenas um dos mais rentáveis de 2006. Hoje, com esperanças resfriadas, voltamos a entregar-nos nas mãos de Ron Howard, na transposição de um romance de Dan Brown para o grande ecrã. Há quem diga que apesar da notoriedade internacional de O Código Da Vinci, Anjos e Demónios é a verdadeira relíquia no espólio do escritor. Fazendo jus à proporcionalidade directa, esperamos que este filme esteja uns furos acima do antecessor. Brian Grazer, produtor dos dois, já teve o cuidado de serenar os mais pessimistas, dizendo que este será menos encenado, com muito menos diálogos. Desta vez, quando ele fala, está a andar, diz o produtor. Para além desta foto de Robert Landgon (Tom Hanks) e Vittoria Vetra (Ayelet Zurer), outras três foram dadas a conhecer. Numa delas podemos ver Ewan McGregor com as vestes de Carlo Ventresca.

Bruno Ramos

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segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Para o dia que se aproxima.

O estado patológico chega a este ponto. Ao telefone, com uma caneta e uma folha de papel à mão, normalmente, é o nome deste filme que escrevo. Bem vistas as coisas, não é só ao telefone. Basta uma caneta e uma folha de papel. O S sai com naturalidade. E, sempre me pareceu que leepless in Seattle seria a continuidade perfeita para esse mesmo S.

Até este sábado, apenas tinha visto este filme quando passou na televisão, algures nos anos noventa. Tendo em conta que a obra de Nora Ephron é de 1993, nunca poderá ter sido há mais de quinze anos. Mas, muito longe disso não andará. Porque carga de água o titulo deste filme é rabiscado a uma média superior à de qualquer outro, é algo que provavelmente jamais perceberei, no entanto, quis o director de programas da RTP, que decidiu vestir a pele de destino, que este fim-de-semana voltasse a ver esta película, tantos anos depois.

Confesso que chegou a ser uma experiência arrepiante. Antes do filme começar, se alguém perguntasse o quer que fosse, seria obrigado a encolher os ombros. Exceptuando o final, não recordava uma única cena do princípio ao fim. Uma única fala sequer. Contudo, assim que o filme começou, foi como ver um novelo de lã desenrolar-se à minha frente. Creio que, até hoje, este terá sido o segundo visionamento mais intervalado. E, que bela obra para recuperar.

Não estando a falar de um clássico, importa aqui deixar uma palavra de apreço para com este filme extraordinariamente capaz de Nora Ephron. De uma ponta à outra podemos encontrar e apontar elementos que fazem deste título aquilo que habitualmente figura nos livros como chick flick. O plot é do mais caricato que existe: uma mulher, noiva por sinal, apaixona-se, através de um programa de rádio, por um viúvo que vive com o filho do outro lado país. Ela vive em Baltimore, ele em Seattle. A cena em que a vida de Sam (Tom Hanks) é exposta ao telefone pelo próprio filho (Ross Malinger) no programa de rádio da Dr.ª Marcia Fieldstone é do mais improvável que existe. Todavia, o diálogo é credível. Quase de certeza que uma coisa destas nunca aconteceu, no entanto, a acontecer, seria assim. Essa será talvez a grande valia deste filme. Ser capaz de nos levar a acreditar que uma história destas é possível. Mesmo que não seja.

Não sendo do mais arrojado que se fazia na altura, o argumento de Ephron balança de forma equilibrada os momentos de comédia com os mais sérios, nunca caindo em definitivo para um dos lados. No capítulo dos pormenores que tratam de diferenciar um filme categoricamente, neste, essa particularidade é bem notória. Ao longo do filme, as referências que as personagens femininas vão fazendo a O Grande Amor da Minha Vida (Leo McCarey, 1957) ajudam-nos a criar a base que sustenta a verosimilhança desta odisseia amorosa de Annie (Meg Ryan). Curiosa é a forma como Sleepless in Seattle não receia tornar-se no mesmo filme incompreendido pelo sexo masculino. A cena em que Rita Wilson, lavada em lágrimas, explica a adoração por esse filme, e posteriormente Tom Hanks e Victor Garber respondem com a emoção de Os Doze Indomáveis Patifes (Robert Aldrich, 1967), poderia muito bem servir para compreender algumas diferenças entre os sexos.

Porque dia 14 está aí à porta, esta é a sugestão de Alvy Singer. É certo que haverá por aí cinema romântico de maior qualidade, no entanto, no dia em que a imagem de um coração atravessado por uma seta está na mente de todos nós, um título sobre o amor impossível que vemos nos filmes não será certamente uma aposta errada. Até porque a história termina no dia em questão.

Alvy Singer

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