Aqui está o trailer da nova aventura de James Bond. As primeiras imagens revelam que a energia inovadora de Casino Royale parece estar para ficar (para além da ligação ser inevitável, uma vez que este filme se inicia horas depois do fabuloso final do filme anterior), e pela força dos diálogos de M com Bond adivinha-se um soberbo argumento, recheado de muita acção. É de relembrar que Quantum of Solace foi escrito por Fleming como um conto, que foi apresentado no livro For Your Eyes Only). A espera mantêm-se até Novembro. Até lá, aqui fica o soberbo trailer.
Ao fim de muitas semanas de ausência, cá está o regresso dos "Temas (Musicais) Mistério"!
Nunca é demais recordar que para acertar, basta que digam a que filme se refere a música que ouvem, sendo que as imagens (todas ligadas ao filme) estão sempre lá para ajudar.
A cena: Ricky (Wes Bentley) mostra à sua namorada Jane (Thora Birch) aquele que considera ser o seu melhor vídeo, um saco de plástico "dançando" ao ritmo do vento.
A música: Um piano suave acompanhado por uma secção de cordas, completa uma das mais arrepiantes cenas de cinema do ano de 1999. Este pequeno momento de autêntica poesia (todo o filme é aliás, poesia) adicionado com a música de Thomas Newman consegue literalmente levar-me as lágrimas aos olhos. É incontestável a aura de beleza que Newman trouxe a este filme, e o extraordinário é tentar encontrar palavras para explicar o que torna tão mágica esta sequência.
Aqui se encontra um video comemorativo que assinala os 25 anos de carreira de Tom Cruise (na foto acima em Colateral), presente no site oficial. Contra apreciadores ou não, é inegável olhar para estas imagens e não reflectir um pouco sobre a sua presença na sétima arte há mais de um quarto de século. O resto diz respeito a cada um, mas que o homem respira cinema isso ninguém me tira.
Eis o primeiro teaser poster das novas aventuras de Robocop. Já la vão vinte e um anos desde o original filme de Paul Verhoeven, que resultou num clássico absoluto, mas que foi mal tratado com a década de 90, que trouxe duas terríveis sequelas (em 1990 e 1993), e que matou por completo a energia que este herói "parte homem / parte máquina" trouxera antes.
Segundo novas informações, o projecto está novamente de pé, pois a MGM já mostrou um leque de novos filmes (na maioria remakes ou sequelas) onde um novo capítulo de Robocop se encontra, a par do novo Caso de Thomas Crown, das aventuras do Hobbit e da Pantera Cor-de-Rosa. A estreia está marcada para 2010.
Eduardo Mãos-de-Tesoura foi eleita a melhor banda sonora de Danny Elfman pelos visitantes da Deuxieme. Prosseguimos com um dos maiores talentos actuais da composição (no cinema ou fora dele).
Howard Shore nasceu em Toronto, Canadá, em 1946. Estudou na Berklee School of Music em Boston. Iniciou a sua vida de músico profissional dando concertos com o grupo de rock Lighthouse, no final dos anos 60 e mais tarde seria nomeado director musical do programa televisivo Saturday Night Live antes de se tornar definitivamente compositor de música para cinema. Começou por compôr para filmes low budget, nomeadamente para o realizador David Cronenberg, com o qual ainda mantém uma genial parceria.
Sobre a sua assombrosa banda sonora para O Silêncio dos Inocentes, refere: "Sometimes women musicians come up to me when I do orchestral recordings. It's amazing how many of them felt The Silence of the Lambs to be an emotional experience. I think they felt something partly because of the way the music focused on Starling, the Jodie Foster character". Fora da grande tela, Howard Shore compôs recentemente a sua primeira Ópera, The Fly, baseada no filme com o mesmo nome e prestes a estrear em Paris.
A minha compilação deixa de fora bandas sonoras como Videodrome, Big, M.Butterfly, Ed Wood ou Eastern Promises, mas com a promessa de as incluir em "Howard Shore - More Greatest Hits".
A palavra agora é vossa, escolham a melhor banda sonora de Howard Shore!
São 45 anos que Helen Hunt comemora hoje. Uma razão para relembrar e celebrar uma das actrizes maiores dos últimos 15 anos, notabilizada no cinema e na televisão. De entre todos os seus papéis, para mim é inesquecível a sua notável (e aclamada) interpretação de Carol Connelly, "the waitress" no incontornável Melhor é Impossível (que lhe valeu o Óscar para Melhor Actriz em 1998), para além de tantas outras em diversos registos.
Por isso, lanço a questão: qual é foi a personagem que Helen Hunt desempenhou que vos marcou mais?
Esta semana traz consigo o regresso de dois pesos pesados – um deles é o de M. Night Shyamalan. Após as eternas discussões sobre a sua última obra (A Senhora da Água, que gerou ódios e amores na comunidade cinematográficas e dividiu o público), Shyamalan volta a roçar o tema do fantástico, mas com uma base de drama bem real no coração das paisagens emocionais dos EUA.
Perante uma série de acontecimentos sem explicação, que se sucedem pelos parques naturais de algumas cidades dos EUA, os humanos mergulham no estado de transe e cometem a sua própria morte, numa espécie de suicídio dormente. Entre os sobreviventes destes ataques, que se colocam em fuga à laia de um êxodo, encontram-se um professor de ciências e a sua complexa namorada (Mark Wahlberg e Zooey Deschanel), responsáveis pela filha de um amigo e completamente frágeis perante os acontecimentos naturais (ou não) que se vão sucedendo, enquanto fogem pela sua sobrevivência e tentam interpretar os sinais da crise para obterem uma resposta.
É um sentimento triste e desolado que Shyamalan faz descobrir neste filme, que apesar de não mostrar a sua cara (nem contar com a sua participação), reflecte bem o seu estado de alma. Shyamalan está - literalmente - chateado com os críticos e a “correcta” ou “suposta” maneira de fazer cinema. Um recente artigo publicado no LA Times revela claramente a visão do realizador face à sua obra, ao mundo dos públicos e dos filmes. No entanto, a questão relevante não se prende, enquanto espectador, com o sentimento que o criador alimenta, mas sim o facto de como ele elabora uma nova obra, um novo filme, e nessa perspectiva estamos perante um terrível fracasso.
Ainda que munido de uma boa ideia e algumas cenas bem pensadas e elaboradas (como a questão da tragédia dos miúdos que os acompanham ou até o suspense das mortes), Shyamalan não faz um filme, somente junta inúmeras cenas numa só fita e esquece os plots. O argumento perde credibilidade e força ao fim de meia hora (após um início bem conseguido) e chega mesmo a ser absolutamente ridículo e inverosímil na meia hora final, onde, de um momento para o outro, uma solução “deus ex machina” irrompe descaradamente no ecrã, à falta total de ideia e inspiração do realizador. O elenco é terrível, seja um Mark Wahlberg pateta, uma Zooey Deschanel insuportável e sem carisma, até um John Leguizamo apático e sem vida. Ou seja, Shyamalan fez um filme “para si mesmo”, onde juntou os elementos do paranormal e um suspense à Hitchcock e deu-lhe o início, meio e fim que quis sem se preocupar com mais nada, para demonstrar o que sente e o poder que tem. Pena ter-se esquecido do mais importante: o seu público, que esperava de si algo de qualidade superior, ainda que simpatizantes ou não d’ A Senhora da Água (uma discussão absurda e sobrevalorizada a meu ver), uma vez que considero Shyamalan um fabuloso contador de histórias e um óptimo retratista de emoções tão primitivas como actuais no mundo em que vivemos, para além de ser um autor de enorme visão artística.
Por tudo isso e em suma, é uma desilusão ver uma boa ideia ser transformada num protesto pueril e sem estrutura, muito longe de qualquer obra por si anteriormente concebida. Esperamos melhores dias para os desaires artísticos de Shyamalan, que percorrem neste momento dias de amargura.
O outro regresso é o de Hulk, um dos triunfos maiores da Marvel, que renasce novamente no grande ecrã, desta vez por outras mãos e com um novo olhar. Louis Leterrier (Correio de Risco 2) toma a rédeas da realização e oferece entretenimento como ninguém, durante o tempo em que Bruce Banner (Edward Norton) se lança na procura de uma cura para as elevadas radiações que sofreu e o transformam irremediavelmente no irracional anti-herói verde. Ainda que com a ajuda de Betty Ross (Liv Tyler), Banner/Hulk tem contra si está o exército americano, comandado pelo General Thaddeus Ross (William Hurt) e uma famosa "abominação" (Tim Roth), que elevam o espectáculo de violência para novos caminhos, ao quererem prendê-lo para usar o teu gene na indústria bélica.
Em 2003, aquando da primeira incursão desta personagem no cinema, Ang Lee trouxe para o ecrã um filme fabuloso que detinha uma enorme riqueza, patente quer na questão do argumento (que roçava uma temática quase freudiana com bases de uma tragédia grega) como na sua componente visual (uma realização artisticamente intocável, recheada de inúmeros valores e linguagem da banda desenhada), mas apesar de tudo isso, o filme foi incompreendido e muito mal tratado. (recomendo a quem não apreciou uma nova hipótese de revisão urgente). Como tal, Hulk tornou-se um objecto a redesenhar no mapa cinematográfico, desta vez fora das mãos do cinema de autor, directamente para uma visão mais comercial.
Posto isto, a meu ver, os receios eram grandes. Mas é certo afirmar que, apesar do irrepreensível filme que Lee nos trouxe, esta continuação (que recupera de certa forma, num bom fair-play, a história passada) é uma simpática surpresa, onde a acção ganha mais pontos face a um argumento mais fraco, mas bem doseado de ritmo e força. Norton veste bem a pele do atormentado Banner (ainda que Bana assentasse melhor) e Tim Roth e William Hurt cumprem competentemente a sua missão. Menos se pode apreciar Liv Tyler, que não tem culpa da sua débil representação, na medida que a sua personagem também não o exige, (ao contrário de Jennifer Connelly, a Betty no episódio anterior da estória, uma peça chave com rosto e vida própria). De resto, a adaptação está bem conseguida (mais cingida à BD que o capítulo anterior, é certo) e o final reserva surpresas, seja pelo facto de Hulk alterar a sua postura face ao "mundo", um espaço que surpreendentemente lhe vai fazer um convite "de ferro", o que permite começar a conspirar um pouco sobre futuros filmes de super-heróis.
Muito se tem criticado e apontado o dedo a este filme. Ao que parece, a longa-metragem das famosas 4 cavaleiras citadinas, munidas de personalidades vincadas na capital mais "in" do planeta, não manifestou agrado a muito boa gente, independentemente de ter batido recordes de bilheteira no seu país natal (derrotou, sem chicotes nem algemas, o estimado Indy).
A meu ver, Sexo e a Cidade surge como um objecto curioso na sua forma, seja pelo grande factor de não necessitar do cabide das séries anteriores para envolver os seus públicos, na mesma medida que complementa quem já conhece as aventuras desta amizade no pequeno ecrã. A juntar a um argumento mais maduro que muitos episódios, as performances de cada universo feminino estão bastante bem conseguidas, tal como a evoluçaõ das 4 vertentes da história coabitam de forma subtil, ainda que o maior relevo se sinta sobre Carrie (Sarah Jessica Parker). Apesar de necessitar de umas "tesouradas" na sua longa duração, a presença dramática e a força contínua sobre uma irónica (e muitas vezes bem real) visão sobre as relações, os seus intervenientes - a idade ganha aqui um dos maiores aspectos da obra, que reside especial e graciosamente sobre Samantha (Kim Cattrall) - é, apesar das suas notórias imperfeições, uma boa surpresa.
O grande ecrã trouxe-vos alegria de igual forma, ou a preferência pelas aventuras da série continua a predominar? Temos aqui uma novidade ou uma mera extensão do conceito?
Danny Elfman nasce em Los Angeles em 1954. O seu fascínio pela música de filme nasce depois de assistir a The Day the Earth Stood Still, com música de Bernard Herrmann: "At that moment I realized that the music moved me, and that it was a human, personal artistic effort, not some music machine that turned it out. From that point on, if I saw Bernard Herrmann's name in the beggining of a movie, I knew there was something special, something extra (...).
Depois de uma experiência no estranhíssimo Forbidden Zone de 1980, começa a compôr regularmente para cinema a partir de 1985 ainda enquanto membro do grupo de rock Oingo Boingo. A sua primeira colaboração com Tim Burton será no filme Pee-Wee's Big Adventure. Mais conhecido pelo seu épico Batman oupelo musical The Nightmare Before Christmas (este ausente da compilação que se segue), Elfman é também sublime a escrever para dramas, sendo disso exemplo filmes como Dolores Claiborne,A Civil Action, Good Will Hunting ou Big Fish. O meu vídeo não inclui outras das suas obras de referência como Black Beauty, Mars Attacks!, Men in Black ou Spiderman, que estarão num futuro "Danny Elfman - More Greatest Hits". Aguarda-se com expectativa a sua música para HellBoy 2: The Golden Army, a estrear brevemente. Uma palavra final para o seu brilhante tema para The Simpsons, um marco na história da televisão. Como sempre, proponho que votem na banda sonora mais conseguida deste brilhante compositor.