Deuxieme


domingo, fevereiro 22, 2009

Ontem, nos Spirit Awards.

Há quem faça discursos de agradecimento, há quem seja animador de público. Ao longo da temporada, Mickey Rourke tem-se soltado cada vez mais, sempre que sobe ao palco para receber um prémio pelo seu desempenho em The Wrestler. Caso ganhe, esta noite, 45 segundos não bastarão. Entre Sean Penn e Mickey Rourke, esperemos que dê empate. Isso é que era espectacular. Man, you deserve it, diria Penn. No, you fuck**g deserve it, man, responderia Rourke. Mas, que chatice, este zumbido atrás da orelha que não pára de dizer My… Frank… Langella. É do mesmo fabricante do murmúrio My… Precious.

Bruno Ramos

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quarta-feira, janeiro 28, 2009

Ficção vs Documentário.

Ontem, numa breve conversa com o Francisco Silva, chefe de redacção da Premiere, que durou apenas alguns minutos, mas chegou para discutir algumas dezenas de filmes, fiquei a saber que o Nuno Antunes, estimado colega que mergulha nos mais profundos meandros de uma película, tinha-se deparado com alguns artigos que criticavam o rigor histórico de Frost/Nixon, de Ron Howard. É, mais ou menos por esta altura, que recomendamos todos aqueles que ainda não viram o filme a abandonar a leitura deste texto. Melhor, aconselhamos, num primeiro momento, ao visionamento da obra, e a regressar posteriormente a este espaço para ler essas mesmas criticas.

Elizabeth Drew, do Huffigton Post, e autora do livro Richard M. Nixon, é a voz mais reprovadora. A jornalista aponta alterações grosseiras ao final das entrevistas, uma omissão ao facto de Nixon ter recebido 20% dos lucros da transmissão, e algo mais subjectivo, mas que pode ser definido como interpretação enganosa. Do seu espinhoso artigo, sublinhe-se esta passagem, que constitui-se como um major spoiler.

Frost did not in fact "nail" Nixon. The climactic moment of the movie (as in the play) has Nixon confessing to having participated in the cover-up of the famous break-in of the Watergate offices of the Democratic National Committee, in June, 1972 by operatives hired by White House aides. But this "confession" is produced through a blatant distortion of what Nixon actually said in the interviews. At that particular moment, Frost was pressing Nixon to admit that he had more than made "mistakes," that there had in fact been wrongdoing, that crime might have been involved (a rather mild way of putting it). Then, through a sleight of hand, the script simply changes what Nixon actually said: the script of the play has Nixon admitting that he "...was involved in a 'cover-up,' as you call it." The ellipsis is of course unknown to the audience, and is crucial: What Nixon actually said was, "You're wanting to me to say that I participated in an illegal cover-up. No!

Ora, isto é ligeiramente diferente daquilo que vimos no grande ecrã. David Edelstein, da New York Magazine, também não se coíbe de dizer das suas. E, sem grandes rodeios, acusa o argumento de Peter Morgan de meter palavras na boca de Nixon.

And with selective editing, Morgan makes it seem as if Frost got Nixon to admit more than he actually did. The original Watergate interview is now on DVD, and there are self-exculpatory escape clauses in every interminable, circumlocutory utterance. When Frost read aloud from the White House transcripts, Nixon’s eyes darted around as he searched his brain for linguistic loopholes. In Frost/Nixon, Langella’s heavy features move slowly; he seems to be plumbing the depths of his soul and glimpsing, for an instant, the abyss. Alas, the shit that dribbles from Langella’s mouth is still Tricky Dick’s”.

Podemos sempre questionar a imparcialidade de Edelstein nesta questão, a partir do momento em que lemos no seu artigo, a propósito de ser Langella a encarnar o Presidente, “Finally, Nixon has the stature that eluded him in life!”. No entanto, factos são factos, passe a redundância. E, se Nixon não chegou a admitir aquilo que David Frost, Bob Zelnick e James Reston Jr. pretendiam, até que ponto isso não altera a integridade do filme. A obra continua a funcionar, sem sombra dúvida. Agora, não podemos deixar de nos sentir ludibriados. Sem querer ferir susceptibilidades, isto faz lembrar, em parte, aquele badalado caso do futebolista brasileiro Ronaldo, quando pagou a umas senhoras para passar um bom bocado e, mais tarde, nessa mesma noite, veio a saber que eram senhores. Não que isso tenha algum problema. Mas, saber com antecedência seria agradável.

Bruno Ramos

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Na mesa da Newsweek.

Via Awards Daily, chegam-nos os vídeos da round table da Newsweek, com Robert Downey Jr., Anne Hathaway, Brad Pitt, Frank Langella, Sally Hawkins e Mickey Rourke. Os videos abordam temas diversos como pesquisas no google, aquilo que os actores procuram num realizador, as interpretações preferidas de sempre, ou Robert Downey Jr. a dissertar sobre a simbiose especial que parece existir entre Pitt e David Fincher. Duas das melhores frases que se ouvem nestes vídeos são “Alan Parker had a boner”, quando Rourke se refere às filmagens de Angel Heart (1987) e, “I love your ass”, confissão de Downey Jr. a Brad Pitt. Com este vídeo, em que Pitt revela a sua admiração, desde cedo, pelo trabalho de Rourke, podemos concluir que a personagem mais fácil de encarnar em toda a sua carreira terá sido Rusty Ryan.

Alvy Singer

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segunda-feira, setembro 29, 2008

A votos.

Photobucket

Na noite em que o mundo aguarda num impasse a decisão da Câmara dos Representantes, aqui fica o primeiro poster de um dos filmes mais aguardados do ano, sobre um outro presidente norte-americano com dias negros, e um jornalista que não tinha as perguntas mais fáceis no bloco de notas.

Bruno Ramos

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