A antecipação de Terminator: Salvation ditou um dos duelos internos mais acesos dos últimos anos. Há meses que olhávamos para este capítulo da saga Terminator como a mais apetitosa sobremesa desta temporada de blockbusters. Contudo, nem tudo era um mar de rosas nesta excitação. Sobretudo quando nos lembrávamos de quem era o timoneiro do projecto. Renovar um franchise em curva descendente é tarefa de audazes. Contudo, mais vezes do que desejaríamos, coragem e inconsciência andam de mãos dadas. E, McG ainda não nos provou ser capaz de dissociar as duas. Sejamos francos, não temos qualquer problema com o facto de, aos quarenta e poucos, o cineasta continuar a preferir uma apresentação ao mundo apenas com iniciais. No entanto, até LL Cool J já se refere a si mesmo por James Todd Smith. Ao mesmo tempo, saber que a obra havia sido reescrita de raiz de acordo com a teoria Copérnica do Balecêntrismo, dava-nos a garantia de esperar um filme que, pelo menos, não se entregaria ao luxo de dar tiros nos pés. Se falhasse, seria apenas por incompetência. Que é sempre a melhor razão para um tipo não atingir o sucesso. Daí que McG continue a receber propostas de trabalho. Mas, continuando com Terminator: Salvation.
Deixando a sinopse de lado, convirá contextualizar um pouco o enredo. Em 2018, as máquinas é que mandam aqui, e são elas que mais ordenam. O plano é simples. Aniquilar a humanidade. A estratégia, mais simples é. Matar tudo o que mexa. O metal impera e, numa série de batalhas que percorrem a obra, a insanidade do aço ameaça o próprio espectador confortavelmente sentado numa cadeira almofadada. Verdade seja dita, não nos podemos queixar dos braços de ferro explosivos. Contudo, a tensão dos títulos anteriores parece ter desaparecido para parte incerta. O único momento em que sentimos o verdadeiro temor nas palavras de John Connor, porta-estandarte da resistência humana, é quando este olha nos olhos do indecifrável Marcus Wright. Diga-se de passagem que Sam Worthington veio para ficar. O homem transforma o Balecêntrismo num pensamento escolástico e, torna suas todas as cenas em que participa. Tirando os breves momentos em que Connor não sabe muito bem o que esperar deste seu adversário, uma estranha confiança de que tudo correrá pelo melhor nunca nos abandona. [Possível spoiler] Daí que o propósito inicial do filme – salvar a humanidade – se altere a meio da narrativa – salvar uma pessoa apenas [Fim de spoiler]. Um dia destes, será pedido a John Connor que salve a fórmula da Coca-Cola. Christian Bale não desilude. A personagem que interpreta, nem tanto. Dadas as circunstâncias, John Connor jamais poderia ser o homem mais bem-disposto à face da Terra. Contudo, a complexidade dos conflitos interiores que Bale tão bem lhe confere, nunca visitam terrenos que suavizem o enredo. E, isso dava jeito. Quando a humanidade está à beira da extinção, um pouco de calma e relaxamento põem tudo em perspectiva. Até Leónidas teve uma segunda noite de núpcias antes de partir para a épica batalha em 300, e até William Wallace arrancou estridentes gargalhadas com algumas piadolas antes de desancar nos ingleses em Braveheart. Jonh Connor sisudo, não obrigado. Em abono da verdade, Terminator: Salvation é um filme mais pesado que os seus predecessores, e que opta por jogar pelo seguro, sempre à defesa. Segue uma linha orientadora, a da acção sem limites, e não se desvia muito do percurso. Ainda assim, é Sam Worthington que nos mostra o copo mais vezes meio cheio. Connor acredita na vitória, mas as suas palavras e acções são tão morosas e pesarosas que quase nos dá vontade de lhe espetar dois tabefes a ver se acorda. Não fosse ter vibrado com O Reino da Caveira de Cristal, e se calhar concordava com essa apreensão que começa a ouvir-se por aí e que dá pelo nome de A Maldição do 4º Filme.
Quando este concept art para o primeiro poster de Invictus surgiu, o nome do projecto ainda era o provisório The Human Factor. Ainda assim, se o objectivo era ficarmos com uma ideia do que podemos esperar do primeiro cartão-de-visita do próximo título de Clint Eastwood, prova superada. Ao mesmo tempo, a Variety veio dizer no final da semana passada que o filme estreará nos Estados Unidos a 11 de Dezembro. O dia em que também está previsto chegar às salas The Lovely Bones, de Peter Jackson. Possivelmente, o primeiro round de um duelo que poderá terminar apenas lá para Março do próximo ano.
O infalível poster dividido em três. O título a separar as duas principais actrizes. Um estilo que nunca fira fora de moda. A tradição ainda é o que era e, por mais filmes que venham, se a película nos apresenta dois actores de grande calibre, sabemos que podemos contar com algo deste género. Depois do primeiro poster, este vem agora dissipar qualquer dúvida que ainda restasse. Streep é mais protagonista que Adams, e Adams é mais secundária que Streep. O filme de Nora Ephron baseia-se em duas memórias que se tornaram bestsellers. Julie & Julia de Julie Powell, e My Life in France, de Julia Child com Alex Prud’homme. A película cruza a existência de duas mulheres que, separadas pelo tempo e espaço, se encontram igualmente desesperadas. A coragem em forma de manteiga ajudará a encarar o mais assustador dos desafios. Já agora, aqui deixamos o trailer que tem estado pela net há já algum tempo. Chegou naquela fase de rara contribuição no Deuxieme. Pela demora, as nossas sinceras desculpas.
Poder-se-á afirmar que uma actriz que tenha já conquistado dois Oscars não seja uma das profissionais mais adoradas no seio da comunidade cinéfila? Será um risco, mas sim. Pode-se. Hillary Swank é selo de qualidade. Contudo, quando nos perguntamos a nós mesmos quem gostaríamos de ver como a próxima Catwoman, ou quem é gostaríamos de ver no próximo título de acção de Michael Bay, ou no próximo drama de Scorsese, raramente nos lembramos dela. Podemos quase dizer que Swank é Cate Blanchett sem o sex-appeal. O primeiro papel de Hillary Swank no grande ecrã surgiu em 1992, no filme que mais tarde serviria de base à série de culto com Sarah Michelle Gellar, Buffy the Vampire Slayer (Fran Rubel Kuzui). Contudo, foi preciso esperar dois anos para ver de que fibra Swank era feita. Em The Next Karate Kid (Christopher Cain, 1994), a actriz arregaçou as mangas, ocupou o lugar de Ralph Macchio, e mostrou à rapaziada lá do bairro que tinha o que era preciso para sustentar os seus argumentos. Nos cinco anos seguintes, Swank entraria apenas em três longas-metragens: Kounterfeit (John Mallory Asher, 1996), Quiet Days in Hollywood (Josef Rusnak, 1997), e Heartwood (Lanny Cotler, 1998). Contudo, em 1999, tudo mudaria para nunca mais vir a ser o mesmo. Com a sua portentosa interpretação em Boys Don’t Cry, o filme de Kimberley Pierce baseado em factos reais, onde deu vida a Brandon Teena, a actriz conquistava o primeiro Oscar da sua carreira. Até chegarmos ao seu segundo, cinco anos depois, constatamos que Swank participa em nove filmes. Ou a vontade de trabalhar aumentou, ou os convites dos estúdios cresceram, ou as duas. O certo é que, em 2004, às ordens de Clint Eastwood em Million Dollar Baby, Swank arrecadaria a segunda estatueta dourada. Duas vitórias em outras tantas nomeações. E, é por isso que aqui estamos hoje.
Como tudo o resto que, por esta altura, surja sobre a próxima temporada de prémios, talvez este texto tenha o seu quê de prematuro. Contudo, não custa nada admitir que Amelia de Mira Nair é um filme que parece reunir alguns elementos favoráveis a uma eventual terceira nomeação de Swank; e, menos custará ainda tirar uns cinco minutos para um pequeno lembrete que sempre traz mais uns pingos de cultura cinéfila.
Treze são as actrizes que têm dois ou mais Oscars.
Katherine Hepburn ganhou quatro. Precisou de onze nomeações para chegar ao segundo. Doze para o terceiro.
Ingrid Bergman ganhou três. Precisou de cinco nomeações para chegar ao segundo. Seis para o terceiro.
Meryl Streep ganhou dois. Precisou de quatro nomeações.
Bette Davis ganhou dois. Precisou de três nomeações.
Luise Rainer ganhou dois. Precisou de duas nomeações.
Vivien Leigh ganhou dois. Precisou de duas nomeações.
Olivia de Havilland ganhou dois. Precisou de cinco nomeações.
Elizabeth Taylor ganhou dois. Precisou de cinco nomeações.
Glenda Jackson ganhou dois. Precisou de três nomeações.
Sally Field ganhou dois. Precisou de duas nomeações.
Jane Fonda ganhou dois. Precisou de quatro nomeações.
Jodie Foster ganhou dois. Precisou de três nomeações.
Ora, isto coloca Swank no restrito grupo das 2 em 2. Sally Field, Vivien Leigh, Ruise Rainer e Hillary Swank. Se Amelia trouxer um terceiro Oscar, Swank atingirá algo que nenhuma actriz conseguiu na História. Mais do que os três Oscars, é a percentagem de sucesso que mais nos faz espécie. É por isso que, apesar da eternidade que falta ainda para o inicio da corrida, por melhor que possa vir a ser a sua interpretação no biopic de Mira Nair, não vemos Hillary Swank como vencedora em 2009. Tão certo como um Spider Man 4 vir a caminho, um dia voltaremos a este tema.
A última vez que falámos aqui de The Brothers Bloom, o filme de Rian Johnson tinha estreia prevista para 27 de Agosto. A última vez que falámos neste espaço de 500 Days of Summer, o filme de Marc Webb tinha estreia marcada para 17 de Setembro. Agora já está previsto que ambos estreiem a 08 de Outubro. Por alguma razão hoje está a chover. Aqui fica o último featurette de 500 Days of Summer, que é para não nos aborrecermos mais com isto.
No início desta semana, Conan O’Brien assumiu a lideraça do Tonight Show. Jay Leno passou o testemunho ao inquilino do Late Night – que por sua vez cedeu o seu requisitado espaço à outrora vedeta do Saturday Night Live, Jimmy Fallon – e, a partir desta segunda-feira, O’Brien passou a controlar as rédeas do programa popularizado por Johnny Carson. Agora, em abono da verdade – até nos custa a admitir isto – ainda não vimos um único episódio do renovado talk show. A curiosidade de ver como O’Brien se safará na sua nova casa ainda não foi saciada, contudo, soluções de legalidade questionável estão a ser ponderadas, e não descartamos o download dos primeiros episódios nos próximos dias. No entanto, aquilo que já pudemos verificar, até porque ontem estas imagens inundaram a Net e correram mundo, foi a homenagem de Conan ao jogo da Nintendo Super Mario World. Mais concretamente, ao Reino dos Cogumelos. O representante da Nintendo nos Estados Unidos ficou todo contente.
Para que não restem dúvidas, aqui fica esta imagem gif. Pode ser que um dia destes Conan apareça com umas jardineiras vermelhas e um boné a condizer. Max Weinberg podia fazer de Luigi.
Ainda falta que se farta para vermos o encontro de Bilbo Baggins e Sméagol numa gruta refundida no interior das Montanhas Nebulosas. O jogo de adivinhas entre Bilbo e Gollum será um dos pratos fortes da obra que Guillermo del Toro tenciona levar às salas de todo o mundo em 2012. Mas, até lá, muita uva tem de dar este chão. A cerca de três anos da chegada do filme, a excitação começa. Nunca é cedo demais. E, há que pegar por algum lado. O que está a dar mais agora, como não podia deixar de ser, é o casting. Especialmente, saber quem será Bilbo. É claro que também gostávamos de conhecer os actores que interpretarão os treze anões: Dwalin, Balin, Kili, Fili, Dori, Nori, Ori, Oin, Gloin, Bifur, Bofur, Bombur e Thorin Escudo-de-Carvalho. Contudo, é Bilbo que queremos realmente descobrir. Em Janeiro, del Toro afirmou que o leque de potenciais protagonistas havia sido reduzido a quatro. Ontem, em entrevista à MTV – cujo vídeo pode ser visto mais abaixo –, o realizador afirmou que, dentro de duas semanas, todos deveremos ficar a saber quem foi o eleito. Alguns nomes têm vindo a público e, por aqui e ali, podemos encontrar facções de apoio a James McAvoy, Martin Freeman, Tom Holland e Jamie Bell. É pena que não exista, pois, se existisse, assinávamos por baixo na de Casey Affleck.
Esta noite, ver esta imagem foi o equivalente a levar uma facada no coração. Olhar para aquelas janelas, e ver que atrás delas nada existe senão céu, foi o mesmo que sentar em frente do televisor para acompanhar aquele programa de trinta minutos em que um mágico mascarado destrói o encanto da doce ignorância. Provavelmente, só um nerd em primeiríssimo grau é que dirá que esta foi uma noite desoladora, simplesmente porque atrás daquelas janelas não existe uma parede e um tecto. Mas, o que é que se há-de fazer? É mais forte que nós. Já agora, a título de curiosidade, alguém acha que sabe a que filme pertence este set?
A companhia Del Monte decidiu fazer um gelado com o busto de um actor conhecido, e levar o produto à primeira edição da National Ice Cream Week. Daniel Craig foi o feliz contemplado. James Bond bateu a concorrência e, segundo o Mail Online, levou a melhor sobre Jude Law (2º classificado) e Hugh Jackman (3º). Agora viveremos para sempre com a dúvida de como nos sentiremos a dar uma trinca num Craig com sabor a framboesa.
Já há algum tempo que deixou de ser segredo a nossa adoração em relação aos Oscars. Este não é um espaço que se pretenda inteiramente dedicado aos prémios da Academia de Hollywood, contudo, não escondemos que é em torno deste evento que gira a maioria dos nossos posts. Seja na antecipação, na avaliação de potenciais candidatos, no descortinar dos primeiros favoritos, no seguir de perto a corrida desde o tiro de partida, no acompanhamento da propaganda feroz, até à chegada do grande dia – que para o ano será no primeiro domingo de Março. O que nos traz aqui neste fim de tarde de quinta-feira é precisamente um dos muitos pontos de interrogação para a próxima temporada de prémios. A par de Amelia, Nine, The Lovely Bones e Shutter Island, este é um dos maiores pesos pesados a ter em consideração. E, até ontem, não sabíamos muito bem como lhe chamar – contudo, já nos começávamos a afeiçoar a The Human Factor. Hoje, segundo o InContention, o filme de Clint Eastwood ganha nome. Parece que é oficial, e podemos mesmo começar a tratar a película por Invictus. Este é o título de um poema escrito em 1875 por William Earnest Henley, e que serviu de fonte de inspiração ao activista e líder politico sul-africano, Nelson Mandela. Como o próprio atestou numa entrevista em 2007 à Reader’ Digest:
“RD: When you were in prison all those long years on Robben Island and elsewhere, was there something that came back to you, something you had either in your mind, a message or passage from a book, a song, something that helped sustain you and keep up your spirits?
Mandela: There was a poem by an English poet, W.E. Henley, called “Invictus.” The last lines go: “It matters not how straight the gate, How charged with punishments the scroll, I am the master of my fate: I am the captain of my soul”.
Neste ponto, convém relembrar que a obra de Eastwood não é tanto um biopic de Mandela, mas mais um recordar do primeiro mandato do presidente, após a queda do apartheid, e durante a preparação para o Mundial de Rugby de 1995, entendido como uma oportunidade para unir o país. A título de curiosidade, aqui fica o poema de William Earnest Henley.
Out of the night that covers me, Black as the pit from pole to pole, I thank whatever gods may be For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance I have not winced nor cried aloud, Under the bludgeonings of chance My head is bloody, but unbow’d.
Beyond this place of wrath and tears Looms but the horror of the shade, And yet the menace of the years Finds, and shall find me, unafraid.
It matters not how strait the gate, How charged with punishments the scroll, I am the master of my fate: I am the captain of my soul.
Este é daqueles que chama por nós, por mais baixinho que fale. Não passam de meros sussurros, mas é o que basta para estarmos com ela atrás da orelha. Ainda para mais, depois da Variety ter afirmado ontem que Jack Nicholson se encontra em negociações para associar-se ao projecto. Ao que parece, Nicholson estará perto de juntar-se a Paul Rudd, Reese Witherspoon e Owen Wilson no próximo filme de James L. Brooks. Durante meses, Bill Murray este em conversações para ser o pai aristocrata da personagem interpretada por Rudd. Contudo, nenhum contrato foi assinado, e Murray acabou por desistir do trabalho nas últimas semanas. Com a produção a iniciar-se daqui a quinze dias, Brooks virou-se para Nicholson. Recorde-se que dois dos três Oscars conquistados pelo actor foram às ordens de Brooks: Terms of Endearment (1983) e As Good as It Gets (1997). O filme retrata um triângulo amoroso, com Paul Rudd a interpretar um executivo de colarinho branco que se apaixona pela personagem de Whiterspoon, e Owen Wilson como um jogador de basebol que também dá umas tacadas na relação. Esta é outra ideia que nos agrada. Colocar Wilson num papel mais secundário não é mal pensado. Sempre olhámos para Wilson como um daqueles jogadores que contribuem mais para a equipa quando sai do banco de suplentes.
Não deixa de ser irónico que, pese embora nos queixemos constantemente da falta de tempo para ver isto e aquilo, que não conseguimos apanhar todas as estreias nas salas, e que não arranjamos maneira de acompanhar todas as séries que nos cativaram algures lá atrás, sejamos capazes de encontrar uma qualquer forma mirabolante de rever alguns dos trabalhos que mais nos marcaram, e que fomentaram um dia esta paixão pela ficção. Seja ele um filme ou uma série. Por esta altura, passeio-me pela quarta vez pelas dez temporadas dos sedentários do Central Perk.
Aviso à navegação, este texto é escrito antes de ter visto o último de Kevin Smith. Daí que qualquer hipotética mutação na excitação em torno deste projecto, nas próximas semanas, possa ter uma explicação lógica. É que não têm sido poucas as advertências para baixar as expectativas em torno do último trabalho do realizador de Clerks. O que se diz por aí é que Smith pode estar a perder o toque. Deixem-me ver Zack and Miri Make a Porno e depois falamos. Agora, mesmo que o filme seja a maior das desilusões, Couple of Dicks continua a ser realizado pelo autor de Dogma, protagonizado pela dupla Bruce Willis e Tracy Morgan, e receberá a classificação R. Tem tudo aquilo que precisamos. Este é o primeiro filme na sua carreira, em que Smith não escreve o argumento, e o primeiro desde Mallrats (1995) em que os irmãos Weinstein não estão envolvidos. Também podemos viver com isso. Redigido pelos irmãos Mark e Robb Cullen, o filme segue as peripécias de dois polícias de Nova Iorque. As aventuras da dupla vão desde a localização de um cartão de basebol desaparecido ao confronto com gangsters que passam a vida a lavar dinheiro. Sim, admitimos. O plot pode parecer uma cópia barata de Lethal Weapon ou 48 Hrs. Mas, já dissemos que tem Bruce Willis e Tracy Morgan? E, para além disso, depois de uma primeira fotografia sóbria ter sido revelada – aquela lá em cima – hoje, ficámos também a saber, via Coming Soon, que Morgan deverá aparecer vestido de telemóvel num triciclo.
Depois disto, a vontade de sair de casa a correr para comprar bilhetes aumenta sempre um bocado. A beleza da ironia é que nunca temos a certeza de ela estar presente. Ao contrário de um elefante.
As adaptações de BDs terão sempre um apelo especial. Saber que aquelas personagens nascem de umas tiras rabiscadas por alguém dá um outro encanto à ficção. Mesmo que nunca tenhamos pegado na obra. É mais ou menos isso que sentimos em relação à transposição de Jonah Hex para o grande ecrã. Criado por John Albano e Tony Dezuniga, o produto da DC Comics está a ser adaptado pelo realizador Jimmy Hayward (Horton Hears a Who!). Nas suas fileiras, o filme conta com as participações de Josh Brolin e Megan Fox. Sem termos grande conhecimento do plot, parece que a história cruza o tradicional conto western com o lado macabro das aventuras zombies. Resumindo e baralhando, este deve ser um oeste a dar para o wild wild. Esperemos apenas que a rambóia não descambe para o ridículo como no outro. Hoje, depois de há um mês o Movie Gab ter mostrado as primeiras imagens de Megan Fox, o Cinematical mostra-nos Josh Brolin na pele de Jonah Hex. A pergunta que se impõe é: Mas há roupa que não assente bem a este homem?
Por estes dias, deverá ser um dos filmes cuja produção está a ser mais seguida de perto na net. À partida, tem todo o aspecto de ser um título simpático, bem parecido e com sentido de humor. Se fosse uma pessoa, seria a ideal para apresentar a alguém conhecido e solteiro. Realizado por Edgar Wright (Hot Fuzz), e com Michael Cera a encabeçar o elenco, Scott Pilgrim vs. The World tem tudo para reunir um buzz considerável na web, e lançar o filme para, pelo menos, uma estreia auspiciosa. No entanto, as expectativas vão para além disso. Baseada no comic book de Brian Lee O’Malley, a película relata a existência do rapaz do titulo. O canadiano Scott Pilgrim, residente em Toronto, leva uma vida do camandro. Tem 23 anos, toca baixo numa banda de rock, os Sex Bom-Omb, está desempregado mas à procura de um, e namorada com Knives Chau (Ellen Wong), uma rapariga bem engraçada e que não faz mal a uma mosca. Tudo corre bem, até ao dia em que Pilgrim sonha com uma outra rapariga, divinal, estilo perigosamente sexy, e que tem por hábito andar de patins em linha, mas que nunca conheceu. O jovem Pilgrim vem a saber que esta rapariga se chama Ramona Flores (Mary Elizabeth Winstead), e que trabalha na Amazon.ca. Um encontro fortuito com Ramona numa festa em casa da namorada de um amigo é o ponto de partida para uma saudável obsessão. Contudo, o caminho para o coração de Flores não está coberto de pétalas. Os sete ex-namorados demoníacos de Ramona atravessar-se-ão no caminho de Scott, e o triunfo do amor terá os seus contratempos.
A saga criada por Brian Lee O’Malley já teve cinco livros publicados. Falta apenas um para chegar aos seis planeados desde inicio pelo autor. E, tanto quanto sabemos – que ainda não nos lançámos na leitura desta saga – o sétimo namorado de Flores só aparecerá no derradeiro capitulo. Ora, isto levanta a questão de Scott Pilgrim vs. The World – por sinal, o título do segundo livro – pretender transpor a história completa de Pilgrim, ou só a conhecida. Por enquanto, alguns pormenores continuam no segredo dos deuses. Contudo, para gáudio da comunidade cinéfila que anseia como se não houvesse amanhã por este título, Edgar Wright tem dado a conhecer outros pormenores. O videoblog oficial é bem jogado. Para além do blog do realizador. Já são seis os clips dedicados ao filme. Como não conseguimos extrair o código dos Vimeo, deixamos aqui o mesmo mas retirado do Youtube. Este é o primeiro. É favor ver os cinco que se seguem. Ah, é verdade... Este é o primeiro teaser poster.
Uma semana depois, Avatar continua a ser o título mais antecipado do ano para Alvy Singer. O mestre Criswell está ali ao fundo a dar o seu consentimento. Menos mal. Mas, esta está a ser uma boa semana para aqueles que diariamente suspiram ao acordar e adormecer, enquanto aguardam pela chegada do próximo de James Cameron. O cineasta passou pela UBISOFT E3 para falar sobre o videojogo baseado no filme, e acabou por falar no filme que está na origem do videojogo – passe a redundância. Não ficámos a saber grande coisa, mas o revelado bastou para aguçar ainda mais o apetite.
Segundo Cameron, a ideia para o filme tem quinze anos. Ora, andando para trás, constatamos que as raízes remontam a 1994. O realizador admite que o conceito teve de ficar na gaveta durante alguns anos, por não existir a tecnologia necessária para dar-lhe vida. Foi quando o nosso precious Gollum apareceu em O Senhor dos Anéis que Cameron terá dito para com os seus botões que, se calhar, estava na hora. Ainda assim, foram precisos cerca de nove anos para desenvolver as câmaras ideais, e quatro para concluir os trabalhos, começando a contar no primeiro dia de pré-produção. Ficámos também a saber que a acção de Avatar se desenrola no século XXII, sobretudo, em Pandora. Esta não é um planeta, mas sim a lua de um planeta gigantesco coberto de gases, Polyphemus, algures no sistema solar Alpha Centauri-A. Pandora tem algumas semelhanças com a Terra. Florestas tropicais, ambiente chuvoso, árvores com mais de quinhentos metros de altura, e é o habitat de algumas criaturas amáveis e outras que nem tanto. Pandora é também a casa dos Na’vi, uma raça humanóide a viver num estado primitivo, mas que se revela mais evoluída do que poderíamos pensar. Os Na’vi têm três metros de altura, pele azul, longas caudas, a destreza de um tigre, um ar temoroso, e são exímios guerreiros sempre que em perigo ou provocados. Algo que poder-se-á provar sempre que os humanos derem um salto a Pandora. Fora isso, vivem numa harmonia inabalável. Deixemos aqui o vídeo para ouvir tudo isto, e algo mais, da boca do próprio.
A Paramount Pictures disponibilizou novas imagens do maior badass de Transformers: Revenge of the Fallen, e aqui deixamos aquela que melhor capta a agilidade da besta. Este é o tipo que se chateia a sério com os Autobots, e decide fazer um desvio pela Terra para acertar contas com Optimus Prime. Este menino responde pelo nome de Fallen, e é um dos treze Transformers originais. Um dos aspectos que o diferencia dos outros doze é que foi este quem que corrompeu Megatron, e o incentivou a formar os Decepticons. Durante muito tempo, Fallen esteve preso numa outra dimensão. A única forma de comunicação possível com os Decepticons era através de uma janela inter-dimensional. Fallen possui a faculdade de abrir pontes temporais e teletransportar-se. Ao pé deste, Megatron mais parece um brinquedo de Toy Story.
Não se trata aqui de lutar pelos fracos e oprimidos. Michael Knight é que costumava assumir esse voluntariado pro bono. Contudo, quiçá devido ao ininterrupto sucesso das obras Pixar – ao qual parece vir agora a somar-se o triunfo de Up –, um ímpeto invade-nos, sem razão aparente, de torcer por uma obra menor de animação. Nunca o inconsciente foi tão evidente. Esse será um dos motivos pelos quais andamos aqui que nem baratas tontas à espera de 9. Até agora, as vitórias da Pixar foram todas mais que justas. No entanto, quanto maior for a concorrência, maior o mérito do campeão. Aqui fica o poster russo do filme de Shane Acker. Daqueles que dão logo vontade de emoldurar e pendurar lá em casa, mesmo sem perceber patavina de cirílico.
Depois de Monopólio, que mais poderíamos querer? Precisamente. Era só uma questão de tempo até que uma mente brilhante se cruzasse com um executivo de Hollywood com vontade de juntar mais uns trocos, para que todo o Universo desse as mãos e se conjugasse numa transposição para o grande ecrã de Batalha Naval. O rumor já tem alguns dias e, até agora, ninguém o desmentiu. Peter Berg (Hancock), deverá ser o realizador. Parece que já estamos a ver o trailer. In a world filled with water… Two thirds to be more precise… there were many ships. But, no friend…ship. A concretizar-se, esta adaptação faz lembrar aquela velha frase. Lá porque gostamos de chocolate e caril, não quer dizer que devamos juntar os dois.
A especulação em torno de um quinto filme da saga Alien pairava no ar desde os primórdios dos tempos. Quer dizer, se calhar não tanto. À vontade, desde o inicio do milénio. Há qualquer coisa de apetitoso em ver as entranhas de um astronauta virem ao de cima, e Ridley Scott sabe disso. Esta semana, Tony, o mais novo, veio confirmar aquilo que há já algum tempo era uma forte suspeita. A companhia produtora dos Scott estará por detrás de um quinto capítulo Alien, e este será uma prequela. Em declarações ao Collider, Scott testemunhou que Carl Rinsch, um amigo da casa, será o realizador. As câmaras deverão começar a rodar perto do final deste ano, e o filme deverá chegar às salas algures entre o final de 2010 e a temporada de blockbusters de 2011. Não ficámos em delírio, de cabelos em pé, mas também não fomos aos arames, igualmente de cabelos em pé. Para já, deixemos andar. Neste não cobraremos por antecipação.
De acordo com Nikki Finke, a voz solitária mais parafraseada na história da Internet, Javier Bardem deverá fazer participar em Wall Street 2 – outrora chamado Money Never Sleeps – sequela do precioso instantâneo capitalista dos eighties, captado por Oliver Stone em 1987. O actor espanhol juntar-se-á assim aos já anunciados Michael Douglas e Shia LaBeouf, este último a interpretar um jovem corrector namorado da filha (ainda por recrutar) de Gordon Gekko.
Agora, este não é o único dado sobre esta película, tornado público, nesta terça-feira. Finke afirma que a acção do filme decorrerá vinte e um anos depois do original, depois de Gekko ter saído da prisão, e começado a rondar a indústria financeira. Gekko prevê a chegada da crise, contudo, a sua grande preocupação continua a ser a sua filha, noiva da personagem de LaBeouf. No entanto, o mentor de Shia suicida-se, presumivelmente devido às manigâncias do gestor desempenhado por Bardem. Segundo Finke, o argumento deverá apanhar o período entre Junho de 2008 e o inicio do presente ano. Ao que parece, as filmagens deverão começar daqui a dois meses e a estreia chegará em Fevereiro de 2010. Esperemos que alguém se lembre de dizer a Stone que a pressa é inimiga da perfeição, e exiba W. como prova A da acusação.
Sempre que nos lançamos no acompanhamento de um novo ano cinematográfico, fazemo-lo com o mesmo deslumbramento de sempre. Aquele olhar esbugalhado, ar apalermado, e um esfregar de mãos como que a dizer, este ano é que vai ser. Dito assim, mais parece um comportamento maníaco. Quando a cerimónia dos Oscars chega e atingimos o derradeiro cumo de um clímax que, não poucas vezes, chega a ter tanto de tântrico como desolador, tendemos imediatamente a espreitar o que está para vir, na esperança de que o ano à nossa frente seja ainda melhor. No fundo, nunca estamos satisfeitos. E, porque os filmes jamais deixarão de ser o açúcar que nos corre no sangue, 2009 não está a ser excepção. Muitos serão certamente os motivos de interesse nos próximos meses. A partir deste fim-de-semana, será sempre a aviar. Quer a temporada balnear, quer a dos blockbusters estão oficialmente abertas. Os primeiros sérios candidatos às categorias técnicas começam a apresentar-se – Star Trek deu um ar da sua graça e não é de desprezar –, e começa a estender-se a passadeira vermelha para os festivais pós-Verão que têm por hábito trazer os primeiros favoritos às principais categorias. Não nos esqueçamos que Cannes também já fez a sua triagem. Para já, um dos pontos que têm suscitado maiores meditações prende-se com a aparente frente de ataque feminina na categoria de Melhor Realizador(a). Convenhamos, a ofensiva não é para brincadeiras. Ao digerir o festival de Cannes na sua dissertação desta semana no IndieWIRE, Peter Knegt avança três fortes hipóteses para a próxima temporada de prémios. No topo da lista, Bright Star, de Jane Campion. Para Knegt, o próximo de Campion vem já com o rótulo de candidato a candidato, e o mais certo é cair no goto da Academia de Hollywood. É verdade que o filme saiu da Croisette de mãos a abanar. Contudo, dezasseis anos depois de O Piano, o mundo está mais do que preparado para trazer Campion de volta às luzes da ribalta. Lone Scherfig, realizadora de Un Education, é a senhora que se segue. O indie que apaixonou Sundance no inicio do ano e catapultou Carey Mulligan para outra liga, pode valer a Scherfig alguns troféus enquanto realizadora, lá mais para o final do ano. O filme parece ser pequeno demais para esta categoria, no entanto, num post que se quer optimista, deixemos, por agora, esse pormenor de lado. Por último, Knegt relembra-nos ainda que Kathryn Bigelow é um nome a ter em conta. Pelo menos, por enquanto. Talvez este seja o mais arriscado tiro no escuro dos três, contudo, se The Hurt Locker se portar tão bem juntos dos mais conservadores membros da Academia, como tem feito nos círculos por onde tem passado, a recompensa pode vir a ter algo de dourado. Porém, quiçá embalado pelo trabalho de Knegt, Guy Lodge do InContention alerta-nos ainda para um título sem qualquer visionamento registado até ao momento, mas que, pela gente envolvida, deve entrar nestas contas iniciais. Acrescente-se, assim, uma quarta realizadora a esta tripleta. Mira Nair, por Amelia. No final, o que se nos apraz dizer é que está mais do que na hora desta categoria deixar de ser uma pedra no sapato na História da Academia. Três nomeações em 81 edições? Vamos lá a equilibrar isto, meus senhores... e minhas senhoras.
O rumor já tem alguns dias. Mas, como se meteu o fim-de-semana pelo meio, estamos em crer que ainda fará sentido tratar a notícia como novidade, e achá-la merecedora de um post no Deuxieme. De acordo com o The Sun, esse antro de informações credíveis, Guy Ritchie anda a namorar um remake de Guys and Dolls (Joseph L. Mankiewicz, 1995), um filme de que falámos neste espaço, não há muito tempo – caraças, temos de voltar a essa lista. Segundo a publicação britânica, Ritchie terá já falado com Jason Statham (Crank), ao que tudo indica, o primeiro actor a associar-se ao projecto em pré, pré, pré, pré-produção. E, só não leva mais um pré por tratar-se de um dos remakes hipotéticos mais comentados dos últimos anos. Esta não é a primeira vez que se fazem ouvir burburinhos sobre um novo Guys and Dolls. Normalmente, o nome de Hugh Jackman costuma vir ao barulho. Depois do brilharete na última cerimónia dos Oscars, será de esperar que qualquer musical com aspirações pisque o olho ao australiano. Contudo, por enquanto, ainda é demasiado cedo para grandes conjecturas. Segundo algumas fontes, Ritchie ainda terá a definir pontos essenciais.
“He is torn between keeping the script true to the original in New York and taking it to familiar surroundings in London”.
Tudo isto nos parece prematuro, sobretudo quando Ritchie tem a estrear este ano um filme como Sherlock Holmes. Aliás, não acreditamos que surja qualquer confirmação relativamente a este projecto antes de o mundo assistir à adaptação que o cineasta fez da obra de Sir Arthur Conan Doyle. Agora, levar Guys and Dolls para terras de Sua Majestade já nos parece forçado, e parece afastar-se um pouco do conceito de remake para aproximar-se perigosamente do de macaquinho de imitação.
Alguém por quem tenho a maior estima e consideração transmitiu-me recentemente, em discurso directo, e sem dar azo a segundas interpretações, o seu agrado com o trabalho apresentado em Twilight. Estamos a falar de um individuo cujos conselhos cinematográficos costumava seguir de peito aberto sem pensar duas vezes. Contudo, tudo isto pode ter mudado há uns dias atrás. A não ser que o filme de Catherine Hardwicke seja daqueles que conquista ao segundo visionamento, e aí já não está cá quem falou. Bem vistas as coisas, podemos estar a exagerar neste ponto. A adaptação não foi assim tão má, e talvez o filme justifique os cinco MTV Movie Awards conquistados ontem. Mas, não incluam este que se assina na lista daqueles que anseiam ofegantes pela chegada de New Moon. Do qual, por sinal, foi ontem dado a conhecer o mais recente trailer.
A validade dos clips ainda no Youtube, com imagens dos MTV Movie Awards de ontem, deverá ter a validade de meia dúzia de minutos. A Viacom não perdoa. Por isso, graças ao destaque do Oh No They Didn’t, o melhor é ver enquanto é tempo. Muitas destas sequências fizeram já parte dos trailers divulgados de Public Enemies, contudo, um segmento exclusivo, e uma breve entrevista com Johnny Depp, mais uma quantas palavras de Michael Mann justificam carregar no play. Até há bem pouco tempo, por estas bandas, a obra tinha estreia marcada para 06 de Agosto. Agora, parece que anda à deriva sem data definida. O filme até não tem Johnny Depp, Christian Bale, Marion Cotillard, nem é realizado por Michael Mann. Compreensível.
Falar dos êxitos da Pixar está a tornar-se enfadonho. Pelos melhores motivos, entenda-se. Se aquelas duas horas no Cinema passam a correr, para deleite de milhões de fãs, uma vez cá fora, dez segundos parecem bastar para exprimir emoções. No inicio, o encanto surpreendente significam horas perdidas a tentar pôr em palavras as sensações que o sacana do filme havia provocado. Agora parece que chega um Epá, vira a fita e passa o mesmo. Este fim-de-semana, depois de já ter passado por Cannes e deixado centenas de críticos a lamber os dedos, os Estados Unidos deram as boas-vindas a Up. E, qual não é o espanto quando o filme conquista, novamente, tudo e todos? À hora a que este post é colocado, a obra de Pete Docter arranca dezoito críticas 100% no Metacritic – superando as dezasseis de The Dark Knight e a duas das vinte de Wall-E –, e um estrondoso 98% no Rotten Tomatoes, batendo qualquer valor obtido no fim-de-semana de estreia para um filme Pixar. Mas, quem são essas duas almas insolentes que se atrevem a desaprovar Up? Um deles dá pelo nome Armond White, e escreve o seguinte.
“Pixar’s price sticker includes enough saccharine emotion to distract some viewers from being more demanding; they don’t mind the blatant narrative manipulation of a sad old man and lonely little boy. They buy animation to extend their childhood like men who buy cars for phallic symbols. Pixarism defines the backward taste for animation. Pixarism domesticates and homogenizes animation—as if to preserve family values. The only exceptions have been Brad Bird’s Pixar movies The Incredibles and Ratatouille”.
Arrojado, no minímo. Não assinamos por baixo, mas acreditamos que o homem tem razão neste último ponto. As histórias de Bird têm um certo je ne sais quoi que falta às demais. Por cá, Altamente [riso contido que acaba em gargalhada contagiante] estreia a 13 de Agosto.